Infernal Love escrita por juhpiazza


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

HEEY GENT! vou viajar! continuo a postar só domingo! continuem deixando os comentários! ♥33 gente, aqui vai começar com algumas questões católicas e não católicas também. O negócio é que vai começar a ficar meio, hm, tenso e macabro por esse capítulo. Mais pra frente vocês vão entender o porque de tudo. (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196779/chapter/3

Capítulo 3 – Niall Horan

22 de novembro - 15h33min p.m


Acordei deitado em uma confortável cama de casal. Imediatamente pensei que eu estava na minha casa, no meu quarto. Mas logo me toquei que o lugar estava muito claro para ser o meu quarto. Tentei me sentar na cama, mas senti minha cabeça dar voltas e fechei os olhos com força. Uma mão me fez voltar para o lugar e senti algo gelado na minha cabeça. Gelo provavelmente. Abri os olhos devagar sem muita coragem. Com receio que aquilo pudesse acontecer de novo.

Eu a vi sentada ao meu lado. Cuidando de mim. Cuidando de quem iria matá-la.

Soltei um gemido baixo quando me lembrei de tudo que havia acontecido. Aquilo era anormal. Nós, eu, eu não podia sentir dor. Afinal, que pessoa, no mínimo normal, sente dor com uma merda de rajada de vento e não sente dor com uma faca transpassando onde devia estar seu coração?

Não que eu não tenha coração. Eu tenho.

Só não o uso muito.

– Niall, você está bem? O que aconteceu?

– Eu estou bem sim, não se preocupa. – voltei a tentar me sentar. Dessa vez com sucesso. Fiquei cara a cara com ela. Ela era mais bela de perto. – Foi só uma queda de pressão eu hm, não comi direito de manhã.

– Bom você me deixou preocupada. Quer alguma coisa? Meu pai está almoçando, eu posso pegar...

– Não! Não precisa. Eu tenho que voltar para casa. Tenho umas coisas para fazer por lá. – Como falar para o chefe que eu quase morri agonizando por causa de uma estúpida rajada de vento. – Eu volto amanhã.

Pulei para fora da cama e cambaleei. Senti a tontura de mais cedo voltar. Fechei os olhos e me concentrei em ficar de pé. Eu estou indo embora, se você me deixar. Pensei com toda a força que pude. Aquela bruxa velha parecia ficar mais estúpida com o passar do tempo. Deveria estar se remexendo no túmulo tentando lembrar quanto é dois mais dois.

– Tem certeza? Você está meio tonto.

– Não, tudo bem.

Ela concordou e me acompanhou para a porta, desci as escadas e passei pela sala. De relance vi a cozinha e seu pai almoçando provavelmente. Ele fez um aceno com a cabeça e eu retribui. Alana abriu a porta e eu esperei a rajada. Ela não aconteceu. Sai da casa e voltei para olhá-la. Ela estava apoiada na porta me olhando.

– Nos vemos amanhã então. – ela disse, parecia querer confirmar isso.

– Isso. – me aproximei dela e passei as mãos pela sua cintura dando um demorado beijo no canto da sua boca. A pele dela continuava macia.

Ela corou.

Abanei e atravessei a rua voltando para casa o mais rápido que eu podia.


22 de novembro - 16h07min p.m – Niall Horan


Assim que eu cheguei em casa pude ver vários olhares para mim. Esperando respostas. Esperando que eu falasse: “Ei, já a matei, agora podemos morrer!”. Como se fosse tão fácil assim. Passei por todos sem dar atenção aos cochichos e olhares e subi as escadas aos pulos. Encontrei Louis descendo as escadas do terceiro andar. Segurei-o pelo braço e o puxei para o canto mais escuro dali. Ninguém podia nos escutar.

– Preciso falar com ele.

– Agora? Niall, você sabe que ele prefere falar com nós de noite. Como que foi com a vadiazinha?

– É sobre isso que eu preciso falar com ele Louis. É urgente. – passei a mão pelos meus cabelos. Aquela frescura de só poder falar de noite já estava me irritando. – Vou subir. Depois eu te conto o que aconteceu.

– Niall, tem certeza? Ele...

Deixei Louis falando sozinho e subi o outro lance de escadas. Louis era o meu melhor amigo ali. Era antes de tudo aquilo acontecer e continuou sendo. Mas eu não podia parar para contar tudo para ele. Precisava falar com outra pessoa antes.

Parei na frente da porta com a cruz virada para baixo. Bati de leve três vezes ali. A porta se abriu devagar e fechou com um baque surdo quando eu entrei. Eu odiava aquele lugar. Qualquer pessoa odiava. Fiquei parado na sala escura.

– Estava esperando por você Niall. Para vir em plena luz do dia algo deve ter acontecido. Espero que seja algo importante para você me perturbar. – aquela voz.

Imagine almas gemendo e gritando de agonia no purgatório. Imagine pessoas morrendo aos poucos. Aquela voz era pior que isso. Era rouca, você sentia o terror e o pânico quando aquilo falava. Você queria sair correndo e se trancar em um quarto e tapar os ouvidos até morrer. Eu quase fiz isso. Quase.

– Ocorreu tudo como o planejado. Eu consegui o emprego hm, e bom, ela conversou comigo normal. Eu já sabia conquistá-la então foi fácil. Mas temos um pequeno problema...

– Qual problema?

– Hécate.

– O que? – senti o chão tremer tamanha sua fúria. Fechei os olhos. – Aquela bruxa maldita não apodreceu ainda?

– Ao que parece não. Ela, bom, eu acho que ela queria me matar. – voltei a abrir os olhos e contei o acontecido para ele. Ou para a voz dele. Senti o chão tremer ainda mais. A fúria dele chegando ao extremo.

– Sabia que ela ia nos atrapalhar. Mas tentar matá-lo? Isso é ridículo até para ela! – escutei um estrondo. – Só nos resta uma saída. Vocês precisam matá-la e eu prometi ajudá-los. Então, precisamos fazer uma conversão aqui, Niall.

Senti a raiva dele diminuir enquanto ele planejava alguma coisa. Uma solução. Tremi. Conversão? Aquilo normalmente não era bom.

– Que, que conversão, senhor?

– Você a aceita? – ele falou com malícia na voz.

E eu senti medo.

– Aceitar o que?

– Só diga que aceita! – ele gritou e o chão estremeceu como um terremoto.

Quase preferi a dor da maldita Hécate.

Quase.

– Aceito, aceito!

No mesmo minuto preferi não ter falado aquilo. Uma faca voou na minha direção e atingiu meu peito. Cai de joelhos no chão quando eu percebi que aquilo doía. E muito. O sangue jorrou pelo meu peito e eu comecei a agonizar. Cai na minha própria poça de sangue e meus olhos se reviraram. A dor era enorme. Insuportável. Eu berrei. Escutava ele falando coisas que me davam pontadas e dor. Comecei a lacrimejar e gritar. Eu não podia agüentar mais.

Não podia.

E tão de repente como a dor começou ela parou. Eu ainda sangrava e ainda sentia uma dor profunda lá no fundo. Levantei-me com dificuldade. Minhas pernas tremiam e meus olhos estavam marejados de lágrimas. Olhei para a faca que ainda jazia no meu peito. A retirei de lá sem sentir uma dor sequer. Meu peito estava sem nenhum corte apenas imundo de sangue. Como se eu tivesse jogado sangue ali por diversão. A faca estava imunda. Com o meu sangue. Joguei-a no chão. Ainda tentava me manter em pé.

– O que você fez? – eu temia a resposta.

– Você está pronto Horan. Hécate não pode machucar você mais.

– Co- como não? – infelizmente, eu acho que sabia a resposta. E torcia com todas as minhas forças que eu não estivesse certo.

– Agora você é um anticristo completo Niall.

E eu estava certo.

Lúcifer havia acabado de me transformar em alguém igual a ele.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

HEEY GENT! vou viajar! continuo a postar só domingo! continuem deixando os comentários! ♥33 bom, isso ai. muito ruim? comentem meus amores. e qualquer coisa, falem comigo pelo twitter ( @YeahSelenitas -fc- @juhpiazza -pessoal-) bjjs s2