Quando O Futuro Vem Dos Céus - Memórias escrita por LYEL


Capítulo 7
Aqueles que Aprenderam a se Superar


Notas iniciais do capítulo

Aqueles jovens amigos não poderiam mais apenas ficar parados enquanto o mundo girava deixando-os para trás, eles tinham que fazer alguma coisa, sentir que poderiam ser a diferença, eles teriam que aprender a se superar...



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Palavras da autora: Bleach não me pertence, eu apenas peguei emprestado.

TRILHA SONORA DISPONÍVEL NO EMAIL: quandofuturovemdosceus@gmail.com

SENHA: tialyelberserk

Abertura da Fanfic

http://www.youtube.com/watch?v=czhk6z1k_xk&feature=youtu.be

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Um prédio começa a desmoronar em Karakura e da poeira de seus escombros que caiam, Ishida pula segurando o braço esquerdo inutilizado depois de um golpe rápido dando uma cambalhota no ar, ele cai de joelhos no terraço de outro prédio vizinho e observa sua inimiga que se aproximava.

Ela era de estatura mediana é pele tão pálida que era possível ver suas veias passando pelo rosto, seus olhos eram totalmente arroxeados assim como seus cabelos e suas unhas longas tinham um tom carmesim, em sua mão direita um punhal retorcido ainda tinha resquícios do golpe sem sucesso que acabara de desferir em Ishida.

Uma pressão espiritual anormal emana da direção em que Inoue lutava e isso preocupa Ishida.

– Parece que Mélicos despertou. Ela olha seu punhal coberto de sangue.

– Você também possui esse tipo de transformação Qjael?

– Logicamente, mas enquanto você não se mostrar um oponente digno de enfrentar meu verdadeiro poder, não há motivos para mostrá-lo.

– Sei. Ishida faz uma careta quando ergue seu arco com o braço esquerdo e uma flecha se energiza em sua mão direita.

– Eu sei que você tem mais poder que isso Ishida Uryuu, todos aqui possuem, não é a toa que quase todos já mostraram suas verdadeiras formas, então por que você está se segurando?

– “Enquanto você não se mostrar um oponente digno de enfrentar meu verdadeiro poder, não há motivos para mostrá-lo”.

Qjael sorri.

– Entendo, então se eu lutar com meu poder verdadeiro você lutará com o poder que adquiriu com a jovem do futuro?

– Exatamente.

– Muito bem então, é de meu interesse conhecer o que ela andou fazendo nesses últimos anos e o que fez desde que chegou aqui.

Qjael corta sua mão esquerda e abre deixando o sangue negro pingar no chão.

– Até por que. Qjael sorri novamente. – Nós nascemos apenas para este momento, o estopim para o surgimento de uma nova era, onde apenas aqueles sob as asas do grande Magnus reinarão únicos e absolutos!

Ishida continuava com seu arco em posição.

– Destrua suas crenças! Blasphemos!

A pequena poça de sangue no chão se agita e começa a tomar forma, ela cresce em tamanho e sobe no corpo de Qjael sua pele pálida se torna enegrecida e seus cabelos e olhos também, um pêlo espesso envolve seu corpo e seu punhal se divide em dois punhais com desenhos sinistros.

– Então humano? Agora me tornei digna de ver todo o seu poder.

Ishida não parecia ter se abalado com aquela transformação, ele analisava blasphemos em cada detalhe visível, seu corpo ágil e suas armas provavelmente lhe dariam um velocidade de combate inacreditável, sua pele coberta de pêlos deveria ser quase impenetrável para instrumentos perfuro-cortante, então como combatê-la?

{Fairy Tail: Haja no Sen Kaze}

– Prepare-se! Blasphemos some e como Ishida já esperava, sua velocidade era quase impossível de prever, tanto que ele só consegue olhar e sentir duas estocadas nas costas tão rápidas que ele pula para frente, mas perde o equilíbrio, mesmo assim aproveita o embalo da gravidade para girar o corpo e desferir um tiro contra ela antes de cair no chão, o hollow desvia e some outra vez.

– Droga... Ishida cai de joelhos. Seus rins estavam perfurados.

A voz de blasphemos ecoa no ar.

– Antes de me tornar serva do senhor Kaliver, fiquei sob a tutela do abissal conhecido como Zerus, tenho conhecimento vasto sobre venenos, poções e ocultismo humano...

Ishida procurava Blasphemos, mas sua visão começa a embaçar e a dor que sentia nas costas só aumentava.

– Logo você perderá a consciência... O veneno que apliquei em seu corpo se espalhará sem que você tenha chances de reagir, por isso perfurei seus rins, assim não terá como filtrar a toxicidade dentro de você, Fufufufufu...!

Ishida começa a tossir enquanto ouve as gargalhadas de Blasphemos se tornarem mais evidentes, ele percebe uma silhueta se aproximando e parando bem próxima a ele.

– Você é meu, humano... Blasphemos gira um dos punhais no ar. – Tomarei seu espírito para o Grande Solomon! Blasphemos desfere a estocada em Ishida.

E Atinge o ar.

Ishida some da sua frente.

– O... Quê?! Blasphemos arregala os olhos surpresa.

Aquilo tudo era uma ilusão.

– Foi um bom golpe.

Blasphemos olha rapidamente para trás.

– Pena que não atingiu. O reflexo do sol impedia que o hollow visse os olhos frios do Quincy diante de si. Ishida desfere uma chuva de flechas.

O Deep hollow começa a desviar freneticamente das flechas, mas ao ser atingida de raspão por uma delas, começa a levar uma saraivada das seguintes e seu corpo fica cravado de flechas espirituais, então ela cai no chão.

Ishida ajeita os óculos e então se aproxima devagar de sua adversária.

– Não posso mais perder tempo com você, eu preciso ajudar Ino...

Os olhos de Blasphemos se tornam malignos e ela pula sobre Ishida e consegue agarrar seu corpo.

– Não sei como fez aquilo humano, mas agora tenho certeza que meus olhos não me enganarão. Ela sorri.

– Drog...! Ishida cerra os dentes suando frio ao cair na armadilha, ele ainda tenta se debater, mas já era tarde.

– Fufufufufu!!! Os braços de blasphemos envolvem o corpo de Ishida como se fosse uma serpente e ela para o desespero dele começa a quebrar todas as armas que ele tinha na cintura e o símbolo do arco Quincy no braço.

– Nãããão...!

Como se não bastasse, os caninos de blasphemos ficam mais proeminentes e como um vampiro ela morde o pescoço de Ishida que grita de dor e sem ter como reagir, com isso ela se regenera por completo e arremessa Ishida contra a parede do prédio em sua frente, ele bate com força e cai no chão paralisado de dor.

– O que fará agora humano? Quebrei todas as armas que possuía, sem elas, você não passa de um ser humano frágil e comum.

Era isso que Ishida temia que acontecesse, mas não deixava de pensar no como a vida conseguia ser irônica e sorrir com cinismo para o jovem Quincy e para ele, o cinismo tinha um nome...

– Hisana...

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{AudioMachine: House of Cards}

Ishida estava tremendo, tinha disparado um incontável numero de flechas, feito três rituais de Seele Schneiders, usado todo o seu fôlego em seus Hirenkyakus e mesmo assim Hisana continuava de braços cruzados para o Quincy diante de si.

– E ai? Vai fazer mais nada não? Você ainda está cheio de armas.

– Droga...! Ishida some e aparece por cima dela. - Licht Regen! Uma chuva de flechas cai sobre Hisana que nem mesmo olha para cima e ainda fazia cara de tédio bocejando.

Uma densa poeira sobe e quando dissipa, Hisana estava lá, no mesmo lugar de braços cruzados.

– Maldição você é forte demais. Ishida toma uma distância “segura” para falar.

– Posso fazer uma pergunta? Os Quincys sabem lutar sem armas?

– Claro que não! Nossas armas são uma tecnologia desenvolvida para personificar o orgulho Quincy em nossas batalhas! Ishida responde automaticamente.

Hisana coça a cabeça tentando entender.

– Peraí... Quer dizer que sem esse teu “bat-cinto” e esse trabuco na mão você fica inútil? É isso que quer dizer?

– Claro... Que...!

Hisana bate na testa quando Ishida engole seco e fica desconcertado.

– Meu Deus... Essa eu não esperava...

Ele cerrava os punhos, não sabia o que dizer.

– Ishida, você é inteligente e deve entender as fraquezas que suas armas possuem. Hisana começa a apontar para as armas de Ishida enquanto fala. – O Sprenger, para ser acionado precisa de um ritual com cinco Seele Schneiders, demora demais, mesmo que tenha uma eficácia maior, não é o suficiente para matar um inimigo de alto nível, você gastou uns quinze em mim e nada aconteceu, mas eu já sabia o que você ia fazer por que conheço suas técnicas, mas seus inimigos também.

Ishida olha decepcionado para suas armas desperdiçadas metros dali e Hisana continua:

– Quando você usa técnicas como Ginrei Kojaku e Licht Regen mesmo que incontáveis flechas sejam disparadas ao mesmo tempo sem dar oportunidades do inimigo fugir, todas elas possuem uma quantidade “padrão” de energia, por isso, mesmo que estas técnicas tenham quantidade, pecam muito em “qualidade”, pois contra um inimigo bem treinado e com o corpo resistente, talvez o máximo que sintam sejam picadas como os de insetos.

Ishida arregala os olhos e lembra perfeitamente do que Granus tinha feito contra ele... Hisana tinha razão e ainda continuava:

– Seu arco que é sua arma principal é muito poderoso, mas se eu quebrar seu braço e mesmo que você use o Ransōtengai para tentar controla-lo e continuar a disparar suas flechas, a partir do momento que o símbolo Quincy que você usa no pulso quebrar, então tudo se tornará inútil, afinal, com o que você vai invocar o arco?

Ishida estava calado, não havia nada que ele pudesse fazer... Era difícil se sentir impotente e Hisana tinha conseguido fazê-lo sentir-se assim.

– Eu... Sou inútil.

Hisana coça a cabeça.

– Não é não, pare de se menosprezar.

– Você tem razão... Sem minhas armas eu sou inútil... Não sei fazer nada sem elas...

– Mas você está realmente usando todas as suas armas? Hisana sorri.

Ishida não entende e olha para ela.

Hisana continuava sorrindo:

– Ishida, a maior arma que o Quincy possui não foi criada por nenhuma tecnologia cheia de orgulho, não fica na cintura, nem ao redor do pulso.

Ishida tentava entender aonde Hisana queria chegar.

– Lembra-se de sua batalha contra Kurotsuchi Mayuri? Hisana muda seu olhar para algo mais sério.

Ishida arregala os olhos, um flashback vívido enche sua cabeça, aquele arco enorme, aquela asa que absorvia reishi! O Quincy muda para um expressão mais surpresa.

– Exatamente. Hisana continuava com aquele olhar.

Ishida estava pensando uma loucura, aquela jovem não pretendia por acaso...!?

Hisana aponta para ele com um olhar determinado quase intimidador.

– Uryuu Ishida, eu vou transformá-lo em um mestre de manipulação de energia espiritual.

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Ishida sorri.

– Droga... Queria guardar esta técnica para ver a cara do Kurosaki... Mas infelizmente não vai dar.

Blasphemos ouve Ishida falando sozinho.

– Fazer o que... Ele suspira.

{Bleach OST 4: Power to Strive}

Ishida começa a se levantar seu corpo sofre uma pequena distorção e se faz silêncio no campo de batalha, era como se não existisse nada ao redor apenas ele e Blasphemos.

– Mas o que é...!

Ishida abre os olhos enquanto se levanta e seus olhos estavam cheios de uma energia azulada seu corpo começa a ficar cercado de energia espiritual da mesma cor, seu cabelo fica agitado como se toda aquela energia causasse um vento tempestuoso em seu corpo, quando Blasphemos pára para observar o ambiente ao redor percebe que o prédio em que lutavam estava sendo absorvido!

As incontáveis partículas espirituais que compunham aquela massa solidificada naquela dimensão estavam sendo absorvidas por aquele humano fazendo sua pressão espiritual alcançar um patamar que ela não esperava.

– Esse poder não estava registrado no histórico desse humano! O que está acontecendo? Blasphemos já tinha parado de sorrir a muito tempo.

– Você disse que estava curiosa para saber o que aquela jovem andou fazendo desde que chegou aqui não foi?

Ishida posiciona seu braço esquerdo como se fosse atirar uma flecha invisível com a mão.

– A resposta é bem simples. Os olhos do Quincy se tornam afiados. – Ensinando a derrotar inimigos como você.

Uma massa densa de energia circula ao redor do braço esquerdo de Ishida e vai ampliando até tomar forma de um grande arco espiritual.

– Não! Impossível! Blasphemos no desespero tenta concentrar energia nas mãos.

– É inútil.

A energia nas mãos de Blasphemos some naquele turbilhão de pressão espiritual.

– Morra.

Uma flecha feita de energia surge na mão direita de Ishida, a princípio ela é dourada, mas se torna azul.

– Nãããããããããoooo!!!

– Grand Cross!

A enorme flecha de energia voa em disparada na direção de blasphemos que grita em agonia com a aproximação daquela massa de energia espiritual não lhe dando chances de sobrevivência, o hollow evapora engolido por aquela energia que ela não imaginava existir e junto com a explosão que se segue uma cruz de energia enche o céu anunciando o final do julgamento e a vida de Blasphemos se esvai no esquecimento.

Ishida fica flutuando no ar, seu domínio sobre a energia a sua volta o impedia de cair e fazia o céu ser tão sólido quanto o chão, ele começa a acalmar o turbilhão de reishi a sua volta e seu corpo perde gradativamente aquele intenso brilho, o prédio havia evaporado e só ele tinha restado naquela parte da cidade.

– Inoue... Ishida não perde tempo ao virar-se na direção de sua amiga e quando pensa em pular sua visão embaça. – Droga...

O corpo de Ishida estava muito debilitado por não estar acostumado com aquela técnica, além do mais, sem aquela energia toda a sua volta a mordida de blasphemos parecia estar fazendo efeito.

– Não pode ser... Maldição... Ele... Me... Peg...

Ishida começa a cair em queda livre e forma uma cratera no chão ficando inconsciente.

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{ Immediate Music Trailer Head- Glory Seeker}

Sado estava diante de um monstro com corpo de lagarto e rosto de inseto, seu inimigo se denominava Verminita agora e o braço anteriormente arrancado por seu poderoso golpe estava lá outra vez, como se não fosse suficiente, o poder que ele emanava era deveras preocupante e fazia o jovem latino não tirar os olhos de seu adversário.

– Seus golpes são poderosos e possuem muito impacto, posso ser o mais fraco de todos que aqui estão, mas ninguém possui um poder de regeneração melhor que o meu, mesmo que arranque a minha cabeça você não poderá me matar.

– ...

Verminita encara Sado e sua cabeça inclina para o lado.

– Pelo seu olhar parece que vai me levar mais a sério agora.

– Nunca duvidei do seu poder, mas era difícil prever que teria tanto assim. Sado fala com voz séria.

– Meu poder não é nada Sado Yasutora se está com medo de algo tão medíocre assim, suas palavras não passaram de lixo momentos atrás.

– Sua humildade me impressiona...

Verminita ri.

– Não é isso, eu apenas sou sensato o suficiente para reconhecer minha própria força e logicamente... Verminita movimenta os dedos ligeiramente e eles estalam como galhos. – nunca entraria em uma batalha se soubesse que não iria vencer.

Verminita abre a boca e começa a regurgitar uma bola branca parecida com um casulo no chão.

– Ecloda e saiam meus filhos.

O casulo se quebra e dele várias criaturas que lembravam aranhas saem, elas eram peludas, andavam arrastando o abdômen no chão e tinha uma língua com o comprimento maior que o corpo.

Sado parece não se abalar pela desvantagem numérica, as criaturas começam a cercá-lo ele por instinto pula para não ser pego pelas costas, mas umas das criaturas segura seus pés com a língua e o arremessa para baixo, ele tem apenas tempo de proteger o rosto, quando levanta ele já se via sem saída.

– Droga!

– BRRrRrRZzZZZzZz! As criaturas fazem um ruído ensurdecedor e cospem uma gosma esverdeada no jovem que fica imobilizado.

– É meu caro Sado... Verminita chama a atenção do rapaz que olha surpreso para ele. – Parece que as coisas vão esquentar para você. Verminita brinca e cospe uma massa cinzenta sobre a que estava paralisando Sado e ela entra em chamas.

– Nãaaooo!!! Sado grita enquanto sente o calor consumi-lo.

– Você morrerá consumido pelo fogo Sado e a não ser que você renasça como um demônio vindo do inferno, jamais conseguirá se libertar destas chamas!

– Uaaahhhh!!!!! Sado some no meio de todo aquele fogo e os insetos que o cercavam se afastam de sua obra fulgurante para não serem mortos também.

– Acabou, você jamais seria páreo para mim, assim que essas chamas cessarem removerei o espírito de seu corpo e darei por concluída minha parte da missão, assim o senh...

As chamas que já alcançavam mais de cinco metros oscilam entre outras cores e trepidam.

– Uhm...? Verminita fita as chamas com firmeza, algo se mexia, não era preciso ser vidente para saber quem era.

As chamas oscilam de novo e Sado havia parado de gritar, uma silhueta musculosa se formava dentro do fogaréu e caminhava para fora daquele lugar consumido pelas chamas.

– Eu não acredito... Verminita tentava não parecer surpreso. – Não era para você poder fazer isso com essa idade...

Se era necessário se tornar um demônio para ascender do inferno, então era exatamente isso que Sado havia se tornado.

Das chamas um homem envolto por uma armadura peculiar e simbiótica colada ao corpo surge do seu lado direito os desenhos negros e vermelhos lhe cobriam indo de encontro ao lado esquerdo do corpo que se envolvia com algo parecido, mas de cor branca e preta, do braço direito o escudo, do esquerdo uma lâmina curvada e serrilhada que começava no pulso e ia até o antebraço com um comprimento até a altura da cabeça, ele ergue o semblante para fitar Verminita e sua cabeça era coberta por essa armadura simbiótica dividindo seu rosto em duas expressões do lado direito os olhos vermelhos e do esquerdo amarelos, os chifres eram retorcidos e terminavam por mostrar a todos sua aparência nada amistosa.

– Armadura Del Infierno... Verminita sussurra.

Sado responde respirando um ar metálico que lembravam um felino faminto à espreita.

– O que aquela garota fez com vocês está muito além das expectativas... Verminita faz um sinal e seus servos cercam Sado mais uma vez. – acabem logo com iss...

Sado soca o chão e uma cratera enorme se abre automaticamente engolindo todos ao seu redor.

Os servos de Verminita ficam soterrados a metros do chão e ele mesmo encontra um pouco de dificuldades para sair.

– Me lembro do que disse. A voz metálica fala.

Verminita encara Sado intimidado por sua aparência.

– Que mesmo que eu cortasse sua cabeça, ainda assim ficaria vivo... Por isso... Sado cerra o punho esquerdo. – Vou esmagar seu corpo todo de uma vez para que não se regenere nunca mais.

– É mesmo, como pretende fazer isso?! Não será tão fácil assim destruir meu corpo, pois eu sou...! Verminita falava com um sorriso amarelo quando vê aquele homem enorme pulando sobre sua cabeça com uma grande concentração de reiatsu envolvendo seu punho. – O q...! Verminita entra em pânico.

– Impacto Colosso!

Sado enterra seu poderoso punho sobre o corpo frágil de Verminita, o impacto é tão colossal que cria um vácuo ao redor de ambos ampliando muito mais o buraco feito pelo primeiro soco de Sado fazendo um barulho que ecoa pelo campo de batalha como se uma bomba tivesse sido jogada sobre o deep hollow que implode ao ter seus órgãos todos destruídos de uma vez.

Sado pula do buraco e observa o estrago que havia feito, então fecha o punho e fica olhando para aquela poderosa arma que tinha na mão.

– Você tinha razão Hisa, o corpo é feito para proteger, os punhos para esmagar...

Sado olha para o horizonte, de onde estava era o que tinha a melhor visão do que acontecia com todos, Hisana lutava não muito longe dali e a energia emanada daquele lugar era poderosíssima.

– Incrível...

Sado não esconde a vontade que tinha de ir até lá, mas outra reiatsu lhe faz mudar de prioridade.

– Ichigo... Sado se prepara para correr, mas dos escombros atrás de si algo se mexia.

Verminita continuava vivo, mas não por muito tempo.

–Fufufufu. Ele ri cinicamente e cuspindo seu sangue incomum.

Sado apenas observa calado.

– Sado... Yas... Ele cospe e tosse. – Você é poderoso... É resistente... Cuidado... Verminita cospe outra vez. – Ele virá atrás de você... E Quando chegar... Verminita sorri de orelha a orelha. – Você vai perceber que precisa ser... Muito mais que um demônio para derrota-lo...

Verminita gargalha com suas ultimas forças, sua face se retorcendo enquanto morre e se faz silêncio.

– “Ele”...? Sado fica pensativo.

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{Immediate Music Trailer Head - Darkness on the Edge of Power}

Inoue olhava com expressão horrorizada seu inimigo monstruoso que caminhava em sua direção, ele andava torto com o tronco retorcido e com uma densa névoa roxa e envenenada indo na sua direção.

– Mali... Secare... Inoue falava com a expressão trêmula e sem conseguir disfarçar o medo, ela imaginava que já tinha visto de tudo na vida, mas nunca tinha se deparado com tanta maldade sendo exalada de um único ser até aquele momento, a maldade daquela criatura era tão grande que não se prendia apenas ao seu corpo, ela circulava ao seu redor como o hálito pútrido da morte.

– GAAAAAaaaahhhhhHhHhh!! Mélicos solta um grito estridente que faz a espinha de Inoue congelar e quando grita aquela nevoa voa na direção dela como se estivesse viva.

Inoue estica as mãos para frente e seu escudo brilha por um instante e começa a desviar aquele nevoa para longe de si.

– Que... Poder! Ela grita suando e fazendo força para manter o escudo de pé.

Mas ela arregala os olhos quando vê seu escudo trincando.

– Não pode ser!

O escudo quebra e a nevoa roxa se aproxima rapidamente de Inoue.

– Tsubaki!

A pequena criatura desvincula das presilhas de Inoue e ela em um gesto rápido o faz abrir uma brecha ao cortar o espaço entre a nevoa a tempo de conseguir rolar e por pouco fugir dali.

– Idiota! Tsubaki nem espera Inoue levantar e já lhe desfere um cascudo.

– Ai, ai, ai! Inoue olha com lágrimas nos olhos para o pequeno que estava furioso.

– Fica ai toda metida dizendo: “Só a Hisa-chan pode quebrar meu escudo”. Tsubaki fala imitando Inoue e rebolando a bunda. – E por causa disso você quase bateu as botas! Ele puxa uma das bochechas de Inoue e aponta para onde ela estava.

Tinha um buraco enorme feito pela nevoa de onde saia uma fumaça de enxofre e as bordas do buraco pareciam derretidas.

Inoue suava frio e levanta o rosto para se concentrar em Mélicos que fazia um gesto com a mão como se estivesse tentando captar odores.

– Ei... Será que ele é cego... Inoue cochicha para Tsubaki.

– “Ei será que ele é cego” Tsubaki imita Inoue e desfere outro cascudo. – Cego e surdo sua lesada! Não tá vendo que a gente tá gritando faz meia hora aqui e ele nem percebeu onde a gente está?

Inoue que já fazia massagem na cabeça se desculpa.

– Não perde tempo e me manda logo com toda força para eu poder voltar para casa e assistir Power Rangers!

– Certo! Inoue se posiciona. – Tsubaki! Koten Zanshun!

Tsubaki se transforma em algo que lembrava um mini caça militar, ele voa em disparada para destruir Mélicos de uma vez por todas.

– Segura essa feioso! Ele grita com voz enérgica.

Quando fica bem próximo, Mélicos vira a cabeça exatamente na direção que ele vinha e sorri mostrando dentes amarelos e podres, Tsubaki não consegue frear e o Deep Hollow abre a enorme boca cheia de veneno e devora o pequeno amigo de Inoue.

– TsuBaKi!!! Inoue grita fazendo escândalo.

Era tarde demais, o pequeno havia sido devorado para horror da jovem que bota as mãos na boca em choque, Mélicos levanta o cenho e farejando ao redor e ele sente o cheiro... O cheiro do medo de Inoue que era o mais prazeroso perfume vindo em sua direção.

Ele sorri e começa a caminhar na direção da jovem com passos calmos que se tornavam assustadores e aumentavam o medo de Inoue ainda mais.

– GGggAaAaAhhhhhHHHh! Mélicos solta o mesmo grito estridente de antes e corre na direção de Inoue que no medo pula para trás.

– Santen Kesshun! O escudo triplo se forma outra vez enquanto a poderosa nevoa venenosa se choca empurrando a jovem cada vez mais para trás.

Aquela era uma situação complicada, Inoue não tinha mais poder de ataque, sem Tsubaki tudo o que podia fazer era tentar se defender, mas uma hora suas energias esgotariam e então ela se tornaria um alvo fácil.

– Não... O que eu posso fazer... Alguém me ajude, por favor...

“- Mas que merda heim, tudo o que você sabe fazer é chorar? Quantos anos você tem? Três?”.

Inoue fica surpresa, o que ela pensava que estava fazendo? A voz a faz voltar a si por um momento, mas seu escudo quebra e ela desesperadamente faz outro, outro... Mais outro, aquilo não ia ter fim e era cansativo demais levantar barreiras contra algo tão poderoso.

Inoue fica na beirada do prédio e olha para trás e para baixo, não que a queda fosse lhe matar, mas aquela altura toda lhe deixava tonta.

– GgAaAAhHh! A nevoa se choca com violência contra Inoue e ela é arremessada com o escudo quebrado para longe do prédio e começa a cair como chumbo em direção ao chão.

Aquela seria uma longa queda, como se não fosse o suficiente, Mélicos vem atrás pulando e de suas costas asas feitas de carne surgem e ele vem descendo em alta velocidade.

Ele iria estraçalha-la no ar.

– AaaaaHhhhh! Inoue grita caindo a nevoa havia atingido seu braço e queimava como ácido a jovem o segura enquanto cai, ela tinha que criar um escudo para amenizar sua queda, criar uma barreira para se defender de Mélicos, tinha que regenerar seu braço que derretia, tinha que esquecer o medo de altura, tinha que esquecer que era uma simples humana, ela tinha coisas demais para esquecer, seu foco estava completamente perdido.

Mélicos se aproximava ainda mais e seu grito horrorizante se perdia no meio do barulho que o ar fazia passar por seus ouvidos, mas o gás venenoso parecia mais denso que o próprio corpo do hollow, por isso ele com um gesto cria mais impulso com as asas cortando o ar para acelerar em direção de Inoue.

– O que eu vou fazer... Eu não quero morrer. Dizia Inoue que não sabia o que pensar naquela hora.

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{Two Steps From Hell - Heart of Courage}

– Mas se ficar fazendo essa cara de bunda molhada toda vez que eu te bater é o que vai acabar acontecendo Inoue.

– Mas você não segura a força mesmo sabendo que é muito mais forte do que eu...

– Por isso toda vez que eu bater você vai chorar? Eu já estou fazendo o favor de me segurar para não te matar e você ainda está reclamando?

Inoue estava com o rosto em péssimo estado, nunca tinha apanhado tanto na vida e não tinha muito do que reclamar, pois estava apanhando de outra mulher.

Hisana por outro lado realmente estava fazendo mais força para se segurar do que para treinar Inoue e aquilo já estava torrando a sua paciência.

– Bora cacete fica de pé logo! Hisana estava irritada.

Inoue se contorcendo da maneira que podia fica de pé outra vez.

Hisana estava de braços cruzados ela olhava com raiva para Inoue que fazia diversas caretas por causa dos golpes e da dor.

– Encerramos por hoje, por que com mais um soco meu vai ser difícil não te matar.

– Mas... Mas eu...! Inoue engasga tentando dizer algo.

– Olha Inoue... Hisana faz um gesto para ela calar a boca. – Vai descansar vai, se você faz tanta questão de levar porrada de mim, ajeita essa cara antes.

–... Sim... Perdoe-me por fazê-la perder seu tempo comigo...

– Tanto faz... Eu vou descansar um pouco, aproveita para se recuperar também.

As duas ficam próximas uma da outra, Hisana estava deitada de lado no chão apoiando a cabeça com uma das mãos e parecia dormir.

Inoue não dormia, não conseguia sentir vontade de dormir, alguma coisa lhe incomodava demais.

– Hisa-chan você está dormindo?

– Sim... Hisana responde preguiçosa.

– Posso fazer uma pergunta?

– Não... Ela diz com preguiça.

– Por que está irritada?

–...

– Por que você... Esta zangada comigo? O que eu fiz?

Hisana olha para ela nos olhos e se levanta dando as costas.

–...

– Eu falei alguma coisa? Desculpe-me não me lembro...

– Não é isso idiota... Não é o que você fez... E sim o que você não faz!

– Não faço... Mas... Inoue também se levanta. – Como assim não faço?

Hisana se vira para ela.

– Você não cansa não?

– Cansar?

– Você não cansa de ser salva toda hora e nunca fazer nada quando mais precisam de você? Hisana fala mesmo sabendo que aquelas palavras machucavam.

Inoue olha surpresa.

– Vou ser sincera Inoue, se eu perceber que este treinamento não está rendendo nada para você, vou liberá-la da dimensão e proibi-la de entrar nas batalhas. Hisana faz uma expressão triste. – Não vou arriscar perde-la daquele jeito de novo...

– Hisa-chan... Sinto muito... Por ser tão fraca.

Hisana se aproxima de Inoue e toca-lhe o ombro, sua raiva esvaindo.

– Uma pessoa que eu admirava muito me contou uma vez que o corpo pode padecer o espirito quebrar e a alma ser feita em mil pedaços, mas se o coração continuar intocado então a vontade de viver prevalece.

Inoue ouvia de cabeça baixa.

– Essa mesma pessoa me disse que não existe poder maior do que aquele que nasce do coração... E que um coração forte é capaz de operar milagres...

Inoue soluça.

Hisana se comove quando vê as lágrimas de Inoue caírem no chão e ela se vira de costas se distanciando um pouco.

– Essa pessoa tinha o coração mais sincero e amável que conhecíamos todos a amavam tanto que quando ela teve que partir para nos salvar a dor de sua perda nunca pôde ser esquecida seu poder não só restaurava nossas vidas, como trazia sorrisos e esperanças aos que a cercavam.

Hisana cerra os punhos e começa a tremer.

Inoue mesmo chorosa levanta a cabeça para terminar de ouvir.

– Por... Isso... Eu quero ser muito mais forte, ter mais poder e assim destruir Magnus e tudo o que ele representa para aquelas centelhas de vidas que ainda resistem ao caos...

As lágrimas de Inoue param de descer.

Hisana se vira para Inoue e seus olhos estavam vermelhos, pois ela se segurava para não chorar e sua expressão contrastava com sua voz ríspida.

– Eu sei o que é se sentir inútil, querer ajudar e não poder... Hisana olha para Inoue. – Mas se você não colocar na sua cabeça que isso tem que mudar e não criar coragem para dar o primeiro passo, então aquela tristeza irá se repetir!

– Hisa-chan...

Hisana desvia o olhar.

– Nenhuma mudança vem sem consequências Inoue, mas você jamais será capaz de ver os resultados dessa mudança se desistir no meio do caminho... Por isso eu nunca desisto de lutar... Por que acredito que um dia eu poderei ver o resultado de todo meu esforço...

Inoue em seu coração agora entendia... Entendia que Hisana tentava desesperadamente torna-la forte, pois esperava que mudando o poder que tinham no momento de alguma forma mudaria aquele futuro catastrófico de onde tinha vindo...

E aquilo havia tocado o coração de Inoue e fazê-la perceber que ela tinha que fazer muito mais, ela tinha a obrigação de fazer muito mais...

– Obrigada Hisa-chan e desculpe por lhe dar tanto trabalho...

A voz de Inoue parecia mais adulta.

– Prometo que vou me esforçar mais a partir de agora.

Hisana olhava para Inoue que parecia outra pessoa.

– É bom mesmo, por que meu coração é muito fraco para aguentar esse tipo de emoção.

A duas não conseguem conter as risadas.

E desde aquela conversa muita coisa mudaria para Inoue.

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{Two Steps From Hell - United We Stand Divided We Fall}

– Como eu pude me esquecer disso... Inoue fecha os olhos... – Meu coração... Inoue com um gesto leva as mãos ao seu coração... – Meu coração... Inoue abre os olhos. – É minha arma!

Do coração de Inoue uma pequena centelha de luz surge ela vai crescendo e engolindo a nevoa que se aproximava.

O corpo pode padecer o espirito quebrar e a alma ser feita em mil pedaços, mas se o coração continuar intocado, então a vontade de viver prevalece”.

Mélicos pressente o perigo e apoiando-se com os pés no prédio pega impulso para pular longe dali.

A explosão de luz continua crescendo e longe dali todos assistem maravilhados a gigantesca energia preencher o dimensão paralela em que estavam.

Mélicos é arremessado longe e bate no prédio, sua nevoa maldita servindo de escudo e sendo a única coisa que o havia feito ficar vivo.

A luz se dissipa e toma forma, o corpo de Inoue fica envolto em luz e suas presilhas se desprendem dos cabelos e ficam dando voltas freneticamente ao redor da jovem como se fossem pequenas estrelas.

Inoue olha para cima e vê Mélicos abrindo a nevoa e saindo intacto da explosão.

– Tsubaki! Inoue grita.

De onde esta, Mélicos leva as mãos a barriga e sente uma dor indescritível no estomago, de repente um pequeno feixe de luz o corta de dentro para fora, era Tsubaki que agora descia em alta velocidade de volta para Inoue.

– Oh... Tsubaki chega perto de Inoue fazendo cara de enjoo.

– Você está bem Tsubaki?

– Me lembra de nunca mais pedir para você me arremessar daquele jeito... Quase que eu fiz amizade com o que ele tinha comido no jantar...

Inoue sorri e estica a mão para seu pequeno amigo voltar.

– Sinto muito, mas vou precisar de você mais uma vez...

– Oh... Tsubaki faz uma cara como se fosse vomitar. – Naquela boca não... Você não faz ideia de como é a boca de alguém que nunca viu uma escova de dente...

Mélicos se contorce e do seu estomago perfurado a nevoa saia descontroladamente, ele grita ensandecido e desce na direção de Inoue, a nevoa ao seu redor destruindo tudo como se estivesse viva e muito zangada.

– Lá vem ele.

Inoue só tem tempo de dizer isso e pular para muito longe de onde estava.

– Tsubaki!

O pequeno se posiciona.

A nevoa bate no chão e rebate indo na direção de Inoue que percebe que onde ela passava tudo derretia, então ela pensa:

– Se eu arremessar Tsubaki ele não vai resistir essa nevoa pode destruí-lo antes de chegar a Mélicos e não terei como regenera-lo novamente... Mas... E se eu...

Inoue ergue a cabeça.

– Tsubaki você vai ter que confiar em mim. Inoue olha o seu pequeno amigo com olhar determinado.

– Vixi... Eu conheço esse olhar...

– Santen Kesshun.

O escudo começa a repelir o ataque de Mélicos, mas ela sabia que ele não iria durar muito tempo.

– Sua perturbada o que você pensa que está fazendo? Tsubaki berra.

– Ahhhhh! Inoue começa a correr na direção da névoa.

– Inoue!

O escudo trinca.

–Ahhhhh!

O escudo começa a se despedaçar.

Como se uma luz iluminasse a cabeça de Tsubaki ele finalmente entende o plano e sorri um sorriso afiado.

– Entendi... Vai doer em nós dois... Mas entendi!

Inoue ia gritando em direção a Mélicos abrindo caminho no meio de toda aquela nevoa e pelas frestas do escudo Inoue começava a receber dano e onde tocava ela sentia uma dor indescritível, mas não desistia tentando ignorar a dor.

– Mais perto! Tsubaki grita voando próximo ao ombro de Inoue.

O escudo começa a se despedaçar em alta velocidade, não iria dar tempo!

Mas no meio daquela nevoa densa e envenenada eles conseguem enxergar uma silhueta.

– Tsubaki agora! Ela grita e seu escudo quebra.

– OHHHH!!! Tsubaki grita voando na direção da silhueta.

– Souten Kisshun, Ayame, Shun'ō! Agora!

Os dois pequenos abrem o escudo e começam a regenerá-lo, mas eles mesmos começam a ser afetados pelo veneno e a derreter.

Contudo Tsubaki já estava perto o suficiente.

– Pega essa!

O corpo dele brilha e assume uma forma luminosa e como uma bala Tsubaki transpassa o peito de Mélicos cortando a dimensão ao seu redor e o corpo do Hollow que por pouco não se divide em dois, o monstro ensandecido solta um ganido de dor se contorcendo dentro da própria nevoa que se dissipava pouco a pouco.

Tsubaki cospe para o lado e aponta para Mélicos.

– Isso é para aprender a escovar os dentes.

Mélicos fica de debatendo no chão como se aquela luz que o tivesse atingido o queimasse por dentro, ele ainda se contorce por algum tempo, mas vai parando aos poucos e por fim pára de se mexer.

– Inoue-san! Hinagiku, Lily, Baigon, Ayame e Shun'ō estavam do lado dela. Não demora e Tsubaki também volta até ela.

– Você é muito doida menina, eu pensei que a gente ia morrer naquela hora.

– Hehehe. Inoue solta uma risadinha divertida, mas na verdade estava muito cansada e estava cheia de feridas feias no corpo, algumas em carne viva, ela estava sendo derretida viva por aquela nevoa, se Tsubaki não tivesse conseguido atingi-lo...

– Tsubaki cala a boca e sentem-se aqui, vocês precisam de cuidados agora! Um dos pequenos o repreende, mas muito preocupado.

Inoue e Tsubaki começam a ser tratados ali mesmo e o alívio que sentem pelas dores que sumiam era incrível.

– Ei... Ouviu alguma coisa? Baigon quebra o silêncio.

– Deve ser o estômago da Inoue com fome.

– Ah... Não é não eu estou com fome, mas ainda não está na hora do meu estômago roncar.

– Não é barulho de estômago sua tonta, eu também ouvi e parecia um... Tsubaki vira para trás e solta um grito surpreso.

Todos olham e fazem a mesma cara de espanto.

Mélicos estava de pé caminhando na direção deles com uma expressão e desejo de matá-los que os paralisa, ainda mais por que Inoue não sabia o que fazer no estado em que estavam.

– Não pode ser... Como ele poderia estar vivo depois do ataque que eu desferi nele? Eu dividi o corpo dele em dois!

– GaaahhHhhH!!!

– Não... Inoue tenta ficar de pé e cai de joelhos. Ela via a morte chegando perto a passos lentos na sua direção sem poder reagir.

– IiiiiNnNnnOooOUuUuEEee! A voz estridente chama o nome da jovem que estava tremendo descontrolada.

E esse sentimento acaba sendo refletido em seus pequenos amigos que também ficam sem reação.

Mélicos levanta suas garras e continua caminhando na direção de Inoue que estava cada vez mais perto.

{Two Steps From Hell - Fire Nation}

Mas um rastro de destruição passa na frente de Inoue levando tudo por onde passa, inclusive o seu inimigo.

Por um momento aquilo corta a sensação de desespero da jovem que olha para onde aquilo havia passado.

Não muito distante dali uma figura suja, cheia de escoriação se levanta cambaleante se apoiando na própria espada e em alguns pedaços de prédio que ela tinha levado junto.

Era Hisana.

– Hisa-chan! Inoue exclama.

Hisana ergue os olhos para cima, aquele olhar tinha tanto ódio que faz suor descer da têmpora de Inoue, era como se aquele sentimento dentro da jovem a contaminasse só de olhá-la.

– Hisa... Chan...

Hisana anda cambaleante e um pouco tonta, por trás dela a figura de Mélicos se ergue para abocanhá-la.

– Atrás de você!

– Gaaahhhh!! Mélicos desfere um golpe envenenado com suas garras nas costas de Hisana.

Hisana é erguida um pouco acima do solo com o golpe que lhe transpassa ela cospe sangue e segura aquela garra com sua mão livre, então olha para trás.

– Você...

– Criança... Mélicos fala quase que em um sussurro. – Você é minha.

O veneno começa a sair pela boca e olhos do hollow indo em direção a Hisana envolvendo-a.

– Hisa-chan!!! Inoue se levanta, mas mal consegue dar dois passos sem cair novamente.

Todo aquele veneno recobre o corpo dos dois e de dentro só se ouve uma voz familiar dizer:

– Tolo... Em quem você acha que “ele” testava os venenos que tornaram seu corpo imune?

O reflexo de uma lâmina corta a nevoa como se fosse uma cortina e com a velocidade do golpe ela se dissipa rapidamente, era possível ver a cabeça de Mélicos voando enquanto seu corpo caia no chão, Hisana tirando e jogando um braço deformado no chão enquanto seu estômago regenerava.

Ela volta a olhar para cima.

– Hisa-chan...

– Inoue, eu quero que você se cure, descanse e faça o mesmo com os outros, depois que terminarem as batalhas de vocês, saiam daqui.

– Mas e você? Nós não podemos deixa-la sozinha lutando contra ele.

– Isso não é um pedido, é uma ordem.

– Mas...

Hisana olha para Inoue e a ruiva entende que era melhor não discutir.

– Tudo... Bem, mas por favor... Me prometa que vai voltar.

– Do que você está falando sua besta? Se eu morrer quem vai continuar protegendo o rabo de vocês? Hisana sorri.

Inoue esboça um sorriso, mas era explícito seu sentimento de preocupação.

Hisana caminha passando por ela.

– Não se preocupe você sabe como sou teimosa.

– É... Eu sei...

Inoue se prepara para sair e regenerar-se em um local seguro.

– A propósito...

Inoue pára e se vira para Hisana.

– Você estava incrível. Hisana sorri com sinceridade.

Inoue devolve o sorriso.

Hisana sorria, mas repentinamente o sorriso se torna em uma expressão rígida ela se volta para frente e olha para cima outra vez.

Do céu Kaliver vinha descendo como uma bola de fogo e se choca contra o chão abrindo uma enorme cratera que todos veem.

– Vá. É tudo o que Hisana diz.

Inoue sai correndo dali.

– Por favor, Hisa-chan não morra. Ela corre olhando para trás.

Hisana espera pacientemente por Kaliver que se erguia machucado por entre os escombros que havia aberto no chão, para ela, quanto mais ele demorasse, melhor, pois sua regeneração estava lenta e seu corpo doido, ela torcia pelos outros terminarem suas batalhas o mais rápido possível, pois a sua já estava tomando proporções difíceis de prever.

– Droga, o que vocês ainda estão fazendo? Pai, Mãe!?

Longe dali Ichigo ferido e cheio de cortes, mesmo com sua Bankai se via diante de um inimigo extremamente difícil de vencer.

– Droga... O que eu vou fazer? O rapaz fala ofegante.

Na sua direção Devorante caminhava saboreando aquele sangue humano que saciava sua sede de batalha.

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Continua...

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NO DIVÃ COM A LYELLLLL...

Um oferecimento de Salompas, o melhor amigo das hemorróidas!

– Olá a todos os queridos leitores e leitoras deste mundo maligno e sem salvação, o capítulo saiu grandinho por que tivemos que encerrar a maioria das batalhas e muita porrada ainda vai acontecer, não esperem mais sossego para estes jovens a partir de agora entraremos na etapa frenética da fanfic em que muitas revelações bombarão no campo de batalha!

– Você fala demais!– É verdade, tem freio para língua?

– Ei! Eu não me lembro de ter chamado você aqui!

– E daí, não preciso de convite para ser chamado.– exatamente, eu venho quando quero.

– Vixi, por que você fala com duas vozes diferentes Devorante?

– O Solomon aquele maluco misturou tantos espíritos dentro do corpo condensado que ele criou que eu fiquei assim.– É fiquei assim, meio lesado.

– Espera ai? Vocês são mais de um em um corpo só? Tipo duas mentes?

– É né, ninguém é perfeitoSó o Chucky Norris! Aquele cara manja!

– Peraí! Tem duas pessoais ai dentro com personalidades diferentes e vontades diferentes!? Quando vocês vão namorar como é que fazem?

– A gente vai pra porrada e quem vence fica com ela. – Exatamente.

– Peraí, vocês vão pra porrada? Mas como sabem quem venceu se a porrada é no mesmo corpo?

– A gente não sabe.– Sim, sempre desmaiamos antes de saber quem venceu.

–... Isso não é normal... Ainda bem que eles são problema do Ichigo...

– Ei quer ouvir uma piada?- A piada do pintinho sem bunda!

– Não!

– Era uma vez um pintinho sem bunda– Ele foi pei...

– Corta! Corta! Corta!

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Ficha Técnica

Nome: Baitos o devorador.

Idade: Desconhecida.

Altura: 1,81m.

Baitos o devorador foi criado algum tempo depois dos grandes Abissais para servi-los em seus propósitos tanto combativos quanto pessoais, um deep hollow após escolhido por um abissal não pode trai-lo ou revelar seus segredos sendo fiel a todas as decisões de seu mestre cegamente.

Para criar Baitos, Solomon usou uma quantidade impar de espíritos não reencarnados para produzi-lo, mas por razões talvez do destino, mais de um espirito manteve sua identidade no corpo do guerreiro que desde então apresenta mais de uma personalidade, cada uma distinta da outra inclusive com diferentes estilos de luta.

Antes de servir a Kaliver, Baitos atuava diretamente nos campos de batalha destruindo a resistência ao redor do mundo, mas aliou-se ao abissal por achar que ambos possuíam uma personalidade parecida.

Ichigo está diante de um inimigo que se adapta facilmente ao combate e precisará de ajuda para destruí-lo, pois contra um inimigo que não se entende os sentimentos, apenas poder não será capaz de fazer a diferença.

Liberação: Sacie-se Devorante.


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Notas finais do capítulo

É galerinha, espero que tenham gostado do capítulo e de como a narrativa está fluindo, sei que muitos leitores ficam ansiosos esperando cenas Ichirukis, mas já avisei que esta fanfic não é um romance e que tudo tem seu espaço e seu tempo para não se tornar enjoativo, além do mais todos merecem ter sua vez nesta história, eu não sou o Tite Kubo que bota o Ichigo para salvar todo mundo e derrotar todo mundo.

Eu quero que os outros personagens evoluam.

No próximo capítulo novas emoções os aguardam e novas revelações os esperam.