Quando O Futuro Vem Dos Céus - Memórias escrita por LYEL


Capítulo 4
Memórias Póstumas


Notas iniciais do capítulo

A identidade de Hisana é revelada por Byakuya e ambos ficam em um embate onde razão e emoção se chocam, o que prevalecerá?

Enquanto esperam pela chegada de Kaliver e seus aseclas, Ichigo e seus amigos compartilham de sonhos realmente incomuns...



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Palavras da autora: Bleach não me pertence, eu apenas peguei emprestado.

TRILHA SONORA DISPONÍVEL NO EMAIL: quandofuturovemdosceus@gmail.com

SENHA: tialyelberserk

Abertura da Fanfic

http://www.youtube.com/watch?v=czhk6z1k_xk&feature=youtu.be

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{Life Without Remnants}

Na mansão Kuchiki, Renji e Byakuya não haviam dormido, pois Rukia ainda não tinha terminado de contar toda a história que sabia, enquanto conta detalhes finais sobre o ocorrido eles são interrompidos por uma batida discreta na porta da sala em que estavam.

– Será a amiga de vocês? Byakuya pergunta de maneira óbvia.

Rukia se levanta e abre a porta.

– Yo! É o cumprimento anêmico de Hisana ao ver Rukia.

– Mas... O que houve com você? Você está pálida!

– Bem... Me deixa entrar antes vai... Ela fala sendo esquiva apenas para fugir o mais rápido possível de qualquer olhar curioso na mansão.

– Sim claro! Rukia abre espaço.

Byakuya olha para Hisana e não perde tempo em perguntar.

– Você é a jovem viajante do futuro?

– Sim senhor. Hisana cumprimenta Byakuya um pouco desconcertada.

– Sente-se. Byakuya mostra onde Hisana deveria sentar.

Hisana primeiro parece surpresa com o convite e depois levanta uma sobrancelha, mas por fim resolve sentar, era o mais sábio a se fazer na frente de seu tio e ela lembrava muito bem como ele era.

– Até onde sei você passou por muitas coisas garota, batalhas épicas desde tenra idade e mesmo agora ainda se vê jogada no caos com um objetivo quase impossível.

Hisana olhava para Byakuya e ela percebia que ele a analisava o máximo que podia aquilo era perigoso.

Byakuya antes de continuar faz um pedido, na verdade ordena.

– Rukia... Renji, eu preciso ficar a sós com ela.

– Mas por que Nii-Sama?

– Existem coisas que somente perguntando em particular terei certeza se condiz com o que você contou, eu ainda não confio nela.

Rukia e Renji se entreolham e assentindo pedem licença.

– Com licença.

Os dois se retiram ainda estranhando a decisão repentina do capitão.

Byakuya os espera sair e aguarda um momento seguro até voltar ao assunto.

– Matsuda Hisa é seu nome e percebo que é uma shinigami não é mesmo?

O que ele pretendia? O que exatamente Hisana deveria responder?

– Não senhor, não sou uma shinigami tanto que não me visto com uma.

– Interessante isso nos leva a mais um detalhe vago que ficou nesta história, se você não é uma shinigami é filha de um ryoka, contudo possui poderes espirituais que pelos relatos de Rukia se assemelham a um shinigami.

Aquilo estava indo para um caminho muito perigoso e Hisana sabia que logo Byakuya iria joga-la em um beco sem saída.

– A pergunta que farei exigirá uma boa resposta e espero que consiga ser convincente, pois quero lembra-la que eu sou Kuchiki Byakuya capitão do sexto esquadrão do Gotei 13.

Suor descia do rosto de Hisana, ela estava pensando que era melhor ter ficado no laboratório se recuperando das experiências feitas em seu corpo por Mayuri.

– A pergunta é simples...

Byakuya olha friamente e de maneira calculista para Hisana.

– Quem é você? Sua voz era intencionalmente baixa e direta.

Hisana tenta parecer a mais sincera possível.

– Capitão, eu sou Matsuda His...

– Mentira! Byakuya corta o raciocínio de Hisana com o mesmo tom anterior na voz.

Hisana engole seco ela se sentia acuada na frente de Byakuya por razões bem óbvias, ele era extremamente inteligente e perspicaz.

– Desde o início da História que Rukia me contou ela nunca entrou em detalhes sobre quem você era por que você nunca detalhou nada sobre si mesma, contudo ela disse que você era filha de amigos que conheceríamos no futuro, se isso fosse verdade não haveria motivos para manter mistérios em torno de sua identidade, o que leva a conclusão óbvia que você tem alguma relação direta conosco.

– ...

Hisana estava séria, sim Byakuya já suspeitava de suas palavras sem nunca tê-la visto! Os dois se encaram por um segundo que parecia uma eternidade.

– Tem algo em você que...

Byakuya olha para Hisana que desvia o olhar para esconder algo.

– Eu sinto como se já conhecesse você de algum lugar... Por quê?

Hisana olhava para o chão de braços cruzados.

– Tem tido algum sonho estranho ultimamente capitão? Ela diz repentinamente.

– Como disse?

– O que o senhor ouviu algum sonho diferente que nunca teve antes em toda sua vida? É isso que eu quero dizer.

– Como... Sabe? Byakuya se levanta olhando de forma suspeita para a jovem.

– Por que se os seus sonhos são o que eu imagino ser, então as respostas para quem eu sou já estão com o senhor há muito tempo, capitão.

Byakuya olha surpreso para ela.

– Espere... Não pode ser...!

Hisana também se levanta e começa a encarar Byakuya.

– É isso mesmo capitão Kuchiki Byakuya. Hisana falava incrivelmente séria. – Mesmo assim ainda precisa que eu diga o meu nome?

Byakuya olhava surpreso para Hisana, não esperava que ela falasse isso de forma tão repentina, mas alguma coisa dizia para ele que ela não estava mentindo. Agora a expressão de Byakuya muda para algo mais sério.

– Rukia sabe disso ou aquilo que ela sabe sobre você é tudo o que lhes permitiu saber?

Hisana cruza os braços novamente e fica de lado para Byakuya olhando para a porta.

– Não quero que eles saibam por que não possuem a frieza que o senhor possui para se conformar com a verdade.

– Esse é seu único motivo? Além do mais não disse que acredito em você e muito menor que me conformo com alguma coisa. Byakuya continuava sério.

Hisana olha com a ponta dos olhos para ele, ela baixa a cabeça fechando os olhos e sorri, mas depois olha para o chão com pesar.

– Por que não é certo, eu nem sou daqui capitão e não quero me envolver mais do que o necessário com ninguém por que quando tudo isso acabar eu vou embora e tudo o que vai sobrar é um vazio que irei deixar nas suas vidas... Além disso, eu tenho meus motivos e como o senhor é inteligente sabe que existem outras razões bem óbvias para eu tomar essa atitude.

Byakuya fica calado, embora tivesse recuperado sua compostura exemplar ele não resiste em ter que perguntar algo:

– Agora me diga seu nome, aquele que seus pais lhe deram.

– O senhor tem certeza que deseja ouvir meu verdadeiro nome capitão, mesmo sabendo quem eu sou?

– Apenas diga...

Hisana analisa Byakuya por um instante, era como se ele quisesse ouvir de sua própria boca para acreditar:

– Kurosaki Hisana, senhor.

A sobrancelha de Byakuya se eleva.

– Kuro... Saki... Byakuya não tinha prestado muita atenção no nome, mas o sobrenome era deveras desagradável. – Aquele delinquente de cabelos laranja... Ele fica pensativo.

Hisana sente vontade rir, ela não estava acreditando que Byakuya tinha ciúmes de Rukia com Ichigo.

– Capitão?

Byakuya olha para ela.

– Kurosaki Ichigo pode ter aquele jeito que lhe incomoda agora, mas no futuro ele vai se tornar um excelente homem, tenho muito orgulho de ser filha dele e de minha mãe também, aliás, ela se tornará uma pessoa que lhe trará muitas alegrias. Hisana sorri.

– ... Mas por que tinha que ser ele? Byakuya parecia inconformado.

Agora Hisana ri, quando percebe que Byakuya estava sério engole seco, mas ela responde de forma sincera.

– Capitão se não for ele quem será?

Byakuya resolve mudar de assunto.

– Então cada palavra de Rukia era verdadeira?

– Sim senhor.

– Aquele poder que ela me mostrou... Como ela fez aquilo?

– Aquilo o que senhor?

– Ela tocou em uma mesa que tinha no centro da sala e ela congelou até despedaçar e virar pó.

– Por que agora ela entende a natureza de seu poder, uma vez que você está em completa sintonia com sua zampakutou ela responde às vontades de seu mestre como se ambos fossem um só.

– Este é um principio avançado de liberação de Bankai, quer dizer que Rukia pode...

– Liberar o Bankai foi um dos objetivos de meu treinamento, se ela conseguiu liberar ou não, só ela pode dizer.

– Que tipo de treinamento foi esse?

– Não posso entrar em muitos detalhes capitão, pois existem coisas do treinamento que foram muito pessoais para cada um que estava lá comigo, se Rukia quiser contar ao senhor o que aconteceu com ela, então tudo bem, mas eu não tenho esse direito, sinto muito por isso.

– Entendo...

– Agora o senhor acredita em mim?

Byakuya observa Hisana, ela agia de certa forma naturalmente na frente dele agora.

– Ainda não posso acreditar tudo é muito surreal, mesmo para mim e seu nome... Byakuya era inteligente, mas certos fatos não entravam com facilidade em sua cabeça. - Não acreditarei, pelo menos não até testá-la.

– Uhm? Hisana não havia entendido a pergunta não até ver o reflexo da zampakutou de Byakuya fazê-la dar uma cambalhota para trás e encará-lo surpresa. – Ei! O que o senhor pensa que está fazendo?!

– Quero ver o quão forte você é, se você for tudo o que Rukia disse e o que você diz ser, então conseguirá me deter pelo conhecimento que tem sobre minhas habilidades, e se conseguir, vou acreditar em cada palavra da História que Rukia me contou.

– Não foi isso o que eu quis dizer capitão! Não podemos lutar na Soul Society, o senhor vai denunciar minha presença aqui! A voz de Hisana estava alterada.

– Prepare-se.

– Espere! Não faça isso!

Byakuya parte para cima de Hisana, mas Hisana pensa rápido, pois sabia que se Byakuya elevasse demais sua reiatsu ela estaria perdida, Ela observa a trajetória da zampakutou de Byakuya e com destreza desvia do golpe indo parar atrás do capitão e mesmo enfraquecida pelos experimentos de Mayuri o imobiliza com Hakuda.

– Capitão Kuchiki, por favor, pare, eu não quero fazer isso. Ela diz fazendo força para imobilizar Byakuya.

– Esses movimentos... Shihouin Yoruichi! Ele diz surpreso.

– É, foi ela quem me ensinou a fazer isso e ensinou o senhor também, satisfeito agora?! Ela diz sem deixar de contê-lo.

– O que está acontecendo aqui? Capitão!

– Nii-Sama!

Rukia e Renji entram quase arrombando a porta e vêm Hisana e Byakuya atracados.

– Mas... O que significa isso?! Rukia diz corada e envergonhada diante da cena.

– Capitão o que ela está fazendo com o senhor?! Renji parecia confuso.

– Ei! Não é nada disso que estão pensando! Hisana larga Byakuya o mais rápido possível e seu rosto enrubesce enquanto ela aflita tenta se justificar.

Byakuya como um verdadeiro nobre apenas ajeita seu haori e olha para Hisana dizendo:

– Estou satisfeito.

Renji e Rukia ficam brancos e petrificados pensando todas as besteiras possíveis.

– Ai meu Deus... Hisana põe a mão no rosto ela gostaria que existisse um buraco na sua frente para poder se enterrar agora.

– Nii... Nii... Nii-sama... Rukia não sabia o que dizer.

– Matsuda Hisa...

Hisana olha envergonhada por entre os dedos no rosto.

– Por enquanto acreditarei em suas palavras, mas não pense que as aceito de bom grado, existem muito mais coisas que permanecem uma incógnita para mim, espero que um dia possa elucida-las.

Hisana cumprimenta Byakuya.

– Sim senhor capitão Kuchiki.

Byakuya fica em silêncio observando a educação de Hisana.

– Já pode se retirar.

– Nii-sama? Você pode nos ajudar?

– Não disse que ajudaria, disse que acreditaria naquilo que me foi contado, o que enfrentam possui proporções perigosas demais para serem mantidas em segredo por muito tempo, em breve o comandante saberá e agirá no tempo certo.

– É exatamente isso o que não quero. Hisana sai da posição de reverência e olha para Byakuya. – O senhor não tem idéia da proporção de poder do qual estamos falando, mesmo o senhor não é capaz de fazer nada contra um abissal, mesmo tendo o poder e conhecimento de um capitão.

– Então está dizendo que Rukia pode? Ele a pergunta.

Hisana fica calada, pois tinha caído no jogo dele, ao olhar para Rukia ela acaba falando.

– Rukia, Ichigo e seus amigos alcançaram um nível de poder que para os padrões de sua época são fenomenais... Contudo... Hisana volta a olhar para Byakuya – Para os padrões do futuro eles são apenas guerreiros normais.

– E você pretende joga-la no mesmo caos em que viveu a sua vida inteira depois de ter a missão de protegê-la?

– Nii-Sama... Eu não...

Hisana parecia furiosa agora.

– Não sei o que o senhor pensa de sua irmã capitão, mas eu não a trato como um vaso de vidro frágil ao contrário do senhor que durante anos apenas a manteve sob suas asas de forma desnecessária, o senhor nunca pôde ver seu crescimento como eu vi, já pensou alguma vez que o seu excesso de proteção foi o que impediu Rukia de se tornar mais forte?

– Como disse?

Byakuya estava furioso também.

– Ei Hisa...! Rukia e Renji tentam dizer algo ao mesmo tempo surpreso pelas palavras de Hisana que continua irrefreável:

– Mesmo agora o senhor não bota fé em suas habilidades e nem mesmo viu o que ela é realmente capaz de fazer! Eu quando cheguei tive medo de envolvê-los tinha medo de perdê-los da mesma forma como os perdemos no futuro, mas logo eu entendi que não poderia agir assim, eu preciso confiar neles, nas habilidades deles, droga! Eles eram assustadoramente fortes no futuro! Por que não podem ser agora?! Qual a diferença da Rukia de agora para a Rukia de amanhã se elas são a mesma pessoa!?!

Hisana já estava meio ofegante de raiva e encarava Byakuya com a mesma raiva que ele a encarava de volta.

– Hisa, se acalme! Rukia fica na frente de Hisana empurrando-a com o braço para trás, ela estava realmente alterada, Byakuya tinha cutucado uma ferida aberta e ela sangrava de forma dolorosa.

Ele encarava Hisana, as palavras dela tinham surtido efeito no capitão que dá as costas ao trio.

– Se o comandante Yamamoto intervir em algum momento, então será nesta hora que nós capitães e tenentes teremos autoridade para agir, até lá não posso sair de meu posto e envolver-me sem levantar suspeitas.

Rukia ainda continuava na frente de Hisana encarando Byakuya quando ele mesmo diz:

– Não se preocupe seu segredo está guardado comigo, apenas cumpra com sua palavra e a proteja, afinal é para isso que veio.

– ...

– Já podem se retirar. Byakuya ainda continuava de costas.

Hisana faz um gesto para Rukia deixa-la e sai sem dizer uma palavra ainda com a expressão de raiva.

Rukia olha para Byakuya e Hisana tentando entender o motivo de tudo aquilo, então com voz triste se despede do irmão.

– Passe bem... Nii-sama... Rukia cumprimenta seu irmão e também se retira.

Renji observa seu capitão por um instante e prestando reverência se retira sem dizer nada.

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{ SelecTracks – Fate}

Depois da traição de Kaliver aquela era a segunda vez que Hisana se irritava daquele jeito e se tratando de Byakuya ela esperava que ele fosse mais compreensivo, mas não havia muito que fazer, ela não podia esperar um abraço carinhoso do tio que não só havia descoberto seu nome como também de quem era filha e nessa época embora Byakuya depositasse certo grau de confiança em Ichigo, isso não o obrigava a agir como amigo íntimo, eles não eram uma família, pelo menos não nessa época e talvez, Hisana tivesse piorado tudo agora...

– Merda! Ela sai se esgueirando pela mansão e indo em direção ao senkaimon sem esperar Rukia ou Renji.

– Hisa, espere! Rukia grita logo atrás.

Hisana pára, mas não olha para trás.

Rukia chega e logo pergunta:

– Mas o que foi tudo aquilo? Por que você agiu daquele jeito com meu irmão? O que ele fez? Rukia estava com a voz um pouco alterada.

Quando Rukia brigava com Hisana desde que era criança ela não conseguia lidar muito bem com a situação, mesmo agora, ela não conseguia agir diferente.

– Me desculpe... Eu fui uma grande idiota, é a segunda vez que faço isso... Hisana estava cabisbaixa e sem olhar para Rukia.

– Não entendo Hisa, às vezes você toma algumas atitudes que não consigo compreender, você parou para pensar que meu irmão poderia simplesmente sair dali e contar tudo para o comandante?

Na verdade Byakuya ainda poderia, mas não havia nada a se fazer naquele momento.

– Desculpa... Eu... Hisana fica calada.

Rukia suspira.

– O que está feito está feito, não adianta ficar se lamentando agora, vamos confiar no bom senso de meu irmão, mas tem uma coisa que me surpreende no meio disso tudo... Rukia sorri.

Hisana olha para trás.

– Você é a segunda pessoa que fala daquele jeito com o meu irmão sem medo.

Hisana pisca.

– Quem foi a primeira? Ela pergunta.

– Ichigo. Rukia responde.

Hisana fica corada e volta a andar na direção do senkaimon.

– Puhh! Que besteira!

Rukia continuava sorrindo e segue Hisana ao lado de Renji.

Os dois soldados estavam há mais de seis horas desacordados e o senkaimon continuava livre.

– Não disse que minha pancada ia deixa-los assim por um bom tempo? Hisana parecia orgulhosa. – Hohohohoho.

Rukia olhava Hisana pensando quem diabos ela achava que era.

– Rukia?

Ela se vira para Renji.

– Como o capitão disse, nós oficiais de patente não podemos ir ao mundo humano sem recebermos ordens, por isso não posso acompanha-la pelo portal.

– Eu entendo Renji, mesmo assim, obrigada por tudo.

– Vê se dessa vez não fica tanto tempo sem entrar em contato conosco. Renji sorri.

– Quanto a isso... Hisana interrompe. – Não há mais com o que se preocupar, o capitão Mayuri já disse que restabeleceu o sinal para a gente, ao que parece ele vai começar a manipular as informações necessárias para que não nos descubram legal né?

– Sei, parece bom. Renji diz.

Hisana o cumprimenta.

– Obrigada Renji espero contar com seu apoio a partir de agora.

– Sim pode contar comigo.

– Então estamos indo daqui a algumas horas teremos que ir à escola Hisa.

– Putz! É mesmo.

– Até logo Renji. Rukia começa a entrar no portal.

– Até mais Renji! Hisana o cumprimenta novamente.

– Manda um chute no rabo do Ichigo como lembrança.

Hisana ri e some no portal.

Renji fica calado observando as duas sumirem.

– Rukia... Em que loucuras você se meteu desta vez...?

Apertando o punho a ponto de sangrar Renji dá as costas ao Senkaimon e volta ao quartel de seu esquadrão.

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{ Bleach OST 02 - Compassion }

Em algumas horas estudantes normais acordariam para irem à escola, Hisana e Rukia entram pela janela da casa de Ichigo e não pensam duas vezes em se jogarem na cama.

– Borghff!!

É o barulho por baixo dos lençóis de Rukia.

– Kya! Rukia se arrepia feito um gato saltando da cama e ficando em posição de luta.

– O que foi!? Hisana fica do lado dela com olhos afiados olhando para a cama.

Os lençóis começam a se mexer e de dentro:

– Neeee-saaaaannnnn!!!

Um chute

– Booorfg!

Uma pisada em direção ao chão.

– Erghf!!

Rukia fica amassando Kon com o pé.

– Me dá um bom motivo para não te matar depois de um susto desses Kon!

– Neee-saaann. Diz o bicho de pelúcia. – Mate-me com estes pés cheios de carinho!

– É pra já! Rukia fica pisando em Kon com o rosto cheios de veias em fúria.

O bichinho de pelúcia varia seus gemidos entre dor e prazer enquanto aproveita para olhar por debaixo da saia de Rukia que obviamente percebe a intenção de Kon apenas para pisar com mais força.

Hisana fica observando a demonstração de carinho dos dois por alguns instantes e suspirando diz para si mesma já que sabia que Rukia não iria ouvi-la.

– Acho melhor refrescar um pouco a cabeça...

Ela pega uma toalha e sai do quarto deixando para trás os gemidos imorais de Kon.

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Enquanto toma um banho com água quente Hisana não deixa de pensar no que tinha acontecido na mansão Kuchiki, ela tinha sido não apenas imatura como bastante imprudente, não podia deixar de lembrar que embora Kuchiki Byakuya tenha descoberto sua real identidade e por incrível que pareça não tenha feito nada além de ficar surpreso, ainda pesava a dúvida em sua cabeça que cedo ou tarde ele poderia tentar alguma coisa, restava saber se para ajuda-la ou prejudica-la, afinal, Byakuya antes de seu nascimento era uma pessoa extremamente fria e calculista.

Mas Hisana pensava outra coisa também.

– Meu Deus o que vai acontecer comigo se as pessoas que eu mais quero que não descubram souber quem eu realmente sou...? Hisana aperta a cicatriz em seu ombro. – Até quando vou conseguir ficar assim...? Ela fala pensativa. – Até quando eles ainda continuarão a brincar comigo...? Ela encosta a cabeça na parede. – Cedo ou tarde eu...

Após o banho Hisana entra no quarto e se depara com uma cena que ela não esperava ver, Rukia já estava dormindo e Kon dormia encostado no travesseiro próximo a sua cabeça como um animal de estimação e não bastasse ainda gemia o nome de Rukia após cada golfada de ar.

Hisana sorri.

– A gente não consegue largar de você não é mesmo Kon...?

– Neee... Saannn. Ele dormia sorrindo sonhando com alguma coisa.

Rukia dormia e estava tendo um sono pesado, mas ela merecia depois do dia agitado que tiveram.

– Bons sonhos mamãe... Hisana fala baixo e se ajeita em sua cama para também dormir.

Mas o desejo dela para com sua mãe não se realizaria.

Por que no mundo dos sonhos não havia nada que Hisana pudesse fazer...

Naquela noite aqueles jovens amigos sonhariam... E lembrariam...

{ Bleach MON – Always Be With Me in Mind}

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SONHO DE RUKIA

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Um casal estava sentado na varanda de casa tomando o desjejum, ele tomando café com leite, pois precisava desta bebida forte para enfrentar o dia, além disso, lia o jornal matinal, ela tomava chá com torradas e geléia enquanto ao lado uma pequena refeição a aguardava, afinal, em seu ventre estava o primeiro filho do casal que há tanto tempo planejavam.

– Você vai passar na casa de seu pai hoje? Ela pergunta terminando de engolir a torrada e de dar um gole no chá.

– Vou, ele tinha ligado ontem para você dizendo que queria dar não sei o que né? Ele responde tentando lembrar e pondo de lado o jornal que lia para prestar atenção na esposa.

– Na verdade ele não disse o que era, mas falou que era um presente para o bebê. Ela fala passando mais geléia em outra torrada.

– Espero que não seja outra torradeira com botão “autodestruição” como a última. Ele ri.

– Coitado do seu pai. Ela se deixa rir também. – Ele estava tão feliz naquele dia, mas quando testou a torradeira na nossa frente ela explodiu né?

– Ele levou de volta para a loja, ela veio com defeito de fábrica, mas pelo menos agora nos deram uma nova. O marido toma mais café.

– As torradas que ela faz são maravilhosas. A mulher abre sua bocarra para comer a torrada quase de uma vez.

– Não vai se entalar comendo desse jeito Rukia, ultimamente eu estou preocupado, você está comendo o triplo que uma mulher grávida deveria comer e pior, que parasita é esse na sua barriga que não te permite engordar? Ele fala realmente surpreso com a comilança.

– Para sua informação, esse “parasita” é sua filha e se ela está com fome a mamãe obedece, né meu amor? Rukia sorri acariciando a barriga e olhando para o ventre enquanto sua mão livre já pegava a xícara de chá.

– Se pelo menos essa comida toda fizesse você crescer um pouquinho... Ele olha com a ponta dos olhos para a esposa, ele realmente queria dizer isso.

Rukia olha de volta com olhos afiados.

– Você sabe que eu cresci! Quando eu virei humana eu cresci um bocado Ichigo, deixa de ser implicante! Ela levanta uma colher de chá ameaçando-o.

– Desculpa, desculpa! Ele diz de mãos levantadas protegendo-se e divertindo-se ao vê-la emburrada.

No final os dois se olham e começam a rir.

– Bem... Ichigo se levanta. – Já estou de saída, fica com o celular por perto caso aconteça alguma coisa ou você queira que eu compre sushi de mortadela ou suco de quiabo de novo.

– Ichigo! Ela o repreende sem graça dando um empurrão no peito dele, mas ele apenas força o corpo contra o dela para beijá-la de uma vez e amansá-la.

– Te amo. Ele diz ainda com seu rosto colado.

– Você só diz isso quando eu estou brava com os seus comentários. Ela levanta uma sobrancelha.

– Mas é lógico, com o tempo eu aprendi a domesticar sua fera interior. Ele ri e já saindo a passos apressados dali por que...

– Ichigo! Ela arremessa a almofada da cadeira que pega nas costas dele que sai rindo da varanda.

Ela ri balançando a cabeça.

– Esse idiota não tem jeito mesmo...

Rukia se levanta da cadeira, mas no mesmo instante que faz isso o seu mundo gira e ela senta novamente sem forças nas pernas e suando.

– Agora não filhinha, agora não... Ela diz acariciando o ventre de olhos fechados de tanta dor que sentia no momento, ela percebe que aquela sensação era mais forte que as anteriores e sabendo que Ichigo ainda deveria estar pegando as chaves do carro ela estica o braço trêmulo para pegar o celular sobre a mesa, mas antes que consiga alcança-lo.

Rukia desmaia.

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SONHO DE INOUE e ISHIDA.

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Inoue estava em um quarto de bebê cheio de tons e brinquedos de cor rosa trocando as fraldas de sua filhinha e ao seu lado um garotinho de cabelos negros e olhos azuis estava agarrado a sua perna.

– Soryuu meu amor, se você não largar a perna da mamãe vai ficar difícil trocar as fraldas de sua irmãzinha. Inoue sorria, mas também achava graça da situação.

O menino de dois anos e alguns meses não entendia muito bem o que sua mãe pedia por isso olha para ela e depois continua agarrado fazendo bico.

Inoue sorri.

– Querida? Ishida entra no quarto que estava de portas abertas, ele só bate na porta com os dedos para anunciar sua presença.

Inoue se vira e Soryuu ao avistar seu pai consegue soltar a perna de sua mãe e sai correndo.

– Papa!

– Ei campeão! Ishida aos seus passos imitando correr tal qual o filho o pega no colo e o levanta no ar, o menino começa a gargalhar.

Inoue sorri e termina de colocar as fraldas na filha, ela pega o bebê no colo tirando-a do berço e vai até seu marido.

– Como foi? Eles selam um beijo.

– Nunca é tranquilo, não entendo por que as pessoas tiram o fim de semana para agirem imprudentemente e parar direto na emergência, queria que entendessem que existem médicos que preferem estar com a família que fazendo plantão. Ishida sempre dizia a mesma coisa e se indignava por quase nunca ter uma noite tranquila nos finais de semana ao lado de Inoue e seus filhos.

– Eu sei como se sente Uryuu, mas você é o co-diretor do hospital agora, seu pai sempre vai querer você por lá.

–... Eu sei disso, mas eu não sou como ele que nunca se preocupou com a família, tenho certeza que ele poderia achar alguém para me substituir nessas horas se quisesse.

– Não diga isso meu amor, eu tenho muito orgulho de você, salvando vidas e trazendo tranquilidade a tantas pessoas que confiam em suas habilidades.

Ishida olha nos olhos de sua esposa.

– Obrigado Hime...

Os dois ficam se beijando, mas...

– Papa!

Soryuu puxa as bochechas de Ishida.

– Ai, ai! O que foi Soryuu?

Soryuu aponta para um livro sobre um sofá dentro do quarto.

– Você quer que o papai leia uma história para você?

O garotinho sorri de orelha a orelha.

– Às sete horas da manhã? Ishida pergunta novamente.

Inoue ri.

– Uryuu, ele sempre acorda comigo quando levanto para trocar as fraldas de Tomoe, me ajuda e acorda antes da hora todas as manhãs em que você não está em casa apenas por que espera você chegar.

– Sério?

– Uryuu, ele é seu filho e te ama, o que mais você esperaria?

Ishida olha para Inoue e seu filho então o coloca no chão.

– Vamos lá ler a historinha! Ishida dá uma tapinha no traseiro do filho que sai correndo e rindo ele pula no sofá e pega o livro esperando o pai.

Quando senta com o filho no colo Ishida pergunta:

– Querida estou com fome, o que tem para o desjejum?

– Eu estava fazendo panquecas, mas sua filha começou a chorar e tive que abandonar a cozinha, quando terminar eu trago algo para vocês, então se preocupe apenas com a história de seu filho.

– Tudo bem.

– Vamos amorzinho ajudar a mamãe a fazer o café? Inoue brinca com sua filhinha e se retira do quarto.

Ishida olha para o livro.

– Bem, vamos começar a linda história sobre...

Ishida pisca e não consegue disfarçar a surpresa.

– “Moda jovem, como vestir a nova geração?”...

Soryuu Já olhava para a capa do livro com os olhos brilhantes de empolgação.

–... O que posso dizer... É meu filho afinal...

Ele diz querendo rir e abrindo o livro de coleções de moda.

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SONHO DE SADO

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Uma mulher de traços latinos estava sentada em um banco do parque central de Karakura, ela lia uma revista e às vezes parava para observar uma caixa de areia cheia de crianças.

Um homem alto e forte se aproxima por trás dela que sorri e sem olhar para trás diz:

– Estava quase indo atrás de você Sado. A mulher latina ainda tinha certo sotaque espanhol, mas isso deixava sua voz apenas mais chamativa.

– Desculpe. Sado senta ao lado dela com dois sorvetes e oferece um, ela pega e ambos ficam olhando para a caixa de areia.

Uma garotinha de cabelos amendoados construía um castelo de areia ao lado de outras crianças ela era pequena, mas se esforçava para conseguir acompanhar o ritmo dos outros, até que um garotinho um pouco maior corre na direção dela sem prestar atenção e os dois acabam trombando e caindo no chão.

Ao contrário do que se esperava quem chora não é a menina e sim o garoto que parecia ter “atropelado” uma parede.

–Alessa! Sado se levanta do banco, mas sua esposa toca em suas costas.

– Sente-se, não precisa ir até lá.

– Mas Andressa...

– Se acalme Sado, nem parece você. Ela ri graciosamente do comportamento dele.

– ...

– Apenas observe.

Sado resolve sentar e ambos ficam olhando as crianças.

Alessa que estava no chão sentada coça a cabeça quando vê o garoto chorando então se levanta como se nada tivesse acontecido e vai até ele estendo a mão para ajuda-lo a levantar, o rapazinho pára de chorar e aceita a ajuda para sair do chão, eles parecem conversar algo até que ambos sorriem e saem correndo para brincar com outras crianças pelo parque.

– Sabe... Andressa começa a falar enquanto sorria para as crianças se divertindo. - As crianças possuem suas próprias maneiras de resolver problemas, sua linguagem é completamente diferente da linguagem adulta, por isso nem sempre é necessário intervir, basta observá-los e deixa-los amadurecer.

Sado ouvia calado sua mulher falando e se admirava com sua sabedoria, ela era uma mulher fantástica, nascida em uma família humilde e a terceira mais velha de sete irmãos, aprendeu a vencer na vida sem a ajuda de ninguém, apenas com seu próprio esforço e Sado não apenas a admirava, como também venerava a mulher que tinha.

– Andressa, eu já falei alguma vez no como tenho sorte de ser seu companheiro? Sado fala em espanhol.

Andressa olha para ele sorrindo, ela sabia que Sado falava espanhol com ela apenas quando tinha vergonha que os japoneses entendessem o que ele lhe dizia.

– Todos os dias na hora do desjejum. Ela responde em espanhol.

– Tem problema se eu quiser falar agora?

Ela ri.

– Claro que não!

– Sou um homem de sorte por ter você como esposa.

– A sorte é recíproca, sem você eu nunca teria realizado meu maior sonho de construir uma família.

Os dois sorriem e seguram nas mãos um do outro enquanto ela pousa gentilmente a cabeça sobre o ombro dele.

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SONHO DE ICHIGO

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Ichigo estava ligando o carro para sair em direção ao trabalho quando se lembra de algo e pega o celular para ligar para sua esposa, porém na terceira tentativa sem resposta para as chamadas ele desliga o carro e resolve voltar para dentro de sua casa, ele caminha até a varanda onde havia terminado de tomar café.

– Querida esqueci-me de pergunta se...

Ichigo fica pálido e a chave do carro cai de sua mão.

– Rukia!!!

Ele corre freneticamente em direção a sua esposa inconsciente na cadeira da varanda, ele que já estava pálido fica quase sem ar quando percebe que a reiatsu de Rukia estava enfraquecendo.

– Rukia! Rukia!!RUKIA!!! Ichigo repete tocando no rosto da mulher, mas ela não responde. – Droga! Ele carrega Rukia nos braços até o quarto e a coloca na cama pega o celular no bolso e aperta a tecla de atalho para um número.

– Droga Urahara atende esse celular! Ele grita nervoso.

– Ugh... Rukia geme de dor e vagarosamente abre os olhos.

– RUKIA! Ichigo esquece o celular por um momento.

– I... Chigo...?

– Graças a Deus você abriu os olhos, aguente mais um pouco eu vou buscar ajuda!

– Não... Não vai embora Ichigo.

– Rukia você precisa de ajuda eu não posso deixa-la assim!

– Por favor, fica aqui comigo eu já estou começando a me sentir melhor.

– TSC! Não mente para mim, como pode dizer isso após acha-la inconsciente na varanda!?

– Foi... Apenas uma crise de reiatsu Ichigo... Já vai passar...

–...

– Por favor, fica um pouco aqui comigo... Rukia pega na mão do companheiro.

Ichigo luta com todas as forças para não dar ouvidos a Rukia, mas os desejos dela sempre mexiam demais com ele, tanto que ele desliga o celular e o coloca em um criado-mudo ao lado da cama, em seguida começa a tirar a roupa do trabalho.

– Ichigo...?

– O quê? Você não espera que eu vá trabalhar e te deixar desse jeito dentro de casa né? O que você acha que vai ser de mim se acontecer alguma coisa com vocês duas? Ichigo resmunga colocando uma roupa de casa. – Além do mais eu já estava sem vontade de ir trabalhar mesmo, agora abre um canto ai pra mim.

Rukia sorri um pouco fraca e Ichigo deita ao seu lado abraçando-a, ela estava com febre e com a respiração um pouco alterada, Por estar de costas Rukia não via a expressão preocupada de Ichigo, ele faz carinho nos cabelos da esposa e a beija muito.

– Eu te amo tanto Rukia. Ele fala segurando as lágrimas para não deixar Rukia preocupada e começa a fazer carinho na barriga dela.

– Eu... Eu também... Te amo Ichigo. Ela vira um pouco a cabeça para ele que responde beijando-lhe a bochecha. Mas Rukia começa a sentir a dor de novo, não com a mesma intensidade, mas o suficiente para fazê-la levar a mão ao ventre e gemer um pouco.

Ichigo vendo a situação e sabendo que não tinha muito que fazer, faz a primeira coisa que lhe vem ao coração.

Ele começa a cantarolar uma canção de ninar.

Rukia que estava de olhos fechados concentrada na dor começa a prestar mais atenção na voz e sorri segurando a mão do marido.

Ichigo continua a cantarolar e pouco a pouco Rukia sente como se aquela dor não fosse mais tão intensa ela fazia carinho na mão de Ichigo sobre sua barriga e sorria de olhos fechados enquanto percebia que aquela dor pouco a pouco desaparecia, era como se a criança em seu ventre estivesse respondendo a voz de seu pai e se acalmando.

– Ichigo... Rukia recebia carinho enquanto ouvia aquela voz que começa a fazer efeito nela também e tal qual seu bebê, ela se acalma e em fim dorme tranquilamente em seus braços, sua respiração mais tranquila, sua temperatura mais baixa e seus lábios com um sorriso.

Quando percebe que tinha feito a esposa dormir Ichigo se acomoda de forma a deixa-los confortáveis na cama, ele a acaricia por algum tempo até juntar-se a ela na terra dos sonhos.

Os “três” dormem tranquilos em sua casa.

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{Bleach OST 04 – Mysterious}

Rukia não parava de se revirar na cama, tanto que Kon já dormia jogado com um travesseiro no chão, ela suava e gemia e por fim acorda assustada abafando um grito para não acordar ninguém na casa.

Rukia respirava e ofegava seu corpo suado e expressão confusa, não era a primeira vez que sonhava com Ichigo daquele jeito e isso ainda a deixava sem saber o que pensar, a sensação de “lembrança” invadia sua cabeça de tal forma que seu rosto enrubesce ao imaginar que estava grávida de Ichigo e dormindo na mesma cama a faz dar algumas tapas na cara para afastar os pensamentos.

– O que está acontecendo comigo...? Ela põe a mão na cabeça pensativa e em seguida olha para Hisana que dormia como um gato jogado. – Acho que não seria certo acordá-la para contar sobre uma coisa dessas... Ela pode achar que estou ficando louca...

Rukia fica um tempo calada e decide tentar voltar a dormir, mas naquelas circunstâncias seria uma tarefa bem difícil.

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Inoue em sua casa tomava mais um gole de agua, ela tal qual Rukia tinha acordado poucas horas antes de ter que sair para o colégio, mais uma vez tinha sonhado com alguma coisa que nunca tinha sonhado antes em toda sua vida, talvez por ter jantado na casa de Ishida e terem passado algum tempo conversando, ou talvez por que ainda não tinha se acostumado com a identidade de Hisana.

De qualquer forma, no fundo ela se sentia feliz em ver aquelas crianças sorrindo e rindo em seu sonho, coisa que ela quando tinha aquela idade quase não conseguia fazer se não fosse pela presença de Sora, seu irmão.

– Maninho, por que eu fico com o coração tão acelerado quando tenho esses sonhos com o Ishida-kun? Será que nós...

Inoue toma mais um pouco de agua antes de voltar para a cama.

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Sado fazia diferente depois do sonho que tivera, ele fazia exercícios físicos na sala com a televisão ligada esperando o início do jornal matinal, ele tentava se distrair com outra coisa que não fosse aquele sonho estranho, mas a imagem daquela mulher era de tirar o fôlego, ele como o jovem saudável que era não parava de pensar no como seria bom alguém como ele, que era tão diferente, tem alguém que o compreendesse daquela forma na vida real.

– Queria que sonhos pudessem ser reais...

E ele continuava a se exercitar.

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Ishida tinha caído da cama e lá ficara olhando para o teto, esse tipo de sonho nunca tinha passado pela sua cabeça antes, a única lógica que ele chegava era que por ter passado algumas horas com Inoue jantando e conversando teria sido o motivo disso tudo, porém, ele sabia que tinha certo interesse em Inoue e se preocupava com ela.

– Eu e a Inoue-san... Ele sorria como uma criança a idéia lhe agradava bastante. – Seria muito bom se isso pudesse ser real, mas o mundo dá voltas sozinho, talvez eu deva começar a me movimentar com ele também... Afinal... Ele pensa um pouco e isso faz seu rosto ficar corado. – Kurosaki nem sabe que ela existe, mas eu sim.

Ishida continuava deitado no chão, não havia por que suspeitar de um sonho inocente, todos tinham o direito de sonhar e Ishida não deixa de transparecer o quanto estava feliz, por isso sorria sozinho em seu quarto.

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Contudo para Ichigo a sensação era diferente, ele estava sentado na janela de seu quarto a poucos metros de onde Hisana e Rukia estavam e ele não sabia pelo que sua amiga estava passando, mas o fato de ter estes sonhos ultimamente lhe afetava um pouco, às vezes ele pensava nela sem motivos e pensava nas possibilidades de caso aquilo tudo chegasse a algum dia acontecer, que tipo de relacionamento realmente seria? Quem seria contra ou a favor? Aliás, um shinigami tinha permissão para amar um humano como ele?

Ichigo suspira e seu olhar era vago, aquela era a primeira vez que pensava em Rukia daquela forma, não apenas como uma companheira, mas algo mais e embora seu coração batesse mais forte naquela hora, ele ainda não entendia que seus sentimentos estavam crescendo e amadurecendo.

– Rukia... Ele cochicha.

Ichigo não voltaria mais a dormir.

Assim como seus companheiros.

Aquele dia com certeza não seria como os outros...

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Continua...

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No Divã Com a Lyeeeeeeeeeeeeeeeeelllll (cof, cof, cof!!).

Um oferecimento de Tampico, a marca de suco que você bebe sem saber que está cheia de coliformes fecais!

– Olá leitoras que tenho certeza que neste momento estão histéricas com os momentos Ichirukis deste capítulo, no Divã de hoje eu vou apresentar a vocês um personagem que deveria aparecer no divã de Crônicas, mas como Ishida enganou o pobrezinho ele só pôde estar aqui agora, pode entrar e seja bem vindo(a) Zerus Rose, o abissal mais Viad... Opa! Digo... Mais “sensível” de QFVDC!

(Aplausos)

– Olá Zerus!

– Olá Lyel querida, como estas?

– Vou bem obrigada, eu estava dando uma revisada em algumas anotações aqui e percebi que no seu histórico você vai ter alguns momentos bem épicos com o Byakuya, dá pra ir adiantando alguma coisa, tipo qual o seu poder, por exemplo?

– Minha personagem é capaz de ler emoções, por isso posso me tornar o tipo de inimigo que sabe tudo sobre sua vida só de interpretar suas expressões, além do mais como o próprio nome sugere, meu poder tem algo a ver com flores, o par perfeito para meu Byakuya querido.

– ... Como assim par perfeito... Não entendi...

– Oh Lyel querida, quem neste mundo nunca sonhou em ter aqueles olhos frios e penetrantes olhando somente para você, aquela voz magnífica e profunda ecoando por seus ouvidos, imagine um “eu te amo” com aquela voz?

– Bem, eu até que...

– Aquele corpo maravilhoso suado como uma carne suculenta assando ao sol...

– Zerus, Peraí você começou a fugir do assunt...!

– Byakuya Lindo maravilhoso quando eu te pegar!

– Ei Zerus, tá me ouvindo?!

– Hohohoho imagine as possibilidades...!

– ... A gente ainda tá gravando isso...?

– Quando ficarmos juntos no campo de batalha vai ser o melhor dia de minha vida!!!

– Corta! Corta! Tem criança lendo isso!

– Hohohohoho.....!!!!

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Ficha Técnica

Nome: Zerus Rose

Idade: 14 anos e alguns meses desde a sua criação

Altura: 1,79m.

Tem um jeito afeminado por natureza, seus cabelos são compridos e azuis e seus olhos purpúreos, “O elementarista” como é chamado, é frio e calculista, mas consegue muito bem fazer seus adversários ignorarem estes detalhes, chega a ser sádico quando gosta de sua presa, tem conhecimento vasto em alquimia e magia que aprendera estudando livros proibidos antigos da cultura humana e tem intimidade com kidous, possui conhecimento vasto em poções e qualquer tipo de poder oculto, seja ele humano ou não, é capaz de controlar mentes se quiser, fazendo seus adversários de marionetes apenas para se divertir em suas lutas, é sempre visto com uma rosa azul que simboliza o seu poder. Sua principal arma é um Florete.

Zampakutou: “Transforme os meus sonhos em realidade! Morpheus!”.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou muito maior do que eu queria que ficasse, mas não tinha como colocar as informações que eu planejava transmitir para outros capítulos, peço perdão se ficou chato ler, mas essas lembraças são o link principal para o passado de Hisana e seus amigos na infância. Espero que se divirtam quando acontecer.