A Destination Funny - Segunda Temporada escrita por ItsCupcake


Capítulo 14
I'm Waiting... Waiting.




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Justin’s P.O.V.

Ao acordar, fiquei dando voltas pelo quarto. Eu queria sair, mas não podia. Scooter disse que seria melhor eu não chamar atenção, por isso na hora do check in tive que dar um nome falso. Isso é autorizado para famosos.

Só que eu não conseguia ficar quieto num canto. Não consegui dormir de noite direito, e agora menos ainda. Eu queria ir falar com a Melanie, mas eu tenho medo da sua reação.

Eu juro que ainda posso sentir o tapa que ela me deu. Não porque foi muito forte, mas porque não só doeu fisicamente como também emocionalmente. Aquele tapa, as palavras dela e o jeito como ela me olhou. Tudo.

Eu queria sentir raiva dela por ter beijado aquele caipira exibido, mas eu fiz pior, tenho que admitir isso.

E era isso que me fazia ficar inquieto. O que será que ela estava fazendo? Será que estava com ele ou com a Ashley? Será que ela está trancada no quarto chorando ou já superou tudo? Será que ela ainda me ama ou já me esqueceu?

A ultima pergunta tinha duas alternativas: 1ª Se ela me esqueceu de um dia para o outro, então quer dizer que todas aquelas juras de amor foram ditas em vão e 2ª Se ela me ama mesmo, então ela não me esqueceu.

Corri para a minha cama e peguei meu celular. Eu posso ligar para ela e...

Não. Ela não vai atender.

Será que ela vem aqui hoje? Ou será que ela vai esperar até o dia que eu for embora para ir atrás de mim no aeroporto como acontece nos filmes?

E se ela me perdoar, como vai ser? Eu não posso ficar longe do meu filho. Eu não quero que ele cresça sem mim. Mas eu não amo a Selena. Só que eu terei que sacrificar meu amor por esse filho. Ele não tem culpa, por mais que eu ame a Melanie, eu não posso abandonar meu filho.

Por que a vida tem que ser tão complicada?


(...)


— Vamos, se anime. — Disse Kenny enquanto comíamos no restaurante do hotel.

— Como? — Falei revirando minha comida com o garfo. Estava sem apetite.

— Foi só uma briguinha, depois vai ficar tudo bem.

— Dessa vez não vai Kenny.

— Como pode ter tanta certeza? — Perguntou depois de mastigar seu bife.

— Porque agora foi pra valer. Ela terminou comigo. Nós dois cometemos erros, só que o meu foi pior. — Fiquei encarando minha comida, não queria olhar para o Kenny, pois era capaz de eu contar tudo, e eu não queria. Não agora. A Selena ia dar sua entrevista, e então eu ia entrar numa furada com o Scooter, ganhar sermões da minha mãe e um monte de “eu te avisei” do Usher. Não queria o Kenny na lista.

— Sinto muito JB.

Ele não falou mais nada. E era porque ele gosta da Melanie, do jeito que eles ficavam cochichando sobre meus atos vergonhosos e sobre coisas banais. Se outra garota tivesse terminado comigo, ele ficaria falando sobre as beliebers, o quanto elas são bonitas e que talvez eu namore uma delas e desse certo já que elas me amam. É claro que eu acredito que pode existir uma belieber que possa ser minha namorada pondo limites no amor de fã, só que as outras não, elas são capazes de tentar ser que não é, só para me impressionar e isso acaba ficando chato. E namorar uma pessoa famosa pode ser uma boa ideia, pois essa pessoa sabe como é fama e tudo mais e não vai te tratar diferente (algumas), mas mesmo assim chama muito atenção, como agora com a Selena. E a Melanie... Ela não é belieber e nem famosa, e talvez porque ela conheceu o Drew Rebeib primeiro, e não o Justin Bieber, seja a garota perfeita para mim. Mas agora nada disso importa.

Depois do almoço, subi para o quarto e no mesmo instante meu celular tocou. Era a Selena. Tinha colocado seu numero de volta na minha agenda.

— Oi Selena. — Disse indiferente.

— Olá... Ah... Liguei para você para saber quando vamos nos encontrar novamente. Minha mãe quer falar com a sua mãe.

Respirei fundo e me sentei na cama com a mão na testa.

— Volto para Atlanta nesse final de semana. Você pode ir para lá?

— Claro. Não tem problema ficarmos na sua casa?

Não, você já se convidou – Pensei em dizer, mas apenas murmurei um:

— Não.

— Ótimo. Eu não queria te incomodar, mas a sua namorada já sabe?

Fiquei um tempo pensando se contava ou não contava a ela. Mas ela ia descobrir de qualquer jeito né?

— Sim. — Disse me deitando na cama e fitando o teto do quarto.

— E como ela reagiu?

— Ela terminou comigo. — Disse não entrando em detalhes.

— Faria o mesmo se estivesse no lugar dela.

Então do nada, eu perguntei:

— Por que entrou no meu quarto naquele dia?

Ela ficou em silencio e a cada segundo que passava eu tentava não atacar o telefone bem longe. Depois de um longo tempo ela respondeu:

— Eu não sei. — Ela estava chorando, percebi pela sua voz. — Eu não pensei na hora. Eu estava com raiva de tudo. E eu não achava justo ver você todo bobo e alegre enquanto eu sofria.

— Para a sua alegria eu não estou mais bobo e alegre.

— Desculpa.

Fiquei escutando seus soluços e então me virei na cama antes de falar:

— Eu vou assumir esse filho. E eu vou ficar do seu lado o tempo todo. Não quero que meu filho cresça sem pai.

— Você não está bravo comigo?

— Claro, eu estou muito bravo com você. Mas o que eu posso fazer? Agora já é tarde. E depois da sua entrevista, espero que quando formos falar do bebê, não vamos nos referir a ele como um erro. Ele não tem culpa.

— Entendo... Então nos vemos em Atlanta?

— Sim.

— Então... Er... Tchau.

Desliguei o celular sem me despedir.


Melanie’s P.O.V.

A primeira vez que fui tentar pegar frutas pareceu bem mais fácil, mesmo aparecendo um besouro para me fazer companhia.

Agora, parece que nem os besouros gostam de mim. E eu nunca conseguia pegar a fruta madura. Parecia que meus sentidos tinham mudado, quando eu achava que a fruta estava madura, ou estava verde ou madura demais. Então Ashley percebeu o desperdício e veio me ajudar depois de pegar todos os ovos no celeiro.

— Você está tentando disfarçar, mas eu vejo que não está bem. — Disse ela me olhando depois de colher as maçãs.

— Eu só não quero que todos fiquem preocupados comigo. E eu quero evitar falar sobre isso e se eu mostrar que esta tudo bem, talvez todo mundo esqueça.

— Sua mãe não vai esquecer.

— Eu sei. — Disse me sentando na grama com as pernas cruzadas.

— Você vai contar a ela o motivo da briga? — Perguntou enquanto colhia acerola.

— Vou. Eu só preciso de coragem para tocar no assunto sem chorar. As vezes penso na Selena com o bebê no colo e o Justin ao seu lado com um sorriso bobo nos lábios. Era pra ser eu... Não ela.

Ashley parou o seu trabalho e me fitou com pena.

— Acho que você deveria ir até o hotel conversar com ele. Vocês precisam conversar... Você sabe que esse filho pode não atrapalhar totalmente o relacionamento dos dois. Estamos no século XXI e ele não é obrigado a casar com a Selena só porque ela está grávida. Ele ainda pode namorar com você.

— Mas esse bebê vai ser a melhor arma para a Selena atrapalhar nosso relacionamento. De todo jeito já está acabado.

— Credo. Você fala como se o bebê fosse mesmo uma arma. Você acha que ela seria capaz de usar uma criança inocente dessa forma?

— Eu não sei. — Disse mordendo o lábio. — Só sei que tudo isso é muita coisa para eu digerir de uma vez.

— Você ainda não me respondeu se vai ou não falar com o Justin antes de ele ir.

— Eu vou pensar. — Falei e Ashley sorriu.


(...)


Acordar hoje foi fácil, difícil foi dormir à noite. Eu não conseguia tirar da cabeça que hoje era o ultimo dia. Hoje ele iria voltar e eu tinha que falar com ele, mesmo querendo evitar isso. Meu coração parecia mandar em mim e dizer que eu tinha que ir falar com ele.

Sabia que não iria perdoá-lo tão fácil. Só que eu não podia deixá-lo ir tão fácil também. Ele errou, eu também errei. Sei que o erro dele foi maior, mas eu fiquei pensando no que a Ashley disse...

Estamos no século XXI e ele não é obrigado a casar com a Selena só porque ela está grávida. Ele ainda pode namorar com você.

Talvez ela tivesse razão e eu estava sendo dura demais. Afinal de contas, se o Justin for mesmo minha alma gêmea, e toda essa coisa e tal, eu devo correr atrás e não deixar ele escapar tão fácil da minha vida.

E se hoje não der certo. Eu darei uma chance ao Erik. Darei uma chance a um novo amor. Tudo depende agora de como será essa nossa conversa.

Avisei minha mãe que estava saindo. Ela já sabia de tudo, contei a ela dois dias atrás e ela disse que apoiava minha decisão qual fosse ela, pois ela sabia que se eu errasse, seria mais uma lição da vida. E então fui andando até a cidade. Dois quilômetros.

Não foi muito, pois no caminho eu ia decidindo minhas palavras e o que dizer a ele. E eu sabia qual era o hotel em que ele estava. Era o único hotel bom, quatro estrelas, mais próximo, o outro ficava a quatro quilômetros. Parei em frente ao hotel e fitei todos os andares tentando adivinhar qual das janelas seria o quarto do Justin. Entrei no prédio e fui até a recepção.

— Estou aqui para falar com o Jus... — Parei de falar assim que percebi que era idiotice falar o nome do Justin. É claro que ninguém ia dizer que ele estava ali.

— Com quem senhora? — Perguntou a recepcionista.

Pensei por um instante. Se o Justin estava hospedado ali, ele com certeza deu um nome diferente do seu. Um que ninguém conhecia... Um... Claro!

— Com o Drew Rebeib. — Disse e ela olhou para mim por alguns instantes pensando.

— Qual o seu nome?

— Melanie.

— Só um momento. — Falou ela pegando o telefone e ligando. Depois de algum tempo ela começou a falar. — Tem uma garota aqui querendo falar com o senhor, diz que se chama Melanie. — Ela ficou em silencio apenas ouvindo e então disse: — Ok. — E desligou.

Olhei para ela apreensiva.

— Então...?

— Pode subir. Quarto 213.

— Obrigada. — Disse sorrindo.

Fui até o elevador e apertei o botão do quinto andar que indicava os quartos do 200 até o 215. Enquanto o elevador subia, meu nervosismo aumentava.



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