I Am... A Lie escrita por Kim Jin Hee


Capítulo 8
Cap. 08


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é o primeiro com POV diferente, que não seja do James ou da Lily. Enfim, espero que gostem! *-*



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Pov Marlene McKinnon


Ah, a casa da minha avó...

Sério, tem coisa mais chata que isso? Minha avó paterna é um "pé no saco". Sabe que não tenho namorado, e que isso me magoa e faz questão de perguntar sobre eles. E ainda diz que estou gorda... POR DEUS EU NÃO ESTOU GORDA! Eu faço academia, todos os dias! Caminho todas as manhãs de sábados e domingos, e controlo tudo que como. Ah, sem mencionar as calorias que gasto com uns "gatinhos" por aí. O beijo é quase um exercício sabia?

– ARGH – urrei enfurecida enquanto caminhava pela calçada perto da casa da velha.

Estava andando sozinha quando mais à frente, vi um garoto encostado na cerca de uma das casas. Ele tinha cabelos loiros e lisos. Pareciam cair constantemente em seus olhos, pois ele ficava jogando para o lado a todo minuto. [N/A: Que tal fingir que o cabelo do Lucius é tipo o do Justin Bieber? :)].

Passei perto dele e ouvi um assovio.

Ah, sou tão diva!

Parando e me virando como quem faz pouco caso, eu pude ver um sorriso vindo dele.

Um sorriso branco e brilhante. Mesmo estando bem escuro e eu não conseguindo saber se conhecia ou não aquela pessoa, era impossível não ver o sorriso. Ele brilhava de uma forma estranha, que eu nunca havia visto antes. Parecia quase um sorriso sádico e estranho.

Para de ser louca Lene... É só um garoto como todos os outros.

Senti meu sangue congelar. Seria medo?

Então ele jogou os cabelos para o lado, e eu pude ver seus olhos. Ele estendeu a mão e eu imediatamente obedeci. Parecia presa àqueles olhos.

Os olhos.

Aqueles olhos acinzentados que tomavam conta dos meus sonhos todas as noites, mas que eu nunca identificava de quem eram. Os olhos que me faziam bem e me faziam sentir feliz.

De alguma forma eu sabia que aqueles não eram os meus olhos cinza. Aqueles olhos azuis acinzentados aos quais eu estava presa eram frios e sem vida, e os meus olhos azuis acinzentados era vivos e brincalhões, eles brilhavam de um jeito maroto e alegre. Mas mesmo assim eu estava hipnotizada.

Assim que cheguei perto o bastante ele sorriu. Não sorri de volta, apenas fiz uma curva estranha com os lábios. A escuridão não o deixaria perceber mesmo.

– E então gata, qual seu nome? – ele perguntou com a voz rouca em meu ouvido.

Antes aquilo fazia um arrepio correr toda a extensão da coluna, mas agora parecia patético.

– Marlene. E o seu? – eu disse com a voz fria.

Não estava controlando meu próprio corpo. Parecia que os olhos dele me controlavam. E isso me dava medo.

– Não há necessidade de saber meu nome – ele disse me agarrando e beijando a força.

Me debati por uns minutos, tentei de tudo. Até dar um chute "onde dói" eu tentei, mas ele parecia prever cada movimento meu.

Depois de um tempo me beijando ele me soltou e eu lhe dei um soco.

– Nunca mais encoste em mim seu cretino – eu disse me contendo para não gritar.

Ainda estava perto da casa da minha avó, e sabia que se gritasse a família viria correndo e ela iria começar a falar dos namorados e eu iria me estressar.

Então ele gargalhou. Sim, ele começou a gargalhar.

– As mulheres... Sempre tão tolas – disse antes de eu perceber que estava cercada.

– Agora, nós vamos dar um passeio gatinha – disse alguém.

E foi a última coisa que ouvi antes de sentir uma dor lancinante na cabeça e sentir o sangue escorrer por minhas costas... Depois disso, eu desmaiei.


Pov Sirius Black

Eu ainda não entendo porque minha mãe insiste em tentar, sem sucesso, me obrigar a frequentar aquilo que chama de casa. Ainda mais para o aniversário do meu irmãozinho perfeito.

Que ódio! Todos naquele lugar ficam babando em cima do Regulus, dizendo que ele é o melhor e que vai seguir os passos da família, e blá!

Mas sinceramente? Eu nem ligo mais, dane-se aquelas pessoas aquela casa, aquele empregado que mais parece um animal, dane-se tudo.

Eu estava no meu quarto, olhando a noite pela janela. Gostava de "conversar" com as estrelas... Elas me entendiam, ou pelo menos não faziam questão de mostrar que o Regulus era melhor que eu.

Afinal, eu sou mais brilhante!

Ainda estava olhando pela janela quando vi uma cena meio estranha...

Malfoy, Avery, Rowle, Nott, Zabini, Crabbe e Goyle carregavam um estranho saco de plástico. Era comprido, irregular e... Espera aí! Tinha pés. Ah meu Deus eles mataram alguém!

Mais que depressa, como um gato...

NÃO, como algum animal que escale bem, porque eu não gosto de gatos.

Enfim, descendo silenciosamente a janela, senti meus pés tocarem o chão. Tirei o paletó e a gravata que usava e fiquei apenas de calça e camisa social. Saí pelo portão e entrei na rua em que eles entraram há poucos minutos. Silenciosamente os segui, ainda estavam no meu campo de visão por causa do peso que aquele estranho saco preto estava parecendo pesar. Então eles entraram em uma espécie de garagem. Cheguei em frente o portão de ferro e percebi que os idiotas não havia trancado, abri a porta do modo mais silencioso que pude e entrei. Caminhei pela escuridão do local por um tempo, e quando finalmente meus olhos se acostumaram à falta de luz cheguei em um lugar que parecia uma sala.

Tinha uma lâmpada de luz amarela no teto, que não iluminava todos os cantos da sala, uma cama num canto mais escuro e uma roda de cadeiras de madeira no meio, abaixo da lâmpada.

Eles colocaram o corpo bruscamente na cama e tiraram o plástico que o envolvia.

Como a cama ficava na parte mais escura, não pude ver o rosto da pessoa. Só pude perceber que era mulher, devido ao salto que usava.

Eles se sentaram e começaram a conversar entre si. Apurei meus ouvidos, queria saber quem era a mulher raptada.

Depois de uns minutos de conversas idiotas, o bobão do Goyle finalmente perguntou algo que prestasse. Ou melhor, que não prestasse, mas que eu estava esperando para ouvir.

– E então Lucius, quem é a gatinha? – ele disse em um tom malicioso que me fez querer sair do escuro e acabar com a raça dele.

Lucius sorriu arrogantemente antes de responder.

– Ah Goyle, não reconhece mais a princesinha dos McKinnon? Essa é Marlene McKinnon – ele disse apontando para o "corpo".

Ah não, não pode ser. O que eles fizeram com a minha Marlene McKinnon? Eles... Mataram ela? Não, não. Não pode ser, ela não pode ter morrido. Por favor, ela não pode morrer!

– E quanto vai pedir? – Avery perguntou.

Suponho que seja o resgate.

MAS QUE DROGA ELES ESTÃO SEQUESTRANDO A MINHA LENE!

– Não sei ainda – Lucius respondeu. – A família dela tem dinheiro. Viu o bairro da avó? – perguntou retoricamente. – Mas antes eu acho que posso me aproveitar um pouquinho... – finalizou maliciosamente com a mão no queixo.

EU VOU MATAR ESSE LOIRO OXIGENADO!

Peguei meu celular no bolso de trás e mandei uma mensagem para James e Remus.


Prongs, Moony, eu estou enrascado. Chamem a policia e venham até aquele galpão perto da minha casa onde a gente brincava de guerra quando pequenos. Rápido!

Sirius.


Pressionei "enviar" e meu celular apitou quando a mensagem finalmente foi enviada. No momento eles estavam em silencio então ouviram o som do meu celular.

– O que foi isso? – perguntou Nott apreensivo.

Lucius ficou quieto, parecia estar farejando algo.

– Deve ter sido alguma coisa lá fora – quem respondeu foi Crabbe.

Lucius continuava "farejando", então se levantou, ainda em silencio e se encaminhou até onde eu estava escondido, que era atrás de uma pilastra. Parou em frente a pilastra e disse, em alto e bom som:

– Não foi nada lá fora Crabbe... Foi bem aqui – disse enquanto metia a mão do meu lado e me segurava pela camisa, sem dar tempo de me esquivar ou fugir.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? E o que vai acontecer com o Sirius e com a Lene? O.õ
Espero que tenham gostado!
Beijooos.