Palavras da autora: Bleach não me pertence, eu apenas peguei emprestado.

TRILHA SONORA DISPONÍVEL NO EMAIL: quandofuturovemdosceus@gmail.com

SENHA: tialyelberserk

Abertura da Fanfic

http://www.youtube.com/watch?v=czhk6z1k_xk&feature=youtu.be

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(Fate Zero - 11 - At Peace)

Já estava entardecendo e não havia nenhuma notícia sobre Hisana, Urahara tranquiliza o grupo que mesmo impaciente opta por esperar algum resultado.

Inoue estava sentada ao lado de Ishida na varanda, após a batalha ambos não tiveram um momento para espairecer até então.

– Como você esta se sentindo Ishida-kun? Inoue pergunta balançando as pernas no ar.

– Bem melhor graças a Tessai-san, mas principalmente graças a você. Ele sorri ajeitando os óculos.

– Que bom. Ela sorri de volta olhando para ele.

– Inoue-san, por que você parece tão triste?

– Triste eu?! Ela responde automaticamente deixando mais evidente sua emoção.

Ishida apenas levanta uma sobrancelha e Inoue vira o rosto sem saída.

– Eu fiquei muito triste por não ter conseguido ajudar a Hisa-chan com o meu poder, mesmo ela tendo me ajudado tanto, me tornado mais forte, mais uma vez quando mais precisaram de mim eu falhei...

– Ah... Então é isso... Ishida pensa por um momento no que falar. – Não concordo com o que disse Inoue-san.

– Como pode não concordar? Veja como está ferido. Ela toca nas ataduras envoltas no pescoço de Ishida. – Se eu tivesse sido mais forte você não precisaria estar com isso agora, Hisa-chan não ficaria quase morta e Kuchiki-san e Kurosaki-kun não teriam se machucado daquele jeito!

– Todos nós falhamos em alguma coisa naquela batalha Inoue. Ishida olha para ela, então diz: - Hisa-san falhou em perceber que seríamos atacados de surpresa, seus planos podem ser perfeitos, mas ela não pode prever o futuro, Kurosaki falhou em não conseguir trabalhar em equipe, Kuchiki-san perdeu o foco na luta ao se preocupar demais com alguém e esquecer-se de si mesma pondo o grupo em risco, eu falhei ao extrapolar os limites de uma técnica que ainda não tenho controle e não ter energia quando mais precisávamos e se você falhou em dar apoio naquela luta então completamos ai um grupo que ainda tem muito a melhorar! Sem as habilidades de Sado-san que conseguiu o impossível naquela batalha todos nós estaríamos mortos.

Inoue fica calada, a lógica de Ishida poderia ser verdadeira, mas ainda não a fazia se sentir melhor, ele apenas observa a reação de Inoue então suspira tocando delicadamente a mão da jovem entristecida.

– Se está tão chateada e considera ter falhado naquele momento Inoue-san, então por que não tenta novamente? Ele sorri.

– Ishida-kun... Ela olha para ele ainda um pouco desanimada. – Não sei se consigo.

– Então por que não tenta agora?

– Agora? Ela pisca.

– Por que não? Ele aponta com a outra mão para o pescoço que ela tocava. – Está doendo bastante se me permite dizer. Ele sorri sem graça.

Ela ri graciosamente do comentário perdendo a linha entristecida de raciocínio e fica de pé pegando com as duas mãos no pescoço do rapaz que fecha os olhos.

– Souten Kisshun.

Uma luz dourada envolve os dois.

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Do outro lado da loja Urahara e Yoruichi tomavam chá em uma sala mais privativa.

– Hisana está demorando muito, faz tempo que não temos notícias. Yoruichi toma um gole de chá.

– Se algo desagradável tivesse acontecido então ai sim teríamos notícias. Urahara olha para ela.

– Mas seria bom ela não demorar demais, afinal precisamos dela para analisar aquela fenda.

– O que pude ver até o momento é que aquela fenda age como uma garganta interligando mundos paralelos através de uma pré-conexão estabelecida do outro lado em que foi criada, mas o que Solomon disse naquele momento foi o que me preocupou ainda mais.

– Se vamos fazer alguma coisa por causa dessa fenda é melhor que seja feito o mais breve possível, não sabemos o que sairá de lá e nem sabemos se teremos capacidade de enfrentar o que sair dali, mas Hisana sabe.

Urahara concorda com a cabeça e tome um gole de chá.

– Por isso quando ela chegar deve...

Uma reiatsu conhecida chama a atenção de todos que saem correndo para fora da loja e observam um Senkaimon abrir e Hisana aparecer com olheiras profundas e expressão de desânimo.

– Hisa-chan! Inoue é a primeira a quebrar a surpresa.

– Yo... Hisana vem se arrastando.

Soi Fon aparece atrás de Hisana e por isso Yoruichi se aproxima.

– Como foi Soi Fon? A morena pergunta.

– Ela está sob custódia da Soul Society e suas ações serão monitoradas, suas decisões precisarão passar pelo consentimento da central 46 e a loja de Urahara Kisuke foi escolhida como a base de comunicações entre a Soul Society e o mundo Humano.

– Entendido. Yoruichi parece satisfeita com a decisão.

Soi Fon fica olhando para Yoruichi de uma forma que chama a atenção da morena.

– O que foi Soi Fon?

– Yoruichi-sama... Eu vi a senhora em um vídeo e estava tão diferente no futuro... Fiquei preocupada com o que aconteceu.

– Você me viu?... Entendo... Yoruichi olha para Urahara. – Não se preocupe Soi Fon, eu sou a mesma pessoa que você sempre conheceu não importa a aparência e não importa o que aconteceu, ainda estamos aqui. Yoruichi sorri.

Soi Fon retribui o sorriso.

Hisana já era cumprimentada por seus amigos quando Soi Fon lhe chama.

– Viajante do futuro!

Hisana se arrepia.

– Quê?!

– Tenha consciência que a partir de agora tudo o que fará pesará sobre seus aliados e tente não fazer nenhuma besteira, não se esqueça de tudo o que aconteceu.

– Entendido Soi Fon-san. Hisana bate continência.

– É capitã Soi Fon para você! Ela pula no Senkaimon. – Em breve vocês receberão notícias da Soul Society, mas no momento precisarão saber por intermédio dela o que aconteceu. Soi Fon se despede. – Até breve.

O portal se fecha.

E Hisana fica fazendo as piores caretas que consegue.

– Pare com isso! Yoruichi desfere uma tapa na nuca da jovem que morde a língua.

– IAai!! Hisana tapa a boca assustada.

– Ao invés de ficar fazendo careta para ela deveria se preocupar mais com aquilo! A morena aponta para cima.

Hisana acompanha o dedo de Yoruichi com os olhos e percebe a fenda negra no céu.

– Quando foi que aquilo apareceu? Hisana não parecia muito surpresa.

– Depois da última batalha essa fenda já estava lá Hisa-san. Ishida responde.

– E precisamos que você nos ajude a analisa-la, quando fomos resgatar Sado e os outros Solomon apareceu e nos fez algumas ameaças. Urahara lembra.

– Solomon?! Hisana parecia surpresa agora.

Ele assente.

– Solomon nos explicou o que era aquela fenda e que tipos de inimigos poderiam surgir dali a qualquer momento, por isso preciso de sua ajuda para analisa-la e criar alguma barreira ou que for necessário para evitar que o pior aconteça e estejamos desprotegidos. Urahara explicar melhor.

– Farei isso, mas preciso entrar em contato com meus amigos na minha dimensão para ver se encontramos alguma solução para isso por que confesso que eu sozinha não sei exatamente o que fazer. Hisana responde.

– Entendo, mas tente ser rápida, faz um bom tempo desde que Solomon nos deu esse alerta, pressinto o perigo iminente. Urahara parecia preocupado.

– Tá.

– Hisa-chan está com fome? Inoue pergunta.

– Fome? O estômago de Hisana ronca e ela fica envergonhada. – Isso... Responde...?

O grupo ri.

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(TSFH - 01 After The Fall (No Voice)).

Todos estavam reunidos, Hisana comia e explicava aos seus amigos como havia sido sua visita à Soul Society, ao comentar sobre os selos evita mencionar a ascendência de Ichigo assim como a sua própria, pois sabia que nesta era ele ainda não conhecia esta parte de sua própria história, além disso, elogia muito a atuação do grupo na última batalha e aproveita que a situação estava mais calma para isso, revela sobre a carta de Kaliver e por isso também os bestiais, os minutos passam e logo a conversa se estende.

– Bestiais uhm? Quem diria... Então quer dizer que Komamura-san não nasceu estranho à toa. Ichigo parecia surpreso quando fala.

– Ah! Eu fiz essa mesma cara! Hisana aponta para a expressão de Ichigo.

– Vocês dois... Pensam que o capitão Komamura é o que? Rukia não gostava da demonstração de desrespeito.

– Um cachorro. Respondem Ichigo e Hisana ao mesmo tempo como se respondessem à um “Talk Show”.

Ambos levam um cascudo e ficam quietos.

– Tratem os outros com mais respeito! Rukia estava cheia de veias nervosas na testa.

– Sim! Ichigo e Hisana respondem massageando a cabeça mesmo não entendendo o porquê de tanta ignorância.

– Hisa-chan quando vai partir? Inoue pergunta.

– Ainda não sei por que não posso ir embora de qualquer maneira deixando vocês sozinhos até por que não faço idéia de quando vou voltar. Hisana responde ainda fazendo bico e verificando se não saia sangue da cabeça.

– Como assim “quando vou voltar”? Ichigo não gosta desta ultima parte.

– É isso mesmo Ichigo, pela forma como o comandante Yamamoto falou parece que teremos uma grande viagem pela frente...

– Só você, Renji, Nii-sama e o capitão Komamura? Rukia também não parecia aprovar a idéia.

Hisana dá de ombros mostrando que não tinha escolha.

– Também fiquei intrigada em ter viajar no meio de tantas “cuecas” e pior é que nenhum deles faz o meu tipo, sacanagem né?

Rukia prefere nem responder o comentário, mas reage naturalmente à falta de respeito.

– Mas o que faremos se formos atacados enquanto não estiver aqui? Ishida parece preocupado.

– Também pensei nisso, por isso disse que não vou embora de qualquer jeito. Responde Hisana massageando um segundo galo na cabeça.

– Não gosto disso. Sado cruza os braços. – Eles parecem querer usar você em benefício próprio.

– Eu te entendo, mas se essa parece ser uma alternativa para vencer Magnus e evitar problemas com a Soul Society que sinceramente não estou com um pingo de paciência para lidar, então vale a pena arriscar.

– Então o que fará agora? Yoruichi pergunta.

– Vamos voltar cada um para nossas casas, já abusamos demais da hospitalidade de vocês, no caminho vou dar uma olhada na fenda e o que puder reportar para vocês eu reporto o mais breve possível, mas estou bastante cansada, ficar desmaiada não é exatamente dormir e nem sei como consegui me recuperar assim tão rápido.

– Rukia doou sangue para você. Ichigo fala.

Hisana pisca.

– Eh? Sério?

– Ichigo! Rukia cochicha repreendendo.

– O quê foi? Falei algo proibido?

– Rukia. Hisana se vira para ela e se curva em reverência. – Assim como faço para você digo o mesmo para todos, Muito obrigada por terem salvado a minha vida.

O grupo fica encabulado.

– É... Bem... Tipo... Ichigo coça a cabeça.

Ishida apenas ajeita os óculos e Sado baixa a cabeça para esconder o rubor, Inoue fica rindo sem graça e Rukia olha surpresa sem saber como reagir.

– Eu... Não se preocupe, sei que faria o mesmo por qualquer um de nós. Rukia responde.

– Claro que eu faria. Hisana responde automaticamente e sorrindo. – Menos pelo Ichigo. Ela entorta a cara.

– Ah É?! Nem pedi ajuda mesmo! Ichigo cospe.

– Não precisa se sentir carente na frente dos outros Ichigo... Hisana brinca em tom sério.

– Eu não estou carente! Ele cospe de novo.

– Então por que parece se importar com minha brincadeira? Ela sorri cinicamente.

– Tsc... Sua vaca... Ichigo fecha o punho.

Os outros riem e Rukia coça as bochechas.

– Não precisa agradecer. Ela sorri encabulada desviando o olhar.

Hisana ainda continuava com seu largo sorriso.

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(Erdenstern - The Map).

O grupo agradece Urahara e todos os que residiam na loja pela hospitalidade e se despedem, como prometido Hisana se dirige até a fenda e de certa distancia é possível ver Ichigo e Rukia que apenas observavam e esperavam.

Hisana tenta entrar em contato mais uma vez com Urahara em sua dimensão e desta vez tem sucesso.

– Hisa-chan! Sabia que era você! A voz grita parecendo surpresa.

– Corta essa Urahara, é lógico que sou eu quem mais seria?

– Estou tão feliz em...!

– Está vendo isso? Hisana corta a conversa e abre uma tela projetora de imagem para que Urahara pudesse ver o mesmo que ela.

– Uma fenda temporal? Mas tão cedo assim?

– Isso mesmo e não faço idéia do que Solomon fez para isso estar acontecendo, mas é bom que comece a trabalhar, estou com alguns problemas aqui e preciso resolver isso o mais rápido possível.

– Entendido, vou analisar imediatamente, mas irei mandar um sinal de alerta a Mayuri-san para que a Soul Society mande algum reforço à entrada da fenda não vamos querer nenhuma surpresa imagino.

– Que bom que captou a mensagem, então vou voltar para casa e amanhã espero que responda meu sinal na primeira tentativa.

– Sim senhora.

– Ótimo! Hisana parecia enérgica.

– Hisa-chan...?

– Quê?

– Eu sei que está muito chateada por tudo o que aconteceu, então me deixe explicar.

– Não!

– Mas...

– Se tiver que explicar faça isso amanhã, pois como você mesmo disse, estou “muito chateada” e não vou prestar atenção em nada do que vai dizer, tive um dia cheio, apanhei feito um vira-lata, aceitei decisões inquestionáveis da Soul Society sem poder dizer não, minha família quase morreu, perdi o homem que eu amava e fui enganada por alguém que jurou me ajudar não importasse a circunstância, sim Urahara Kisuke, eu estou MUITO chateada!

–... Então se estiver melhor amanhã explicarei tudo Hisa-chan... Urahara baixa seu semblante. – Descanse bem... Você merece.

A comunicação é encerrada e Hisana volta para junto de Ichigo e Rukia.

– Tudo bem? Ichigo pergunta quando percebe a cara de desagrado de Hisana.

– Sim, nada demais e então, vamos? Ela opta por não iniciar uma conversa e sai andando na frente.

Rukia e Ichigo se entreolham e dão de ombros.

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Ao chegar em casa é como se nada tivesse acontecido, Kon e Chappy haviam incorporado a vida de Ichigo e Rukia e a desculpa dada pela ausência de Hisana havia sido um trabalho em equipe, algumas horas depois Hisana caminhava em direção à cozinha para tomar alguma coisa e ainda resmungava de algumas feridas que tinha pelo corpo, no momento só estavam ela e Rukia na casa, Isshin estava em plantão, e as meninas iriam dormir na casa de amigas, Ichigo tinha saído para comprar algumas coisas para o trio fazer o jantar e levado Kon, pois não confiava deixa-lo com as meninas.

Hisana abre a porta da geladeira e procura as bebidas, ao encontrar uma lata de refrigerante abre e começa a caminhar em direção ao quarto outra vez para voltar a descansar, para ela, essa era a melhor parte de ainda estar ferida.

Quando chega no corredor de seu quarto encontra Rukia parada lhe esperando e os olhos da pequena estavam diferentes, ela parecia incomodada com alguma coisa.

– Rukia? O que foi?

Rukia olha de relance para Hisana, mas baixa a cabeça, ela tinha que dizer de alguma forma o que queria ou seu coração iria explodir.

– Hi... Preciso falar com você.

Hisana parecia bastante indisposta.

– Não dá para ser em outra hora não?

Rukia olha para ela outra vez e seu olhar chama a atenção de Hisana, ela parecia nervosa.

– Ei... Você tá legal Rukia?

– Eu sei de tudo.

(Bleach JH_19. Monologue)

Rukia fala e Hisana levanta uma sobrancelha.

– Sabe de que?

– Você... A determinação e coragem de Rukia pareciam ter desaparecido diante de Hisana ela esfrega os olhos com os dedos e junta forças outra vez. – Você é minha filha.

Os olhos das duas se cruzam.

Hisana não parecia surpresa, ela toma um gole do refrigerante e olha para Rukia outra vez sorrindo.

– Que besteira você está inventando a essa hora Rukia? Quem te contou essa bobagem?

Ao não encontrar surpresa alguma em Hisana Rukia fica um pouco receosa em continuar.

– Daedra me contou... Ela disse que você se chama...

– Pode ir parando por ai! Hisana faz sinal e começa a rir de uma forma que parecia forçado. – Rukia olha só que besteira você está falando, a Daedra te contou? Aquela idiota era especialista em fazer joguinhos com a cabeça dos outros tentando encontrar uma maneira de confundir e assim derrotar o oponente!

Rukia fica um pouco surpresa ao ouvir isso e começa a ficar confusa também, poderia ser possível que ela havia caído no jogo de seu inimigo? Mas existiam fatos ali que ela não conseguia negar...

– Ela parecia saber tanto sobre mim, sobre você e sobre... Rukia prefere não falar.

– “Sobre”? Hisana pergunta.

–... Daedra disse que você era minha filha... E de Ichigo.

Hisana ri.

– Minha nossa! Essa doeu até em mim, mas a culpa é minha por não ter alertado nada sobre ela, desculpe Rukia, tire isso da cabeça, senão você vai ficar maluca.

Hisana parecia agir tão naturalmente com a situação que Rukia se sente idiota, porém de alguma forma ela não queria acreditar em Hisana, mas ela parecia tão convincente.

Rukia ri sem graça.

– Como sou idiota, desculpe ter começado uma conversa sem sentido como essa.

Hisana sorri e toca na lateral do ombro de Rukia.

– Não tem problema, fique tranquila.

Rukia sorri para Hisana e olha para a mão de sua amiga quando algo lhe chama a atenção, sem aviso, Rukia segura e vira a palma da mão de Hisana, então seus olhos entram em choque.

– A borboleta...

– O que disse? Hisana não havia entendido.

Rukia fica tremendo olhando aquele sinal de nascença inconfundível.

– Mentirosa... Ela fala cochichando.

Hisana ainda não tinha ouvido direito.

– O que você está falando?

– MENTIROSA!

Rukia grita na cara de Hisana que salta assustada deixando a lata de refrigerante cair.

– Se tudo o que disse até agora era verdade então que mentira é essa no seu pulso!? Rukia vira a mão de Hisana para ela mesma. - Esse sinal que você tem no pulso, eu me lembro dele! Você nasceu com ele, eu e Ichigo dizíamos a você que lembrava uma borboleta e por isso você havia feito um desenho ao redor e mostrado para ele! Por que eu sonhei com isso então!? Quando foi que tudo isso aconteceu? Como pode olhar nos meus olhos e mentir!? KUROSAKI HISANA!

Hisana estava muda, ela tinha tantas cicatrizes no corpo que nem lembrava que tinha algum sinal de nascença e algum que fosse uma memória tão forte para Rukia.

– Você... Você está fora de si Rukia... Hisana sorria sem graça, mas suando nervosa. - Kurosaki Hisana que besteira... Era para esse ser meu nom...

– Já chega!

Rukia grita de novo e Hisana sente um frio na espinha, a pequena estava furiosa.

– Até onde você pretende chegar mentindo desse jeito, por que fez tudo isso para esconder algo assim de mim. Rukia balança a cabeça nervosa. – De nós!?

(FAIRY TAIL Main Theme -Piano ver.)

Rukia começa a sentir muita dor de cabeça e põe uma de suas mãos comprimindo-se contra a parede começando a chorar sem entender, seu coração poderia não ter explodido, mas ela segurava, pois estava doendo muito.

– Por que isso está acontecendo comigo, que sonhos são esses... Que emoções são essas... Sinto-me tão confusa... Rukia olha com os olhos marejados para Hisana. – Que sentimento saudoso é esse que estou sentido... Por que eu sinto que já conheço você há tanto tempo...?

O coração de Hisana também estava prestes a explodir, ela queria negar o que Rukia estava dizendo, mas suas próprias lágrimas fazem isso ser tarde demais.

As lágrimas de Hisana descem silenciosas enquanto olha para Rukia, ela não conseguia medir o tamanho da dor que sua mãe deveria estar sentindo, ela a tinha machucado profundamente e tinha sido descoberta também... Hisana não queria ter sido desmascarada desta forma, e nunca desejaria fazer sua mãe passar por tudo isso.

Hisana dá as costas a Rukia escondendo suas lágrimas.

– Eu sinto muito por tudo isso.

Hiryu aparece do lado de Hisana olhando com tristeza e preocupação para ela.

– Hisana... Já chega... Está na hora de dizermos a ela... A zampakutou toca no ombro de sua mestra.

Rukia enxerga a nova presença ao lado de Hisana.

– Quem... É você?

Hisana e Hiryu olham espantadas para Rukia.

– Vo... Você pode me ver? A dragonesa fala surpresa.

(- Impossível eu não materializei ela!) Hisana pensa espantada.

Rukia olha confusa para as duas.

– Vocês...

Hiryu olha para Hisana que olhava diretamente para Rukia.

– Não sei o que está passando, mas imagino o que está sentindo, sei que me odeia pelo que fiz e não vou negar que tudo o que você disse é a mais pura verdade. Hisana não chorava mais, contudo não sorria nem se expressava. – Tive os meus motivos e não pretendo me justificar.

– Eu quero saber, eu tenho o direito de saber, que sonhos são esses?! Eu sei que são lembranças, mas por que estou sonhando com algo de uma época em que não existo mais!? E do Futuro?! Você não pode mais continuar escondendo isso de mim, Responda Hisana!

Mesmo com olhos marejados Rukia estava nervosa e furiosa, ela já havia entendido que a garota de cabelos longos negros e olhos carmesins era sua zampakutou.

Hisana olha para Rukia, mas logo desvia o olhar outra vez.

– Já disse que não vou me justificar se quiser sair por ai contando que sou sua filha e que você vai ser a mulher de Ichigo então tudo bem, vá e depois me conte o que seu querido amigo de cabelos laranja vai achar, aproveite e peça opinião do Renji também o que acha? Hisana fita Rukia de modo sério.

A raiva de Rukia diminui quando ela pensa por um instante na possibilidade de Ichigo saber e Renji... Rukia não consegue evitar, mas isso também lhe pesa na consciência e a deixa mais nervosa.

– Eles... Não sabem...? Então... Existe a possibilidade de eles estarem tendo estes mesmo tipos de sonhos é isso que quer dizer!?

Rukia pensa por um instante na conversa que tentava ter com Ichigo e ele parece incomodado tanto quanto ela, como se quisesse contar ou desabafar sobre alguma coisa.

– Não pode ser...

– Sim, mas se eles não contaram nada a você até agora é por que têm medo de como reagirá, acha mesmo que Ichigo está aceitando tudo isso ou Renji? Que se você chegar até ele dizendo que o ama tudo vai mudar? Isso não é conto de fadas Rukia, quando Ichigo souber da mesma verdade compartilhada por você, ninguém sabe o que vai acontecer! Vai querer arriscar perder tudo?! Hisana cospe todas as palavras de modo bem rígido, mas apenas por que queria que Rukia mudasse de idéia e não fizesse nenhuma besteira.

A pequena shinigami fica muda.

– Entende por que não queria que você soubesse? Mas infelizmente era inevitável, fiz o possível para evitar que isso acontecesse, mas os laços familiares que já tínhamos acelerou demais o retorno de suas memórias, os sonhos continuarão você ainda sentirá isso que sente hoje muitas vezes, mas agora que sabe a verdade o que vai fazer? Vai embora, desistir de tudo e dar as costas? Fingir que isso não aconteceu? Prefiro que sinta apenas ódio de mim.

– Chega... Rukia baixa a cabeça. – Não diga mais nada...

–...

– Rukia-san, Hisana é...

– Cale a boca. Hisana ordena para sua zampakutou.

Hiryu obedece mordendo os lábios.

– Eu nunca pensei que ia dizer isso, mas depois de tudo o que disse de todas as mentiras... Não consigo olhar para você, tentei segurar todos esses sentimentos até agora, mas apenas piorou o que estou sentindo, já há algum tempo que tenho esses sonhos e ainda não entendo muito bem o porquê... Rukia olha para Hisana que a fitava nos olhos. – Você não tinha o direito em hipótese alguma de esconder esse fato de nós não importasse as consequências, isso é um direito nosso, como consegue conviver consigo!? Rukia continuava exaltada.

– É ai que está, eu não convivo comigo, apenas aceito que existo e isso é tudo. Hisana parecia fria agora e lutava com muita vontade para manter suas emoções sob controle.

(Blood + : Diva Awakens)

Agora a calma de Hisana enfurece Rukia que de maneira impensada levanta a mão contra o rosto de Hisana que nem piscava, mas Rukia não desfere a tapa que gostaria, então olha assustada para a própria mão, fecha o punho, morde os lábios de maneira sofrível e por fim fecha os olhos dizendo:

– Você disse agora a pouco que preferia ser odiada a me ver assim, eu não queria ter esse tipo de sentimento poluindo meu coração, mas se você de algum modo fez tudo isso por que queria ser odiada... Então conseguiu... Eu te odeio Hisana. Rukia não consegue levantar o rosto para encará-la.

Hiryu olha espantada para ela e leva as mãos à boca, aquilo não era coisa para se dizer a própria filha!

– Rukia-san não diga uma coisa dessas! Você precisa ouvir a Hi...

Hisana toca no ombro de Hiryu e ela olha para sua mestra com expressão sofrível.

– Hisa-chan...

Hisana estava com um olhar vago e por ser um pedaço de sua alma Hiryu conseguia sentir muito bem o que sua mestra estava sentindo.

– Não se preocupe isso que está sentindo já vai passar. Hiryu! Hisana fala com voz fria.

A zampakutou não gosta nem um pouco do tom de voz.

– Hisana?

– Faça o mesmo que havia feito na batalha contra Fisus e Granus, mas desta vez, não quero falhas.

Hiryu olha espantada para Hisana.

– O que disse? Você não pode me obrigar a...!

– Já obriguei e você vai obedecer. Hisana dá as costas indo embora ignorando as duas.

– Ainda não acabamos! Rukia grita irritada, mas com a atitude repentina de Hisana acaba ficando um pouco confusa.

– Espere Hisana, Eu não vou fazer isso! Não posso fazer isso! Como ousa me pedir uma coisa dessas? Depois de todo o trabalho que temos para guardas nossas memórias mais queridas, como pode me pedir para tirá-las!?

Hisana responde sem olhar para trás:

– Não vou mais repetir. A voz soa sombria enquanto ela sumia no corredor.

Hiryu fica em choque tentando absorver as ordens de Hisana, então se vira para Rukia que tinha lágrimas quase secas nos olhos e olhava confusa para ela.

– Eu... Ela pousa a mão sobre a cabeça de Rukia.

– O... O que é isso... Não consigo me mexer...! Rukia gagueja.

A mão de Hiryuken brilha.

– Eu sinto muito...

– NãããããoOooOo!!!

A voz de Rukia ecoa pela casa.

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(Crono Cross - Fragment of a Dream)

Hisana estava em pé no telhado da casa pensativa e de braços cruzados observando a noite quando sente a presença de Hiryu se aproximando, então esboça um fraco sorriso se virando para ela.

– Para alguém que tinha uma tarefa tão simples você até que demorou bastante não ach...!

Hisana leva uma tapa inadvertida de sua própria zampakutou que parecia furiosa e com uma trilha de lágrimas que lhe escorria da face, a jovem é pega de surpresa e quase cai do telhado, ela põe a mão no rosto e um filete de sangue desce de sua boca, mas ela fica em silêncio.

Hiryu morde os lábios e vira o rosto tremendo e apertando os punhos.

– Nunca mais... Nunca mais me obrigue a fazer isso novamente! Por que senão... Eu vou... Eu vou... Hiryuken soluça e com olhos marejados encara Hisana. – Eu vou acabar te odiando como o meu irmão!

–...

– Já chega Hisana... Cansei de vê-la se torturar e tentar isolar seu verdadeiro coração dos outros, não foi desse ódio por si mesma que eu nasci, nem desta solidão que adoece sua alma. Hiryu se aproxima e toca no rosto de Hisana. – Eu já vi a verdadeira Hisana e me orgulho muito dela, por isso... A zampakutou abraça Hisana como se fosse sua mãe. – Não tente mais carregar esse fardo sozinha.

As lágrimas de Hisana desciam silenciosas enquanto sua cabeça timidamente concorda.

– Vamos, recomponha-se, seu pai está quase chegando. Hiryu enxuga as lágrimas de sua mestra.

–...

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Alguns minutos depois Ichigo chega com várias sacolas.

– Cheguei! Hisa, Rukia espero que não tentem me escravizar na cozinha dessa vez senão vão ter que fritar ovo ouviram! Ichigo faz bico enquanto de maneira mal humorada procura as duas pela casa, mas só é cercado pelo silêncio.

– EI! Tem alguém em casa!?

– Caramba, mas como você é escandaloso! Hisana aparece tapando os ouvidos e agindo o mais natural que consegue.

– Vem me ajudar e nem inventa de sentar e ficar esperando a janta cair do céu senão você vai passar fome!

– Tá já entendi... Seu mal-humorado...

– Eu não estou mal humorado, isso é divisão justa de trabalho doméstico, eu já tive que ir sozinho comprar os ingredientes do jantar e você ainda quer que eu cozinhe?!

– “Divisão justa de trabalho doméstico é”? Hisana cruza os braços nem um pouco convencida. – Então que merda é essa de vocês deixarem a Yuzu, uma criança ainda, fazer a janta, lavar a louça, passar roupa, arrumar a casa...

– Ei, leva logo aquela sacola e tira o que tem dentro e põe na geladeira! Ichigo corta a conversa apontando para o congelador ao ver sua razão cortada.

– Verdade dói né?

– Tsc! Ichigo põe alguns potes na pia e nota a ausência de Rukia. – Ué? Cadê a Rukia?

– Deitada, ela teve uma forte dor de cabeça e por isso foi dormir.

– Mas sem jantar? Ichigo estranha.

Hisana dá de ombros.

– Vamos preparar a comida e deixar um pouco para ela, se ela sentir fome mais tarde a gente usa o micro-ondas.

– Tudo bem, então depois verei se precisa de alguma coisa.

Hisana coloca a mão na boca e solta uma risadinha divertida.

– Sozinhos? No quarto? Hohoho, quer que eu saia da casa?

Ichigo entra em ebulição.

– Mas que merda você está pensando que eu vou fazer com ela? Ichigo gesticula ranzinza.

Hisana ainda estava com a mesma expressão e faz um gesto imitando os dois se beijando.

Para ódio de Ichigo que não se controla.

– HISA!!! Ele vira bicho.

– Vai fazer a janta Ichigo! Hisana bota uma panela na frente para se defender e pega uma toalha de pano imitando um barulho de chicote.

– Já disse que não vou fazer sozinho!

– Então bota logo a água para ferver! Ela dá a panela que estava servindo de escudo para ele.

– Tsc! A gente ainda não terminou essa conversa.

– Vai trabalhar seu preguiçoso!

– Preguiçoso é a mãe!

Os dois discutem e cozinham ao mesmo tempo para terror de Ichigo que não conseguia se defender da língua afiada de Hisana que fazia o possível para esquecer o que tinha acontecido naquele dia que tinha se tornado o seu pior até aquele momento.

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No quarto improvisado de Rukia e Hisana a pequena shinigami estava deitada de cara para a parede com olhar vago e estava totalmente inexpressiva, podia ouvir Ichigo discutindo com a jovem na cozinha e calcular que se nada explodisse talvez o jantar saísse, estava definitivamente com uma terrível dor de cabeça e não lembrava como havia chegado até a sua cama além de estar um pouco confusa sobre alguma coisa, sentia como se um pedaço de si mesma estivesse faltando, Rukia senta na beira da cama e põe suas mãos na cabeça cobrindo o rosto.

(Crono Cross – Grief)

– O que está acontecendo... Que dor de cabeça... Lembro-me de ter saído do quarto e... O que mais aconteceu?

– Eu posso fazê-la se lembrar.

A voz assusta Rukia que espantada olha para uma figura singular à sua frente ficando tensa.

– Quem...?

Rukia olha novamente para a figura diante de si e parecia conhecê-lo de algum lugar.

– Já... Não nos encontramos antes? Rukia leva novamente suas mãos à cabeça como se a força que fazia para lembrar fizesse doer mais, então acaba sentando na borda da cama outra vez. – Quem... Quem é você afinal?

A figura sorri mostrando seus caninos proeminentes e expressão aguçada.

– Meu nome é Seiken.

Os olhos inexpressivos de Rukia brilham outra vez como se o nome a tivesse despertado.

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Continua...

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Ficha Técnica

Nome: Tomoe Ishida Idade: 23 anos Altura: 1,65m

A filha mais nova de Ishida e Inoue tem cabelos dourados e olhos azuis, aprendeu a manipular sua energia para criar armas de combate sem precisar de um condutor como os Quincies, tem 23 anos na história, ama muito seu irmão por ser o único laço de sangue que lhe resta e sofre por não ter seu amor correspondido por Katsuya.

Herdou a técnica de rejeição da sua mãe Inoue, mas não é tão boa quanto a dela se restringindo apenas a rejeitar ferimentos e fatos muito recente, nada tão milagroso como Inoue costumava fazer, porém sua perícia está na manipulação de energia, nisso ela é uma mestra superando seu próprio irmão.

Embora tenha herdado uma personalidade tímida como a de sua mãe, Tomoe é mais ativa no campo de batalha, porém prefere estar próxima às pessoas que precisam e pela falta de médicos no mundo humano, suas habilidades são sempre requisitadas.