O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin


Capítulo 39
Vivos




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Capítulo 39 – Vivos

Ali estavam parados Tiago e Lilian Potter, Sirius Black, Mary Smith, Fabian e Gideon Prewett. VIVOS. 

Antes que mais alguma coisa fosse dita, uma chuva de feitiços partiu das varinhas.

- O povim desconfiado. – disse Odin levantando a mão, fazendo os feitiços pararem no ar. – Eu não tive o trabalho de trazê-los de volta para vocês atacarem logo de cara.

- São eles, mesmo? – perguntou Ly.

- Sim, são os seus pais.

A menina correu ao encontro aos dois.  Abraçando os e chorando. Harry seguiu a irmã com Shade.

O moreno se juntou ao abraço da Ly. Enquanto Sara pulava no colo da mãe.

- Senti tanta saudade de você. – disse a morena e depois de virou para Sirius. – Pai?

- Sou eu, minha filha. – disse ele emocionado.

Odin apareceu ao lado de Molly, era a única que não tinha lançado nenhum feitiço, além dos dragões e dos estudantes.

- Vai lá Molly, são os seus irmãos e eles ficaram meses me irritando para poder abraçar você.

 Não foi preciso que ela percorresse todo o percurso, Gideon e Fabian também saíram correndo para encontrar com a irmã. O abraço durou quase cinco minutos, onde todos os outros ficaram paralisados, sem saber o que fazer.

- O que vocês tinham na cabeça ao enfrentar cinco comensais da morte sozinhos? – disse a ruiva brigando com os dois.

- Escutamos que eles iam atacar uma família contraria aos seus ideais para causar impacto. – disse Gideon.

- Sim, eles haviam escolhidos um com muitas crianças. – disse Fabian. – Os Weasley. Fizemos isso por vocês.

- Oh. – disse ela chorando.

Tonks se aproximou de Odin, enquanto Remo ia para os amigos.

- E os feitiços? – disse ela apontando para os raios coloridos que ainda estavam congelados no ar.

- Tinha me esquecido deles. – disse o cavaleiro, e com um movimento de mão eles desapareceram.

- Como você fez isso? –disse a metamorfomaga. – Não é possível sumir com feitiços assim.

- Eles não sumiram, só foram para outro lugar. – disse ele e vendo a pergunta na cara dela. – mandei para uma reunião dos comensais. Vai causar muita confusão. Não podia me desfazer de tantos feitiços bons assim, né?

- Claro que não. – disse ela indo em direção ao marido.

 Remo se aproximou aos poucos dos amigos. Ele ainda não estava acreditando, mesmo sabendo que Odin tinha poder para isso. E ainda com receio de atrapalhar o encontro das famílias.

- Pontas, Almofadinha. São realmente vocês?

- Sim, Aluado somos nós. – disse Pontas.

- Minha prima fez você nos esquecer? – perguntou Almofadinhas.

- Não, é que é uma coisa impensável. Ninguém nunca pensou que fosse possível ressuscitar alguém.

- Isso continua impossível, meu caro Remo. – disse Lilian. – Deixemos que o Odin explique isso.

- Sirius, você parece mais novo. Como se não tivesse passado anos em Azkaban. – disse Tonks se juntando a eles.

- São efeitos do tempo, se ele pode controlar o tempo, ele pode reverter seus efeitos. – disse Mary. – Vai me dizer que não percebeu que seu marido está mais jovem também.

- Agora você não tem uma desculpa para não ter filhos. – disse a auror.

- Gente, vamos entrar, que lá dentro eu dou todas as explicações. – disse Odin, chamando atenção de todos. – tem muita comida boa lá. Não podemos desperdiçar o trabalho da Molly.

- Finalmente alguém teve uma idéia boa. – disse Rony, fazendo todos rirem.

Todos entraram, cumprimentando os recém chegados. Mas aos poucos tudo foi se silenciando e as pessoas começaram a olhar para Odin.

- Mio Drago, acho que eles querem as explicações agora. – disse Ly.

- Sim, mio Giglio. – disse ele. – Pessoal, gostaria da atenção de todos.

- Não sei se você reparou, mas você já tem. – disse Gina.

- Mas agora eu tenho toda ela. – disse ele e recebeu uma língua como resposta, Molly não gostou. – Não existe nenhum feitiço que ressuscita alguém, como todos demonstraram saber ao nos atacar. Mas sabemos também que cada um tem dom e poderes diferentes. Alguns podem mudar de forma, outros podem falar línguas diferentes facilmente. Eu posso manipular o espaço, como vocês viram lá fora. Isso significa que, além do que vocês podem imaginar. Eu posso andar entre dimensões. Sei que é difícil acreditar nisso, mas existem inúmeras dimensões, com criaturas e ambientes variados. Uma dessas dimensões é justamente o mundo dos mortos, onde as almas dos mortos se dirigem. Lá encontrei algumas almas que poderiam voltar. Meu conhecimento das dimensões é grande, já que cai em um monte antes de perceber o que eu fazia. Muitas lendas contam sobre elas, uma delas pode restaurar um corpo. Ficamos lá por um tempo reaprendeno a usar o corpo e os poderes.

- Você pode fazer isso mesmo? – perguntou Moody. – Por que não trouxe outros, Beijo Fenwick ou Marlene Mckinnon?

- Eu só consigo fazer isso com que eu tenho alguma ligação. Tiago e Lilian são pais da Ly. Sirius e Mary são os da Shade, que como foi criada como irmã dela, é uma ligação. Sem contar que Mary foi como uma mãe para ela. E os Prewett, bem são irmãos da Molly, por si só já é motivo o bastante. Já que ela considera todos seus filhos. Mas preciso de um motivo pra isso, não posso apenas trazer quem quiser de volta, tem que ter mais um motivo. E não conheço os outros para saber se tinham, nem tinha tempo para pesquisar. Se fosse assim, poderíamos ter agora Merlin conosco.

- Uma pena. – disse Kim.

A festa voltou ao ritmo anterior. Carlinhos puxou Odin para um canto.

- Nem vem que você sabe que eu estava certo. – disse ele sem nenhuma emoção.

- Sim, sei. Eu quero saber por que você não contou sobre nossa verdadeira identidade.

- Tem muita coisa para explicar, e hoje é dia de festa. Nenhum de vocês contou nada, por que eu deveria.

- Você está certo.

- Sempre estou certo. – disse Odin. – Sirius vai quer ter uma conversinha com você por namorar a filhinha dele.

- Assim como você teve com o seu xará?

- Não, ele levou na boa. Tem um pouco de ciúmes por eu conhecê-la melhor. Nada mais, ele sabe que eu posso cuidar da Isis. Aliás, eles sabem quem somos. Boa sorte.

No final da festa, ficou a dúvida de onde dormiriam.

- Por que não dormimos ali. – disse Odin apontando para uma porta que não existia antes.

- Não me lembro de ter uma porta ali. – disse Arthur. – Nem mesmo depois de termos enfeitiçado para caber todo mundo.

- Pai, foi Odin quem colocou isso ai. – disse Gina rindo da confusão do pai.

- Tem quarto para todo mundo, até mesmo para quem já está hospedado, é só falar. Claro que eles são enfeitiçados para não haver visitas noturnas.  Quarto de meninas, somente meninas. Quarto de meninos, somente meninos. Isso vale para todos os quartos da casa. – disse Odin.

- Gostei de você. – disse Molly.

Nos novos quartos ficaram Tiago e Lilian, Sirius e Mary, Fred e George e Remo e Tonks. Carlinhos, Percy, Fabian, Gideon e Odin ficaram com um cada.

Harry mais uma vez acordou cedo. Mas desta vez não esbarrou em Gina pelo caminho, só que não o único a se levantar. Molly estava na cozinha e ele encontrou com Odin na sala.

- Oi, meninos. – disse a matriarca Weasley ao vê-los. – Sentem-se, que em poucos minutos sai uma rodada de comida. Essa casa está muito cheia hoje.

A animação dela foi contagiante, os dois se olharam.

- Vamos ajudar. – disse Harry.

- Acho bom aumentar um pouco essa cozinha. – disse Odin.

Em instantes a mesa já comportava a todos, assim como a própria cozinha. O fogão aumentou tendo mais espaço para que eles cozinhassem.

- Acho que as panelas do Largo, serão mais uteis aqui que lá, neste momento. – disse Harry convocando seus utensílios.

Agora com mais quatro mãos o café saiu mais rápido e ninguém precisaria sair da cozinha. Aos poucos as pessoas foram chegando em grupos. Odin se sentou com Ly e Harry com Gina quando essas chegaram.

- Viu, Gina. Você não é a única bem servida não. Eu também tenho um namorado que sabe cozinhar. – disse Ly.

- Tá Vendo, Black. – disse Mary. – Assim que as coisas devem ser divisão de tarefas. Vocês acreditam que esse cachorro aqui não sabe nem mesmo esquentar água para um chá?

O Café foi bem animado principalmente com as histórias contadas pelos marotos, que normalmente tinham três versões, o do Sirius e Tiago, a de Lilian e Mary, e a verdadeira que era contada pelo Remo.

A abertura dos presentes foi também uma festa, já que os gêmeos resolveram narrar tudo que acontecia, inclusive o tombo que Percy levou.

Depois que aqueles que precisavam trabalhar saíram, Harry olhou sério para os pais, era o momento de contar a sua história para eles. Odin tinha lhe contado na noite anterior que ele deveria fazer isso, e quanto antes melhor.

Sentaram na sala aqueles que foram revividos, além de todos os estudantes, Molly, Odin, Remo e Carlinhos. Gina estava ao lado de Harry para passar força, enquanto Ly queria tirar o atraso e sentou se no colo de Odin, se aconchegando bem nele.

Harry foi contando tudo o que aconteceu com ele, vendo a reação de seus pais. Lilian ficou indignada com o tratamento que sua irmã deu a ele, enquanto Tiago começou a confabular, com os outros marotos, o que fariam com Snape. A maior confusão ocorreu mesmo quando ele contou sobre o último ano, principalmente sobre o envenenamento que sofreu. Mary e Lilian ficaram revoltadas com a atitude dele, mesmo sobre efeito de tal poção. Dizendo que ele deveria ter se controlado mais e pedido ajuda mais cedo. Tiago preferiu nada falar. Mas Sirius abriu a boca e disse que ele deveria ter aproveitado mais. Não é preciso dizer que ele foi amaldiçoado por todas as mulheres ali presentes, inclusive Molly.

Quando ele contou sobre a mudança em Petúnia, Lilian ficou meio desconfiada, mas preferiu ver com os próprios olhos.

Combinaram de visitar os Dursley depois do almoço, iriam Lilian, Tiago, Harry, Gina, Ly e Odin. Sara preferiu ficar com os pais, e por não sabiam a reação dos trouxas a Sirius, este teve que ficar para trás, mesmo reclamando, só parou quando percebeu que Carlinhos ficaria também, e poderia ter “A” conversa com o tratadorzinho de dragões.

Aparataram no jardim traseiro, não era uma boa idéia Tiago e Lilian aparecessem pelo mundo trouxa, sendo que todos sabiam que eles tinham morrido.

Harry se adiantou e bateu na porta.

- Harry, que surpresa. – disse Petúnia dando um abraço nele. – Espero que tenha gostado do presente.

- Gostei. Viemos fazer uma visitinha. – disse ele.

Petúnia olhou para o jardim esperando encontrar a sobrinha, mas não agüentou o choque de ver a irmã e desmaiou.

Harry, que havia previsto algo assim, aparou a queda.

- Vamos entrar. – disse ele.

O moreno acomodou a tia no sofá e todos esperaram que ela acordasse.

Aos poucos foi recobrando a consciência, a primeira pessoa que viu a fez entrar em pânico.

- Eu morri? Estou vendo fantasmas.

- Não, você não morreu Petty. – disse Lilian. – Eu já te disse que fantasmas existem.

- Como? Você está viva? Naquela carta dizia que vocês morreram. – disse ela vendo que Tiago estava ali também.

-Sim, nós morremos. – disse Tiago antes de começar a explicar as coisas de forma mais simples possível, pois até mesmo para ele o assunto era difícil de ser entendido.

- Esse mundo da magia é muito maluco. – disse Petúnia.

- Você não sabe o quanto. – disse Odin.

- Lily, eu tenho que pedir desculpas para você como agi com você e com o Harry. Eu senti inveja por você ser bruxa, mas acabei vendo meu erro.

- Harry já explicou tudo. – disse Lilian. – Agora temos uma segunda chance, podemos viver tudo de forma diferente.

- Não sei como vocês podem ter um coração tão grande. – disse Petúnia.

- Também gostaria de saber. – disse Tiago. – Ela vivia defendendo o Seboso.

- Você vivia atacando o Snape.

- Eu nunca gostei muito desse ai. – disse Petúnia.

- Viu não só sou eu. – disse Tiago.

- Só você se importava com ele, mãe. – disse Harry. – Nem mesmo os comensais vão muito com a cara dele.

- Ele me dá arrepios quando me olha daquele jeito. – disse Ly.

- O QUE? – disseram os dois Tiagos.

- Eu mato. – disse Odin.

- Nada disso. – disse Ly. – Você não vai matar ninguém.

- Você já tinha me prometido que eu ia dar um jeito no Malafoy.

- Ele pode. – disse a ruiva.

 A resposta de Lilian ficou perdida, pois neste momento entrou em casa Duda.  Ele não percebeu a presença de ninguém, a não ser a de Ly.

- Oi gatinha. – disse ele.

- E Harry, bem que você me disse que ele é um porco, sem ofensas tia.

- Você deve ser a minha priminha, Lilian. Eu não sou qualquer coisa que esse maluco tenha dito de mim. Podemos sair para que possamos nos conhecer melhor.

- Você realmente acha que eu trocaria meu namorado por você.

- Seu namorado não é nada perto de mim.

- Por que você não vira e consta por você mesmo. – disse a ruiva.

 Ele se virou e deu de cara com o peito de alguém.

- Eu avisei que ele era maior que eu. –disse Harry.

- Nem adianta correr, eu vou te achar onde estiver. – disse Odin. – É melhor nem dormir, pois farei ter pesadelos para sempre.

 Duda mais uma vez saiu correndo com as mãos no traseiro.

- Não se preocupe, Sra Dursley. Foi apenas uma ameaça, que as vezes é mais eficiente que o castigo. - disse o cavaleiro.

A casa estava praticamente vazia. Shade e Ly estavam se despedindo de Carol que viajaria no dia seguinte para o Brasil. Molly havia saído com Rony e Hermione para fazer algumas compras. Fabian e Gideon estavam tentando resolver suas vidas. Tiago e Lilian estavam escolhendo uma casa para eles morarem. Enquanto Sirius e Mary haviam voltado para o apartamento do maroto em Londres.

Isto significava que Harry e Gina estavam sozinhos na Toca. Mais precisamente, eles estavam no quarto de Rony. Com o reaparecimento dos pais do moreno, eles tinham ficado um pouco comportados. Mas isso apenas deixava o desejo maior.

Os amassos começaram calmos. Mas foram logo esquentando. Ambos estavam completamente entregues ao momento.

Em um dado momento, Harry subiu a mão pela coxa da ruiva, por baixo da saia. Não foi um movimento calculado, mas ele não se importou com isso. Mas a ruiva reagiu de forma um pouco inesperada. Ela apenas segurou a mão dele, a beijou. Se levantou dizendo:

- Ainda não.

A ruiva saiu de perto deixando ele na vontade.

- Você sabe que isso tudo é culpa sua. – disse Reflex.

 -Você tava ai o tempo todo?

- Eu sou seu reflexo. Sempre estou com você.

- Esqueci disso. Mas como assim a culpa é minha?

- Você realmente acha que ela quer sua primeira vez assim, no quarto do irmão, aproveitando um momento que vocês estão sozinhos em casa?

- Não tinha pensado nisso. – disse ele envergonhado.

- Ela quer algo romântico, único, especial. Como o Odin esta fazendo. Ele anda procurando uma dimensão ideal para isso.

- O QUE?

- Calma, menino. Ele só quer deixar tudo pronto para quando acontecer.

- Como você sabe disso?

- Eu vivo na dimensão dos espelhos.

- E mesmo, ele anda entre dimensões.

- Além do mais, a Gina não quer ser igual as outras. Isso pode ser também uma punição pelo que aconteceu com você. Se você tivesse se controlado mais ou pedido ajuda antes...

- Nunca saberei. – disse ele emburrado. – Agora só me resta esperar, planejar e tomar um banho gelado, antes que Rony chegue.

- Eles possuem almas de dragões, fênix e outros animais fantásticos, mas continuam sendo humanos, com muitos de seus problemas. – disse Reflex quando Harry saiu do quarto.


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