Luce

E eu estava no meu sono maravilhoso até que uma ‘’benção’’ me liga. Abri os olhos com dificuldade, olhei no visor e vi que era o Louis. Se eu não atendesse ele ficaria ligando toda a hora.

- Obrigado por me acordar, ainda é cedo! – falei com voz de cansada

- Cedo dona Price? Sabe que horas são? – assim que ele falou tirei o celular do ouvido e vi as horas. Nossa já 11 horas!

- Nossa.. – falei ainda pasma por dormir tanto assim

- Se arruma que a gente vai sair

- Não quero sair hoje Louis.. – tentei, mas ele já me interrompeu

- Passo ai em 20 minutos. É bom você tirar logo esse pijama

- Mas eu não to de pijama eu to só de ... – parei de falar e olhei pro meu corpo, só estava de calcinha e depois me toquei com quem eu estava falando.

- Então fica do jeito que você ta e eu vou ai em 5 minutos é rapidinho!

- Não idiota – eu falei e nós rimos – Vou me arrumar então, você é muito chato.

- Também te amo. – ele falou e desligou em seguida.

Revirei os olhos e fui tomar meu banho, escovei os dentes, escolhi uma roupa, fiz uma trança e comi um biscoito. E como Louis disse em 20 minutos ele passaria aqui.

- Já ta pronta né? Vamos. – ele falou já me puxando, mas eu me soltei

- Pra onde vamos? – perguntei desconfiada

- Para o parque de diversão! – ele sorriu animado e eu dei um sorriso de lado. Ok, essa ideia me animou.

Fechei a porta e sai atrás dele. Não demorou muito com o Louis dirigindo e chegamos bem rápido. Só de olhar pra entrada do parque isso já me animava.

- Vamos aonde primeiro? – eu perguntei sorrindo enquanto olhava pra vários brinquedos. Na boa.. eu me sentia uma criança!

- Vamos primeiro na casa do terror – minha expressão ficou de animada pra séria na mesma hora, nem tive tempo de protestar e ele já havia puxado minha mão pra entrar na casa assombrada.

- Boa sorte... espero que saiam! – o cara que estava tomando conta da fila  falou pra mim e pro Louis e eu engoli em seco. Eu tinha medo dessas coisas ok?

- Isso vai ser bem legal.. – Louis sussurrou no meu ouvido animado e eu já não estava gostando.

Nós entramos e eu tomei susto várias vezes, teve aquela garota do exorcista numa cama, a garota do chamado que sem querer eu dei um tapa na cabeça, aquele boneco maldito chamado Chuck e que Louis teve um ataque de risos porque eu chutei o boneco. Deve ter quebrado, mas ninguém viu então foda-se. Depois de uns 10 minutos o Louis se soltou de mim e eu não estava vendo nada mesmo. Aquela devia ser a sala dos jogos mortais. Eu gritei Louis umas 3 vezes, mas o idiota não me respondeu

- Olá, quero jogar um jogo com você – a voz daquele maldito boneco soou e eu fiquei desesperada. Ai meu deus. É hoje que eu morro e nem tenho seguro de vida.

- TOMLINSON! – gritei mais uma vez e alguém pegou no meu braço, eu dei um passo pra trás tropeçando em alguma coisa e gritei logo em seguida.

- SOU EU! CALMA! – A voz do Louis soou perto de mim e eu tateei o ar até achar o seu ombro, eu o abracei com toda força e percebi minha respiração ofegante. Ele estava rindo que nem um idiota e eu só consegui abrir a boca pra pedir que ele me tirasse de lá. Quando saímos eu comecei a bater nele e ele ficou sem entender nada.

- O que eu fiz pelo amor de Deus!

- Culpa sua porque foi você que quis ir naquela maldita casa! – eu disse séria e ele ria.

- Calma Luce, já ta tudo bem ok? Agora você escolhe. Vamos aonde?

- Rum. Vamos naquilo que roda! – apontei pra o brinquedo que no Brasil se chamava ‘’samba’’. Nós fomos nesse e em vários outros. Ele comprou algodão doce pra gente e aquele momento foi muito fofo, confesso. Eu já estava cansada e decidir ir naquelas barracas que atira nas garrafas pra ganhar um urso ou uma almofada, porém eu gastei um bom dinheiro tentando acertar. Eu era péssima.

- Que lerda, vem me da isso que eu atiro pra você – Louis ficou na minha frente e mirou nas garrafas. Revirei os olhos por ele ser convencido demais. Até parece que ele iria acertar to...

Ele acertou todas!

Eu que sou péssima mesmo.

- Pronto – ele virou e sorriu pra mim o cara o entregou o urso mais bonito pra ele e ele me deu. – Toma e pode dizer que sou um atirador de elite! – ele ficou se gabando e eu ri. Peguei o urso da sua mão e me inclinei dando um beijo em sua bochecha. Ele corou e eu achei aquilo lindo. Ele era lindo... Fiquei de novo olhando pra ele que nem idiota até que ele propôs uma coisa.

- Vamos á roda gigante! – eu gostei da ideia, mas eu tinha um pouco de medo de altura.

- ér que.. eu tenho medo sabe.. – falei com vergonha.

- Ah relaxa, você tá comigo. – ele me puxou e nós fomos pra fila, estava vazia e logo foi nossa vez. Ok admito.. aquilo era bem romântico. Rodamos até que paramos em cima eu olhei pra baixo um pouco apavorada e ele segurou minha mão. Eu tirei meus olhos de nossas mãos e segui para os seus. Ele sorriu encantadoramente e eu de novo já estava hipnotizada, mas ai onde estávamos sentados balançou.

- Droga! Será que vamos ficar preso aqui em cima? – ele segurava o riso.

- Para idiota isso me dá medo! – dei um tapa no seu ombro e ele riu

- Pelo menos se ficarmos presos eu posso me aproveitar de você e você não vai poder fazer nada – ele sorriu maliciosamente e eu fiquei séria. – Relaxa só to brincando sua besta – ele riu e eu ri sem graça. Nunca se sabe o que Louis pode fazer, porque né.

Não demorou muito e nós saímos, mas ainda havia um brinquedo que eu não tinha ido.

- Vamos à montanha russa! – eu falei animada

- Mas já ta escurecendo!

- Idai? Juro que esse é o ultimo!

- Ok vamos. – ele concordou e  eu o puxei, nós fomos pra fila e não tinha nem muita gente porque aquela montanha russa era cruel! Não demorou muito e já podíamos ir. Eu gritei muito e Louis ria bastante, porém eu sai terrivelmente enjoada.

- Vei... Eu to muito mal.. – andei com dificuldade com a mão na barriga.

- Vamos pra casa, lá eu faço alguma coisa pra você. – ele segurou minha mão e nós fomos para o carro. Assim como a ida, a volta não demorou muito. Chegando la em casa eu me joguei no sofá. Eu estava cansada demais e enjoada demais!

- Aqui tem chá? – Louis perguntou indo pra cozinha

- Tem... no quarto armário... – falei quase fechando os olhos e com a mão na barriga.

- Vou fazer um pra você. Já volto. – ele falou, mas eu nem respondi. Estava tão cansada que cai no sono rapidinho.

De repente eu estava na cama com o Louis. Eu estava com uma calcinha e sutiã vermelhos de renda, estávamos com o edredom em cima de nossas cinturas e percebi que ele estava sem nada. Ele passava a mão na minha perna apertando de leve. Minhas mãos puxavam o lençol da cama e meus olhos estavam fechados pelo prazer dos seus lábios em minha pele. Ele beijava minha barriga e ia subindo cada vez mais, nossas bocas se encontraram, foi um beijo cheio de desejo.

- Hoje você é toda minha – ele falou olhando em meus olhos e depois começou a beijar meu pescoço.

- Ah Louis.... – eu falei seu nome e soltei um gemido.

Aquilo estava sendo perfeito até que percebi que não era verdade.

- Luce? – Louis me chamou com o copo na mão. Eu levantei na mesma hora e fiquei sem graça.

- Você gemeu e chamou meu nome? – ele sorriu maliciosamente

- Que? Não! Você que está ouvindo coisas! – me fiz de desentendida.

- Tendo sonhos comigo é dona Price? – ele mordeu a boca e eu levantei tomando o copo da sua mão. Fiquei de costas e tomei um pouco do chá.

- Claro que não.. – sorri olhando pra parede ao lembrar do sonho.

- Aham ta bom... Eu to indo pra casa porque já esta tarde, qualquer coisa você me liga. – eu me virei e ele estava na minha frente, só faltava pouco pra nossos corpos estarem colados. – E se sonhar comigo de novo... Pode falar que eu venho na hora, dai não precisa ser só um sonho. Ele piscou e dei um beijo no canto da minha boca. Eu fiquei parada sem conseguir falar nada. Ele sorriu maliciosamente e saiu.

Por quê? Porque eu tinha que ter sonhado com ele bem quando ele estava em casa? E porque ele tinha que ser tão sedutor e tão gostoso?

Ok. Menos né.

Sentei no sofá de novo e fiquei lembrando desse breve sonho. É, eu gostei.