Halloween: A New Vampire escrita por AzeVix


Capítulo 7
Cap 7'


Notas iniciais do capítulo

Acabei de decidir uma coisa.
Naum tive muitos leitores por enquanto, mas eu decidi que dois dos meus leitores são bastante fieis e eu gosto de faze-los felizes com novos caps.
Então eu dedico esse cap aos meus leitores Luiz Fernando e DeebynhaaH, um beijo pros dois e espero que gostem de um dos meus caps favoritos. =D
Obs: Contem cenas um pouco calientes e já vou avisando que eu sou muito detalhista.



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Na musica que tocou a seguir nem levei um segundo para reconhecer. Era Flightless Bird, American Mouth cantada por Iron e Wine que é simplesmente perfeita. Richard sorriu mais ainda pra mim e se aproximou devagar. Colamos nossos corpos sem desviarmos do olhar um do outro, suas mãos pousaram delicadamente em minha cintura e eu passei meus braços em volta do seu pescoço e fiquei sorrindo igual a uma boba. Ele se inclinou pra mim e apoiou sua cabeça em meu ombro.

Enquanto dançávamos lentamente no ritmo da musica, quando ela estava quase acabando Richard pressionou seus lábios em minha orelha.

– Que tal irmos para um lugar mais reservado? – propôs ele sussurrando. Fiz que sim com a cabeça me segurando para não soltar uma risada de nervoso. Ele sorriu e dançamos na direção em que tínhamos vindo. Ao chegarmos ao final da pista ele segurou minha mão e me puxou em direção ao pequeno portão ao lado do bar.

O ar noturno me envolveu assim que passamos pelo portão, fiquei encantada com o lugar, tinha muitas plantas de vários tamanhos e espécies diferentes em volta do jardim bem tratado que cercava uma piscina de pequeno porte. Tinha apenas três pequenos postes de luz acesos, mas era o suficiente para clarear o local. A lua, apesar de não estar cheia, brilhava maravilhosa acima de nós o que deu um toque mais especial ao local. Se eu não visse vindo aqui não saberia que o galpão fica bem em cima de um barranco.

– Como você soube desse lugar? – perguntei curiosa enquanto ia em direção ao para peito.

– Eu vi quando fomos ao bar, achei que você fosse gostar. – disse ele se postando ao meu lado. Sorri para a paisagem a minha frente antes de falar.

– É lindo. – sussurrei olhando as arvores abaixo de nós, na linha do horizonte viam-se as luzes da cidade que estava bem longe de onde estávamos agora.

– Não é tão lindo quanto você. – disse ele colando nossos corpos novamente deixando nossos rostos a alguns centímetros de distancia. Não resisti e fiz o que eu tinha vontade de fazer a muito tempo, há pouco tempo na verdade, e o beijei.

No começo foi apenas um roçar de lábios, nos separamos lentamente e sorrimos um para o outro antes de finalmente aprofundar o beijo. Logo ele tinha uma mão pressionando a base das minhas costas e a outra na raiz dos meus cabelos, não fiquei pra trás e segurei firme em seus ombros. Quando fui passar as mãos para as suas costas resmunguei em frustração. Por que aquela merda daquele chapéu tinha que estar ali para atrapalhar?

Ele sorriu em meus lábios e soltou meus cabelos, com um movimento simples da mão ele arrebentou a corda do chapéu, fazendo o mesmo cair no chão com um beque surdo antes dele voltar a me beijar. Senti como se um fogo tivesse acendido dentro de mim, senti não havia nada além de mim e ele em todo o mundo e senti o fogo se concentrar em meu peito. Então me dei conta de uma coisa que agora ficou completamente clara e obvia para mim. Eu o amava.

Me deixando levar pelo desejo eu lentamente passei a língua sobre seus lábios, escutei um rosnado vindo dele, mas era diferente daquele que eu tinha escutado antes, esse me fez continuar, mordi seu lábio inferior e o puxei levemente.

Ele rosnou mais alto e invadiu com sua língua toda a extensão da minha boca explorando cada pedacinho, ele não teve nenhuma hesitação enquanto me beijava mesmo eu estando com as presas falsas de vampiro, mas eu arfei e desgrudei nossos lábios quando encostei a língua em seus dentes. No mesmo instante ouvi um barulho estranho, como se um vidro estivesse se trincando. Ele ficou rígido e paralisou, me afastei um pouco mais mantendo minhas mãos em seus ombros e levantei o olhar para o seu rosto forçando eu mesma a respirar enquanto minha mente buscava por respostas.

Seus lábios estavam entreabertos mostrando claramente seus dentes caninos salientes e completamente afiados, isso me assustou, mas olhar em seus olhos com certeza era mais assustador. Seus olhos que antes eram verdes agora estavam vermelho escuro, como sangue, as pálpebras e em volta dos seus olhos estava escuro e pude ver claramente as veias azuis saltadas sob sua pele. A mesma coisa que tinha acontecido antes, no acidente, agora eu vi o que tinha realmente acontecido, mas agora parecia mais intenso, mais fora de controle e perigoso.

Algo em minha mente me dizia que eu devia correr, fugir, ficar o mais longe possível dele, que ele era um tipo de predador perigoso e que eu não passava de sua presa, seu alimento. Apesar de ter certeza disso eu não consegui sentir medo dele, o pânico não tomou o controle do meu corpo como eu achei que fosse acontecer. Eu não tive coragem e fui burra (ou seria inteligente?) o suficiente para não me afastar de quem eu amava.

Lentamente seu rosto voltou ao normal, na mesma velocidade em que minha mente resolveu começar a funcionar novamente.

Eu acabei de descobrir o que ele realmente é? Sim.

Eu o amo? Sim, tenho certeza disso.

Eu ainda continuo amando-o mesmo depois de descobrir a verdade? ...sim, eu ainda o amo, mais do que antes provavelmente.

Eu estou com medo do que eu descobri? Bom... talvez, acho que sim, assustada é obvio que eu estou. Acabei de descobrir que o garoto que eu amo é um vampiro! Quem, em sã consciência, não ficaria assustada se descobrisse uma coisa dessas?

Minha descoberta me chocou de um jeito que eu não esperava? Sim, com certeza sim.

E a mais importante... Realmente me importa que o rapaz que eu amo seja um ser místico? ...não, não me importava que o Richard fosse um vampiro.

Sai dos meus devaneios e percebi que ele ainda me olhava esperando minha reação. Sorri largamente e encarei seus olhos tentando passar para ele todo o amor que eu agora sentia. Ele franziu a testa e eu o puxei em minha direção colando nossos lábios novamente. Ele demorou um pouco para reagir, mas logo estávamos nos beijando de novo. Sorri em seus lábios quando reconheci a musica que tocava ao fundo: Let’s Get Lost. Amo de paixão!

Nos afastamos quando nenhum de nós conseguia mais respirar direito.

– Então... agora você sabe a verdade. – sussurrou ele tão baixo que eu quase não o ouvi direito.

– Sei, mas não vou contar a ninguém. Juro que guardarei seu segredo. – também sussurrei por causa da falta de ar e me peguei sorrindo ao me lembrar da promessa que fiz para aquelas palavras estranhamente conhecidas que ouvi mais cedo, agora pude perceber que a voz que eu ouvi antes era muito parecida com a dele. Ele sorriu um pouco para mim.

– Pergunte qualquer coisa que queira saber. – disse ele de repente.

– Sobre o que? – perguntei confusa.

– Sobre mim, o que eu sou. Você com certeza deve estar cheia de perguntas agora. – disse ele segurando minhas mãos. Pensei por alguns segundos e de repente tudo o que eu li e ouvi sobre historias de vampiros voltaram como um turbilhão em minha cabeça. Histórias, mitos, lendas, fatos... tudo.

– Bem... sim. É claro que tenho muitas perguntas para você... – falei deixando minha voz morrer.

– Mas? – ele me encorajou a continuar.

– Olha, tudo o que eu sei não eu aprendi somente com filmes e livros. Eu realmente pesquisei a fundo sobre vocês e quero que você não se sinta obrigado a me contar nada.

– Você não esta me obrigando a nada. Eu só quero que você me conheça como eu realmente sou. – disse ele e começamos a caminhar ate uma mesa redonda de pedra que tinha ali perto, me sentei em um dos bancos compridos e ele se sentou no outro ficando de frente pra mim.

– Você vai mesmo me contar tudo?

– Sim, não vejo porque lhe esconder alguma coisa. – disse ele sincero.

– Bem... crucifixo funciona para manter vocês afastados? – perguntei curiosa, ele pareceu pensar um pouco antes de responder.

– Isso é mito, posso ate usar um no pescoço que não vai me afetar.

– Alho?

– Mentira.

– Agua benta?

– Posso ate beber.

– Queima ao sol? – ele sorriu e puxou uma corda fina de dentro da sua blusa revelando um brasão redondo que continha um leão com uma águia de asas abertas atrás dele, tinha cerca de três centímetros de circunferência, era preto no fundo e tinha os detalhes em prata. Estava amarrado a uma corda preta e toda trançada.

– É um pouco antigo, ganhei do Kevin na noite em que fui transformado, possui uma espécie de feitiço, é o que nos protege do sol durante o dia.

– Então pelo menos uma coisa esta certa entra tantas historias. – observei, ele acenou com a cabeça.

– Sim, nós somos literalmente queimados vivos se não usarmos eles quando estivermos expostos ao sol. – explicou ele.

– Existe mais alguma coisa que esses humanos não tenham inventado? – perguntei e só depois percebi que eu falei dos humanos na terceira pessoa do plural, como se eu não fosse uma.

– Os humanos exageram bastante, mas aquele negócio de que nós não podemos entrar na casa de alguém sem sermos convidado pelo dono da casa também é verdade.

– Mas você entrou aqui sem ser convidado pelo dono.

– É porque aqui é publico, então não tem nada a ver. Eu só não posso entrar em lugares onde humanos moram.

– Eu podia jurar que isso era mentira, mas enfim, já ouvi falar sobre vampiros que conseguem controlar as mentes dos humanos. – novamente falei dos humanos como se eu não fosse mais uma.

– Sim, isso é mentira. Os humanos podem ser muito impulsivos e dificilmente conseguem se manter sãos perto de vampiros, ficam com tanto medo e insanos que acabam fazendo coisas estupidas e repulsivas, então eles inventaram essa hipnose para se safarem das idiotices que fizeram.

– Bem... faz sentido.

– As estacas de madeira no coração também não é verdade. – disse ele.

– Mesmo? – perguntei curiosa.

– Sim, existem poucas maneiras de se matar um vampiro e uma estaca de madeira no coração não é uma delas. Tentaram isso comigo uma vez, não aconteceu o que eles esperavam, mas posso dizer que isso dói demais da conta. – disse ele rindo da careta que eu fiz.

– Não é pra você rir, não suporto imaginar alguém te machucando. – resmunguei. Ele continuou rindo.

– Não se preocupe, eu era jovem naquela época, isso nunca mais aconteceu. – ele disse isso para que eu não ficasse preocupada? Hallo! Não deu certo!

– E nem vai. – soltei sem querer. Estava imaginando, sem querer, as pessoas tentando machuca-lo e me imaginei lá para salva-lo, mas é claro que isso seria completamente impossível, pelo menos comigo sendo apenas uma humana. Me peguei imaginando pela milésima vez a vampira que eu quero tanto ser. Ele me olhou apreensivo.

– Não vou ter um ataque, se é o que esta pensando. – falei rindo.

– Uma pessoa normal teria uma crise seria, mas você age como se fosse a coisa mais normal do mundo. – ele disse estranhando minha reação o que me fez rir levemente.

– Eu não diria que me encaixo no que você diria ser normal, sou diferente, penso coisas que às vezes eu duvido que os outros pensem e pra falar a verdade eu gosto disso.

– Que tipos de coisas você pensa? – perguntou curioso, percebi que havia falado sem querer novamente e abaixei meu rosto totalmente corado para a mesa. – Sabe que pode confiar em mim.

– Eu sei, mas é que... – respirei fundo na esperança de me acalmar, mesmo um pouquinho. – Eu nunca contei isso pra ninguém, é meio constrangedor.

– Juro que guardarei segredo. – disse ele repetindo as mesmas palavras que eu falara minutos atrás, sorri.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou dá um grito ae!!!!
(ficou meio axé isso neh)
Enfim...
Se voce gostou, por que naum me diz isso nos reviews?
Kiss and see you next week!



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