Halloween: A New Vampire escrita por AzeVix


Capítulo 8
Cap 8'


Notas iniciais do capítulo

Bom... nesse cap não vai ter muita ação. (acho que naum vai ter ação nenuma na verdade.)
Esse cap está mas focado em duas coisas. A história do Richard, e um pouco sobre a fancinação da Stell sobre os vampiros.
Espero que gostem.



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– Não ria, mas tem a ver com... vocês. – quando terminei de falar pude perceber que eu estava sussurrando, ele acenou para que eu continuasse. – Quando alguém me deixa...muito irritada eu sempre me imagino pulando em cima dele e... eu me imagino mordendo o pescoço de quem quer que seja. Ah! Você deve estar pensando que eu sou problemática agora. – engoli em seco com medo de sua reação. Mas ele permaneceu inexpressível.

– Você realmente gosta de vampiros não é? – perguntou ele e para a minha surpresa, ele parecia se divertir o que me fez dar um mínimo sorriso.

– Sim, eles me fascinam desde que eu era pequena. Ou desde que eu me entendo por gente. – falei o fazendo rir.

– Mas eu ainda acho que uma pessoa, mesmo que anormal teria um ataque ao descobrir que acabou de beijar um vampiro. – disse ele, de certo modo parecia estranho pra mim dizer a palavra vampiro, mas não parecia ser estranho para ele.

– Eu te disse, vocês me fascinam e eu descobri que você não era humano assim que você me salvou daquela bicicleta e depois do beijo eu tive certeza de que o que quer que você seja não seria exatamente um problema pra mim. – falei olhando diretamente para as minhas mãos que estavam em cima da mesa, pelo canto do olho vi que ele sorriu me fazendo levantar a cabeça e olhar dentro dos seus olhos.

– Então você não liga por eu ser um monstro que sobrevive acabando com a vida dos humanos. – disse ele olhando em meus olhos.

Ele podia ser um vampiro, podia ser perigoso, mas ele não era mal, ele não podia ser um monstro e eu o amo mais do que eu já imaginei poder amar alguém. Isso deve contar de alguma forma.

– Sinceramente... não, eu não me importo com isso. – respondi, ele riu.

– Ou você é completamente louca ou tem algum outro motivo do qual eu não sei.

– Que eu sou louca, não é nenhuma novidade pra mim e pra completar eu tenho sim outro motivo. – respondi desafiando-o.

– Posso saber qual é? – perguntou ele. Me levantei e fui em sua direção me sentando em seu colo, pousei as minhas duas mãos em seu rosto e olhei fundo em seus olhos.

– Eu amo você. – falei antes de colar meus lábios nos seus, ele respondeu ao beijo mais do que imediatamente, nossos lábios se moveram sincronizados por um longo tempo e eu me separei um pouco para respirar.

– Eu também amo você. – disse ele ainda encostando seus lábios nos meus sorri enquanto um calor reconfortante aquecia o meu peito ao ouvir suas palavras, passei meus braços em volta do seu pescoço. Ele entrelaçou seus braços na minha cintura antes de juntar nossas bocas novamente.

– Posso te fazer uma pergunta? – pedi quando nos separamos novamente.

– Só se você me deixar fazer uma também.

– Tudo bem, mas eu primeiro. – avisei rapidamente o fazendo rir, ele esperou que eu continuasse. – Ouvi falar uma vez que vocês tem tipo poderes, dons especiais isso é verdade? – perguntei devagar com medo de ele ficar com raiva de mim pelo que eu disse, mas ele riu acariciando meu cabelo.

– Sim, é verdade. – ele respondeu simplesmente.

– Serio? Você esta brincando!

– Não estou não. – ele riu. – São muito poucos, mas sim, existem vampiros que possuem dons como você diz...

– Você tem algum?

– Tenho...

– E qual é? Conta, conta, conta, conta... – o interrompi já eufórica e super curiosa.

– Se acalma Stella, senão não conto qual é. – ele começou a rir da minha careta que eu tenho certeza que fiz.

– Ah, não! Isso é chantagem! Não vale! – reclamei bufando. Ele esperou alguns segundos antes de falar, pra ter certeza de que eu estava mais calma.

– Eu tenho o dom de controlar o tempo.

– Mesmo? Isso é demais! Como funciona? Me mostra? – falei sem parar. Ele riu ainda mais com a minha falta de paciência e olhou para cima de nós, acompanhei seu olhar e vi as camadas de nuvens finas que estavam no céu se afastarem lentamente dando uma bela visão para o céu estrelado com uma lua nova. Minha boca se abriu sozinha e um som que pareceu um “Uau!” saiu da minha boca sem eu perceber realmente.

Em segundos as nuvens voltaram lentamente e estavam um pouco mais escuras. Senti pequeninas gotas de chuva cair em meu rosto, fechei os olhos e tombei a cabeça pra trás apreciando a sensação da agua em contato com minha pele.

– Adoro chuva. – falei com os olhos ainda fechados.

– Eu também. – disse ele e senti seus lábios em meu pescoço. Um tremor percorreu meu corpo junto com uma risada. Ainda de olhos fechados abaixei a cabeça encontrando seus lábios com os meus rapidamente. Senti os pingos de chuva sessarem e abri os olhos sorrindo pra ele e voltei a olhar pra cima, dei de cara com a beleza e o brilho da lua acima de nós.

Depois da lua cheia a lua nova é a minha fase favorita da lua. Isso me fez me lembrar de uma coisa...

– A lua tem alguma influencia sobre vocês? – perguntei ainda olhando pra cima.

– Se não me engano essa já deve ser a milésima pergunta. – disse ele, o encarei de volta esperando sua resposta, ele revirou os olhos ainda sorrindo.

– Sim, ela influencia. Na lua cheia nós ficamos mais fortes, tanto nossa força quanto nossos dons e dizem que na lua nova é a melhor época para transformar alguém em vampiro.

– Por que na lua nova?

– Dizem que a lua nasce junto com o novo vampiro e ela o ajuda a aprender a se controlar enquanto ambos se desenvolvem com o passar do tempo, como se crescessem juntos. – ele explicou.

– Isso é verdade? – perguntei curiosa enquanto uma ideia completamente maluca se formava em minha mente.

– Sinceramente eu não sei. Eu fui transformado numa noite de lua minguante, e não tive muitas dificuldades para me controlar, Kevin diz que isso não tem nada a ver com a lua, mas com a personalidade de cada um.

– Mas, o que você acha?

– Acredito nos dois, que a lua ajuda sim os recém-transformados, mas também acredito que cada um tem um jeito diferente para aprender seu próprio controle. – explicou ele, não respondi de imediato e fiquei pensando em tudo o que ele disse.

– Você acha que eu conseguiria me controlar? Quer dizer... se você me transformasse.

– Você não esta insinuando que eu te transforme néh? – disse ele com um pouco de raiva e parecia com medo e assustado com a minha pergunta. Suspirei me levantando do seu colo sem realmente olhar em seus olhos e me dirigi ao parapeito perto da piscina. Escutei ele me seguir e parar do meu lado, ele estava confuso com a minha reação. Sorri pra ele e olhei a paisagem a minha frente antes de falar.

– Durante toda a minha vida eu me senti excluída, totalmente fora de lugar. Não importa onde eu estava ou com quem, eu sempre sentia que estava sozinha, ignorada, no lugar errado, na hora errada. Tirando os momentos que eu passo junto com meus amigos, hoje foi a primeira vez que senti que eu estava no lugar certo e na hora certa, só não quero que isso acabe. Desde que eu era pequena o seu mundo sempre me fascinou e eu acreditei na existência de vocês e eu gostaria muito de fazer parte disso.

– Sei que são raras as pessoas que realmente acreditam sobre nós, por que você acreditou? – perguntou ele por trás de mim, permaneci olhando pra lua.

– A terra existe a milhares de anos, as pessoas descobriram muitos animais que foram extintos da terra e ate hoje os cientistas descobrem seres que não existem mais e que nunca foram catalogados antes. Cada vez mais espécies diferentes de seres têm aparecido por todo o mundo, seres que nunca foram vistos antes, a terra passou por muitas mudanças e passa ate hoje. E eu sempre acreditei na frase: só porque você não pode vê-lo, não quer dizer que ele não exista. Só porque eu nunca tinha visto nenhum vampiro de verdade, não quis dizer que vocês nunca existiram. – finalizei e olhei novamente para ele.

– Ok, tenho duas confissões. – disse ele assustado com o que eu disse. Me virei de frente pra ele e esperei ele falar.

– Primeiro: eu não esperava que você dissesse isso, até que faz muito sentido. Nunca tinha pensado de modo. – disse ele, parecia... orgulhoso, de mim?

– Obrigada. – respondi sinceramente. – Qual é a outra confissão?

– Confesso que você seria uma extraordinária vampira. – sussurrou ele me fazendo arrepiar com suas palavras.

– Me transforme. – pedi, minha voz mal passando de um sussurro. Ele suspirou pesadamente.

– Eu jamais me perdoarei se eu te condenar a essa vida.

– Você não estaria me condenando. – falei, e senti meu corpo tremer em expectativa de ver meu sonho finalmente realizado.

– Você não sabe o que esta dizendo. Você teria de largar tudo o que tem.

– Não me importo. – interrompi. Ele parecia prestes a ceder, mas se concentrou mais antes disso acontecer.

– Você não poderia mais ver sua família...

– Eu moro sozinha já faz um ano.

–... E também teria de dizer adeus aos seus amigos, para o próprio bem deles. – ele completou a frase. Senti meu estomago se contorcer ao pensar que eu nunca mais veria minha amiga Any ou o Dany.

Eu sempre quis realizar meu sonho, mas ali eu me senti dividida. Eu não suportaria nunca mais ver a Any, mas eu também sei que não suportaria ficar longe do Richard e sei que seria perigoso pra mim ficar perto dele o amando, pelo menos enquanto eu ainda for humana.

– Eles vão entender. – respondi. Esperava ver alivio em seu rosto, mas só tinha desapontamento, medo, receio e parecia completamente assustado com a ideia de me tronar igual a ele. – Você não quer que eu seja igual a você. – acusei e me senti rejeitada, meu coração se contorceu e meus olhos se encherem de lagrimas.

– Não seja boba Stell, é claro que eu quero que você sege igual a mim para nos ficarmos juntos, pra sempre.

– Então por quê? – perguntei secando rapidamente as lagrimas. Ele olhou para a lua e respirou fundo uma vez.

– Quando era humano, eu nunca acreditei em vampiros, não gostava deles, os detestava na verdade. Na minha época eles eram considerados demônios que foram criados apenas para espalhar o mal e o terror pelo mundo. Ate que... – ele parecia ter certa dificuldade para continuar. – Era uma noite de sexta-feira, eu havia acabado de sair do cinema com meu melhor amigo, mas antes de chegarmos em casa nos fomos atacados por um homem armado. Achei que fosse um ladrão, então eu entrei na frente do dele e mandei que meu amigo fugisse, eu apenas queria salva-lo, quando ele começou a correr estranhei que o ladrão não fizesse nada para impedi-lo. Assim que meu amigo saiu de vista o cara largou a arma e avançou pra cima de mim rosnando. Reconheci rapidamente o que ele era e tentei fugir, mas ele me mordeu. Tomei um enorme susto quando mais dois vampiros apareceram...

Arfei quando ele parou e eu tenho certeza que meus olhos estavam esbugalhados naquela hora.

– Achei que os dois que apareceram iriam ajudar o cara a acabar comigo, mas eles começaram a brigar com o cara. Quando eu achei que eles estavam ocupados demais para sentirem a minha falta eu me esforcei para fugir. Os dois vampiros acabaram vencendo o que me mordeu e me encontraram, depois de gritar bastante intendi que eles não queriam me machucar, eles queriam me ajudar, eles me ajudaram a passar pela transformação.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo.
Gostaram da história do Richard?
Bem... essa não foi a historia toda, no proximo cap tem a continuação que é bem mais triste e o motivo dele para não transformar a Stella. Acho que já contei demais então tchau.
Becho s2



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