A Herdeira escrita por Awkward Drae, Bugaboo


Capítulo 15
Corvinal.


Notas iniciais do capítulo

Mais um Capítulo com a ajuda da co-autora mais perfeita do mundo, Lara. *--*



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Fiquei mais dois dias na enfermaria, só consegui liberação na sexta à tarde depois de muito implorar. Assim que sai da enfermaria fui correndo para o salão comunal atrás de Anastácia, mas não achei ninguém.

Todos estavam na aula de herbologia, tinha esquecido isso.

Peguei minha mochila e corri para a estufa, quando cheguei todos os olhares pararam em mim, eles me encaravam como se eu tivesse morrido e virado um fantasma, eu sei que tinha sumido por cinco dias, porém não é para tanto.


– Senhorita Hope pegue um vaso e faça dupla com o Senhor Weasley. – a professora disse séria.

Fui até o final da sala e peguei o ultimo vaso de barro que tinha e logo me dirigi para o lado de Louis.

– Nossa... Você sumiu em menina... – ela abriu um sorriso brincalhão. – O que aconteceu? Tem boatos de que você entrou na floresta proibida... É verdade?

Eu assenti com a cabeça.

– Então... O que estava fazendo lá Viola? – seus olhos se arregalaram, e agora sua voz era apenas um sussurro.

– Depois da aula te explico tudo Louis, mas aviso que não é nada bom. – sussurrei em seu ouvido.

A aula passou calma e sempre que eu pegava Malfoy me olhando ele virava a cara com desprezo. Quando a aula finalmente acabou fui em sua direção, porém ele foi mais rápido, pegou suas coisas e andou até a saída sem nem me olhar. Esse menino estava me dando nos nervos.

– Viola, vamos? – era Louis.

Peguei sua mão e o levei até o lago, onde sentamos na grama e ficamos admirando o mar até Louis tocar no assunto.

– Então... Porque foi até lá? Você é louca? – ele me encarava sério.

– Eu... Eu... – não conseguia parar de gaguejar, afinal eu estava assustada com as lembranças do ocorrido. – Depois do jantar eu estava indo para o salão comunal da Sonserina, só que no meio do caminho eu ouvi o Tom e ele berrava algo sobre querer um medalhão...

– Que medalhão? – Louis me interrompeu.

– Me deixa terminar de contar, e era um medalhão com uma tal de pedra da ressurreição... – Louis abriu a boca para falar, mas meu olhar o fez pensar duas vezes antes. – Bom... Tom queria essa pedra e então ele começou a fazer algo estranho, meu corpo doía e eu não enxergava nada. – parei engolindo em seco. – Foi a pior dor da minha vida, mas o Scorpius chegou para me ajudar, só que ele viu a marca negra e sumiu.

– Por isso ele anda te ignorando?

– O que eu falei? E sim, é por isso...

– Ficarei de bico calado, conte logo o resto!

– Então ele ficou com raiva e foi embora e eu vim até o lago esfriar a cabeça até que vi o Dumbledore – Louis perdeu a cor. – Mas era apenas uma lembrança de acordo ele, e eu pedi ajuda só que ele disse que apenas eu saberia como acabar com Tom e sumiu. – Louis pôs sua mão envolta dos meus ombros e eu deitei minha cabeça no dele. – Eu ouvi uma voz na minha cabeça, parecia a da Katherina, a minha irmã, dizendo para eu procurar na floresta e foi isso que eu fiz, mas acabei tropeçando e caindo no meio do nada até que Scorpius apareceu por lá e começamos a ser perseguidos por Dementadores...

– Dementadores em Hogwarts?

Eu assenti e continuei.

– Depois de conjurar o patronum, me lembro de um clarão me cegando e de acordar na câmara secreta junto com o Tom...

– O que você disse?

– Eu disse que acordei na câmara secreta e que o Tom estava lá, ele ameaçou meus amigos – eu não queria dizer que era o Scorpius. – e desmaiei, acordei na enfermaria...

– Te encontraram desacordada na entrada da floresta. – ele explicou.

– Acho que sei como destruir o Tom...

– Como?

– Lembra-se das Horcrux? – Louis assentiu. – Se ele tiver usando algo ou alguém como uma Horcrux? Afinal lembranças precisam de um lugar para ficarem guardadas...

– Finalmente te achei! – uma menina morena de olhos acinzentados falou. – Precisamos de você, temos treino hoje ou não foi avisado?

Louis se levantou e me olhou triste.

– Viola, tenho que ir prometo que assim que acabar o treino te procuro.

- Tudo bem e bom treino Louis. – me levantei e fui em direção ao castelo.

A tarde passou e nada de Louis. E todas as vezes que me aproximava de Scorpius ele fugia de mim, fingia que não me ouvia, parecia que eu não existia.

Aquilo me deixou para baixo, tentei de tudo, mas ele sempre se esquivava. Finalmente a noite chegou e eu pude ir para o salão comunal deitar, queria logo que o amanhã chegasse, não aguentava mais esse dia, não aguentava ser ignorada por Malfoy.

O sol entrou pela janela me fazendo acordar, o dormitório estava vazio.

O jogo!

Pulei da cama e fui me trocar, assim que terminei corri para o grande salão onde todos comiam alegres, o salão estava todo enfeitado com faixas verdes e outras azuis, quando cheguei ao salão o time de Quadribol da Sonserina estava saindo o que não ajudou muito, pois Malfoy passou do meu lado sem nem notar que eu existia, enquanto o resto do time me dava bom dia.

– Boa sorte. – eu disse ao menino mais alto, acho que era o capitão do time.

– Não precisamos de sorte, somos os melhores. – ele disse e levantou a vassoura.

Sorri e eles continuaram o seu caminho.

Sentei-me ao lado de Anastácia que tagarelava alegremente de como seria o jogo, o pessoal daqui amava uma partida de Quadribol, era fácil de notar.

– Somos campeões três anos consecutivos! – ela falou enquanto eu terminava de comer a minha torrada.

Assim que terminei, ela me puxou pelo braço e me arrastou até ao estágio onde nos sentamos na arquibancada da frente, estávamos coladas na arena.

Assim que ouvimos as cornetas os times entraram em campo, vários pontinhos verdes e outros azuis montaram nas suas vassouras e foram para os seus devidos lugares.

Scorpius no gol e o Louis no centro assim que as bolas voaram vi Louis e o capitão do time da Sonserina perseguirem uma bolinha dourada – o pomo de ouro.

Em quinze minutos de jogo a Sonserina tinha feito três gols, enquanto Corvinal tentava inutilmente golear o Malfoy, o menino era realmente bom.

Aos poucos o jogo tinha empatado, Louis e o apanhador da Sonserina estavam lado a lado atrás da bola e todos olhavam atentos.

As torcidas competiam para ver qual gritava mais, até que ouvimos as cornetas novamente e uma multidão azul gritar de felicidade enquanto a Sonserina se calava. Todos os jogadores desceram de suas vassouras e o time da Corvinal festejava enquanto a Sonserina dava as costas com raiva no olhar, perdemos por pouco.

As pessoas da arquibancada da Sonserina estavam indo embora e eu fui com elas, mas em vez de voltar ao castelo fui parabenizar o Louis.

– Parabéns. – disse com um sorriso nos lábios.

– Obrigada Viola.

Não esperava o que estava por vir.

Louis me puxou pela cintura e deu um beijo. Um beijo intenso, algo me dizia que deveria parar, mas eu não quis, apenas retribui o beijo enquanto envolvia seu pescoço com os meus braços.

Meus olhos estavam fechados, porém meus ouvidos estavam atentos pude ouvir pequenos cochichos que logo viraram vivas e aplausos.

Quando finalmente nos desgrudamos para pegar folego, Louis disse.

– Estava a fim de fazer isso a tempo, mas só tive coragem agora.

E me deu outro beijo, esse foi mais rápido que o outro, mas não deixava de ser sincero.

Depois disso, nós combinamos de nos encontrar embaixo da árvore perto do lago negro às oito da noite. Cada um foi para um lugar, eu para a biblioteca e ele para a festa da Corvinal.

Eu estava na biblioteca, que por sinal estava vazia.

Claro ninguém em sã consciência viria aqui num dia desses.

O dia estava ensolarado e sem nuvens todos estavam aproveitando no jardim ou na festa da Corvinal.

Todos menos eu.

Estava procurando algo sobre as Horcrux. Mas as únicas coisas que eu encontrava eram poucas. Era mencionado em um lugar e nenhum outro. E eu não me atrevia a ir à Sessão Reservada. Madame Pince estava me olhando a cada 5 minutos.

Depois de olhar em muitos livros, eu finalmente desisti.

Procuro amanhã ou então outro dia.

Eu estava saindo da biblioteca quando minha marca começou a doer e minha visão começou a ficar embaçada. Fui correndo ao banheiro da Murta que Geme e abri uma das torneiras. Enquanto eu molhava meu braço a sensação de dor diminuía e atrás de mim, Tom Riddle apareceu.

– Olá Viola. Gostou do seu passeio a Floresta Proibida? – ele Perguntou com a voz sedosa.

– Adorei Riddle. Sabia? Descobri muito naquele passeio. – eu disse.

Mas a verdade era que eu só descobri uma coisa e minha mente se embolou mais.

– Jura minha querida? Descobriu mesmo? E o que seriam essas coisas?- ele perguntou, com um olhar irônico.

– A isso você terá que esperar para ver caro Tom, agora se me da licença já vou indo. – eu disse indo até a porta.

Mais antes de chegar, suas palavras me pararam no lugar.

– E seu amigo como esta? Qual é o nome dele mesmo? ... A sim, Scorpius. Já disse que era um nome esquisito não? – ele mencionou de uma forma fria.

Virei-me para ele

– Você não vai fazer nada para ele, por que com ele você não pode me chantagear. – retruquei friamente.

Ele me olhou com uma sobrancelha levantada.

– Não então espere para ver. - ele disse.

E como na ultima vez passou por mim antes que eu pudesse fazer algo. Desmaiei novamente.


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