O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin


Capítulo 46
Quando todos descobrem.




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Capítulo 46 – Quando todos descobrem.

Harry mais uma vez acordou cedo. Nem se preocupou em colocar seus óculos. Mesmo assim ficou a admirar a ruiva que dormia com um sorriso em seus braços.

Ele olhou para a janela e viu que o sol ainda não nascerá. Isso era bom para seus planos. Observou o céu mudar de cor aos poucos imaginando acordar daquele jeito por muito tempo.

Dando um beijo na cabeça ruiva, se levantou tentando não acordar a namorada, vestiu a calça e saiu dando uma última olhada no corpo nu coberto pelo lençol.

Foi em direção a cozinha para preparar o café da manhã. Reparou que a mesa do jantar já havia sido retirada.  Os elfos foram bem eficientes. Isso incluía também os ingredientes para a refeição que ele iria fazer.

Meia hora depois o moreno subia as escadas com uma bandeja de comida. Ele a depositou em uma mesa próxima e voltou a deitar na cama abraçando Gina.

Ela pareceu sentir a presença dele e se aconchegou melhor nos braços dele.

- Gina, acorde. – disse ele.

- Não. – disse ela.

- Meu anjo, temos que voltar para a Toca. – disse ele.

- Tem certeza? – disse ela ainda sonolenta.

- Sim, prometi para sua mãe te deixar lá cedo. E se conheço bem a minha mãe, vou ter que contar tudo e receber alguns sermões.

Gina pareceu que finalmente despertou, e percebeu a ausência de suas roupas.

- Harry! – disse ela puxando a coberta, visivelmente envergonhada.

- Gi, não precisa ficar com vergonha. – disse ele de forma carinhosa. – O que fizemos é uma coisa natural e você tem um corpo muito bonito.

- Desculpa, acho que exagerei mesmo. – disse ela.

Harry saiu da cama e pegou a bandeja colocando perto deles. Foram comendo tranquilamente.

- Harry, por que não tem espelhos aqui no quarto. – perguntou ela curiosa.

- Não gostaria de dividir essa noite com ninguém.  – disse ele. – A explicação está em um livro que vou te emprestar.

Terminaram de comer, se arrumaram e aparataram para a Toca. Na sala encontraram sete ruivos dormindo esparramados por lá.

- Entendi essa sua pressa em voltar. – disse a ruiva.

- Vá para seu quarto e vista sua camisola. – disse o moreno. – Deixa-os achar que fizeram papelão.

- Adorei o plano. – disse ela beijando ele e subindo de forma moleca as escadas.

Harry queria ver a cena, mas sabia que sua mãe estava o esperando, assim como Molly que acenou para ele e seguiu a filha.

Dumbledore convocou mais uma reunião com toda a Ordem da Fênix. Disse para todos que era para estudar o que estava acontecendo no mundo e para apresentar reforços. Ele sabia dos ressuscitados, mas não sabia detalhes. Algo saía de seu controle.

Logo as pessoas foram chegando, a reunião seria no castelo mesmo, havia poucas pessoas no castelo e nenhuma delas parecia ter ligação com as trevas. Conversas paralelas aconteciam, mas ninguém entendia o que as crianças faziam ali, mesmo que apenas Gina ainda não fosse maior. Mas o que mais intrigava as pessoas era os sete encapuzados no fundo do salão, calados.

O diretor iniciou a reunião informando que os comensais estavam sumidos e isso indicava que algo grande estava par acontecer.

Depois de passados algumas informações de outros membros, ele novamente chamou a conversa para si.

- Agora quero apresentar para todos os nossos reforços. – disse Alvo. – são pessoas de grande valor e que possuem grandes poderes que serão extremamente uteis em batalhas.

Ele apontou para os encapuzados no fundo, o primeiro a se revelar foi Odin.

- Alguns de vocês já devem ter ouvido falar de Tiago, mas por outros nomes como Tupã ou Odin. Ele participou da batalha que ocorreu no santuário dos Dragões na Romênia juntamente com Carlinhos Weasley e Harry Potter. Ou quando ele foi o responsável pela cura do dragão que atacou Hogwarts. Sem contar o magnífico duelo há alguns meses com seu companheiro de trabalho aqui mesmo no salão principal. – disse o diretor.

Várias pessoas o encaravam com assombro, conheciam essas histórias, mas acreditavam que seria alguém mais velho, ou diferentes pessoas.

Mas os queixos realmente caíram quando ele se aproximou de Lilian e deu um beijo nela, onde surgiu uma aura vermelha neles.

- Exibidos. – disse Shade.

- E para mostrar para todos que ele já tem dona.  – disse ruiva.

Os outros resolveram tirar o capuz ao mesmo tempo, para que o choque fosse menor.

A reação foi instantânea, aqueles que os conheciam sacaram as varinhas e começaram a lançar feitiços.

- Esse povo consegue ser desconfiado. – disse Odin parando os feitiços antes que os verdadeiros poderes fossem revelados de maneira errada e causasse mais danos. – Por que vocês os atacaram, sendo que foi justamente Dumbledore que os apresentou.

- Eles estão mortos.  – disse um ali.

- É impossível eles estarem aqui. – disse outro.

- Isso é impossível? – disse Odin aparecendo na frente de quem falou.

O susto foi tão grande que este caiu no chão. Odin fez os feitiços sumirem depois disso.

- Sim, somos realmente nós – disse Tiago.

- Sabe o mundo dos mortos está meio chato e resolvemos voltar.  – disse Sirius.

Lilian se adiantou e deu as explicações combinadas, evitando falar dos poderes de Odin e deles mesmo. Grandes poderes podiam ser reconfortantes e causar medo nos aliados.

Snape estava achando aquela reunião extremamente chata. As mesmas coisas de sempre. Ainda mais com a presença do Potter e seus amigos.

Não conseguia entender como Dumbledore, um homem tão sábio, podia acreditar que aquele moleque podia vencer o Lorde das Trevas. Certo que ele teve um aumento de poder desde que Black foi assassinado, mas mesmo assim estava aquém de Voldemort.

Enquanto ouvia aos outros disserem coisas que ele havia descoberto facilmente como espião, então passou a observar aos encapuzados. Sabia que um deles era aquele menino que namorava a Lilian, a filha e imagem do seu grande amor.

Quando Odin se revelou, ele fechou a cara, não sabia nada sobre o menino. Mas isso era uma vantagem para ele, já que nem mesmo Voldemort sabia algo sobre o menino. Aliás, ele estava muito preocupado com isso. O garoto havia vencido inúmeros de seus comensais para proteger os ovos de dragão e sem o uso de uma varinha.

Foi espumando de inveja que viu o beijo entre Odin e Ly, já que lembrava muito a outro casal que ele conheceu anos antes.

Quando os outros se revelaram, ele sentiu todo o sangue fugir de seu corpo. Sirius Black, Tiago Potter e Lilian estavam vivos. Ele nem viu os outros membros atacando aos ‘mortos’, mesmo ficando sem entender como os feitiços ficaram parados no ar.

Só despertou de seu estado catatônico quando começou a escutar aquela voz suave que pensou ter perdido. Lilian, ele ainda não havia conseguido superar seu amor pela ruiva e a sua morte. Escutou impressionado a explicações e ficou contente de Voldemort não ter encontrado aquele menino antes e conseguido trazê-lo para seu lado.

Depois que a reunião acabou, ele esperou que todos terminassem de cumprimentar os ressuscitados e se aproximou de Lilian.

- Lily. – ele chamou sem quer chamar atenção de todos.

- É Sra Potter par você, Snape. – disse ela ao reconhecer seu antigo amigo.

- Que agressividade é essa? – perguntou ele.

- Para alguém que se disse meu amigo, acabou entregando minha família para seu ‘mestre’.

- Eu não sabia que ele iria atrás de vocês. – disse ele tentando se desculpar.

- Você sabia muito bem que eu estava grávida. Como não pensou na possibilidade dele vir atrás do meu filho. Esperava que ele fosse atrás do Neville? Você é muito inocente, Snape. Ele sempre quis acabar com o Tiago, principalmente depois que ele o rejeitou tão veementemente.

- Não seria grande perda. – disse o professor de poções.

- Pra você, que ainda tem a ilusão de que eu possa amar você se me separar do Tiago. Eu morri porque não conseguia viver sem o Tiago e o Harry. Nem mesmo depois da morte eu me separei dele. E para alguém que diz me amar, você maltratou meu filho.

- Crianças exageram, só fui mais exigente com ele, pois sabia que ele tinha potencial. – disse ele.

- Não foi ele quem contou o que aconteceu. Aliás, ele sabe que éramos amigos e não fala nada pra mim, só para o Tiago.

- E seu maridinho logo foi te contar. – disse Snape de forma venenosa.

- Não, ele nem menciona o seu nome na nossa casa. - disse ela. – Eu tenho muito amigos aqui na escola e na ordem que já sabiam da nossa volta. Hagrid, Minerva, Tonks e Molly são alguns. Eu só estou olhando para sua cara porque você faz parte da ordem, senão...

A ruiva saiu de perto do espião e voltou para Tiago, que estava olhando para os dois com cara de que ia azarar o seu desafeto.

O feriado acabou e os alunos tiveram que voltar às aulas. Os membros da ordem ficariam de prontidão, a espera do chamado de Dumbledore. Mesmo sabendo que Voldemort não poderia atacar o castelo, a segurança ali foi reforçada. Assim como em Hogsmeade.

Dentro do castelo foi impossível seguir com o clima de guerra. Os estudos e a rivalidade entre as casas foi o suficiente para fazer as pessoas esquecerem Voldemort.

Mas o que realmente estava mexendo com todos era a copa de quadribol, principalmente a rivalidade entre os capitães da Grifinória e da Sonserina. Era o último ano dos dois e era questão de honra vencer. Para Harry era a hegemonia de sua casa e claro uma forma de demonstrar que o lado das trevas não era grande coisa. Para Malfoy era a forra, a humilhação de Harry e mostrar para Lilian o que ela perdeu o rejeitando por aquele homem que ninguém sabia de onde vinha.

Os alunos da Sonserina haviam pegado como questão de honra a vitória, e passaram a atacar sistematicamente os jogadores dos times adversários. Deu resultado quando Sonserina esmagou Lufa-Lufa, voltando a ter chances de vencer o campeonato. Desta vez apenas ameaçavam os da Corvinal, já que enfrentariam a Grifinória.

Mas ninguém tentou nada contra os da Grifinória, Harry sempre aparecia antes.

Mesmo assim nada pode evitar a vitória dos Leões sobre a casa azul.


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