A Preferida 2 - O Ano Da Formatura escrita por Roli Cruz


Capítulo 25
Bem vindo à Tulsa, Oklahoma.


Notas iniciais do capítulo

Leiam, por favor!
Não vou mentir para vocês.
Estava pensando seriamente em desistir da fic.
Tenho vários trabalhos paralelos que estão sendo postados e tudo mais... E a minha imaginação para com essa fic nunca foi tão escassa.
Sim, eu quase abandonei a Jenny e todas vocês. Mas então eu parei e comecei a pensar: "Se eu já cheguei até aqui. Com 18 recomendações, 509 reviews ao total, e mais de 50 leitoras em cada livro dessa série... Porque parar agora? Porque justo agora, que estou na reta final de AP 2?"
E sabem o que me fez querer voltar?
As lindas recomendações de vocês, desde o primeiro livro.
E, mesmo que eu sempre ache que poderia ter feito melhor tal capítulo, podem ter certeza que eu não vou desistir. Graças a vocês.
Aliás, queria fazer um agradecimento especial para minha linda irmã, Sammy Aggie Phelps, que sempre me perguntou sobre a Jennifer e nunca a deixou morrer dentro de mim :3
Obrigada, meu amor.
Espero que gostem desse e dos próximos capítulos - que não tardarão por vir - mesmo sem banner.
Beijos!
E obrigada a todas.
Novamente.



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– Onde estamos? – Perguntei à Piper, quando Andrew desceu do carro e entrou em um hotel.

– Acho que viemos pegar o Philip.

– Philip? – Juntei as sobrancelhas.

– O irmão dele. – Amani respondeu, desinteressado.

– Mas... Pensei que ele estava hospedado na casa do Andy. – Murmurei, tentando não parecer muito estúpida e desinformada.

– Ele estava. – Piper deu de ombros. – Mas acho que houve uma discussão entre a senhora Sanders e ele, por causa do sobrenome. Então ele pegou as malas e se hospedou aqui.

– Que tenso... – É. Foi a coisa mais inteligente que consegui pensar.

– Meu chefe vai me matar... Ele vai me matar... – O loiro ao meu lado sussurrava. – Eu devia estar trabalhando à essa hora. O Jake...

– Sabe se virar muito bem sozinho. – A negra o cortou. – Para, Amani. Você sabe que seu futuro lá na Dunkin’ Donuts é promissor. E, qual é... Daqui a dois dias é Natal. Dia de comemoração. Seu chefe nem vai se lembrar que você faltou no trabalho.

– É... Você deve ter razão. – Quando ele falou, não senti muita segurança nessas palavras, mas, se tratando da Piper, é melhor não discutir.

– É claro que eu tenho razão, meu amor. – Ela piscou e eu sorri.

– Pronto. – Andrew entrou novamente no carro. A porta ao meu lado se escancarou e eu vi a cópia do Apolo sentar ao meu lado. Como eles podiam ser tão... Iguais?

– Algum problema? – Ele me olhou secamente e eu revirei os olhos.

– Nenhum, oficial. – Disse, indo para o lado e me posicionando no meio das duas cabeças loiras.

– Estou me sentindo uma intrusa aqui. – Piper disse, sorrindo pra mim pelo retrovisor.

– Por quê? – Andrew perguntou, meio receoso.

– Parece uma convenção de cabelos claros.

– Eu também me senti assim quando entrei para o time das tietes de futebol. – Sorri e percebi Philip olhar para mim.

– Além de tudo também é líder de torcida?

– Algum problema? – Cruzei os braços e repeti a pergunta que ele fizera segundos atrás.

– Nenhum, senhorita.

Revirei os olhos e cruzei as pernas, olhando para frente.

* * *

Tínhamos acabado de entrar na Pensilvânia quando o sol começou a se pôr. No banco da frente, Piper mudava as estações do rádio continuamente. Raramente ela parava para cantar uma música, para depois recomeçar a mudar as estações novamente.

Andrew pedira para eu ficar com seu celular, falando o caminho que o Google Maps mostrava. Já estávamos viajando por, aproximadamente, umas três horas. O problema é que não tínhamos saído do passo oito ainda.

– E agora? – Ele perguntou (pela vigésima vez).

– Aqui tá falando pra você pegar a saída 52.

Ao meu lado direito, Amani roncava preguiçosamente. Ao meu lado esquerdo, Philip parecia mais entediado que eu outro dia, enquanto observava um jogo de xadrez entre os mendigos ali da esquina.

– Admirando minha beleza? – Ele perguntou, quando me viu olhando-o.

– Haha. – Fechei a cara. – Você é pior que o Andrew e o Nicholas juntos. – Revirei os olhos.

– Quem é Nicholas? – Ele franziu o cenho.

Ninguém. – Respondi, e senti uma faca rasgar meu coração. Lembrei do que Nicholas havia me dito no dia em que nos conhecemos. “– Ah não, não conhece. Ninguém me conhece. – Ele me encarou com sarcasmo. – Não sou Ninguém.

– Jenny? – O loiro que dirigia perguntou, tirando-me de meus devaneios.

Olhei novamente no celular.

– Mantenha-se à direita na bifurcação. Siga as placas para US-11 e pegue a US-11 S/Harrisburg Pike.

Um minuto depois, ele perguntou novamente e eu fui lendo o que o abençoado Google Maps mandava.

Quando a única coisa que devíamos fazer era ir reto até Pitsburgo, meu estômago começou a roncar.

– Que horas são? – Perguntei. Já estávamos na estrada há muito tempo. Fui para a casa da Piper nove horas da manhã.

– Quase uma e meia da tarde. – Piper respondeu.

– Eu to com fome. – Gemi, afundando meu corpo no estofado do jipe.

Como recompensa, recebi um saco enorme de doritos e uma lata de Coca-cola.

– Quer? – Ofereci ao Amani, que tinha acabado de acordar.

– Hnn? Não. – Ele respondeu, batendo a cabeça no vidro por causa de uma lombada que acabara de ser ultrapassada.

– Não vai me oferecer? – Philip sorriu, tentando pegar um pouco do salgadinho.

– Não. – Fechei a cara.

– Não te ensinaram a dividir? – Ele perguntou, ainda lutando para conseguir um doritos.

– Sim. Mas com conhecidos.

– E eu sou um desconhecido, por acaso? – Ele estreitou os olhos praticamente cinzas.

– É. – Respondi, empinando o nariz.

Bom... Eu sou só uma líder de torcida que não liga a mínima para um corpo perfeito e não vai à academia. E que também não come muito feijão.

Como dá para perceber, um policial de vinte e poucos anos, alto, forte e saudável ganharia facilmente uma briga contra mim.

É. Foi isso que aconteceu. Em menos de um minuto, o saco de doritos (graças a Deus ainda fechado) foi parar no colo do Amani, enquanto eu tinha meus braços, sabe-se lá como, imobilizados. Enquanto Philip mexia tranquilamente o braço direito, tentando alcançar o pacote no colo do loiro dorminhoco.

– Vocês dois são piores que criança. – Piper resmungou, quando outra música havia acabado.

– E você é muito adulta, não é mesmo, Sakura? – Sorri, ignorando minhas mãos, que encostavam na barriga do policial.

– Aaah! Isso é apelação, Jennifer. – Ela virou para trás e me fuzilou com os olhos verdes. – Você sabe muito bem que a Sakura é coisa do passado.

– Piper. – Chamei, enquanto ria. – Você teve uns três peixes chamados Sakura.

– Isso é mentira! – Ela levantou uma sobrancelha. – Foram dois.

– Notícia boa, cambada! – Andrew disse, animadíssimo. – Jenny, consegue ler a placa que está ali na frente?

– Espera aí. – Soltei-me, com muita dificuldade, dos braços fortes do policial e tentei ler as palavras. – Bem vindo a... TULSA? CHEGAMOS EM TULSA? ESTAMOS EM OKLAHOMA? – Eu comecei a falar mais alto e a sorrir loucamente. – Por favor, por favor... Diga que podemos parar para conhecer o lugar. Andyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy!

– Temos que almoçar, né coisa chata?! – Ele respondeu, sorrindo. – Ou você acha que vamos sobreviver de doritos e coca-cola?

– Só doritos. – Amani disse. – A histérica aqui acabou com a coca.

* * *

Depois de perguntar à umas quinze pessoas aonde ficava a lanchonete/restaurante/bar/o que seja, mais próximo, entramos em um Starbucks e cada um pediu uma coisa. Philip disse que iria pagar.

– Hey, vou ao banheiro, ok? – Sorri e levantei da cadeira, procurando o sanitário mais próximo.

Eu estava horrível.

Quase levei um susto quando me vi no espelho. (Sim, isso é mentira. Mas eu estava mesmo horrível) Meus longos cabelos castanhos estavam emaranhados e “minha” blusa (a que Piper tinha me emprestado) estava abarrotada. Eu estava sem maquiagem, o que é raro. Minha cara era de prisioneira cansada e com sono, que não dorme há uns oito dias.

Molhei o rosto com um pouco de água e dei uma ajeitada no cabelo e na roupa. Quando pensei estar um pouco melhor, saí e esbarrei em dois garotos um tanto mais altos que eu.

– Olha que sorte, Colin. Temos uma forasteira aqui. – Um deles, de cabelos extremamente negros, disse, olhando para mim como um leão olha uma presa.

– Cuidado, animal – O outro disse, rindo. – Vai assustá-la.

– Com licença. – Tentei passar entre os dois, mas eles fecharam o caminho.

– Aonde pensa que vai? – O primeiro perguntou.

– Não quer brincar um pouco? – O outro, Colin, ecoou.

– Não. – Respondi de cabeça baixa e já começando a me irritar. – Com licença.

Eles se olharam e, sorrindo, deram um passo para mais perto de mim.

– Qual seu nome, princesa? – O de cabelos negros perguntou, apoiando o braço na borda do banheiro das meninas.

Eu ia responder algo ofensivo, mas fugiu da minha cabeça quando vi a cópia do Andrew parada atrás dos dois garotos.

– Está tudo bem aqui? – Ele perguntou, com um tom arrogante.

– Chamou o namoradinho, é? – Colin disse, ainda olhando para mim. Mas seu tom divertido morreu na hora em que encarou os olhos cinza do policial.

– Jenny? – Ele levantou uma sobrancelha, insinuando para eu ir com ele.

Dei dois passos e me vi passando um braço pela cintura do loiro, enquanto ele passava a mão pelo meu ombro.

– Te deixo dois minutos sozinha e você já arranja encrenca, menina? – Ele brincou, enquanto eu olhava para trás, procurando vestígio de um daqueles dois idiotas. Suspirei de alívio ao ver que eles tinham ido embora, mas a tranquilidade foi embora na hora em que olhei para frente.

Ele tinha vindo.

Ele estava me encarando.

Ele olhava a cena; Eu abraçada ao loiro alto, irmão do Andrew.

Ele estava arrependido de ter vindo, era óbvio isso.

Ele me encarou com seus olhos verdes e eu senti meu coração quebrar ao ver sua reação.

– Olá, Connor. – Ele cumprimentou, sentando-se bem longe da cadeira que tinha minha bolsa. – Oi, oficial.

– Oi Dekker. – Philip acenou com a cabeça, sentando-se ao lado do irmão. – Como vão os dias de vandalismo?

– Como quaisquer outros. – Ele deu um meio sorriso, evitando meu olhar.

– Vocês já se conhecem? – Andrew perguntou.

– Uhun. – Nicholas respondeu, ainda sem olhar para mim. – Ele já me tirou de alguns apuros antes.

– Vou começar a achar que você conhece o mundo todo, Philip. – Andy sorriu.

– Não vai se sentar, querida? – Piper perguntou, apontando para a única cadeira vazia. Percebi que eu estava há muito tempo de pé.

Meu estômago estava estranho. Era como se tivessem dado um soco nele. Eu sabia que estava pálida. Eu estava com medo.

Com medo de perdê-lo.

Sentei, meio relutante, e fiquei olhando a cena com todos seus detalhes. Poderia até parecer um momento de harmonia, mas eu podia perceber a única coisa que me incomodava.

Embora a conversa casual, Nicholas e Philip se fuzilavam com o olhar.




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Notas finais do capítulo

Ah, e não precisam se preocupar com o irmão do Andy ;]
beijos!