Encontros De Amor escrita por Just_Me


Capítulo 4
Bem vinda cunhada


Notas iniciais do capítulo

Balançando a bandeira branca da paz!
Não me odeiem e nem apedrejem,I'M BACK o/
Como estão pessoas?!!
Mais um capítulo desta fic!Tô in love por ela e cês devem sabe o porque né?!!Tá tudo muito bom,tudo muito Bill mas a capa já diz tudo!Prontas para os próximos capítulos?!!
Tô meio triste com a quantidade de reviews,mas fico feliz por ter vocês,as leitoras mais fiéis do mundo!
Enjoy



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Foi praticamente impossível dizer não a Bill. Aceitei, em termos claros, ir para Los Angeles com ele. A ideia passou a me agradar bastante. Talvez fosse um reinicio depois de tantos meses,um emprego, um endereço quem sabe um gato para tomar conta, e principalmente, alguém para dividir esta nova vida comigo.

Assim que nos despedimos, Bill voltou ao seu hotel cinco estrelas prometendo voltar a tarde para irmos juntos comprar as passagens. Tentou-me dizendo que, se eu quisesse, não havia necessidade de ligar para meu pai, já que ele mesmo poderia pagar meus custos. Neguei veementemente... O acordo que mantinha com meu pai já era o suficientemente ultrajante, não permitiria que Bill Kaulitz pagasse nada por mim.

Pude sentir a excitação na voz de meu pai, doía-me pensar que ele mantinha esperanças de que eu estivesse ligando porque voltaria para casa. Podia entender seus motivos, sabia que ele fez tudo por mim na vida, da melhor forma que pode, desde que minha mãe se fora. Meu pai, Alberto havia nascido pobre, fora lavrador de ricas fazendas quando não era mais do que um menino, em uma delas, jovem demais para saber o significado do amor, conheceu minha mãe, quando ambos não passavam de duas crianças. Vendo como os olhos do patrão o olhavam desaprovando a amizade das duas crianças partiu na primeira oportunidade que teve, adotado por uma família para estudar. Voltou para procurar minha mãe, com vinte e cinco anos, assim que teve um diploma em mãos e uma fortuna que só fazia aumentar, fruto de todos os bons negócios que fazia em diversos setores. Minha mãe casou-se com ele e dez anos mais tarde eu nasci. Às vezes me perguntava se meu pai havia superado de fato sua morte, me questionava se não estava sendo cruel demais partindo e deixando-o sozinho. Eu só queria ter algum controle sobre minha vida, qualquer que fosse que não tenha sido estabelecido por ele. Entedia a vida difícil que teve antes de ter mais dinheiro do que podia contar, mas eu precisava caminhar com minhas próprias pernas, ou pelo menos tentar.

Naquela mesma manhã ele providenciou que certa quantia, mais do que eu precisaria para uma passagem de primeira classe, estivesse em minha conta. Era orgulhosa, mas não tola o suficiente para achar que daria um passo fora do Brasil sem a ajuda dele. As passagens para que eu chegasse aos lugares, eu aceitaria, mas nunca pediria nada dele para sobreviver neles.

-Tudo pronto?...-Apressou-me Bill na porta do quarto. Florinda enxugava os olhos no próprio avental, balbuciando coisas que eu não fazia ideia. Suspirei. Ter apego as pessoas era a pior parte do adeus.

-Se tudo significa três malas e um violão, acredito que sim... -Bill sorriu ,não se continha por eu ter aceitado seu convite. Andei até Florinda, abraçando-a com força... -Pode dar à bicicleta a próxima moça maluca que bater a sua porta. Ela chorou mais, entendendo que era a hora de ir.

-Coma mais!...-Disse ela entre soluços... -Não fique magra como o seu namorado... -Ri enquanto via meu magro namorado receber com desdém o comentário, pegando duas de minhas malas. Passei a alça da capa do violão pelos ombros e peguei a mala que faltava, dizendo adeus para Florinda mais uma vez.

O aeroporto era tumultuado, muitos turistas iam e outros vinham na mesma proporção, mesmo assim em menos de meia hora já estávamos no avião, prontos para longas horas de voo.

Recostei-me no ombro de Bill, deixando que minha cabeça se acomodasse nele. Acontecera tudo tão de repente, de uma forma tão inesperada. Confiava em Bill, mas não queria cair de paraquedas na vida dele.

-Me fale de seus amigos... -Comecei, tentando entender os detalhes. Como diria meu pai, Deus está nos detalhes.

Bill beijou o topo de minha cabeça antes de falar.

-Posso sentir daqui que está assuntada... -O encarei sem ter como negar. Ele afagou meus cabelos... -Bom ,Tom e eu conhecemos Georg e Gustav quando ainda éramos uns pirralhos...-Voltei a acomodar-me em seu ombro enquanto o ouvia...-Foi em um bar...Ele riu divertido com a lembrança...-Vai gostar de Gustav .Ele também tem uma coisa louca por Metallica...-Ambos rimos, sabendo do meu gosto pela banda...-é muito tímido, por isso não se assuste se ele nem te olhar para dar um oi. Nem sei como ele conseguiu conquistar a namorada dele já que fica vermelho toda vez que chega perto de uma mulher...-Desta vez quem riu foi eu, queria ter visto pelo menos uma foto deles para imaginar como seria o cara sensível ao ponto de corar diante de uma garota...-Georg deveria ter nascido gêmeo de Tom em meu lugar, pelo menos ao que diz respeito as mulheres, ele também namora...-Enquanto Bill tagarelava a meu pedido, meus olhos começaram a pesar, eu e qualquer lugar onde eu pudesse me escorar confortavelmente, era uma combinação perfeita para um cochilo.

Foi muito mais do que um cochilo,o suficiente para ser acordada por Bill.

-Está pronta para Los Angeles?...-Ele sorria enquanto abria meus olhos, deparando-me com um dia ensolarado.

Um funcionário do aeroporto nos acompanhava,com as malas dispostas em um carrinho,enquanto Bill andava de mãos dadas comigo,procurando ao redor com os olhos.Estavamos na porta de saída principal quando um sorriso enorme tomou seu rosto.

-Cheguei a pensar que não viria me buscar...-Mal consegui ver o rosto do homem que o abraçava,assim que nos viu.

-Não perderia isso por nada...-Ele se libertava do abraço olhando para mim. Tom Kaulitz, não poderia ser outro...-Ainda mais sabendo que traria suvenires...-O moreno de tranças me olhava dos pés a cabeça com os braços cruzados e um ar divertido.Bill estapeou seu ombro, fazendo com que nós dois rissemos. Já sabia o suficiente sobre Tom para não me incomodar com o fato de ele estar me comparando com uma lembrancinha de Milão.

-Carolina, este é meu irmão Tom... A família a gente não escolhe, então tente me perdoar... - Revirando os olhos Tom me puxou para um abraço pegando-me desprevenida.

-Seja bem vinda cunhada. Fica com a gente hoje?...-Bill e eu havíamos conversado sobre isso...Termos claros, envolvia um pequeno debate de duas horas sobre eu ter meu próprio apartamento, afinal éramos apenas namorados.

-Na verdade vou procurar um hotel... -Bill soltou um muxoxo enquanto Tom parecia incrédulo.

-De jeito nenhum. Hoje você fica com a gente... -Tirou de minha mão a pequena maleta destinada ao meu equipamento fotográfico, abraçando-me pelos ombros, incentivando-me a caminhar deixando Bill para trás... -Eu sei que vocês já transaram, não precisa se preocupar com um quarto.

-Tom!...-Berrou Bill, chegando até nós.

O percurso no carro de Tom foi curto. Logo estávamos em um dos bairros mais badalados de Los Angeles. Paramos diante de um prédio imponente em uma rua quase deserta de pessoas, com outros prédios não menos luxuosos. Logo a garagem se abriu e o carro adentrou, parando em uma das vagas para moradores. Entramos no hall principal, onde um porteiro pequenino cumprimentou os dois com simpatia. Tom passou a ele a chaves do carro, alertando sobre a bagagem .Intimamente tive vontade de pedir que alertasse ao porteiro somente sobre a bagagem de Bill, mas me calei. Pegamos o elevador logo em seguida, ambos tagarelavam e analisavam um ao outro, como se não se vissem a uma eternidade. Gostaria de fotografar aquilo, mas minha bagagem e minha câmera haviam ficado para trás. Tom pressionou o botão que levaria ao ultimo andar, a cobertura.

-Lar doce lar... -Murmurou Bill, quando a porta metálica se abriu. Tom andou em direção a porta, abrindo-a logo em seguida. Mais do que depressa Scott correu em direção ao dono fazendo-me sorrir. Tom pareceu intrigado, quando ele passou reto por ele, vindo refestelar-se aos meus pés. Abaixei, afagando-lhe o focinho. Bill gargalhou alto vendo a cara do irmão.

-Hey garoto...Como vai?...-À medida que eu falava ele rolava mais e mais no chão. Uma ótima recepção afinal.

-Que traição!...-Murmurou Tom, entrando conosco em casa sendo ignorado pelo cão, que acompanhava meus passos.

-É o charme... -Falou Bill, repetindo minhas palavras, lançando-me um olhar cumplice.

Parei um minuto analisando a sala. Os tons claros predominavam nos estofados e carpetes. Um grande e imponente piano ficava ao fundo, perto de uma gigantesca porta de vidro, com uma bela vista para o mar, olhá-lo fez com que meus dedos comichassem em vontade de toca-lo. Era de Tom, eu sabia, Bill havia me dito que ele mesmo não tocava instrumentos, enquanto o irmão tocava pelo menos três.

-Vem, vou te mostrar o meu quarto. A gente descansa um pouco e almoça fora, o que acha?...-Bill nem sequer esperou por minha resposta e já me arrastava pela mão, rumo a escadaria que levava ao andar superior. Tom apenas nos observava com um olhar malicioso. Definitivamente ficaria ali apenas o necessário para não ouvir seus comentários depravados.

Paramos diante de uma das portas do longo corredor. Bill lançou-me um olhar encabulado antes de abri-la de vez. Era a cara dele, amplo e bem decorado em tons de preto e branco. Uma enorme cama de casal ocupava grande parte do ambiente, mesmo assim poderíamos correr ali dentro se quiséssemos.

Olhei em seus olhos, sorrindo ao ver como ele parecia sem graça. Eu entendia, era alguém entrando em seu terreno, um grande passo para um homem como Bill.

-Vou pegar suas malas. O banheiro é ali, eu sei que deve estar morrendo por um banho...-Tão poucos dias e ele me conhecia como ninguém...-As toalhas estão no armário.

Bill selou meus lábios me deixando sozinha. Soltei minha bolsa sobre a cama indo em direção ao banheiro logo em seguida. Este, era uma extensão do bom gosto do quarto. Liguei a ducha, tirando a roupa logo em seguida. Ela me incomodava, estava calor e eu havia saído de jeans e blusa de mangas de Milão... Era verão em Los Angeles.

Deixei que a água quase fria caísse sobre mim por alguns instantes. Ouvi a porta do quarto sendo fechada e chamei por Bill, precisava de meu nécessaire. Este entrou logo em seguida, olhando-me malicioso, agora eu sabia de onde vinha aquela expressão de luxuria, era a mesma do irmão.

-Preciso de meu nécessaire... -Falei  enquanto ele ainda me olhava através do box de vidro.

-Só precisa disso?...-Ele adiantou-se um passo e eu estendi a mão para que parasse. Bill olhou-me confuso.

-Com Tom lá embaixo sim... -Ele revirou os olhos saindo e voltando logo em seguida com a bolsinha nas mãos. Lançou-me ainda um olhar piedoso mas eu indiquei a porta com a cabeça. Terminei o banho e passei a escova pelos cabelos ali mesmo.

Bill estava deitado na cama quando eu sai, enrolada na toalha, procurando na mala alguma roupa. Peguei um short e uma blusa fina, vestindo-me diante dele com seus olhos atentos em mim. Quando passei a blusa pela cabeça ele chegou até mim.

-Não esqueça que vai dormir aqui comigo, então me provoque o quanto quiser...-Bill me beijou, o primeiro beijo depois que saímos daquele avião, impetuoso e urgente.

-E você kaulitz, não esqueça que vou dormir aqui somente esta noite, então aproveite-a...-Cortei o beijo logo em seguida.

Enquanto Bill tomava um banho, deitei-me na cama macia fechando os olhos por instantes, pensando no rumo que minha vida havia tomado e como eu estava feliz por isso. Assustada, mas feliz.

 Perto do meio dia, saímos de casa indo a um restaurante vegetariano frequentado pelos dois. A conversa era animada, o Kaulitz mais velho era alguém que me fazia rir com facilidade, uma boa pessoa que agora me chamava de cunhada ao invés de meu nome. Bill parecia ainda mais contente quando o irmão lhe contou que dentro três semanas Gustav e Georg voltariam da Alemanha para continuarem com os projetos da banda. Fiquei feliz por eles, parecia ser um grande acontecimento. Já com minha câmera fiz belas fotos dos dois, duas partes da mesma pessoa, totalmente dedicados a me entreter naquele dia.


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Notas finais do capítulo

Vou fazer um baita esforço pra atualizar toda semana!
Então beijos,e até o próximo!
Sabem o que fazer!