Quando O Futuro Vem Dos Céus - Memórias escrita por LYEL


Capítulo 42
In the Face of Adversity


Notas iniciais do capítulo

Ichigo e seus companheiros voltam para a Soul Society onde discutem sobre a próxima estratégia de combate e invasão ao laboratório de Solomon, porém um situação inusitada muda tudo e o que menos se esperava acontecer acontece, restando aos jovens companheiros acreditar em uma última esperança.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196747/chapter/42

Abertura de Memórias

_____________________________________________________

Two Steps from Hell - After The Fall (No Voice)

Na cidade deserta de Karakura na terra, os jovens heróis estavam boquiabertos e paralisados, uma notícia inesperada os pegara de surpresa.

— O QUÊ!? — exclamam estupefatas Inoue e Tomoe enquanto olhavam para Alessa deitada em uma maca no chão e Soryuu ao seu lado cabisbaixo de preocupação.

A jovem latina olhava para o nada com expressão pensativa.

— E-Eu... Eu vou ser avó...? — Inoue gaguejava.

Tomoe continuava muda e com a mesma expressão paralisada.

—... Eu sinto muito não ter contado antes... Mas... Mas eu e Soryuu não sabíamos o que dizer para vocês... Além do mais... Além do mais aconteceu quando menos esperávamos... Sinto muito... — Alessa lamenta.

— Eu vou ser avó... — Inoue estava com a cabeça em outra dimensão.

— Alessa... — Tomoe finalmente se manifesta. — SUA TONTA! — ela desfere um cascudo na latina, porém apenas a sua mão é que dói.

— Eu sinto muito Tomoe, mas se tivéssemos contado eu tenho certeza que tentariam me impedir de lutar e sabemos que minha presença é importante no campo de batalha.

— É claro que eu tentaria te impedir de lutar, aliás, todo mundo vai te impedir de lutar sua idiota! — a loira grita com os nervos à flor da pele.

Alessa senta.

— Eu não posso abandonar meu posto Tomoe!

— Sua burra isso não tem nada a ver com a sua condição! Seja racional e pense direito na besteira que tá dizendo Alessa!

Inoue estava calada, mas ao mesmo tempo surpresa com a explosão de Tomoe.

— Eu penso! Todos os dias eu penso! Penso que não quero que meus filhos nasçam e cresçam em um mundo sem expectativas num lugar à sombra do medo e sem motivos para pensar em um futuro! É nisso que eu penso Tomoe!

A loira engole em seco, mas revida novamente.

— Eu também não quero que meus sobrinhos nasçam em um mundo desses, mas para isso eles têm que nascer primeiro e se a mãe deles morrer antes como eu irei conhecê-los?! — a loira rebate os argumentos apontando rispidamente o dedo para a morena.

— Eu entendo a sua preocupação Tomoe, mas minha força é necessária e sabemos que isso não irá mudar enquanto não pormos um fim ao que viemos fazer aqui, por isso eu e Soryuu decidimos lutar mesmo nesta minha condição!

— Oi calma ai! E a nossa opinião ninguém pede não!? — Ishida interrompe.

— Ishida-san! — Alessa olha para ele.

— Em primeiro lugar deixem que eu o Sado nos recuperemos psicologicamente desse choque! — ele suava nervoso e o latino ao seu lado estava sentado no chão olhando para o nada como se tivesse um parafuso a menos.

— Alessa. — Rukia se aproxima do casal. — Isso é uma coisa bem grave... Já é bastante complicado lutarmos tentando sobreviver, mas lutar grávida é ainda pior... Você vai começar a experimentar seus instintos de mãe e pouco a pouco eles tomarão conta de você no campo de batalha, é arriscado demais! — a pequena shinigami tentava convencê-la.

— Já estão... — Sado se levanta e olha para os dois jovens. — Era por isso que estava agindo estranha no campo de batalha... Desconcentrada e esquiva...

— Pai... — Alessa parecia nervosa.

— Como seu pai eu não vou te impedir de tomar essa decisão porque vocês não são mais crianças, porém não esqueçam que as opiniões de Ishida, Inoue e Andressa contam, Tomoe está preocupada como todo mundo, mas a palavra final e sua e como futura mãe pense bem no que pretende fazer e pense principalmente, no que sua mãe diria se estivesse consciente.

— Eu entendo a revolta de vocês pessoal, mas é uma responsabilidade que assumimos assim que descobrimos a condição de Alessa, mas o futuro dessa criança não vale o risco que corremos? — Soryuu fala.

— Eu vou continuar sendo contra não importa o que me digam! Pra começo de conversa o tio Sado viu que não estava sendo você mesma em combate Alessa, lutando de forma evasiva e desconfiada! Mesmo que a sua cabeça de guerreira tente reagir, seu instinto de mãe vai sempre vencer obrigando você a tomar medidas pelo bem de seu filho igual ao que a Rukia-san falou!

Agora é Alessa que engole em seco.

— Você não é mais a mesma pessoa a partir do momento que descobriu sua condição! Já pensou no que o inimigo é capaz de fazer se descobrirem que você está grávida?! Será que eu vou ter que te lembrar do que nós passamos quando crianças?! Seu bebê é especial, não importa o que diga! Tem o sangue da mamãe que faz milagres no meio do impossível, do papai que é um quincy e do Sado-san que tem poderes semelhantes ao de um hollow! Acha que esse fato não é a primeira coisa que vai passar na cabeça daqueles animais!? — Tomoe estava nervosa.

— Eu entendo, mas estamos falando de uma guerra aqui! — Alessa responde.

— Estamos falando de uma mulher tola, um irmão idiota e um sobrinho que eu quero conhecer! — Tomoe grita de volta.

— Eu sou uma guerreira!

— Você vai ser mãe!

— SILÊNCIO!

O grupo engasga e olha para Inoue que estava com expressão zangada.

— Tomoe, pare de brigar com Alessa, não sabe que o estresse da mãe é ruim para o bebê? — Inoue olha para Alessa. — Quanto a você senhorita, eu vou ser obrigada a concordar com Tomoe e não deixar que entre em batalha novamente. Como sua barriga não está aparecendo é provável que não tenha mais que doze semanas de gestação, se pensava que conseguiria continuar lutando enquanto a barriga não aparecesse está muito enganada!

— Mas...!

Inoue faz sinal para ela continuar calada.

— Quanto mais tempo ficar no campo de batalha, maiores são as chances da reiatsu densa do inimigo prejudicar a saúde do bebê e eu tenho certeza que não vai querer isso, além do mais, sua própria saúde será prejudicada, pois a sua vida não é mais apenas sua, enquanto esta criança estiver em seu ventre o destino dela está todo em suas mãos.

Alessa fica calada e Tomoe também.

—... Mesmo que seja estranho dizer isso no corpo de uma jovem de menos de vinte anos... Eu também já tive dois filhos e sei a sensação de sempre querer o melhor para eles mesmos antes de nascerem, porém, o mundo era outro, não esta coisa caótica que estamos vivendo hoje... Mas qualquer que seja a situação que estejamos vivenciando, não muda o fato que mãe é e sempre será a coisa mais importante do mundo. — Inoue toca no rosto de Alessa. — pense na criança, não no mundo e em nada que está ao seu redor, deixe a luta com a gente enquanto você se prepara para enfrentar sua nova luta. Acredite, não existe coisa mais gostosa que ter um filho. — Inoue sorri.

Alessa suspira.

— Me perdoe Tomoe... Inoue-san... Eu ficarei fora de combate então...

—... Eu perdoo... Desde que você não faça mais uma loucura dessas. — Tomoe diz.

— E eu se disser o sexo do bebê. — Inoue responde.

— Não sabemos... Nós ainda não fomos verificar isso.

— Então quando for eu vou querer ir também! — Inoue fala.

— Eu também! — Tomoe levanta o braço.

— Não vai dar pra levar esse monte de gente. — Soryuu comenta.

— A propósito Alessa, meus parabéns. — Ichigo finalmente se manifesta, após se recuperar do susto de mulheres rosnando como lobas famintas.

— Parabéns Alessa-chan. — Rukia congratula.

— Obrigada. — a latina responde sem graça.

— Posso dar minha opinião agora? — Ishida finalmente se manifesta mais diretamente. — Se for menina vai se chamar Nadesico e se for menino Takeru.

Soryuu se levanta e o encara.

— Desde quando é o avô quem dá nome pra netos?

— Você está obrigando um jovem e saudável estudante do ensino médio a assumir um papel que só deveria assumir aos “no mínimo” cinquenta anos de idade e ainda quer ter todos os privilégios!? — Ishida retruca.

— E eu lá tenho culpa se você é um velho na casca de uma criança!? Sem ofensas. — ele se vira para os outros.

Ichigo e Rukia não pareciam se importar com o comentário e balançam as mãos com expressões sem graça.

— Eu vou dar o nome! O filho é meu!

— Nem ferrando! Vai ser eu!

Os dois continuam resmungando enquanto Inoue, Tomoe e Alessa suspiram. Sado coça a nuca.

— Coitados... Até parece que são eles que vão dar o nome... — sussurra.

— Ah papai, deixe-os pensar que têm prioridade em alguma coisa, faz bem pra autoestima de um homem.

— Ah é? Será que é por isso que sua mãe me ameaçou quando eu disse que ia te dar um nome?

— Provavelmente. — a latina responde.

— Ainda bem que não tivemos esse problema... — comenta Ichigo.

Rukia só consegue concordar.

Katsuya não estava participando da conversa, ele parecia preocupado com alguma coisa.

— O que foi Katsuya? — Rukia pergunta.

— Rukia-san... Não está achando estranho?

— Estranho? O que?

Ele aponta para cima.

— Essa calmaria no campo de batalha.

Ichigo e Rukia se entreolham e assentem para Katsuya, os três saem sem serem notados e olham para a cidade percebendo que a batalha cessava e os shinigamis venciam controlando a situação.

— Estamos vencendo, isso parece muito bom. — Ichigo comenta.

— Talvez por causa dos abissais terem sido derrotados eles estejam desistindo de invadir a terra. — Rukia diz.

— E não seria isso algo ainda mais assustador... — Katsuya olha para eles. — Pois é na Soul Society que tudo o que mais precisam se encontra...

Os três ficam calados por um momento e seus instintos ficam em alerta.

— Acho melhor nos apressarmos... — Ichigo estava sério.

Assim que diz isso Katsuya e Rukia entram na tenda para chamar seus amigos.

_____________________________________________________

Bleach The Diamond Dust Rebellion - Recollection II

Hisana não estava nada satisfeita com o que tinha acontecido. Como o seu relógio teve a coragem de quebrar em uma hora daquelas deixando-a a mercê do desconhecido?

Miwa-chan, como foi que o tio Byakuya e os outros voltaram para casa? Usaram o relógio? — a jovem pergunta.

— Não. Eles usaram esse negócio no seu pulso e conversaram com aquelas pessoas que lhe falamos, então marcaram um dia para voltar e partiram rumo à sua casa pelo deserto das almas algumas horas após você sair do abismo do medo com Arion reikin.

— E isso já faz mais de uma semana Hisana. — Mordecai lembra.

— Eu posso voltar pelo deserto também, mas se eu encontrar a barreira fechada como vou conseguir passar para Rukongai...? — Hisana fica pensativa e também preocupada.

— Tem certeza que esta coisa não funciona? — Aizac aponta para o relógio paradoxal.

Hisana tira o relógio do pulso e começa a inspecioná-lo, mas percebe que não parecia ter nada de errado e outras funções estavam ativas, exceto o teletransporte de emergência e comunicador.

— É estranho... Ele não está exatamente quebrado, apenas umas funções em específico não funcionam... — Hisana fecha a cara.

— O que foi Hisa-chan? — Miwa se agacha para ver também.

— É que... As funções de comunicação e emergência funcionam através de recepção de sinal provindos do simulante em minha dimensão...

— É... E isso significa que...? — Miwa gesticula deixando bem claro que não tinha entendido nada.

Hisana continuava de cara fechada.

— Que alguma coisa deve estar acontecendo em casa. — a jovem abre sua bolsa e puxa uma pequena caixa, ela tira uma chave mestra começando a selecionar uma das funções para desparafusar o relógio.

— O que está fazendo Hisa-chan? — a gata pergunta.

— Vou tentar mudar a programação do relógio para ver se consigo captar as ondas de reishi que o capitão Mayuri e Urahara conseguiram usar quando viemos para cá e reenviar um sinal de comunicação para minha família. — Hisana olha para seus amigos com ar sério. — Se eu conseguir falar com eles, talvez consigam restabelecer a função do relógio para que eu me teletransporte imediatamente para lá.

— Então não terá risco de ficar presa no deserto! — Mordecai conclui.

Ela assente e continua a mexer no relógio.

— Só espero que eles estejam bem... — morde os lábios parecendo ansiosa.

_____________________________________________________

Bleach Diamond Dust Rebellion - Start to investigate

O grupo chega à Soul Society e se encontra com o posto avançado que havia sido construído às margens de Karakura e praticamente ao lado da entrada do Deserto das Almas.

Ichigo se aproxima de Mayuri, Yamamoto e Yoruichi que olhavam para a mesa de estratégias cheias de papeis.

— Yoruichi-san!

Ichigo! — cumprimenta e logo percebe que os demais também estavam ali.

— Cadê o meu pai? — Katsuya inspecionava os arredores não vendo o homem do chapéu listrado.

— Ele está perto da barreira com a juíza Ayame verificando alguma coisa.

— Como foi a batalha em Karakura? — Yamamoto questiona.

— Nós vencemos os abissais que foram enviados à cidade, mas assim que os derrotamos seus espíritos foram abduzidos pra cá. — Rukia responde.

— Então? — o comandante demanda mais detalhes.

— Senhor comandante, Solomon usou alguma espécie de encantamento para proteger os abissais ao serem mortos, acredito que ele deve tê-los em mãos novamente.

— Então não podemos perder tempo, Solomon precisa ser detido imediatamente. — Yamamoto diz.

— Não é tão simples como pensa comandante, Solomon é o monstro mais perigoso que o senhor pode conhecer em vida, não o confunda com o amigo dócil de seus tempos de shinigami primordial. — Soryuu alerta.

— Além do mais, ao contrário do Magnus que só parece esperar alguma coisa cair dos céus, Solomon é quem mexe as engrenagens do inferno que vivemos, entrar naquele laboratório é suicídio sem planejamento. — Tomoe range os dentes.

— Então vão ficar aqui sentados? Irei destacá-los para os outros pontos da cidade, tudo virou de ponta cabeça, Komamura e Renji precisaram agir e somente Byakuya ainda guarda as fronteiras da verdadeira Karakura.

— Meu irmão?!

— Sim, ele enfrentou Zerus Rose, mas não parece muito feliz e nos contou coisas nada otimistas sobre o ressurgimento de Magnus. — Yoruichi conta.

— Se é sobre Solomon querer libertar Magnus para romper as barreiras do tempo e anular a maldição sobre ele criando um paradoxo no continuum espaço tempo, isso já sabemos mamãe... — Katsuya parece completar os pensamentos de Yoruichi, não é a toa que a morena fica surpresa.

— Então eles não estão blefando... Mais do que isso, eles sabem que só podemos seguir em frente mesmo correndo riscos. — Yoruichi aperta os punhos. — Eu acho que não temos escolha, nós teremos que invadir o laboratório de Solomon, eu vou junto porque ainda me lembro onde fica.

— NÃO!

Yoruichi se assusta, assim como os outros que olham para Katsuya que estava com expressão trêmula, mas logo ajeita o semblante e olha fixo para sua mãe.

— A senhora não precisa ir, Rukia-san também sabe o caminho do laboratório, assim como Ichigo-san.

—... O que aconteceu garoto? — sua mãe olha desconfiada.

— Não aconteceu nada. — Katsuya sorri tocando no ombro de sua mãe. — Sua mente brilhante será mais útil aqui do que no laboratório, se muitas pessoas forem pra lá vai ficar difícil respirar. — ele ri parecendo estranho.

—... Tudo bem então... — sua mãe sabia que tinha algo de errado, mas resolve não puxar a conversa.

— A senhora disse que meu pai está com Ayame-san certo? — Katsuya se vira para o grupo. — Acho melhor irmos até ele para ver se conseguimos falar com Hisana.

— Seria bom. — Yamamoto diz.

O grupo se dirige para a fronteira do deserto.

_____________________________________________________

Bleach The Diamond Dust Rebellion - Recollection III

Urahara estava com um computador montado e algumas barras metálicas fixadas na entrada do deserto, a juíza conversava com ele e parecia beber alguma coisa, provavelmente água, após ficar incansáveis horas segurando aquela entrada para Byakuya e os outros passarem, o capitão do sexto esquadrão por sinal estava ao lado deles conversando enquanto apontava para o deserto.

— Nii-sama! — Rukia corre na frente, mas quando está para abraçar seu irmão ela pensa duas vezes e resolve apenas ficar diante dele e sorrir. — Seja bem vindo meu irmão!

Byakuya também sorri e assente.

— É bom vê-la novamente Rukia. — ele responde e pousa a mão sobre seu ombro.

— Byakuya. — Ichigo se aproxima. — Que bom que já voltou.

O capitão apenas concorda.

— Como estão Renji e os outros?

— Renji e Komamura foram ordenados pelo comandante Yamamoto a substituir os capitães que estavam mais feridos. Ukitake e Hitsugaya, a capitã Unohana está perdendo muitos shinigamis e o quarto esquadrão não consegue conter a corrente de feridos que só aumenta.

— Eles são incansáveis como sempre... — Tomoe lembra.

— Eles são dispensáveis... Como sempre. — Katsuya se aproxima de seu Urahara — Pai o senhor está fazendo o quê?

O cientista apenas vira por um instante e volta a mexer no computador.

— Que bom que estão aqui pessoal já me poupará o aviso e correria de mais tarde.

— Eh?! — o grupo olha para ele.

— O que quer dizer pai?

— Olhem para cima, conseguem ver aqueles inúmeros portais no céu de toda Soul Society? Isso foi ocasionado por uma ruptura no Continuum Espaço Tempo causado pela massiva anormalidade provinda da passagem de tantos abissais ao mesmo tempo. Os deep hollows conseguiram achar uma brecha do outro lado e abriram estas incontáveis passagens para nosso mundo.

— Mas na terra não estava acontecendo isso. — Rukia comenta.

— Porque a ruptura dimensional sobre Karakura é o ponto de partida que interliga nossas dimensões, mas com a aproximação da hora zero a quantidade de anomalias tem aumentado e a passagem dos abissais foi o sinal.

— O senhor está tentando impedir alguma coisa?

— Eu quero fechar os portais, mas para isso eu tenho que isolá-los um por um como se fossem uma doença contagiosa.

— E como pretende fazer isso? — Ishida questiona.

— Selando nossos mundos.

O grupo fica surpreso.

— Mas se o senhor selar e isolar a Soul Society, se um dos lados precisar passar ou necessitar de ajuda não terá como reagir! — Katsuya parecia preocupado.

— Não temos escolha, nenhum de nós tem energia infinita e os deep hollows brotam sem parar das fissuras temporais, cedo ou tarde seremos vencidos pelo cansaço. — Urahara olha para Ichigo. — Por isso precisamos deter a fonte destas anomalias...

— Que é matando os abissais. — Ichigo completa.

—... Por que será que cada vez mais eu tenho a impressão que isso está indo de acordo com os planos de alguém? — Tomoe sussurra não parecendo muito otimista.

— Eu consigo pensar mais ou menos nas mesmas possibilidades e bases de cálculo de Solomon, mas existe uma diferença crucial entre mim e ele. — Urahara sorri parecendo sério. — Eu confio em meus companheiros.

Seus amigos não sorriem de volta apenas assentem, pois estavam focados demais no objetivo.

— AH! — Inoue estala os dedos. — Mas se nós selarmos nossos mundos como é que a Hisa-chan vai voltar?!

—... É mesmo eu não tinha pensado nisso, pai? — Katsuya olha de volta para o cientista.

—... Quanto a isso... Nós temos um problema. — ele se vira para o grupo. — Eu perdi o sinal de comunicação com Hisa-chan e não há nem mesmo interferência do relógio paradoxal... Acho que alguma coisa errada deve ter acontecido.

Katsuya fica surpreso, mas logo vira a cara coçando o braço disfarçando sua tensão. Seus amigos sabiam o que ele tinha, por isso seus semblantes esmorecem.

— O que foi Katsuya-kun? — Kisuke pergunta.

— Ah... Quanto a isso... Eu sei o motivo e vim até aqui na esperança do senhor conseguir resolver...

Byakuya e Ayame se entreolham.

— O que foi? — o cientista pergunta novamente.

— Nossa base foi completamente destruída no futuro e tanto minha mãe quanto meu pai foram mortos... Mas antes disso tudo acontecer a tia Andressa foi enviada para cá em uma cápsula de fuga com a última mensagem explicando o que Magnus pretendia fazer... Com nossa base destruía a comunicação com o relógio paradoxal foi perdida...

Urahara olha surpreso para o rapaz e coça a barba rala bastante incomodado com a idéia de seu outro eu ter perecido junto com sua companheira e por isso solta um longo suspiro lamentoso.

— Eu sinto muito.

Katsuya sorri melancólico.

— Enquanto você estiver vivo aqui junto com a minha mãe eu não tenho com o que me preocupar.

— Eu entendo...

— Sem o link de comunicação com o relógio como vamos fazer para alertar a Hisa-chan? Ela não vai ter como se teletransportar! — Inoue lembra ao grupo e deixa evidente sua preocupação.

Urahara sabia e não esconde sua igual preocupação.

— A única forma seria a própria Hisa-chan estabelecer uma comunicação direta conosco já que a comunicação com o futuro foi cortada a linha de transmissão que sobrou foi a nossa, mas como saber que a base do futuro foi destruída? — Urahara fica pensativo.

— O pior não é isso... — o grupo olha para Ishida. — Se a Hisana realmente contava com o uso do relógio para se locomover automaticamente para o campo de batalha e não conseguir mais usá-lo... Então... Então quanto tempo levará para ela atravessar o deserto como os outros? — o quincy suava frio.

Uma possibilidade óbvia que não havia passado pela cabeça de ninguém.

— Essa não... — Ichigo sussurra.

Byakuya cerra os punhos.

— Nós levamos mais de uma semana para atravessá-lo correndo em velocidade máxima e sendo guiados por Komamura-taichou... Isso tudo economizando tempo...

— Tá de brincadeira... — A expressão de Katsuya tremia.

Todos ficam em silêncio.

John Dreamer - Becoming A Legend

Um sinal de interferência começa a fazer ruído no computador de Urahara e uma voz familiar faz eles se voltarem para o monitor.

— CONSEGUI! — exclama a voz entre ruídos e interferências.

— Não pode ser... — Tomoe sussurra boquiaberta.

— HISANA!? — todos exclamam em uníssono vendo a amiga de cabelos mais compridos e roupas diferentes.

— E aí pessoal! — ela responde surpresa em vê-los também e fazendo sinal de paz e amor.

— Mas...! Mas como é possível!? — Katsuya gaguejava.

— Como é possível? Como é possível?! Isso que eu quero saber! Urahara seu anormal, conserta meu relógio que eu quero voltar! — ela resmunga em voz alta.

— Oras sua...! — Katsuya iria iniciar uma discussão, mas Urahara interfere retirando seu filho da frente do monitor.

— Hisa-chan... — ele parecia bem sério.

— Eh...? — Hisana não estava gostando daquela cara.

— Aconteceu uma coisa...

— Pode ir parando por ai! — ela corta o assunto fazendo um sinal. — Você pode alugar o meu ouvido por quantas horas quiser, mas só quando eu voltar, agora conserta esse troço aqui! — ela aponta para o relógio paradoxal.

— É sobre o relógio que eu quero falar Hisa-chan, não existe uma forma de fazê-la voltar utilizando o teletransporte de emergência, pois perdemos contato com a base de nossos companheiros no futuro...

— Tá brincando, então é verdade?! — ela conclui com ar duvidoso. — Então aconteceu algo lá em casa mesmo não é? — ela olha séria para Katsuya que apenas vira o rosto.

— Sim Hisa-chan, algo aconteceu. — Tomoe se aproxima.

— Então me digam qual é a situação de vocês agora. — a jovem do monitor pede.

— Nada boa. Solomon pretende libertar Magnus nesta dimensão para usar sua presença como um paradoxo para quebrar a maldição sobre ele mesmo no futuro.

— Ah merda... — Hisana faz careta. — Não tá nada bom mesmo... Quanto tempo nós temos Urahara?

— Seis horas... Talvez menos.

Hisana fica pensativa e começa a calcular algo imaginário com os dedos.

— Tudo bem então, eu volto em seis horas, vocês conseguem aguentar até lá?

O grupo olha surpreso para ela.

— Pe-peraí, você consegue atravessar o deserto em seis horas!? Mas seu tio e os outros levaram mais de uma semana! — Katsuya exclama surpreso.

— Credo tudo isso mesmo depois de treinarem com os bestiais!? — tão ouvindo isso pessoal? — Hisana debocha olhando para trás e logo algumas figuras distintas se aproximam do outro lado.

— Vergonhoso... — Mordecai comenta.

— Depois de tudo o que a gente fez demoraram tanto assim? Onde foi que falhamos no treinamento Mor-chan? — Miwa dava de ombros balançando a cabeça.

Ichigo e seus amigos ficam olhando surpresos para os bestiais que apareciam.

Byakuya avista Raysha e ambos discretamente se cumprimentam.

— Então estes são seus amigos?

Uma voz poderosa se aproxima de Hisana que assente e dá espaço para Arion que se mostra no monitor.

Os amigos de Hisana ao cruzar seus olhos com daquele bestial ficam paralisados, exceto Byakuya que já estava acostumado. Hisana cutuca seu mestre.

— Mestre... Seus olhos... “Autoridade” esqueceu...? — uma gota de suor descia da têmpora da jovem.

— Perdão, não era minha intenção assustá-los... Mas preciso que me respondam algo. — o bestial olha serenamente para o grupo. — Magnus e Solomon... Eles foram meus companheiros uma vez, mas hoje eu sei o que se tornaram através do testemunho de seus companheiros, contudo, matar um shinigami primordial é ir contra a autoridade do grande rei, seu criador, por isso lhes pergunto: Se tiver que escolher entre a fúria do grande rei e o peso de seus destinos, qual deles escolheria?

O grupo não parece entender a pergunta, exceto por uma pessoa que se aproxima para responder-lhe: Ichigo.

— Eu prefiro a fúria do grande rei, pois o peso do meu destino só eu posso compreender. — o ruivo responde olhando sério para o imponente bestial que tinha seus olhos voltados para o jovem que suava nervoso se sentindo investigado por uma energia emanada daquela criatura que ele não conseguia compreender.

Arion sorri e se afasta do monitor.

— Agora entendo de onde herdastes tanta determinação minha criança. — é tudo o que Arion responde e Hisana cora piscando sem graça virando o rosto para o lado.

— Hisana... — Byakuya se aproxima do monitor. — Você realmente consegue atravessar o deserto em seis horas?

— Com certeza. Na verdade eu queria aparecer automaticamente por ai usando o relógio paradoxal, mas já que não dá, o jeito é correr, fazer o que né?

— Mas quem irá guia-la? — o capitão pergunta novamente.

— Tio... — Hisana sorria com ar debochado. — Eu treinei no meio do vazio, não dava nem para enxergar a palma da minha mão e mesmo assim sobrevivi, acha que depois dessa eu vou me perder em um deserto?

A resposta de Byakuya é um singelo sorriso, ele assente e se afasta. Era tudo o que precisava ouvir.

Hisana olhava para seus companheiros que sorriam esperançosos.

— Aguentem mais um pouco pessoal, eu vou chegar e por um fim a isso tudo, eu prometo. — diz determinada.

— Eu acredito nisso. — Rukia responde.

As duas se encaram por um momento, assim como Ichigo que passa a olhá-la sério.

— Nós temos algo importante para conversar não temos? — ele fala.

— Não estou sabendo de nada não... Eu deixei de pagar alguma conta antes de viajar? — Hisana coça disfarçadamente as bochechas.

— Sim deixou. — Rukia responde novamente.

Hisana se vira para os dois e o silêncio impera outra vez, até que a jovem respira fundo, mas logo sorri.

— Quando voltar, eu pagarei todas as minhas dívidas com vocês. É o suficiente?

— É bom que esteja preparada, algumas são bem caras. — Ichigo avisa.

— Sim... Eu consigo imaginar. — Hisana ri.

— Volte logo... — Rukia pede.

Sua filha apenas assente e encerra a comunicação.

— Seis horas... — Katsuya sorria olhando para o chão.

Urahara toca em seu ombro.

— Voltou a se animar?

— Muito. — seu filho confessa.

— Ainda temos chances! Se conseguirmos impedir Magnus de ser liberto até Hisana chegar, então Solomon não vai conseguir nos deter!

— Só o fato de ela dizer que consegue atravessar um deserto que antigamente levamos semanas para atravessar é a prova do quão poderosa ela deve estar. — Byakuya parecia satisfeito. — Seis horas será o suficiente.

Seus companheiros concordam.

_____________________________________________________

Quando encerra a comunicação Hisana cruza os braços fazendo bico e insatisfeita com alguma coisa.

— Poxa... Eu aqui toda alegre pensando que eles iam ficar desesperados quando dissesse que ia atravessar o deserto em seis horas, mas eles ficaram é sorrindo... Pode um negócio desses? — ela parecia decepcionada e resmungava sozinha.

Mordecai e Miwa se entreolham confusos.

— Como assim Hisana? — Mordecai pergunta.

— Não entendi o que quer dizer Hisa-chan... — Miwa pisca.

Hisana infla as bochechas.

— Eu menti Miwa! Eu não atravesso o deserto em seis horas e sim em quatro!

Os bestiais amigos de Hisana ficam surpresos.

(Peraí... Como assim em quatro... Acho que nem eu atravesso esse deserto em tão pouco tempo...).Rhafir pensava olhando surpreso para ela.

(... Ela é de fato alguém que mereceu ser treinada por Arion reikin...).Soren pensa.

— Se quer atravessar o deserto dentro destas quatro horas minha criança é melhor que se apresse, seus amigos podem não ter demonstrado, mas pude ver aflição em seus olhos, é provável que a situação esteja pior do que aparenta. — Raysha alerta.

— A senhora tem razão. — Hisana ajeita seu relógio no pulso e bolsa nas costas. — Bem... Acho que agora sim é uma despedida...

— Espere Hisana. — Arion intervém. — Não parta do meio da cidade e sim da fronteira da dimensão.

— Oh, o senhor tem razão! — ela estala o dedo. — Então vamos até lá! — ela sai correndo.

— Espera ai Hisa-chan! — Miwa vem logo atrás, sendo seguida pelos demais.

_____________________________________________________

The Last Remnant OST - Hermeien's Ultimatum

No laboratório de Solomon e seu servo e assistente Zerus Rose olhava para o mesmo monitor que seu mestre e a imagem era de Urahara e seus companheiros conversando com Hisana através da tela do computador.

— Ela conseguiu restabelecer contato com eles apesar da destruição do simulante, isso era previsível, pois ela desconfiaria cedo ou tarde da perda de comunicação com os outros no futuro, mas e agora senhor, o que pretende fazer?

— Kurosaki Hisana disse conseguir atravessar o deserto dentro da hora prevista para a libertação de Magnus, então significa que ela continua sendo uma ameaça aos meus planos, não restam dúvidas de que terei que usar outro método para detê-la...

— O que irá fazer mestre? — o abissal pergunta.

Solomon se levanta de sua poltrona e se dirige para os enormes tubos de ensaio onde os Abissais derrotados e Warlords se regeneravam e logo atrás deles dois aparelhos gigantescos feitos de titânio, aço e outros materiais de confecção emitiam descargas elétricas poderosíssimas criando uma interferência no centro da sala onde se encontravam. De minutos em minutos as fagulhas elétricas acendiam e criavam uma pequena distorção que formava uma minúscula esfera negra no meio que crescia a cada nova faísca.

— Assim que os outros abrirem os olhos vocês terão que impedi-los de entrar aqui até que eu conclua o experimento.

— Tem certeza que eu tenho que ir...? — Zerus resmunga com voz chorosa.

— Sim, principalmente você. — o shinigami primordial responde.

O abissal murcha.

Solomon volta para o computador e sorri.

— Liberte o trabalho que estivemos fazendo durante estes seis meses.

— O quê?! Agora? Quer dizer que já vamos fazer aquilo!? Mas eu ainda nem tomei banho e troquei de roupa! — Zerus exclama.

O silêncio de Solomon era a resposta que o abissal temia e por isso suspira sem argumentos.

— Como quiser meu senhor...

Solomon continuava sorrindo para o computador.

— Vislumbre a diferença entre mim e você Urahara Kisuke e tente impedir isto... — ele digita algumas letras e números e então finalmente aperta a tecla de ativação.

_____________________________________________________

Bleach The Diamond Dust Rebellion - Encirclement Battle

Na base de controle de Urahara o monitor emite sinal de emergência para uma anomalia próxima e ele fica em alerta sentando na frente do computador e começando a digitar freneticamente querendo entender o que estava acontecendo.

— O que está havendo?!

— Pai olha para o céu! — Katsuya exclama.

O cientista faz e assim como seus amigos ao redor eles veem os portais se fechando e alguns deep hollows voltando a tempo antes deles fecharem, outros ficam para trás e entram em desespero.

— O que significa isso Urahara!? Você conseguiu fechar os portais? — a juíza Ayame pergunta.

— Não! Eu não fechei e nem iria mais por causa do problema com o simulante e a Hisa...! — Urahara fica mudo e seu olhar de surpresa se volta para a passagem do deserto das almas. — Essa não, senhora juíza a passagem do deserto! — ele exclama correndo.

A juíza e seus amigos olham para a direção do deserto. As enormes barras metálicas fixadas na passagem começam a ser rejeitadas e voavam em todas as direções ao passo que a abertura do deserto diminuía de tamanho e se fechava rapidamente.

— A passagem está fechando! — Tomoe grita.

— Maldição! — A juíza Ayame posiciona seus braços sobre a passagem e recita algumas palavras impedindo que ela se feche por completo, mas ela sente uma pressão enorme sobre seu corpo e fagulhas elétricas passarem por seu corpo como uma corrente e ela grita caindo de joelhos.

— Senhora juíza! — Tomoe se aproxima e a cobre com uma barreira impedindo que a mesma se machuque pela corrente de energia que passava.

— Urahara faça alguma coisa! — A juíza resmunga ainda se recuperando do choque.

— Isso é obra do Solomon sem sombra de dúvidas! — diz correndo para frente do seu computador. — Devem existir bactérias vigilantes por aqui, ele deve ter visto nossa conversa com Hisana!

— Mas como ele planejou a mesma coisa que você pai!?

Urahara detestava ter que admitir e pior, ele suava só de imaginar.

— Ele viu nossa conversa com Hisana e viu o que eu planejava fazer... Em tão pouco tempo ele desenvolveu toda a minha idéia e colocou em prática... — suava nervoso.

— Em tão pouco tempo!? — Ichigo parecia assustado ao vê-lo admitir isso, mas Urahara nada responde.

— A única coisa que posso fazer e tentar retardar o processo de fechamento da passagem, mas vou precisar de tempo para desenvolver todo o plano que estava fazendo, Tomoe cuidará de Ayame-san que continuará evitando o fechando da passagem até Hisa-chan chegar.

— Tá... O senhor se preocupa com isso e a gente se preocupa com aquilo... — Katsuya aponta para cima.

O grupo vê uma névoa negra se aproximando e pairando sobre a Soul Society.

— O que é essa nuvem? — Rukia se pergunta.

— Não é nuvem Rukia... — Ichigo sussurra suando nervoso.

Seus amigos ficam paralisados diante do enxame de criaturas grotescas e de nível assustador que se aproximava da verdadeira Karakura.

— São eles... — Tomoe sussurra com lábios trêmulos.

— Espíritos Abomináveis... — Katsuya cerra os punhos.

_____________________________________________________

West one music - Day of reckoning (Epic Choral Drum Action)

Hisana estava na fronteira do Oásis dos Bestais e fazia um pequeno aquecimento se preparando para correr.

— Não quero me despedir novamente... — Miwa entorta a boca.

— Então não se despede ué. — Hisana brinca encerrando o aquecimento.

— Sua chata!

Hisana mostra a língua.

— Não se esqueça de nada que aprendeu aqui e não se desvie de seu caminho Hisana. — Raysha diz.

— Obrigada.

— Hisa-chan... Eu quero ir... — Miwa diz chorosa.

Mordecai toca em seu ombro.

— Quando essa bagunça toda acabar eu venho tirar férias aqui Miwa-chan. — Hisana sorri.

— Então vê se não demora muito.

— Pode deixar!

As duas se abraçam.

— Vou nessa mestre! — Hisana faz um sinal para o bestial.

Arion a encarava sério em despedida.

Hisana faz uma posição de corredor de maratona e em um piscar de olhos no impulso para o primeiro passo que dá cria uma cratera e um vento revolto que joga alguns bestiais para trás e mesmo Miwa que acaba sendo aparada por Mordecai.

— Exibida! — a gata resmunga com os pelos arrepiados.

— Arion, o que você ensinou para essa pequena? — Raysha pergunta ajeitando os cabelos delicadamente.

Arion olha para a companheira ao seu lado.

— Eu a ensinei a voltar a ser o que deveria ser desde o princípio: Ela mesma.

Raysha olha surpresa.

— Então você a escolheu...

—... Sim. — Arion sorri. — Eu a escolhi...

Hisana voava abrindo uma trilha profunda entre as dunas do deserto negro em velocidade tão absurda que o ruído de seu voo era ensurdecedor, ela não tirava os olhos de seu caminho e não parava de pensar nos seus amigos.

— Aguente firme pessoal eu estou a caminho!

Dizia convergindo entre as dunas rumo ao campo de batalha como a promessa de uma última esperança.

_____________________________________________________

Continua...

_____________________________________________________

Trailer da Terceira Temporada: Ascensão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Com os acontecimentos recentes os jovens heróis não encontram escolha se não invadir o laboratório de Solomon e impedir a destruição completa da Soul Society e aniquilação dos shinigamis deixando assim a cidade de Karakura à mercê dos inimigos.

Faltam quatro horas para o retorno de Hisana.


Desculpem pessoas pela ausência de capítulo novo durante o mês de Dezembro, mas o final do ano foi uma loucura e só agora conseguir terminar de escrever tudo. Espero que tenha valido a pena aguardar tanto tempo pela atualização da Fanfic.

Vejo vocês nas reviews e no próximo capítulo!
Se tudo ocorrer como previsto restam mais três capítulos para nos despedirmos de Memórias (sentiremos saudades!).



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando O Futuro Vem Dos Céus - Memórias" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.