O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin


Capítulo 47
Como isso pode acontecer?




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Capítulo 47 – Como isso pode acontecer?

- Você ainda não contou como foi a reação dos seus irmãos quando descobriram que você e Harry passaram a noite na casa dele.  – disse Luna.

- Bom, o Harry me levou até em casa. Não que precisasse, mas sempre é bom saber que ele está lá pra mim. Bom, encontramos os sete dormino na sala, isso incluía meu pai. – disse a ruiva com um sorriso no rosto. – Bom subi para meu quarto e troquei de roupa e me deitei na cama, fingindo dormir. Pouco depois escutei eles acordando e reclamando pela noite na sala, e por eu ainda não ter chegado.

- Posso imaginar. – disse Luna.

- Eu até acordei com a bagunça toda. – disse Hermione. – Eu desci para ver o que era e falei para eles que Gina estava dormindo na cama dela.

- Foi uma bagunça só. – completou Gina. – Eles entraram no meu quarto como se fossem torcedores de quadribol comemorando um título. Fingi acordar com eles, logicamente brigando.

- Você de mau humor é fogo. – disse a corvinal.

- Ei, não é assim não. – tentou se defender a ruiva.

- Você tem um humor péssimo quando acorda, Gina. – disse Hermione. – A única cosia que controla ele é o Harry.

- Tá bom. – disse ela. – eu tenho mau humor de manhã, as vezes. Mas eu exagerei. E perguntei o que eles estavam fazendo ali. Eles falaram que estavam me esperando chegar. Falei que cheguei pouco depois da meia noite, e nem os vi na sala, tinha ido direto para o quarto. Eles claro ficaram desconcertados e depois saíram do meu quarto, com exceção de Rony. Ele me olhou nos olhos e disse que estava do meu lado, e que papai só estava tentando controlar nossos irmãos, mas não sabia como. Depois do café, contei tudo para eles, claro que sem detalhes. E avisei que nenhum deles tinha nada haver com a minha vida com Harry e que faria o que eu quisesse. Eles tentaram protestar, mas Rony me fez uma pergunta que pareceu acalmar a todos.

- Que pergunta o Rony pode fazer para isso? – perguntou a loira sem o olhar sonhador.

- Ele me perguntou se eu estava feliz. Quando respondi que sim, eles ficaram quietos.

- Nem parece mais aquele menino que eu conheci tentando mudar a cor de um rato. – disse Hermione.

- Nem parece o meu irmão, mas acho que vivendo com Harry e você foi forçado a amadurecer, mesmo não parecendo. – disse a ruiva.

Harry passou a noite inteira treinando, ele queria estar preparado para o seu confronto com Voldemort, que parecia estar cada vez mais perto. Por isso ia ficar mais algum tempo na cama, já que era sábado.

- Rony, você sabe se o Harry vai demorar? – perguntou Ly.

- Acho que sim, ele voltou a treinar forte, voltou de madrugada. Deve dormir mais um pouco. – disse o ruivo. – Acho melhor não esperar por ele.

- Sim. Depois ele come na cozinha. – disse Hermione, se levantando do sofá e acompanhando o namorado.

- Cadê a Gina? – perguntou Shade. – Não vai me dizer que ela está dormindo com o Harry.

- Ela falou que ia se encontrar com a Luna, elas tinham um trabalho para fazer. – disse Mione, ao ver as orelhas de Rony extremamente vermelhas, ela sabia que ele aceitava o avanço do relacionamento dos dois, já que o seu também havia avançado, mas não era necessário que todos ficassem comentando. – Ela saiu daqui xingando o Snape de todos os nomes possíveis.

- Depois ela fala que não tem mau humor pela manhã. – disse Rony, feliz pelo desvio da conversa.

Shade ia comentar algo sobre ela não ter mau humor quando acordava com o Harry, mas um olhar de Ly, a impediu.

Harry acordou e percebeu que se passava das dez da manhã. Não se importou muito com horário, pois sua seção de treinos foi bem proveitosa. Fazia tempo que ele conseguia harmonizar seus poderes bruxos, herdados dos fundadores, e os poderes de Dragão Divino, de sua alma. Mesmo assim ele tentava sempre coisas diferentes para poder não ser previsível e conseguir vantagens nas lutas com os seres que Voldemort tinha ao seu lado e contra o próprio.

Encontrou a sala comunal vazia, já que apesar de não ter visita a Hogsmeade, os alunos deviam estar aproveitando a neve que caiu durante a noite.

Seguiu para a cozinha a fim de fazer um lanche e poder agüentar até o almoço.

Em um corredor do terceiro andar, viu um casal namorando. Mas algo nesse casal chamou sua atenção. A menina era ruiva. Se aproximou do casal e percebeu que era Gina.

Ela olhou para Harry deu um tchauzinho e voltou a beijar o rapaz.

 Harry foi impedido de avançar contra os dois por um grupo de quartoanistas que saiu de uma sala e atrapalhou seu avanço. Quando olhou para o local onde estava o casal, eles já haviam sumido.

Harry começou a correr todos os corredores, tentando encontrar o casal.

- Eu estou preocupado com o Harry. – disse Hermione. – Ele já devia ter aparecido.

- Relaxa, Mi. – disse Rony. – Ele sabe se virar muito bem. A essa hora ele já deve ter acordado e estar na cozinha comendo. Ele faltou o café, deve ta comendo muito, você sabe que ele não gosta de chamar atenção.

- Pode ser. – disse a monitora. – mas acho que devíamos encontrar com ele depois que acabarmos aqui.

- Tem razão. – disse o ruivo, estranhando o fato de que Gina não estava preocupada.

Logo a conversa migrou para outros assuntos.

Harry já havia percorrido duas vezes o castelo e não encontrou nem sombra da ruiva. Seu estomago reclamava, mas ele não ligava. Tinha que encontrar Gina.

Percorreu o castelo todo, mas a ruiva e o garoto pareciam ter desaparecido.

Ele tentou encontrar algum dos amigos para ver se eles tinham visto ela, mas nem eles o moreno encontrava.

Acabou encontrando com a menina novamente no quinto andar, desta vez se agarrando com outro menino. Uma raiva tomou conta dele e ele começou a andar na direção dos dois.

- Potter. – disse uma voz atrás dele, era Snape. – Sua ausência no almoço foi notada.

- Não enche Seboso. – disse ele se virando para o professor. – Hoje não estou com saco para essa estupidez de briga que envolve você e meu pai. Acho melhor você não passar mais no meu caminho.

Ele se voltou para onde estava o casal e este tinha sumido como aconteceu antes. Agora a fúria de Harry tinha aumentado. Ele já não conseguia entender o que estava acontecendo.

Ly estava preocupada, não conseguia saber onde estava Harry.

- Rony, tem certeza que ele não te falou nada. – disse ela para o ruivo.

- Não, ele não me disse nada. – disse ele. – Eu estou realmente achando estranho.

- Nós já até perguntamos para os elfos e ele nem passou por lá. – disse Shade tão preocupada quanto a irmã.

- Ele não é de fazer isso. – disse Hermione. – Ele pode aprontar das suas, mas sempre sabemos onde ele está.

- Tem um lugar que não procuramos. – disse Rony. – No quarto. Foi onde ele foi visto pela última vez.

- Pode ser. – disse Hermione. – A Gina está muito estranha também, ela deve estar sentido algo.

- Vamos.

Harry estava enlouquecendo. Ele via Gina com outros, mas nunca conseguia chegar perto deles. Algumas vezes a ruiva o via e isso só parecia aumentar seu apetite pelos parceiros. Outras nem se separava deles.

Ele não podia acreditar que era a mesma garota pelo qual se apaixonara, que ainda corava quando ele era mais ousado, quando não estavam sozinhos.

Mas ele não desistiu de tomar satisfação. Procurava a ruiva por todo canto.

Agora ele a encontrou nas masmorras. Ela estava com Draco Malfoy, só aquilo já revoltou o moreno, mas ela estava com a blusa toda aberta, com o sonserino beijando seus seios, sendo que era visível que ela não levava nada debaixo de seu uniforme.

Gina viu Harry, mandou um beijinho e buscou pela boca do loiro.

Isso fez com que o moreno se desesperasse e saísse correndo. Acabando na torre de Astronomia. Aquilo era demais para ele lidar no momento.

Neville chegou correndo e encontrou os amigos no meio do caminho para a torre.

- Gente, você precisam vir rápido. – disse ele. – tem um grande problema.

O menino não deu chance nenhuma para que nenhum deles pensasse e saiu rebocando Ly e Shade, enquanto Rony e Mione corriam atrás deles.

Seguiram direto para o quarto dos garotos. Ali já se encontravam Luna, Odin, Minerva, Nathy, Remo e Gina.

- O que está acontecendo? – perguntou Ly ao ver o irmão na cama se debatendo.

- De alguma forma, Voldemort conseguiu conectar a mente do Harry com a dele. – disse Odin. – Ele está preso em um pesadelo criado por ele, para atormentá-lo. Ainda não sei se para que ele descubra os segredos do Harry ou para destruí-lo.

- Como você sabe disso? – perguntou Shade.

- Palas me contou. – respondeu ele.

- Quanto tempo faz isso? – perguntou Gina, ele estava explicando para os que já haviam chagado quando Neville apareceu com os outros.

- Ela me contou de manhã. 

- E só agora ficamos sabendo? – Ly brigou com ele.

- Não ia adiantar nada você se preocuparem, meu amor. – disse Odin. – Voldemort com certeza tem seus espiões aqui ainda. Não estou falando do Snape. Se vocês não demonstrassem nada, ele não poderia saber o estado do Harry e assim piorar as coisas para ele. Com vocês andano pelo castelo, ele não tinha como saber que estava funcionando a ponto de preocupar a todos.

- Você não podia julgar isso sozinho. – disse Gina com raiva.

- Posso. – disse ele. – Você se lembra das regras. Eu tenho esse poder.

- Certo. – disse a ruiva desconcertada pela sua perda de controle. – Mas o que podemos fazer agora?

- Vocês nada. – disse ele. – No momento seu poder de cura é inútil. Ele está sendo ferido na alma, e somente acordado fará efeito. Apesar de achar que seu amor será mais importante.

- Não podemos fazer nada? – perguntou Ly, abraçando ao namorado.

- Vocês não. Eu tenho que esperar ele querer sair do pesadelo, para poder buscá-lo. E a única forma de entrar na mente deles. Voldemort está muito longe e controla a ligação. – disse ele. – Isso será visível pelas reações do corpo dele.

- Esperaremos com você. – disse Mione em nome de todos.

Ele concordou e sentou em uma poltrona que conjurou com Ly em seu colo. Os outros se acomodaram pelo quarto, alguns conjuraram cadeiras e poltronas e outros, como Rony e Neville sentaram seus camas com suas namoradas.

Harry ainda estava na torre de Astronomia, agora sentado na mureta, olhando para baixo. As imagens de Gina com outros caras não saia de sua cabeça. Algo estava muito errado ali.

- O que está errado é o que você chama de Amor, Potter. – disse Voldemort aparecendo nas costas do moreno, mas parecia que ele não o percebia ali, só entendia o sentido das palavras.

- Ela me ama, eu sei. Ela não pode fazer isso comigo. – disse o moreno.

- Não existe isso de amor, Potter. Isso tudo é poder, ela queria ter poder sobre você. – disse Tom.

- Aquela não era a Gina.

- Sim era ela mesma. – disse Tom, mandando as imagens do último encontro que ele teve com a Gina para a cabeça dele.

Com a idéia de que não era Gina, ele passou a olhar a cena, mais precisamente a mulher ali.

Era praticamente igual a Gina, mas olhando bem, tinha leves diferenças que só alguém próximo poderia notar. Sua Gina tinha sardas no colo, mas aquela mulher tinha muito mais.

Gina tinha uma pequena cicatriz abaixo da costela do lado esquerdo de um acidente que teve quando era criança e quis imitar seus irmãos, e como não queria ser castigada não contou para sua mãe, deixando curar naturalmente.

Aquela nos braços de Malfoy não era Gina, nem nenhuma daquelas que estava por ai. Mas não podia ser polissuco. Isso a deixaria igualzinha.

Se ela tinha diferenças aquilo também não poderia ser fruto de sua imaginação. Era alguém que queria enganá-lo. Só podia ser alguém tentando quebrar seu coração e assim destruí-lo. Esse só podia ser Voldemort.

- Finalmente entendeu tudo, Potter. – disse o Lorde das Trevas. – Uma pena que não tenha se matado.

- Isso seria uma atitude de sonserino. Apenas um covarde pensaria em acabar com a própria vida. – disse Harry se virando para ele.

- Não me provoque, Potter. Estamos na minha mente. Aqui eu faço as regras.

- Isso é o que você pensa. Toda dimensão tem suas regras. Sua mente não é exceção. – disse Harry com um sorriso. – Uma pena que eu não vou poder ficar muito tempo. Nos vemos outro dia.

Harry havia sentido a presença de Odin ali. Mas somente depois que confrontou Voldemort.

Gina sentiu que Harry começou a se acalmar e avisou a todos. Ela ficou o tempo todo ao lado dele, esperando por isso.

Odin se aproximou, sentando na cama, no lado contrário a ruiva. Ly colocou a mão em seu ombro. Colocou sua própria mão direita na testa do cunhado.

Aos poucos ele foi desaparecendo, ele se tornava mais ou menos visível às vezes como se passassem ondas por ele. As únicas partes, que pareciam não se alterar, eram onde tinha contato com Harry e Ly.

Em um momento ele pareceu sumir, e depois tornou se totalmente visível.

Pode se ouvir um gemido vindo de Harry, e este abriu os olhos. Num primeiro instante ele recuou ao ver Gina, mas ao perceber que era a sua Gina, ele relaxou.

- Calma, meu amor. Agora está tudo bem.  – disse Gina com uma lágrima no olhar.

Para acalmar a ruiva e a se mesmo, Harry a beijou. Sim aquela imagem nunca poderia ser Gina.


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