I Am... A Lie escrita por Kim Jin Hee


Capítulo 4
Cap. 04


Notas iniciais do capítulo

Esse é maior que o anterior! *--*
E eu gostei mais desse! A Lily e o Jay se aproximando de verdade... ooooown *---------------*
Espero que gostem também!
Boa leitura!



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Eu estou saindo com Lily Evans!

Esse é o meu único pensamento enquanto vou para a escola.

Atrasado. Mas mesmo assim vou.

Cheguei na escola correndo e Lily e suas amigas já estavam lá. Sirius e Remus também. Andei até eles e abracei Lily por trás. Ela sorriu ao me sentir beijando sua bochecha.

– Bom dia – ela disse se virando e sorrindo radiante. Aquele sorriso que eu tanto amo, mas havia algo diferente em seus olhos, eles pareciam... Tristes.

– Bom dia Lírio. Bom dia pessoal – eu disse. Enquanto eles respondiam olhei para Lily novamente. – O que houve? – perguntei.

– Nada Jay. Só um pouco de dor de cabeça – ela disse sorrindo carinhosamente.

Eu já ouvi essa desculpa mais de quinhentas vezes, e vivia usando-a quando a Lily me magoava e minha mãe perguntava o que havia acontecido. Mas resolvi fingir acreditar.

– Tudo bem então. Depois você toma um remédio, okay?

Ela assentiu. E ouvimos o barulho ensurdecedor do apito. Hora de ir para a aula.

– Vamos? – Lene perguntou. E começamos a caminhar. Dorcas e Remus mais a frente, Sirius e Lene no meio e eu e Lily por último. Até que Lily parou.

– O que houve Lils? – perguntei preocupado.

– Sabe aquele remédio? Acho que vou tomar agora – ela disse.

– Quer que eu vá com você? – perguntei e ela negou com a cabeça.

– Vá para a aula e se alguém perguntar, eu fui à enfermaria. Okay? – ela perguntou e eu assenti. Fiquei parado olhando ela voltar e dobrar o corredor pelo qual havíamos entrado. Depois caminhei até a aula de inglês.

– Quem leu o livro que pedi na aula anterior? – o professor perguntou assim que entrou na sala. Bom dia pra quê, não é?

Várias mãos foram levantadas, inclusive a minha. É, eu li. Embora a aula anterior tenha sido há algumas semanas atrás.

– Cadê a Lily? – Lene sussurrou atrás de mim.

Olhei para trás, ela estava sentada com Sirius, no lugar de Remus.

– Ela disse que ia na enfermaria – sussurrei de volta.

Ela revirou os olhos e me olhou com uma expressão óbvia.

– James, ela está matando aula. Você é burro ou o quê? Vá atrás dela – ela ordenou.

Ah! Eu sabia que a Lily não estava bem.

– Mas por que eu tenho que ir atrás dela e não você? – perguntei infantilmente.

– Por que você é o namorado dela. Agora, segure isto – ela disse enquanto tirava a ponta de ferro da caneta esferográfica e me sujava de tinta. Abri categoricamente a boca.

Aquela camisa era nova.

– A caneta é do Sirius – ela disse enquanto voltava ao seu lugar. Agora eu entendi o plano.

Nossa, a Lene é inteligente.

– SIRIUS OLHA O QUE A SUA CANETA IDIOTA FEZ – gritei atraindo a atenção do professor.

– Sr. Potter, posso saber o que está acontecendo? – ele perguntou.

– A caneta idiota do Sirius mais idiota ainda estourou – respondi como se fosse óbvio. Olhei para trás com uma expressão falsamente assassina para o Sirius e ele sorriu. O plano estava dando certo.

– Vá se limpar Sr. Potter – o professor disse e Sirius, Lene e eu sorrimos abertamente, sem deixar o professor perceber.

Levantei e andei até a porta.

– Me deve uma caneta nova Jay – ouvi Sirius gritar antes de fechar a porta por completo.

Fui até o banheiro e lavei as mãos. Nem me preocupei em lavar a camisa, eu já sabia que era um caso perdido. Então apenas tirei o excesso de tinta com uma toalha de papel.

Andei pelos corredores da escola até achar Lily em uma sala de aula vazia. Ela estava sentada em uma mesa em frente a janela. Estava com os joelhos dobrados e a cabeça apoiada neles. Parecia triste.

– Oi – eu disse timidamente chegando perto dela. Ela levantou a cabeça e sorriu ao me ver. Mas como hoje de manhã, seus olhos estavam tristes.

– O que houve com a sua camisa? – ela perguntou com uma voz fraca. Olhei para baixo e soltei uma risada sem humor.

– Ideia da Lene. Fiz isso pra poder vir atrás de você – eu disse com um pouco de medo que ela me mandasse sair dali.

– Ela que te disse que eu estava matando aula não foi? – ela disse meio rindo.

– Sim, mas, por favor, não briga com ela não. Sabe, ela só queria... – eu disse nervoso.

– Não vou brigar com ela e nem com você Jay. Senta aqui – ela disse respirando fundo e indicando o lugar ao seu lado. Caminhei até ali e me sentei.

– Você está diferente – ela disse, e não era uma pergunta.

Respirei fundo.

Eu sabia que estava diferente, só não sabia que seria ela a notar isso.

– Diferente como? – perguntei.

– Você não é mais idiota. Não é mais tão imaturo. Parece mais responsável e adulto.

Apenas assenti.

– O que te fez mudar? – ela perguntou de repente.

– Meu pai ta doente – eu disse simplesmente. Não gostava de falar sobre a doença dele, era doloroso saber que meu herói estava "caindo".

– Me desculpe – ela pediu.

– Não é nada – tentei sorrir. – E você? Por que mudou? – perguntei, tentando me desviar do foco da conversa.

– A vida me obrigou a mudar Jay. Eu não era notada, não era vista por ninguém. Em casa, a Petúnia sempre foi a filha linda e mocinha e Lily a nerd. Na escola, as minhas amigas se destacavam e eu não. Os garotos paqueravam sempre elas e eu era a esquecida. E então o Diggory me viu conversando com você e me ajudou a mudar. Depois disso todos me olhavam, me viam e eu não era mais a nerd amiga da Lene e Dorcas, eu era a Lily. Só a Lily.

Eu não podia acreditar no que estava ouvindo.

– Você aceitou perder sua identidade, quem você é só pra ser notada? Lily eu...

– James, por favor não me julgue, não me deixe, não me abandone por isso – ela implorou. E então fechou os olhos. – Jay eu preciso...

– Precisa...? – incentivei.

– Eu preciso de você – ela disse ainda de olhos fechados. Parecia estar dizendo aquilo mais para si mesma do que para mim. Parecia estar admitindo para si mesma que precisava de mim, e eu gostei de ouvir isso.

Então eu a abracei e ela começou a chorar em meu peito. Era doloroso vê-la chorar.

– Lils, por favor não chore. Quer... Quer que eu te conte uma história? – eu perguntei tentando de todas as maneiras fazê-la se acalmar. Ela respirou fundo e parou de chorar. Levantou a cabeça e me olhou nos olhos, aqueles olhos esmeraldas vermelhos por causa das lágrimas.

– Você é diferente do que eu pensava – ela disse sorrindo.

– Você ainda tem muito que conhecer de mim Lily.

– Já que tenho que te conhecer... Posso perguntar uma coisa? – ela disse sorrindo maleficamente. Percebi que ela estava melhor, e iria fazer de tudo para que ela ficasse bem para sempre. Então, assenti e ela perguntou:

– Por que o Six te chama de Prongs, Veado, Cervo, e outras coisas? – droga. Ela podia perguntar tudo, menos isso. mas eu deixei ela perguntar, então... Tenho que responder.

– Bem, toda criança tem um ursinho de pelúcia desde pequena e morre de ciúmes, não é? – perguntei e ela assentiu. Continuei. – Então, eu conheci o Sirius aos onze anos, quando começamos a estudar juntos... Ele tinha um cachorro chamado Padfoot, e um dia levou o cachorro na minha casa. Nós tínhamos treze anos e eu já tinha passado da idade de ter um ursinho, mas eu ainda tinha e o Sirius viu. Então o cachorro dele roubou meu ursinho e estraçalhou o pobre coitado do Prongs – eu disse tristemente. Eu ainda sentia falta do Prongs.

– E o Six te chama assim desde então – ela constatou.

– Mas não terminou, não. Depois que eu vi o estrago que o Padfoot tinha feito no meu Prongs, eu jurei o cachorro de morte, e uma semana depois ele morreu atropelado. E eu vi como o Six ficou e então comecei a chamar ele assim, de Padfoot. Quando eu chamei pela primeira vez eu pude jurar que vi os olhos do meu amigo brilharem.

– Que lindo – Lily disse.

– Lily... Por que você ficou assim hoje? Você é sempre tão alegre... – comentei.

– Uma pessoa me disse uma frase ontem e me fez repensar a minha vida – ela respondeu.

– Posso saber qual foi a frase? – perguntei.

Ela sorriu e disse:

– Pare de mentir para si mesma – ela disse e levantou. – Temos que ir. Já está na hora do intervalo.

– Vamos sim – eu disse lhe roubando um selinho. Ela riu.

Levantei e caminhamos de mãos dadas até o refeitório.

– Lily? – chamei quando chegamos na porta.

– Sim – ela respondeu meio avoada.

– Não que eu não goste da nova Lily, mas eu notava a velha Lily e sabia que ela existia.

Ela sorriu e me deu um selinho.

– Você é um fofo James. E eu estou adorando conhecer esse lado.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que siim!
Reviews? Espero elas também! :)
Até o próximo capitulo.
Beijoos, Chris!



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