A Herdeira escrita por Awkward Drae, Bugaboo
Notas iniciais do capítulo
Gente agora a Fic tem uma co-autora, a Lara e por isso será postado com mais frequências.
Agradeçam a Lara por esse capítulo. u_ú
Pov Violet
Não sei por que Scorpius me seguiu e pelo o que pareceu ele não confia em mim, quando tentei nos tirar da floresta e ainda por cima achou que eu ia o atacar quando estava procurando minha varinha. Agora eu estou aqui procurando ela na floresta com Scorpius me seguindo.
É impressão minha ou esta ficando mais frio? Com esse pensamento eu senti uma sensação de que algo ruim ia acontecer. Olhei pra cima e cerca de uns dez Dementadores estavam vindo em nossa direção.
Achei minha varinha e fui correndo ao lugar onde Scorpius estava, quando o achei peguei sua mão e comecei a puxa-lo com força e corri o mais rápido que pude.
– Viola, me solta! - Scorpius gritou e soltou sua mão da minha – Me soca, me faz entrar nessa droga de floresta, mente pra mim e ainda me deixa ir embora sozinho e sem rumo! E agora se acha no direito de me arrastar por ai? Qual seu problema?
– Você! Isso mesmo, você é o meu problema! Se te soquei foi porque esta agindo que nem um imbecil e ninguém mandou você entrar aqui, veio por vontade própria e não esqueça que eu estava te tirando dessa floresta até você vir com ataque de desconfiança e voltei pra pegar minha varinha que tinha caído quando rolei pela floresta! – eu dizia as palavras com raiva, a cada palavra que dizia eu me virava para trás em busca de sinal dos Dementadores. – Agora confie em mim, temos que correr daqui!
– Porque devo confiar em você? – ele perguntou tremendo de frio.
– Porque ou confia em mim e começa a correr agora, ou fica com os Dementadores!
– Dementadores? – ele perguntou.
Será que ele não esta sentindo esse frio? Não é normal.
Balancei a cabeça e ele pegou minha mão e começou a correr, corríamos cada vez mais e eu podia sentir que a qualquer segundo eu cairia.
E aconteceu, tropecei em uma pedra idiota, não pude levantar Scorpius simplesmente me pegou no colo e voltou a correr. Estava ficando mais frio e isso era sinal de que os Dementadores estavam se aproximando.
Scorpius conseguiu correr mais um pouco, mas acabou se cansando e caiu no chão. Eu levantei e peguei minha varinha, me virei para os Dementadores e Scorpius fez o mesmo.
– Quando eu contar até três – Eu disse
Scorpius só assentiu com a cabeça.
– Um... Dois... - comecei
– Três – dissemos juntos. - EXPECTO PATRONUM – eu gritei e Scorpius fez o mesmo.
Eu pensei no momento em que conheci Scorps. Não sei por que, mas foi o melhor momento que me lembrei.
A carruagem vazia na qual dividi com Scorpius e os irmãos Potter’s, onde os três conversavam enquanto eu me escondia debaixo do livro e trocava pequenas olhadas com Scorpius. Ele com aqueles olhos azuis que fugiam para ver o que eu fazia no meio da conversa, olhos que combinavam com seus cabelos loiros e pele pálida. Scorpius foi o único a me notar e tentar me fazer sentir mais a vontade naquela situação.
Da minha varinha saiu primeiro um fio de fumaça e então virou uma fênix prata que começou a expulsar os Dementadores e da varinha de Scorps saiu uma cobra que como a minha fênix começou a expulsar os Dementadores.
Depois de alguns segundos os Dementadores tinham ido embora e eu e Scorpius desfizemos os feitiços. A última coisa que lembro me foi de ouvir a voz de Tom dizer: Você não vai conseguir. Parece que tenho outra pessoa que posso usar para que você me obedeça.
E então tudo ficou escuro.
Quando eu acordei não queria abrir os olhos. A primeira coisa que pensei foi:
Pronto, devo ter morrido pelo ataque.
Então me lembrei de que Scorps estava comigo na hora e isso me fez abrir os olhos. Eu estava em um lugar que não conhecia, mas tinha certeza de que era dentro de Hogwarts, olhei para os lados e do meu lado direito estava uma grande cabeça de pedra e sabia que conhecia aquela cabeça de algum lugar mais de onde? Então me lembrei, Salazar Slytherin um dos fundadores de Hogwarts era justo o fundador da minha casa... Sonserina.
Mas essa não pode ser? A câmara secreta.
O lugar onde o Basilisco ficava e onde Harry Potter acabou com o diário de Tom Riddle.
Riddle. Foi como se ao pensar seu nome ele fosse chamado para cá.
– Olá Viola. - disse Tom
– O que você quer Tom? – eu respondi fria.
Sentia que isso não ia dar em boa coisa.
– Ora minha cara, só gostaria de conversar com você. A algum problema nisso? – ele me perguntou com uma voz sedosa e que se eu não o conhecesse acharia ele um garoto normal e do bem. Mas eu o conhecia, ele não era nada disso. Era um garoto, ou melhor, fantasma frio, mal, e com um coração de pedra, que não liga para ninguém.
– Conversar Tom? Por que eu acho que não é para isso que você me trouxe aqui? Agora pare de brincadeiras e diga logo o que quer! – eu disse a ele. Estava me irritando.
– Tudo bem. Você não cai nos meus encantos então vamos conversar - ele disse já frio.
Percebeu que eu não iria cair nessa de bonzinho.
– Riddle eu não tenho nada a falar com você. Você já matou minha mãe, você não tem nada com o que me chantagear.
Ele me olhou cínico e sorriu.
Opa isso esta errado era agora que ele deveria estar bravo e dizer que eu ia fazer o que ele quisesse.
– Não tenho mais nada para usar para te chantagear? Tem certeza? – seu olhar era maléfico.
Arrepiei-me, eu não tinha mais ninguém, de quem ele estava falando?
Então um nome me veio a mente: Scorpius. Ele não poderia? Poderia? Mas Scorps não é nada mais que um amigo.
– Será mesmo só isso para você?
Tom tinha entrado na minha cabeça, maldita Oclumência.
– Tom pare de usar Oclumência comigo, e tenho certeza que você não tem ninguém para usar como chantagem. - Eu respondi agora tentando o fazer achar que não tinha ninguém, o que não era mentira.
Ele sorriu de lado.
– Scorpius Malfoy. Um nome um tanto esquisito se me permite dizer. E ainda assim ele é importante para você. – ele falou ironicamente.
Arregalei os olhos, Scorps não, ele vai fazer algo para meu amigo.
– Ele é só um amigo. Não tem importância - eu disse sentindo um peso ao dizer sem importância.
– Não tem? Então você não se importaria se ele se machucasse? – ele retrucou e riu friamente.
– Você não vai machucar meu amigo. – dizendo isso eu peguei minha varinha e apontei para ele. – Agora como saio daqui? – falei com a varinha ainda apontada para ele.
Ele olhou para a varinha e para meu rosto depois novamente riu.
– Isso não vai me machucar. Sou apenas uma lembrança. – ele falou secamente. – Mas eu posso te machucar e posso machucar os que tanto ama.
E novamente ele passa por mim e pela segunda vez aquele dia desmaio, mas com outro pensamento na cabeça.
Lembranças precisam de um lugar para ficar, algo ao que ser prezo, se isso for destruído a lembrança também é.
Pela segunda vez que eu acordo desorientada, porém aqui esta diferente, eu ouço vozes e resolvo abrir meus olhos devagar e me deparo com as luzes e os lençóis da enfermaria. Na minha frente está uma daquelas divisórias.
Que dia é hoje? Que horas são? De quem são essas vozes? O que tom vai fazer com Scorps?
Essas são as pergunta que martelavam na minha cabeça. Mais eu não posso levantar estou muito cansada.
Então a divisória é puxada para o lado e Marienne, a enfermeira entra com um frasco na mão.
– Finalmente acordou, faz três dias que esta desacordada minha querida. – ela despeja o liquido verde do frasco num pequeno copo de vidro. – Tome isso minha jovem.
Peguei o copo que fedia a xarope e virei garganta adentro, o liquido tinha um gosto enjoativo de amora.
– Cadê... Cadê o Scorpius?
– O menino Malfoy? – ela perguntou e eu confirmei com a cabeça. – O menino esteve aqui com você no primeiro dia, tinha um enorme corte no ombro só que já teve alta...
– Ele... Me visitou?
– Sinto muito minha jovem, mas que eu tenha visto ele não apareceu. – aquelas palavras de alguma forma me machucaram e Marienne notou isso. – Mas deve ser por culpa das aulas, provas, deveres e é claro do Quadribol, afinal como goleiro ele deve estar treinando muito para o jogo de sábado a tarde contra Corvinal. – ela falou na tentativa de me animar. – Mas falando em Corvinal o jovem Weasley não saiu daqui, ele é um bom garoto.
Dei um sorriso forçado e me deitei na tentativa de descansar um pouco, queria esfriar a cabeça para pensar em algo que pare o Tom.
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