I Want 2 escrita por Valerie


Capítulo 23
Boliche


Notas iniciais do capítulo

vomitei arco-íris nesse capitulo.



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Luce

Eu estava jogada no sofá sem fazer nada. Esse fim de tarde estava sendo um saco e eu não aguentava mais tocar bateria. Eu suspirei olhando pro teto. Que tédio! Peguei meu celular e comecei a ver minhas fotos, eu fazia isso quando não tinha nada pra fazer e então Louis mandou uma mensagem: ‘’ Vamos ao boliche hoje?’’ . Fiquei animada e na mesma hora disse que sim. Me levantei pra tomar um banho, coloquei uma roupa legal pra um boliche, passei só um batom rosa e estava pronta. Não demorou muito e ele já estava na porta.

– Ta linda – ele passou o polegar na maçã do meu rosto e eu corei. Eu devia estar vermelha. Ele puxou minha mão e eu sai batendo a porta.

Dentro do carro percebi que o Louis olhava pra minhas pernas e coloquei a mão em cima.

– Da pra parar? – falei. Ele é muito tarado gente, que que isso.

– Ninguém manda você vim de short, sabe que eu acho você uma delicia quando tá assim – ele falou olhando pra frente e sorrindo com malícia.

– Você poderia ser discreto! – falei indignada

– Imagina sem roupa...

– O que? – falei boquiaberta

– Falei pra ouvir não pra repetir ok? – ele riu e eu só não bati nele porque ele estava dirigindo.

Não demoramos muito de chegar. O que eu achava sempre fofo é que quando o Louis me levava pra sair ele segurava minha mão como se fossemos namorado e eu adorava isso.

– Antes de jogar vamos tomar um milk-shake? Eu vim com fome sabe? – ele fez uma careta e eu sorri assentindo. Nós nos sentamos no banco em frente ao balcão, eu pedi milk-shake de morango e ele de chocolate. Nós conversávamos sobre algumas coisas da banda enquanto tomávamos o milk-shake, mas na maioria da conversa eu estava voando. Os olhos deles me deixavam assim, meio que viajando.

– Ta sujo aqui... – ele olhou pra minha boca e quando eu ia limpar ele abaixou minha mão e desceu do banco se aproximando de mim. Colocou a mão em meu rosto e passou bem devagar a língua no canto da minha boca, onde devia estar sujo, fiquei primeiro sem reação e depois seduzida pelo o que ele fez.

– Porque você sempre faz isso? – perguntei quando ele sorriu maliciosamente depois de ver minha reação.

– Porque eu gosto de provocar você.. – ele mordeu a boca e piscou. Eu me controlei ao máximo pra não falar: ‘’ vem me provoca pode provocar vei, na boa.. eu deixo’’ Mas eu sou forte sabe...

– Vou começar a voltar a te provocar então! – falei e a expressão dele mudou – que foi ta com medo de cair na tentação né? – eu ri

– Eu não, eu aguento mais que você.

– Vamos ver! – sorri convencida.

Nós acabamos com o milk-shake e fomos jogar.

Ele pegou uma bola de boliche e jogou, e tipo cara.. de primeira ele derrubou todas!

– Nossa! – falei boquiaberta

– É sei que sou demais! – ele falou convencido.

Agora era minha vez. Peguei uma bola de boliche e joguei, mas só acertei uma.

– Sou péssima – falei me lamentando

– É mesmo – Louis ria da minha cara

– Você poderia falar ao menos: ‘’ ah não Luce que isso ‘’ – falei imitando voz de homem e ele riu mais ainda

– Ok.. – ele se aproximou de mim e colocou as mãos em minha cintura – ‘’ah não Luce que isso...’’ – ele repetiu e eu ri de leve. Ele segurou no meu queixo com o polegar e olhou em meus olhos. – você é péssima em boliche, mas é linda e isso pra mim compensa. – ele falou sem tirar os olhos do meu. Eu fiquei sem falar nada, hipnotizada como sempre. Aqueles lindos olhos azuis. Louis estava me fazendo ficar apaixonada por ele. Ou melhor... eu já estou, mas de alguma forma eu consigo me convencer de que não estou.

– Vem eu te ensino – ele pegou outra bola de boliche e me deu, coloquei os dedos onde devia por. Ele me puxou pra perto de onde se joga, me abraçou por trás e me fez inclinar um pouco. Antes de jogar eu fiquei ‘’fora’’ do mundo. Eu podia sentir seu corpo colado ao meu, seu queixo em meu ombro e sua respiração em meu pescoço. Eu sorri aproveitando aquilo e ele me ajudou a jogar.

– E.... STRIKE! – eu gritei comemorando e nós rimos. Eu o abracei e ele me levantou de modo que meu pé ficava um pouquinho só longe do chão. Quando me colocou no chão nós estávamos rindo. Deslizei minha mão pelo seu cabelo e suas mãos permaneceram em minha cintura. Paramos de rir e ele colocou uma mão em meu rosto puxando o mesmo para perto do seu. Fechei os olhos e fingi que ia beijá-lo, senti sua respiração e abri os olhos. Ele estava de olhos fechados com um sorriso de lado, ele parecia estar esperando muito por isso, só que agora era a minha vez de provoca-lo. Dei um beijo na ponta do seu nariz e dei as costas pra pegar outra bola. Ele ficou boquiaberto e olhou pra mim querendo explicações.

– Que foi gostosão? Acha que não resisto a isso? – soltei um beijo pra ele e ele respirou fundo. Eu sempre consigo irrita-lo quando ele cai nas minhas provocações. Olhei pro lado e percebi um garoto olhando pra mim. Esse era o momento perfeito pra mais uma provocação. Olhei para o menino e sorri, ele retribuiu o sorriso e andou em minha direção, mas Louis se colocou em minha frente e percebi o garoto dando meia volta.

– Tudo menos me provocar com outros garotos – ele falou sério

– Por quê? – perguntei rindo de leve

– Porque eu tenho ciúmes

– Que? – fiquei meio boquiaberta e só depois ele percebeu que havia falado isso

– Hãm.. Porque não gosto

– Não adianta agora você já falou! – eu ri e apertei seu nariz, peguei outra bola e andei rápido jogando-a e acertando quase todas, só faltou uma.

– Aprendeu rapidinho hein? – ele chegou do meu lado com a mão no bolso.

– Tive um professor perfeito, né ? – soltei um beijo pra ele e ele desviou se controlando. Eu ri de leve, provocar ele era divertido. Ele devia se sentir assim.

Ficamos jogando mais um pouco e decidimos ir pra casa. A volta foi rápida e na hora de parar na minha casa ele desceu do carro e me acompanhou até a porta.

– Foi bem legal sabia? – falei olhando pra ele e logo tirei um sorriso do seu rosto

– é foi bem legal.. enfim, boa no... – ele ia terminar de falar, mas naquele momento eu sabia o que eu devia fazer. O que deveria ter acontecido há muito tempo, eu só precisava disso pra ter mais certeza dos meus sentimentos. Eu colei minha boca na sua e esperei alguma reação. Ele abriu bem pouquinho à boca e nós nos beijamos de verdade. Foi lento e perfeito, eu poderia repetir isso mil vezes. Eu esperava que ele me beijasse como ele fica quando faz as provocações, mas ele pareceu sentir que esse beijo foi mágico, romântico. Meus braços já estavam envolta do seu pescoço e suas mãos em minha cintura apertando de leve. Nossas línguas entrelaçavam perfeitamente, o beijo começou a ter mais urgência, de repente eu não queria que esse beijo terminasse e percebi que ele também não. Ele se aproximou mais de mim e colocou a mão em meu rosto pra que nós não nos separássemos. Eu sorri no meio do beijo e ele também, só assim paramos e nossos olhares se encontraram.

– Boa noite. – eu falei e sorri que nem uma boba, ele parecia ainda não acreditar que havia acontecido esse beijo.

– Bo... Boa noite – ele conseguiu falar e foi se virando pra voltar pro carro. Entrei e fechei a porta rápido, encostei-me à mesma e deslizei até o chão. Coloquei a mão na boca e tive sensação de ainda estar o beijando.

– Eu gosto mesmo dele – falei sozinha e em voz alta enquanto olhava pra parede sorrindo. - Isso é bom ou é um problema? – mudei minha expressão pra preocupada – Acho que é um problema! – franzi a testa e coloquei a cabeça entre o joelho.

E agora? Como seria depois desse beijo?



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Notas finais do capítulo

O proximo é o da festa a fantasia da anna o