A Herdeira escrita por Awkward Drae, Bugaboo


Capítulo 13
Scorpius.




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POV Scorpius

Ver Violet daquele jeito foi horrível, mas o pior foi ver a marca negra tatuado no seu braço, aquilo me deu arrepios

A Violet? Como? E por quê? Violet é uma comensal? Voldemort esta de volta?

Essas perguntas dominavam minha cabeça, não conseguia acreditar que alguém tão bondosa e doce poderia ser uma comensal? Realmente as aparências enganam, mas algo me dizia que tinha mais coisa nessa história e que Viola estava em perigo, precisava acha-la.

Eu estava enfrente a entrada do salão comunal, quando ouvi alguém me chamar.

– Scorpius... Esta tudo bem com você? – Anastácia colocou sua mão no meu ombro e ficou encarando meu rosto

Demorei um tempo para responder.

– Sim... Tudo ótimo Ana... – minha voz deu uma falhada. – Preciso ir...

Tirei sua mão do meu ombro e dei as costas a ela.

– Mas... Mas você acabou de chegar... – ela gritou.

– Tudo bem, é que... Eu esqueci meus livros na sala de astronomia. – gritei de volta e subi as escadas que davam para a entrada do colégio.

Eu não sabia para onde estava indo, mas tinha que encontrar a Violet, voltei para onde eu a tinha deixado, porém ela já tinha sumido.

Olhei na biblioteca, enfermaria, sala precisa e até no banheiro das meninas – Admito que esse lugar me deu arrepios – mas nada de Violet, onde ela poderia estar a uma hora dessas?

Eu estava perto de uma janela no terceiro andar quando ouvi a chuva cair, era um temporal sem fim, me sentei na borda da janela e encostei minha cabeça no vidro, eu precisava pensar tinha que encontrar Violet e impedi-la de fazer algo só por causa daquela marca ou pior, tinha que protege-la do que poderia acontecer por causa daquela maldita tatuagem.

Minha cabeça latejava e meu corpo tremia com o contato do vidro gelado na minha pele, fechei os olhos e quando os abri um enorme relâmpago me cegou e isso só fez minha cabeça doer mais, precisei de alguns segundos para notar que algo se movia na direção da floresta negra, colei mais o rosto no vidro e vi que era uma menina. Era a Violet. Levantei-me e fui em direção ao ponto que eu tinha visto Violet, nunca corri tanto na minha vida e quando finalmente cheguei onde tinha visto ela, meus pulmões já estavam em brasas.

– Violet! – gritei com toda força que eu tinha. – Violet! Cadê você? Viola!

Outro trovão me cegou, eu não ia descansar até acha-la. Entrei na floresta e voltei a chamar por Violet, devo ter andado por cerca de vinte minutos quando finalmente ouvi um grito, era da Violet.

– Violet? – o grito não se repetiu, mas um estrondo enorme respondeu no lugar. – Violet? Você esta bem? Me responda!

Continuei o caminho pelo qual o grito tinha vindo, mas estava difícil andar pela floresta sem escorregar, a lama batia no meu tornozelo e raízes de árvores se escondiam traiçoeiramente na escuridão da noite, não podia deixar isso me impedir de encontra-la. Apressei meus passos, eu corria que nem louco até o momento que tropecei numa raiz e fui rolando para mais fundo da floresta, quando finalmente parei de rolar eu me levantei e notei que não estava mais sozinho.

– Scorpius?

Era a voz de Violet.

– Violet? Estou aqui, cadê você? – me levantei e comecei a tatear tudo a minha volta, estava impossível enxergar algo.

– Estou aqui. – senti suas mãos encontrarem as minhas, a puxei para mais perto e a abracei firme.

– Onde estamos Viola? O que esta acontecendo?

Ela me abraçou com todas as suas forças, suas roupas estavam encharcadas e seu corpo tremia de frio.

– Nã... Não sei... – ela fazia força pra sua voz sair. – Eu... Eu me perdi, não sei como cheguei aqui! Uma hora eu estava no lago negro, outro eu estava escorregando floresta a dentro, Scorpius, estou com medo!

– Calma, tudo vai ficar bem Viola.

– Tem gente aqui, posso sentir isso. – ela sussurrou tão perto do meu ouvido que eu pude sentir seu hálito quente na minha pele.

Outro relâmpago veio e logo depois o frio foi apertando e barulhos de cascos podiam ser ouvidos, parecia que quem estava nos observando foi embora com medo do relâmpago.

– Acho que eles já for... – ela pôs o seu dedo nos meus lábios como sinal de que deveria me calar e foi isso o que e fiz.

Ficamos em silencio por mais um longo tempo, até que Violet pegou minha mão e me puxou pra fora daquele lugar.

– Vamos sair daqui. – ela sussurrou.

– Sabe para onde estamos indo?

Ela não respondeu, apenas continuou me puxando. – Violet? – parei de imediato, não podia confiar nela.

– Porque parou? – ela tentou me puxar.

– Sou mais forte e pesado que você, não vai conseguir me arrastar Viola.

Ela me metralhou com os olhos e notou que era verdade, do nada ela começou a apalpar suas veste e só depois de um tempo eu notei que ela estava atrás da varinha.

– Que foi, vai me estuporar? Ou melhor, vai usar uma das maldições imperdoáveis que aprendeu como comensal? – ela baixou a cabeça, notei que isso a magoou.

– Olha só, se não confia em mim saia daqui sem minha ajuda! – ela deu um esbarrão no meu ombro e voltou para o caminho de onde tínhamos vindo.

– Esta voltando por quê? Seu chefe esta te chamando? – me virei pra olha-la, mas foi meu maior erro, pois no momento que me virei sua mão acertou meu nariz. – Você esta maluca garota?

– Isso é por falar do que não sabe, estou voltando porque perdi minha varinha seu imbecil!

Tapei o nariz com a mão, sentia algo quente escorrendo dele, definitivamente era sangue.

– Viola! – a encarei enquanto sentia o sangue escorrer por entre meus dedos. – Esta sangrando.

– Desculpa... – ela veio até mim e tirou minha mão que tapava o nariz. – Não chegou a quebrar. – disse dando um peteleco no meu nariz o que me fez urrar de dor.

Ela voltou para dentro da floresta e eu segui pelo caminho que ela estava me levando, pouco mais de 10 minutos de caminhada quando senti uma mão me puxando com força. Violet estava correndo e me puxando, ela tinha voltado e com suas varinhas na mão.

– Viola, me solta! – tirei sua mão que apertava meu pulso com força. – Me soca, me faz entrar nessa droga de floresta, mente pra mim e ainda me deixa ir embora sozinho e sem rumo! E agora se acha no direito de me arrastar por ai? Qual seu problema?

– Você! Isso mesmo, você é o meu problema! Se te soquei foi porque esta agindo que nem um imbecil e ninguém mandou você entrar aqui, veio por vontade própria e não esqueça que eu estava te tirando dessa floresta até você vir com ataque de desconfiança e voltei pra pegar minha varinha que tinha caído quando rolei pela floresta! – ela cuspia as palavras no meu rosto, tinha raiva nos seus olhos e ela estava inquieta, a cada palavra que dizia ficava virando para trás. – Agora confie em mim, temos que correr daqui!

– Porque devo confiar em você? – um frio fez meu corpo tremer.

– Porque ou confia em mim e começa a correr agora, ou fica com os Dementadores!

– Dementadores? – o frio aumentava e uma sensação ruim subia pelo meu corpo.

Ela balançou a cabeça em afirmação, peguei sua mão e comecei a correr, corríamos cada vez mais e eu podia sentir que ela iria cair a qualquer momento, seu corpo vacilava a cada passo.

Eu estava certo, não demorou muito para ela tropeçar numa pedra e antes que ela pudesse se levantar eu a peguei no colo e voltei a correr, podia sentir a presença dos Dementadores, eles estavam se aproximando e não tínhamos tempo a perder.


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