Encontros De Amor escrita por Just_Me


Capítulo 3
Capítulo 3:Mais do que bons amigos.


Notas iniciais do capítulo

Hello galera!Espero que esteja tudo bem até aqui!
Beijos
Enjoy



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–Vamos Scott!...-Prontamente o cão levantou-se me obedecendo com devoção, seguindo comigo depois de eu ter parado pela milésima vez diante de uma vitrine. Bill revirou os olhos, visivelmente ultrajado.

–O conheço desde que era um filhote e ainda corro atrás dele, você o conhece a três dias e ele a obedece...-Gargalhei divertida enquanto continuávamos nosso passeio pelo shopping. Há três dias não pensei que eu e Bill tivéssemos tanto em comum, era como se o conhecesse a vida inteira, tanto que sequer vacilei ao contar partes da minha vida, das que eu não me orgulhava tanto como um porre ou outro juntamente com as colegas do internato, as que mais me doíam como ter perdido minha mãe aos cinco anos ,vitima de câncer. Sendo filha única não poderia definir uma relação entre irmãos com muita facilidade, a não ser do modo que eu imaginava que fosse, mas acredito que se eu tivesse um irmão ,ele seria como Bill. Tentava manter este mesmo raciocínio até mesmo nos momentos que ele me olhava como se fosse me devorar a qualquer momento, ou durante alguma de suas sutis investidas, tão delicadas quanto todo o resto se tratando dele. Gostar dele era tão fácil e natural, a melhor coisa que me aconteceu em meses.

–Não o culpe... -Suspirei de forma superior... -Ele simplesmente está encantado pelo meu charme... -Desta vez foi ele que gargalhou fazendo-me rir também de sua risada escandalosa e infantil... -Já ligou para Tom hoje?...- O gêmeo era um dos assuntos favoritos de Bill de modo que eu sentia como se o conhecesse a ponto de falar dele com tanta naturalidade. Como não poderia ser diferente, o brilho nos olhos, que só surgia se tratando de Tom, apareceu eliminando-lhe o rosto.

–Ah sim... -Bill baixou o olhar por um instante... -Falei de você para ele.

–Jura? Falou o que?...-Nunca havia visto o aquela pele clara rubra daquela forma, ele apenas sorriu de forma mais aberta deixando que a pergunta morresse. Nestas horas não sabia o que pensar, não tinha certeza se ter alguma coisa com ele seria adequado, para nenhum de nós dois e os motivos para me fazer pensar assim eram tantos...Um deles era o fato dos dois estarem em Milão de passagem. Além do mais eu não era do tipo aventureira emocional e Bill...Bom ,Bill era ele mesmo, aberto ao amor, um romântico a moda antiga.

Ainda andávamos lado a lado quando parei bruscamente na vitrine de uma joalheria admirando de boca meio aberta uma pulseira. Seria alguma coisa totalmente comum mas gostei do significado que tinha, ou melhor poderia ter. Era um conjunto de elos simples em ouro branco porem no mostruário tinham diversos pingentes com algum significado que poderiam personalizar a joia. Pensei que se a comprasse, poderia pôr um que lembrasse Milão, mas não compraria. Considerando as poucas sacolas que já tinha comigo conclui que já havia gastado demais então meu pequeno e novo sonho de consumo estava fora de cogitação. Nem quero imaginar a cara que eu fazia para que Bill falasse alguma coisa.

–Ela seria um bom investimento... -Começou a tentar-me como faria qualquer amigo interessado em minha felicidade. Bastava um telefonema, somente um para que eu tivesse aquela joia e o chão italiano que eu pisava naquele momento. Já havia dado a Bill detalhes sobre minha relação com meu pai, o milionário com a filha desgarrada. Ser independente do dinheiro dele exigia estes pequenos sacrifícios e eu me orgulhava em faze-los que não necessariamente significava que eu gostasse.

–Seria... -Respondi com um muxoxo tentando não pensar em quantos euros custava aquela beleza...-Para um Rock star como você! Eu tenho outra realidade meu amigo...-Peguei em sua mão o puxando comigo para longe da vitrine...-Cartão de credito estourado...-Eu gostava da facilidade que tinha em faze-lo rir, enquanto eu o puxava seguidos por Scott, Bill ria descaradamente de mim.

Mal percebi que ainda não havíamos soltado as mãos, quando já estávamos em outra parte distinta do shopping. Senti meu rosto corar quando notei seus dedos entrelaçados aos meus. Fiz menção de solta-los quando Bill fez o gesto contrario, usou um pouco mais de força, parando de caminhar para me olhar nos olhos.

–Sobre a forma como me chamou agora a pouco... -A proximidade entre nós nunca havia sido tão grande, tanto que sua respiração se chocava contra mim... -Eu sei que é muito cedo e que sequer houve algo entre nós, mas de uma coisa eu tenho certeza... -Sua mão me pegou pelo queixo, de forma que eu não pudesse pensar em desviar o olhar do dele, seu rosto chegou até mim, meus lábios roçando nos meus ao falar... -Eu não sou seu amigo.

Bill me beijou, tão sutilmente que nem parecia estar acontecendo, de uma forma tão doce que não me deixou outra alternativa a não ser corresponde-lo.




~~♥~~


Ainda estava de roupão quando alguém bateu na porta. Estranhei geralmente Florinda era a única a me procurar e ela preferia berrar meu nome ao invés de bater. Continuei secando os cabelos andando até ela, na certa era alguma pensionista nova ainda se familiarizando com o local.

Abri a porta me surpreendo no mesmo instante. Bill estava escorado de forma relaxada mirando os próprios pés até que seu olhar encontrou o meu.Engoli a seco,a forma com que passou dos olhos para meu corpo causou-me um arrepio.Já fazia muito tempo desde a ultima vez que alguém me provocava essas sensações. Desconcertado ergueu uma sacola de um restaurante próximo, onde já havíamos jantado pelo menos quatro vezes na ultima semana. Depois do beijo a uma semana, já havíamos saído juntos o suficiente para ser chamado de um casal.

–Jantar...-A voz doce nunca deixava de me enternecer.

–Achei que sairíamos para jantar... -Abri mais a porta dando-lhe passagem. Ele entrou, soltando a sacola na cômoda, mais uma vez olhando-me sem muitos pudores. Se a luz do meu quarto não fosse provida apenas pelo abajur, certamente ele estaria vendo mais do que eu gostaria de mostrar, já que o roupão mal tapava o quadril...-Vou me trocar!

Virei-me querendo ir em direção ao banheiro, quando seu braço magro enlaçou-me pela cintura. Fechei os olhos deixando que ele colasse meu corpo ao seu. Bill curvou-se o suficiente para acomodar a boca na cavidade do meu pescoço.

–Não me importo com a forma que esta vestida...-Passou a mão livre pela lateral do meu corpo fazendo-me estremecer...-Na verdade eu gosto...-Engoliu a saliva depositando um beijo no meu pescoço...-Muito...-Sussurrou por fim.

Sutilmente fez com que eu me virasse, a boca encontrou a minha vagarosamente enquanto um braço dominava minha cintura a outra mão afundou-se em meus cabelos húmidos. Ele me beijou com uma intensidade diferente, a língua invadia minha boca com a mais pura luxuria, incentivando-me a beija-lo da mesma forma. O puxei mais para mim, bagunçando os cabelos negros com os dedos. Talvez não fosse o certo, a conversa sobre partirmos era cada vez mais constante, Bill já havia despachado Scott e certamente já tinha uma data para deixar Milão. Afastei estes pensamentos, beijando-o com mais voracidade, não pensaria nisso, não pensaria em nada. Me entregaria a aquele momento, me entregaria a ele, pois era isso que eu queria.

Ofegante, ele desviou minha boca partindo para o pescoço. Os dedos finos passaram a revelar meu ombro, deixando um rastro de saliva com a língua. Em segundos já não tinha mais o busto coberto. Encontrei a barra de sua blusa impulsionando-a para cima, atirando em um canto qualquer quando a tive em minhas mãos. Nossas mãos exploravam um ao outro com a intimidade de quem se conhece a uma vida inteira. Juntos tombamos na cama, rindo do barulho que o ferro antigo fez ao receber nosso peso. Bill olhou-me nos olhos, passando a ponta dos dedos por minha face. Seu olhar era enigmático, contando-me coisas que naquele momento eu não podia decifrar.Ele voltou a tentar-me, beijando os canto de minha boca, fazendo-me suspirar. Brincou um pouco com minha sanidade e alto controle mordiscando de leve meu pescoço, o lóbulo de minha orelha, descendo para os seios...Involuntariamente, meus dedos enterravam-se mais nos cabelos macios sentindo seu peito nu roçar ao meu causando-me uma pequena descarga elétrica. Bill desfez o nó precário do meu roupão, deixando-me totalmente nua. Desafivelou ele mesmo o cinto enquanto me beijava, descendo a calça e a boxer com a ajuda do meu pé. Ele sorriu de uma forma encantadora e sensual ao mesmo tempo no instante em que se encaixava a mim pela primeira vez, fazendo-me gemer baixinho. Seus dedos entrelaçaram-se aos meus um pouco acima de minha cabeça enquanto nos movimentávamos juntos, servindo um ao outro ao som de gemidos que provinham de nós dois. Ele permitiu que minhas mãos se libertassem das dele levando as próprias até minha cintura, apertando um pouco mais a medida que a intensidade crescia. A formigação começou pelos meus pés, subindo pelo corpo eriçando a pele em um arrepio prazeroso e não demorou para que um gemido forte escapasse por minha garganta anunciando o ápice, simultâneo ao dele. Bill relaxou seu corpo sobre o meu, acomodando os lábios na curva do meu pescoço repousando ali por alguns minutos.




Eu estava acomodada em seu peito apenas aproveitando a caricia que ele fazia em meus cabelos,nossa respiração já havia se refeito, o peito de Bill subia e descia tranquilamente ao inflar os pulmões. Não podia deixar de pensar o quanto era bom estar ali com ele,uma pessoa que eu mal conhecia,mas que havia tomado um espaço importante em minha vida, tanto que já temia em vê-lo partir.Ele havia me contado coisas sobre sua vida ,fragmentos que eu unia em minha cabeça, sobre o irmão,o pai que o abandonara, o padrasto que ele amava e a mãe,até mesmo sobre a banda que lhe havia dado sucesso.Nunca havia tido uma vida totalmente normal,era tudo tão comedido e limitado que tietar uma banda por exemplo nunca fez parte da minha vida.Com isso,o máximo que eu entendia de musica se resumia ao tantos clássicos instrumentais que meu pai me fizera escutar durante a vida para que eu tocasse melhor o piano.Há alguns meses havia comprado ,em mais um ato rebelde,um violão e um pensionista havia me ensinado o básico que eu aprendi com facilidade.O ponto,era que me sentia envergonhada por não saber nada sobre a banda de Bill apenas o que ele falava.

–Posso confessar algo?...-Comecei quebrando o silêncio.Bill assentiu sonolento com um ruído...-Não faço a mínima ideia do que você canta!...-Parecia uma piada, tanto que ele riu divertido balançando-me com ele...-Não me culpe!...-Comecei fingindo indignação... -Sou uma pobre fotógrafa do mundo que sequer tem internet...-No meu notebook era possível encontrar a ultima versão do melhor editor de fotos que eu pudesse vir a precisar para ter algum sucesso como fotógrafa, mas o máximo de entretenimento se resumia a pasta de Debussy e outra de rock dos anos 80-mais precisamente Metallica,que eu só conheci graças a uma colega de faculdade que os ouvia noite e dia,fazendo com que eu gostasse também- e dos anos 90 que eu ouvia durante as madrugadas de trabalho.Praticamente uma mulher das cevernas em termos musicais.

–Posso confessar algo também?...-Bill esperou pelo meu muxoxo afirmativo...-Eu prefiro assim!...-Beijou o topo de minha cabeça...-Somos só você e eu.Um cara conhecendo uma garota...-Sorri ao pensar nisso.Meu sorriso se desfez imaginando como seria chato conversar com alguém que já conheça sua vida inteira da internet e quantas vezes ele já havia passado por isso...-De qualquer forma,poderia conhece-los...A banda... –Apoiei-me em meu próprio cotovelo,encarando seu rosto com a sombrancelha erguida.Bill suspirou antes de continuar...- Venha para Los Angeles comigo...-Os olhos castanhos me encaravam com ternura.

Fiquei imaginando o real sentido daquelas palavras,tentando entender se eu havia me tornado alguém especial para ele também.

–Defina comigo...-Rebati.Estava meses sem endereço fixo,viajaria de novo logo em seguida.Poderia abrir mão da sensação de liberdade-nunca dela mesma-até encontrar o que quer que fosse junto a Bill.

Ele revirou os olhos sarcástico.

– Comigo no mesmo voo,senhora eu sou dona do meu nariz...para continuar trabalhando...-Mordeu o lábio inferior...-Como minha namorada...





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Notas finais do capítulo

Sabem o que fazer!