O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin


Capítulo 18
Ele é um comensal!




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Capítulo 18 – Ele é um comensal!

Harry corre para a Torre da Grifinória atrás da ruiva. Mas ela não se encontra ali.

- Mione, você viu a Gina? Tenho uma coisa pra falar com ela. É urgente. – perguntou para a monitora.

- Desculpa Harry. Mas ela está fazendo a ronda. Acho melhor você esperar aqui. Para quando ela voltar. – disse Hermione pesarosa com a cara que o moreno fez.

- Fazer o que? Vou esperar então. Não quero deixá-la em apuro por minha causa. – disse ele se sentando em um sofá.

Ele ficou pensando em como falar aquilo, nem percebeu os olhares gulosos e invejosos que as meninas davam para ele, principalmente devido a uma marca de batom que ele tinha em seu pescoço.

- Que cara é essa? – perguntou Ly ao sentar ao lado dele.

- Deve ser por causa desta marca de batom. – disse Shade sentando do outro lado. – Ela não era tão boa quanto você esperava?

- Hein.Que marca? – perguntou ele saindo de seus pensamentos.

- Essa aqui no seu pescoço. – disse a filha do Sirius. – vai me dizer que você não sabe como ela foi parar ai.

- Saber eu sei. Eu estava lá quando foi feita. E espero que seja a única... de hoje. – disse ele de forma bem marota. – mas não é isso que esta me preocupando. Tem mais coisas aqui nesta cabeça que mulheres.

- Tem quadribol. – disse Ly tentando fazer o irmão sorrir, sem resultado. – É tão grave assim?

- Sim, muito grave. Pode significar muita coisa. Mas mais uma vez não tenho provas. – disse ele meio derrotado. – se eu mesmo não tivesse visto, ficaria suspeitando que não fosse real.

- Você pode me falar nada? – perguntou Shade tentando aliviar a carga para o moreno.  

- Não. Melhor não. Não quero mais ninguém envolvido nisso. – disse ele deitando a cabeça no colo da ruiva e jogando os pés sobre a morena. – Deixa só eu ficar aqui quieto até ela chegar.

O salão já estava quase vazio quando Gina retornou. Encontrou Harry ainda deitado no colo das meninas parecendo dormir. Ela ficou com vontade de estar no lugar da Lilian para poder ficar passando a mão naquele cabelo espetado.

Mas quando ela ia passando, Harry se levantou e se dirigiu até ela.

- Gina. Preciso falar com você. – disse ele em um tom de urgência.

- Agora não, Harry. Preciso dormir. Amanhã você fala. – disse ela com um bocejo.

- Mas, Gina. E urgente. – tentou ele de novo.

- Amanhã. – disse ela subindo as escadas sem reparar no pescoço dele.

- Saco. – disse ele derrotado.

- Amanhã você fala com ela. – disse Lilian o abraçando por trás.

- Duvido muito. – disse ele se virando para ficar de frente com a irmã sem soltar do abraço. – Duvido.

Shade se juntou no abraço, sem nada dizer.

Harry não conseguiu dormir muito durante aquela noite. Teve vários sonhos envolvendo a ruiva e o aprendiz de comensal. Torturas violentas e mortes dolorosas e lentas povoaram sua noite.

Porém o sonho que mais perturbou o jovem foi um que o comensal não estava envolvido. Estavam apenas ele e Gina na Sala Precisa, ele acordou quando os dois estavam apenas usando as suas roupas intimas, sendo que o resto foi retirado enquanto eles se beijavam.

Tentando respirar com calma ele se levanta, agradecendo a Merlin por nenhuma das meninas ter ido visitá-lo nesta noite. Ele poderia cometer uma loucura caso isso ocorresse. Ele já teve a péssima experiência de ser sonâmbulo quando era mais novo. Chegando a acertar o primo depois de sonhar que lutava como nos filmes que eles assistiram na noite anterior e foi acordado por ele.

Agora ele precisava voar para relaxar e se acalmar para poder falar com a Gina sem essas imagens na sua mente.

O sol ainda não tinha nascido, mas isso pouco importava.

Quem via de longe só podia ver um vulto sobrevoando a floresta e poderia achar que era somente mais um animal que ali habitava.

Voltou até pouco depois do sol surgir e foi tomar um banho para se limpar de toda a noite e de folhas das árvores. Ele tinha feitos vários mergulhos com velocidade entre as copas, para treinar sua agilidade.

Quando ele retornou para o quarto, ninguém tinha acordado ainda. Harry então decide esperar na sala comunal. Aos poucos as pessoas foram acordando e saindo para o café da manhã. As meninas passavam e cumprimentavam o moreno de forma mais calorosa que os meninos, algumas chegavam a abraçá-lo e beijá-lo, não recebendo nenhuma resistência do filhote de maroto.

Mesmo assim ele ainda permanecia com o semblante fechado, pensativo quando estas iam embora.

- Vem Harry, vamos comer. – disse Rony ao ver o amigo sentado em uma poltrona virado para o dormitório feminino. – quem quer que seja a pessoa que você está esperando pode te encontrar no salão.

- Vamos, logo. Tenho que passar na biblioteca para entregar um livro. – disse Hermione puxando o moreno, e dizendo no seu ouvido. – Ela vai atrasar.

- Tá bom, vocês venceram. – disse ele derrotado, sentindo seu estomago reclamar por falta de comida.

- A quanto tempo você não come? – perguntou Lilian.

- Desde o almoço de ontem. Estava muito ocupado para fazer outra coisa. – disse ele sem pensar muito nisso.

- E o que te ocupava tanto assim?- desta vez foi Sara.

- Melhor mudarmos de assunto. – disse Harry. – Não quero falar sobre isso.

Assim foi feito, já que ninguém queria ver o moreno bravo.

O café foi tranqüilo, exceto por uma menina ou outra que cumprimentava Harry, deixando Lilian com raiva destas ‘oferecidas’.

- Mas Lilian, o que tem de errado? – perguntou Rony.

- Ano passado alguma delas deva bola para o Harry, ou foi só depois dele ficar rico? – perguntou a ruiva que também recebia cumprimentos de meninos, principalmente os sangues puros, que estava de olha em sua herança.

- Acho que foi depois dele ficar mais gostoso. – disse Hermione olhando direto para o goleiro.

Rony ficou vermelho e se engasgou com a comida, recebendo fortes tapas do moreno ao seu lado.

- Obrigado Harry. – disse o ruivo olhando feio para Mione. – mas não precisava bater tão forte.

- Precisava sim. – respondeu – quem sabe assim você não come de boca fachada e para de falar asneiras.

- O que tem demais eu achar o Harry gostoso? Não é mentira nenhuma. – disse a monitora.

- Eu concordo. – disse Carol chegando a mesa vermelha. – Mas são poucas que podem fazer isso todo dia.

Harry entendendo o espírito da coisa deu um selinho mais demorado na loira. O que deixou Rony de queixo caído.

- Mas Harry quando será a próxima reunião? – perguntou.

- Vou ver com a Mimi se ela pode amanhã, quero começar logo com isso. – disse Harry.

- Me avisa logo, tenho que arrumar uma desculpa para sumir. Se bem que falar que vou passar a noite com você já é um desculpa muito boa. – disse Carol com uma voz maliciosa.

- Até você? – perguntou ele deprimido batendo a cabeça na mesa. – eu esqueci que esse negócio de segredo não funciona aqui neste castelo, deve ser do mesmo modo que os aparelhos trouxas.

A conversa se desviou depois disso, principalmente depois que Mione saiu par ir a biblioteca. Aos poucos as pessoas foram indo para as aulas ficando apenas os Potter no salão. Foi quando Gina apareceu correndo.

- Gina. Preciso falar com você. – disse o moreno.

- Agora não Harry. Acordei tarde, tive uns probleminhas femininos para resolver e estou morrendo de fome, além de estar atrasada para a aula do Snape, depois a gente se fala. – disse ela dando um selinho nele, e pegando algumas torradas e correndo para as masmorras.

- De novo não. – disse o maroto irritado.

- Vamos, Pontas. Senão chegamos tarde para a aula da Mimi. –disse Ly. –depois você fala para ela, ela vai te ouvir.

- Esse é o problema, quanto mais tempo passar mais difícil ser para ela acreditar em mim. Mas de hoje isso não passa, nem que eu tenha quebras todas as regras existentes. – disse agora com raiva.

Aproveitando que o salão estava vazio ele aparata com as duas meninas para a porta da sala de transfiguração.

- Se tivéssemos marcado, não teríamos conseguido isso, Sr. Potter. – disse a professora. – Pontualidade assim nem seu pai.

- Não poderia perder essa aula por nada. – disse o menino fingindo estar feliz.

A aula transcorreu normalmente, apesar de Harry estar meio desligado. Quando a professora dispensou todos, Harry foi até a frente para falar com ela, acompanhado dos amigos.

- Fessora, que tal visitarmos um zoológico amanhã? – perguntou o moreno de forma marota.

- Zoológico, que isso? – perguntou Rony. – Achei que teríamos reunião da AD.

- Claro. Vou tentar antecipar um pouco as coisas, para não ficar entediantes. – disse a professora ignorando o ruivo. – na mesma hora?

-Sim. Claro. – disse o moreno.

- Você só me faz passara vergonha, Rony. Zoológico é onde os trouxas expõem animais que normalmente não veriam. Um dia te levo em um. – disse Mione depois de sair da sala da professora.

O grupo foi então para as masmorras, mas não passaram pela turma do quinto ano, para infelicidade de Harry. Foram logo se sentando nos lugares de sempre.

Poucos minutos depois entra na sala Snape, já começando a aula.

- Hoje nós iremos estudar a poção Capital, alguém seria capaz de falar o que seria esta poção?

Somente Hermione e Lilian ergueram as mãos, Harry teria levantado se não estivesse preocupado com Gina.

O Professor analisou as duas para decidir quem iria responder, decidir por nenhuma delas.

- Como todos vocês deviam estudar para minha aula, vou perguntar aleatoriamente. Sr. Potter, qual o efeito desta poção em um humano?

- Esta poção inibe a resistência de uma pessoa para os chamados Sete Pecados Capitais, ou seja, uma pessoa fica mais propensa a um deles, normalmente o que ele mais reprime. Uma pessoa rica, que quer sempre mais, mas que nunca recorre a atos violentos acabaria por ser tomado pela IRA. Ela pode ser potencializada com outra poção, mas os efeitos são inimagináveis.

- Muito bem, Sr. Potter. Apesar de não prestar atenção a minha aula, você se preparou bem. Agora quero que vocês todos prestem bastante atenção no que vão fazer, pois esta poção é muito instável no começo e pode explodir. Nada muito forte não, mas resultará em um zero.

Todos começaram a preparar a poção, felizmente apenas um caldeirão explodiu, de um sonserino que não leu direito uma das instruções e colocou ingredientes na ordem errada.

Um dos passos era mexer por cinco minutos para o sentido anti-horário, para ficar transparente. Harry mexeu uma vez horário e uma vez anti-horário, e a poção perdeu a cor em trinta segundos. Mas o menino não prestou atenção nisso, pois se lembro da poção mata cão e estava vendo se possuía os ingredientes necessários. Depois despejou metade das pernas de besouro indicada mexeu e adicionou a outra metade, sendo que segundo as instruções era para ser tudo de uma vez.

- Harry você esta fazendo tudo errado. – disse baixinho Mione para o garoto.

- Hein? Não Mione. Tá certo. – disse ele lendo o livro. – aqui diz que depois dos besouros sai uma fumaça azulada. Olha é o que está saindo.

- Mas todos ainda estão dois passos atrás e você nem esta prestando atenção no que faz, mexe para qualquer lado e em nenhum momento alterou o fogo para cozinhar direito.

- Foi porque não era necessário. – disse ele. – de alguma forma o fogo se comportou como devia.

- Não vou discutir com você agora. O Snape vai olhar e te dar um zero, de novo. – disse a morena desistindo dele.

O último passo era deixar cozinhar em fogo alto a poção ainda transparente até ela ficar colorida, mas translucida, dependendo a cor do preparador. Harry reparou que quando parou de mexer seu fogo aumentou sem que ele se mexesse. E em poucos minutos a poção ficou vermelha e o fogo se extinguiu sozinho.

Ele que já tinha terminado o inventario para a poção para o tio, começou a prestar atenção nos amigos. Rony parecia estar com dificuldades, mas tinha conseguido algum progresso. Mione estava satisfeita adicionando seus besouros, assim como Shade que ainda tinha dúvidas se ia dar certo. Ly já estava preparando para deixar cozinhar, e assim como o moreno nem se mexeu e o fogo aumentou para o nível correto. Intrigado ele ia pesquisar isso depois.

Quando Snape percebeu que a maioria da turma terminou pediu que todos colocassem uma amostra na sua mesa. Harry que já estava pronto foi o primeiro a colocar seu frasco na mesa. E ficou novamente preocupado com os ingredientes que ele não possuía.

- Vejo que o Sr. Potter ficará sem nota. Já que é o único que ainda não entregou sua poção.

Harry ficou com raiva disso, mas para não deixar o Professor achar que ganhou pegou mais uma amostra de seu caldeirão, que ainda não tinha limpado.

- Não, ‘senhor’- disse ele deixando todo o veneno sair na última palavra. – tenho outra amostra para você.

O Professor ficou intrigado com isso, outra amostra, ele tinha certeza que o filhote de Maroto não tinha entregado nenhuma. Isso podia ser perigoso, já que a poção dele parecia ser a melhor de todas ali. Ele tinha que avisar ao diretor. O menino estava parecendo a mãe, não se importando muito com as regras para preparar as poções, usando um pouco de ousadia e intuição nelas.

No almoço Harry ficou esperando Gina, no intuito de falar com ela, mesmo que fosse no meio de todos. Mas para sua decepção, a ruiva chegou acompanhada do Rosier. Ele não iria falar nada na frente do menino, já que isso somente favoreceria o sonserino, que poderia inventar uma desculpa antes que ela aceitasse a verdade. Ele então parou de comer para ficar longe do comensal, senão poderia azará-lo sem dó nem piedade na frente dos professores.

- Harry, você não tinha nada para me falar não. – disse Gina ao ver o moreno se levantar com pressa.

- De noite, na torre. – disse ele saindo sem antes deixar de olhar feio para o sonserino. Lilian e Sara acompanharam o irmão para fora do salão.

Assim que terminou Hermione arrastou Rony para fora dali também, ela acreditava que o ruivo ia tentar atrapalhar a irmã, principalmente depois do que Harry tinha feito.

- Isso que acontece quando as pessoas me julgam. – Disse Alex mais para si mesmo que para a ruiva. – Infelizmente andaram espalhando que eu sou um comensal. As pessoas preferem acreditar nisso que me perguntarem se e verdade.

- Meus amigos nunca fariam isso. – disse Gina.

- Então, por que o Potter saiu daquele jeito?

- Não sei, mas vou descobrir isso. Eu prometo. – disse a ruiva abrindo um grande sorriso para ele.

Alex saiu dali com o sentimento de dever cumprido. Caso alguém o acusasse ela não acreditaria e ficaria do seu lado. ‘Menina Estúpida’ pensou.

- Harry, para onde você está indo? – perguntou Shade pouco depois de cruzar a porta do salão principal.

- Para a cozinha. Ali eu não conseguiria ficar. – disse ele simplesmente.

As duas se entreolharam e acharam melhor não perguntar o porquê, principalmente por saberem que tinha algo a ver com a ruiva e o seu acompanhante. Seguiram o menino até a cozinha, pois também não tinham terminado de comer.

- Pontas. O que você vai fazer essa tarde. Temos tempo livre depois da aula de Herbologia. – perguntou Ly querendo animar o moreno.

- Vou às compras. – ele não estava querendo falar muito para não descontar em quem não deve. Primeiro a ruiva o ignora, depois o Snape some com sua poção só para que ele tirasse zero e agora o maldito comensal tinha que comer na mesa deles. Era demais para ele.

- O que quer comprar? – perguntou a ruiva se servindo de algo que Dobby a oferecia.

- Alguns itens para fazer uma poção. Prefiro ir para o Beco que comprar aqui em Hogsmeade, pois aqui tenho certeza que tem gente de olho, e o Boticário lá tem mais variedade e produtos mais frescos. – disse ele.

- Que poção? – perguntou Lilian curiosa pelo irmão quer fazer um poção que não era para aula.

- Gente quem? Ou melhor, de que lado? – perguntou Sara ao mesmo tempo.

- Uma para o tio Remo, para ele usar quando se transforma, tenho alguns ingredientes, mas preciso melhor o estoque delas, outras nós não usamos normalmente nas poções e somente o Seboso tem. – disse ele olhando para Lilian e se virando para Sara. – De todos. Comensais, pessoal do Ministério e da Ordem.

- Podemos ir? – perguntaram as duas ao mesmo tempo.

- Mais é claro. Se não quisesse que fosse não tinha falado nada, simplesmente sumia. – disse ele abrindo o primeiro sorriso sincero do dia.

- Oba. – disseram as duas e começaram a pular que nem crianças.

- Mas antes temos aula. – disse puxando as duas para a realidade. – se vocês se comportarem bem eu pago um sorvete para vocês.

- Sim, Papai. – disse Shade.

- Você vai me pagar caro por isso. – disse ele com um brilho estranho nos olhos. - muito caro.  

- Fiquei com medo por você. – disse Ly.

- Você, não vai ser muito malvado, né? – perguntou Shade com carinha de cachorro molhado.

- Essa carinha não vai adiantar nada. – disse ele gargalhando. – Mas deixa isso para hora certa. Winky.

- Sim menino Harry. – disse a elfa com uma reverência.

- Quero que você prepare uma sala no sétimo andar para que possamos fazer uma poção. Não posso usar a Sala precisa, para isso. Quero que enfeitice para que somente eu, Ly, Shade e Mione possamos entrar, alem de você, é claro.

- Sim, menino Harry. Se quiser Winky pode ajudar. Winky sabe fazer poções.

- Obrigado Winky, se precisar eu te chamo. Depois você me fala que sala você preparou.

A elfa saiu imediatamente para atender a ordem de seu mestre.

Os três voltaram do beco com um enorme sorvete nas mãos assim como sacolas de diversas coisas alem dos ingredientes. Tinham passado na loja dos gêmeos e levaram algumas novidades, algumas para divulgação entre os alunos.

O item mais importante na verdade era um livro que Harry tinha recolhido no banco sobre Fogo, para poder entender o que aconteceu com ele e Lilian na aula do Ranhoso.

Depois de iniciarem a preparação da poção e deixarem cozinhar por dois dias, eles foram para a torre. Harry esperava encontrar com Gina para eliminar mais esse problema.

Mais uma vez as obrigações da monitoria atrasaram a menina. Sendo assim Harry decidiu falar com Mione, enquanto as meninas iam guardar as coisas no quarto.

- Está interessante esse Livro de Runas. – disse ele para a morena.

- Mas ele é de Transfiguração. – disse ela levantando para que o amigo pudesse ver a capa.

- Ah. Acho que foi por estar de cabeça para baixo que me confundiu. Sabia que alguns feitiços em Runas lidos de cabeça para baixo tem efeito diferentes.  – disse ele com um tom bem parecido com o dela quando explicava algo. – O Pasquim também é cultura.

- Me distrai. – disse ela corando.

- E sua distração está jogando xadrez de bruxo com Neville.

- Isso mesmo. – disse ela antes de perceber que caiu em uma armadilha do moreno. – Não, quer dizer, não enche Harry.

- Eu sempre soube que você era apaixonada por ele. Não adianta negar. – disse o maroto.

- Ta bom. Eu sou apaixonada pelo Rony, está satisfeito?

- Muito. Mas por que você não fala com ele?

- Acho que ele não gosta de mim. – disse ele baixinho, com medo de ser verdade.

- Victor Krum te lembra algo. – disse ele. – ele morre de ciúmes de vocês dois. Mas se você quiser, eu posso ir lá perguntar para ele.

- Não faz isso. – suplicou ele. – ele pode pensar que fui eu quem mandou.

- Tá bom. Mais eu vou ajudar vocês dois.  – disse ele se levantando rapidamente e indo em direção ao amigo antes que a morena o impedisse. E baixinho para que somente o ruivo ouvisse, ele falou.

- Rony, estão querendo que nós dois façamos um treino de quadribol sem camisa.

Rony ficou completamente vermelho e olhou para Mione, que olhou para Harry com uma cara raivosa quando o ruivo desfiou o olhar dela.

Harry soltou uma gargalhada, deixando claro para o quase casal que estava brincado com os dois.

Neste instante Gina entra no salão e ao ver o moreno ir à sua direção fala:

-Não, Harry agora não. Acabei de andar metade do castelo atrás dos professores depois de encontrar uma poção estranha em um dos banheiros do terceiro andar, que acabou espirando em mim. Estou fedendo a essa coisa. – ‘estou fedendo igual a você’ pensou ela. – Preciso de um banho para me livrar disso.

- Estranho. – disse Harry baixo sem esperar que alguém escutasse. – Ela continua com o mesmo cheiro.

- Não, eu senti cheiro de Dragões. – disse Sara ao seu lado.

-Mas como eu disse, de hoje não passa. Ela vai me ouvir nem que eu tenha que amarrá-la na cama. – disse indo em direção ao seu quarto, e quando ficou sozinho nele aparata para a cama da ruiva e enfeitiça as cortinas da cama dela para evitar que alguém os ouvisse e as fechou.

A ruiva estava muito cansada e decidiu que conversaria com Harry na manhã seguinte. Saiu do banho enrolada na toalha, e escolheu uma camisa do time da Grifinória para dormir, percebe-se que era masculino, já que ficou muito grande para o corpo da menina. A vestiu depois de colocar uma calcinha. E foi para cama, achando meio estranho que as cortinas estivessem fechadas. Ela se assustou quando viu o moreno na sua cama.

- Quer me matar de susto? O que você faz aqui? Não podia me esperar lá em baixo? – disparou a perguntar a ruiva.

- Preciso conversar com você. E pelo que parece você não ia descer mais hoje. – disse ele dando uma secada nas coxas da menina que estava a mostra e na camisa provavelmente de Carlinhos já que era o número que os apanhadores usavam.

Instintivamente ela se cobre, ela ainda tinha muita vergonha do rapaz.

- Pode falar.

- Sei que o que eu vou falar pode parecer mentira, mas não é. Eu escutei dois sonserinos conversando e eles disseram que estavam tentando se aproximar de mim através de meus amigos. Eles eram Draco Malfoy e Alex Rosier. Ele é um comensal, Gina. – disse ele diretamente.

- Mentira. Ele não é um comensal, ele me disse isso ainda hoje. Ele está sofrendo pelo preconceito das pessoas por causa do pai. Isso tudo é boato. Mentira. – começou a negar a menina.

- Infelizmente, não é. Eu ouvi ele discutindo com o Malfoy. Ele disse que esta se aproximando de você para me espiar, assim como o Malfoy está tentando dar em cima da Ly. – disse ele um pouco magoado por ela não acreditar nele.

- Para com isso, Harry. Você está parecendo meus irmãos, ciumento como eles. Não podem me ver com um amigo que querem logo destruir isso. – disse ela com lagrimas nos olhos. – Só por que eu tenho amizade na Sonserina você fica assim.

- Não é nada disso. Eu não sou seu IRMÃO. Mas, mesmo assim, quero o seu bem. – disse ele.

- Mas para mim você parece um deles. – disse a ruiva com raiva.

Isso destruiu o coração do moreno. Ela o via como um irmão. Ele parou de discutir, retirou os feitiços da cortina e aparatou para a torre mais alta do castelo. Onde ficou a noite inteira.

Gina não entendeu o porquê dele parar de discutir assim tão rápido, ele não era assim.

Na manhã seguinte ela acorda ainda preocupada com Harry. Ela disse muita coisa que não devia, mas a raiva de vê-lo atacando um amigo foi demais para ela.

Agora ela estava com a cabeça mais fria e poderia conversar com o moreno direito. Arrumou-se e foi esperá-lo na sala comunal. Quando Rony apareceu sozinho, ela foi em direção do irmão. 

- Rony o Harry vai demorar?

- Deve. Ele nem dormiu aqui. – disse ele com um toque de preocupação na voz.

- Vamos comer. Depois procuramos ele. – disse Mione chegando perto deles. – A Lilian deve ‘saber’ onde ele está. Você pode perguntar para ela, as duas já desceram.

Nem foi preciso falar com a ruiva. Quando chegaram ao salão principal logo avistaram o moreno. Ele estava sentado na mesa da Sonserina cercado de garotas, principalmente do sétimo e do quinto anos. Conversavam e riam como se fossem velhos amigos.

- Acho que ele não vai quer falar com você agora não, maninha. – disse Rony para encher o saco da irmã.

 -Rony não enche. Eu não acredito que ele pode fazer uma coisa dessas. – disse a ruiva se sentando na mesa ficando de frente para Harry. – Ontem ele acusa o Alex de ser um comensal e estar se aproximando de mim, só pra espionar e agora está no meio das cobras.

- Assanhadas. – disse Lilian.

- Oferecidas. – Disse Sara.

- Vagabundas. – disse Carol que estava ali perto e escutou tudo.

- Interesseiras. – disse Mione.

Rony virou os olhos, mulher quando se juntam para xingar outras mulheres é triste. Ele fez o que podia começou a comer enquanto o quinteto destilava o veneno naquelas cobras antes de retornar ao assunto principal, a acusação do Harry.

- Eu acho que Harry deve ter algum motivo para falar isso. – disse Rony quando achou seguro falar.

- Não, ele ta agindo como vocês Weasley agem. Como um bando de ruivos ciumentos. – disse a ruiva com raiva.

- Mas Gina, Ele tem razão. Por que ele daria uma lição de moral n’a gente e depois fazer isso com você. Ele ficou mais de um dia tentando te falar isso. Dava para ver que ele estava arrasado.  – disse Mione.

- Nada disso, Mi. Eu falei para ele que eu podia ter um amigo na Sonserina e ele quer provar que eu estava errada. Maldito Sangue Maroto.

- Isso que dá desafiar um Potter. – disse Lilian só para constar.

Harry passou o dia sozinho. Todos estão com raiva dele, por causa da acusação sem provas depois do que ele falou. Sentou sozinho durante as aulas, mas isso foi bom para ele poder planejar melhor seus próximos passos com relação a AD.

No jantar ele se sentou na mesa vermelha e comeu com pressa, para poder dar uma olhada na poção mata cão  quando todos ainda estavam no salão.

- Que pressa é essa, Potter. Tem um encontro agora é? – perguntou Gina, agora com raiva dos boatos que ela escutou envolvendo o moreno e ausência de roupas.

Ele olhou para a ruiva com um olhar magoado que chegou a ferir ela também.

- Não, tenho que ver a poção que estou fazendo para o meu ‘tio’, antes da nossa reunião.

- Que reunião? – perguntou ela.

- Ninguém te contou não? Da AD. – disse ele olhando para ela espantado.

- Acho que a Luna também não tá sabendo. – disse Carol que mais uma vez estava conversando com as meninas, assim seria mais fácil sumir de vista.

Harry pegou dois pergaminhos e escreveu uma nota para Luna falando da reunião e outra para o Remo falando da poção. Depois dobrou como aviõezinhos, lançou um feitiço neles e jogou para cima.

Algumas pessoas acompanharam o gesto do moreno, e ficaram tentando adivinhar para quem iam, porém quando os aviõezinhos se separaram e começaram a cair eles se multiplicaram e foram em inúmeras direções. Alguns chegaram a pousar na mesa em frente a algumas pessoas, mas quando encostavam neles os papeis sumiam. Ninguém conseguiu saber para quem eram, já que os verdadeiros pousaram no colo dos destinatários, sem que ninguém percebesse.

Harry saiu logo sem ficar para ver as reações das pessoas. Assim não viu que ganhou para sua casa vinte pontos pela belíssima demonstração de magia e diversão, dados pelo diretor.

A poção estava do jeito que tinha que estar. Menos mau, assim ele não envenenava o tio. E partiu para a Sala Precisa para preparar tudo por lá. Ele fez surgir um salão grande e com algumas almofadas em um canto para que eles pudessem descansar, e uma mesa para comida. Chamou seus elfos e pediu para colocar alguma comida e bebida ali, ele sabia que a animagia era desgastante fisicamente.

Ele ficou esperando pelos outros lendo o livro do Fogo. Como da outra vez, chegaram todos juntos, inclusive a professora, que foi logo perguntando uma coisa para ele.

- Ano passado, AD significava Armada de Dumbledore. Por que esse ano é diferente?

- Porque ano passado era por isso que lutávamos, Por Dumbledore. E um exército era o que o ministério temia. Este ano perdeu a finalidade em ambos os casos.

- Acho que isso continua sendo uma armada. Estes são os mais poderosos bruxos do castelo. Devo parabenizar você por ter a sorte de estarem todos ao seu lado.

- Acho que você esta certíssima. – disse ele se virando para a placa com o nome e modificando-a. Agora se lia Armada de Defesa. – Armada é melhor que associação.

Gina sentiu um arrepio passar por ela, ele preferia seu nome ao da Cho, o problema era o diretor então. Mas como Minerva não sabia bem a historia da criação da AD, ela começou a falar:

- Acho melhor não perdermos tempo. Não vou ficar falando da teoria para vocês. Se isso tem que ser feito de forma ilegal e rápida, não precisamos dessa parte. Principalmente que parte dela nós já estudamos no terceiro ano.

- Existem algumas formas diferentes de iniciar a transformação. Como o uso de poções e feitiços reveladores. Mas eles costumam ser lentos e acabam desestimulando quem tenta. Estes geralmente são os métodos que o ministério permite que as pessoas tenham acesso. Acredito que tenha sido assim que os marotos tenham conseguido isso. Vou usar um método mais rápido, mas mais desgastante e com algumas inconveniências.

- Quem são os marotos? – Perguntou Neville.

 - ‘Os Marotos’ era um grupo alunos que tínhamos na escola há alguns anos, era o grupo de baderneiros da época, não muito diferente do trio ali. – disse Minerva apontando par Harry, Mione e Rony. – Mas eles não estavam tentando lutar contra um bruxo das trevas, eles simplesmente se divertiam. Uma destas diversões foi se tornar animagos. O que devo dizer foi um feito muito grande para qualquer aluno. Poucos os que conseguiriam fazer isso sem supervisão. Eu acredito que vocês conseguiriam isso, mas o Pontas queria que fosse rápido, me chamou.

- Mas como vocês conhecem os Marotos? – perguntou Luna.

- Eles eram Tiago Potter, Sirius Black, Remo Lupin e Pedro Pettigrew. – disse a professora, sabendo que Harry não conseguira. – Sendo assim os pais deste trio, alem do professor de vocês.

- Mas assim estamos desviando a aula. Eu sei de um feitiço que acelera a transformação, demorará algumas reuniões para que consigam atingir seus objetivos. Pequenas mudanças ocorrerão em vocês neste período, enquanto estiverem sobre o feitiço e só conseguiram se transformar sem o feitiço quando a transformação estiver terminada. Por isso sempre será necessária a minha presença. Já que ninguém consegue se enfeitiçar. Pontas, você me ajuda a enfeitiçá-los?

- Claro Mimi. Primeiro você, assim aprendo o feitiço.  

Ela fez um circulo perfeito com a varinha e lanço o feitiço Animalia em Hermione, que tinha se oferecido para ser a primeira a receber o feitiço. Depois ela enfeitiçou Neville, Luna, Carol e Rony. Enquanto Harry enfeitiçava Gina, Sara e Lilian.

Harry percebeu que para Lilian foi necessário muito mais energia que para as outras duas e mesmo elas pareceu que foi necessária mais energia que a professora utilizou para os outros.

- Sua vez. – disse a professora. E lançou o feitiço nele.

A professora sabia que a primeiras mudanças ocorreriam em um nível mais interno, demorando para demonstrar algo externamente, e a primeira coisa a ser vista seria aura na forma do animal que eles se tornariam. Ela percebeu que foi sabia a decisão de permitir que Harry lançasse o feitiço nas meninas, já que o poder delas era muito grande e ela quase esgotou sua energia no moreno.

Ela estava sentada em uma cadeira perto da mesa, repondo suas energias com um pouco de chocolate. E observava os alunos, que apesar de não terem entrado em transe, estavam concentrados neles mesmo esperando suas modificações. Com exceção obvia de Harry que estava afastado de todos analisando cada um.

Pouco mais de meia hora depois, a professora começou a ver uma aura vermelha saindo do moreno e se expandindo rapidamente, pouco depois uma aura começou a circundar Lilian, vermelha como do irmão, sendo seguida por uma aura negra em Sara.

Surpresa, ela analisou a aura da Shade tomar a forma de um grande quadrúpede, mas não conseguiu perceber de que se tratava, mas parecia ser de um canídeo, um cachorro ou lobo. Mas as auras de Harry e Ly não tomaram forma definida, mas pareciam mudar constantemente de uma para outra não dando tempo dela identificar. A de Lilian hora parecia ser um grande pássaro, com constantes mudanças na forma da cabeça e do corpo, hora parecia ser um grande felino.  Já a de Harry mudava de uma forma muito grande alada, para duas formas quadrúpedes, sendo que uma parecia ser também um grande felino.

Sim o poder deles era tão grande que já tinham conseguido incorporar seus animais a sua magia, refletindo na aura.

Ninguém mais parecia ter notado mais nada, mas o tempo foi passando e o fim da reunião estava para acontecer. Como ela ainda precisaria de energia para finalizar o encantamento em Harry ela decide começar pelos monitores do sexto ano.

Quando os três se preparam para lançar o feitiço em Harry, este começa a demonstrar mudanças em seu corpo assim como Lilian.

Garras começaram a surgir nas mãos de Harry e sua pele começou a mudar de cor, mas esta não pode ser definida pela aura que ainda o circundava. Da mesma forma que a pele de Ly, que também teve uma mudança em sua cabeça. Impressionada, Minerva acelera a retirada do feitiço. E rapidamente retira o feitiço de Lilian sem ajuda. Caindo quase sem forças no chão.

- Mimi. – disse Harry chegando perto dela. – O que aconteceu?

- Usei muita magia. – disse ela. – Liberte os outros.

 Assim ele o fez, mais com apenas um feitiço ele libertou todos os outros. E depois ajeitou a professora na cama que surgiu ao lado deles.

- A quantidade de magia necessária para esse feitiço depende do nível de magia do receptor. Como seu nível é alto, Harry gastei quase tudo e foi ainda mais difícil te tirar dele, tendo usado Rony e Hermione para isso, mesmo assim não agüentei e tive um principio de esgotamento mágico. Nada que uma boa comida e uma noite de sono não resolva.

- Se você gastou tanta energia comigo, acho melhor usar outro método. – disse o moreno preocupado.

- Não. Foi desgastante porque foi a primeira vez. As próximas serão mais fáceis, tanto para mim quanto para você. – disse Minerva.

- E cara, você estava até conseguindo se transformar. – disse Rony impressionado.

- Estão todos dispensados por hoje, mas gostaria de conversar em particular com os três Potter. – disse a professora.

Quando os amigos saíram dizendo que esperariam na torre, exceto as duas corvinais que os veriam de manhã, a professora voltou a falar.

- Vocês três estão muito adiantados com relação a essa magia. Eu pude ver as auras que circundavam vocês. Sara acho que será como o seu pai, um belo canídeo, mas você dois parecem ter uma coisa rara, mais de uma forma animaga. Três para ser mais exata. Não consegui identificar o que eram, mas gostaria de informar que uma de cada um é parecida, um grande felino. – disse ela. – e é essa forma que quero que vocês tentem alcançar quando estiver na presença dos outros, as outras tentaremos em outros horários. Pode ser frustrante para os outros se souberem disso. Somente nós saberemos disso.

Ela estava quase dormindo.

- Eu te levarei para seu quarto e pedirei para Dobby levar alguma comida. – disse ele carregando a professora nos braços. – vocês podem voltar eu esperarei na porta do salão.

Quando Harry voltou para a torre o clima não era dos melhores, parece que apenas as suas irmãs estavam de bem com ele, até mesmo Nathy estava com cara feia para ele, provavelmente se lembraram da briga que ele teve com a caçula Weasley. Decidiu não forçar nada, como sempre no fim as pessoas veriam que ele dizia a verdade.

Gina saia de sua aula de astronomia e como seu parceiro na monitoria tinha sofrido um acidente na aula de feitiços, ela novamente estava seguindo para sua ronda. Mione tinha falado com ela que a McGonagall fazia as escalas da monitoria de forma que não coincidissem com as reuniões da AD e todos tivessem noites livres, mas esta ela perderia.

Em um corredor do quarto andar ela percebeu que tinha um casal em situação não condizente com o local.  Ela tinha esperanças que não fosse Harry com mais uma piranha. Pelos boatos que tinha ouvido metade das meninas do castelo já tinham passado nas mãos do moreno nesta semana, ela não acreditava em todos, apesar de saber que o menino agora tinha se tornado um verdadeiro maroto, o que não quer dizer que tenha mudado tanto.

- Mas, você não estava com a Weasley? – perguntou a menina que parecia ser da Sonserina.

- Não eu nunca estive com a Weasley. – disse Alex.  Por um momento Gina ficou aliviada por não ser Harry, mas decidiu escutar o que estavam dizendo. – Aliás, eu nunca ia ficar com aquela pobretona se eu tivesse escolha.

- O que quer dizer com isso? – perguntou a menina.

- Eu estou em missão aqui na escola. Tenho que me aproximar da bobinha pra ficar perto do Potter. Ela é tão tola, que nem percebeu, eu até falei para ela que estava sendo perseguido por causa do meu pai. E ela acreditou que eu não sou um comensal.

Gina nem viu o tapa que o menino recebeu da menina. Ela se virou para correr e bateu em algo, sem pensar ela abraçou aquele em quem bateu.

Harry estava mexendo em seu malão quando encontrou a bola de cristal que tinha ganhado de Hermione de aniversário. Sem pensar disse o nome de Gina e a viu, parada olhando para Rosier que estava conversando com uma sonserina. Então aparatou as costas dela para ver qual seria sua reação.

Quando o sonserino falou que estava enganando Gina e que realmente era um comensal, sua vontade era quebrar a cara dele. Mas como a ruiva se virou e se chocou com ele, abraçando-o, ele resolveu que tinha que cuidar dela antes.

Com a menina nos braços, ele aparata para dentro da Sala Precisa, e assim viu a magia da sala agindo. Onde não existia nada começou a aparecer uma lareira, uma cama e quando o quarto finalmente ficou pronto uma porta apareceu.

Ele pegou Gina no colo e a colocou na cama, se afastando um pouco.

- Não me deixe, Harry. – disse a menina em um sussurro.

- Eu só ia trancar a porta, mas posso fazer daqui mesmo. – disse ele sacando a varinha e trancando a porta com magia e deitando ao lado da ruiva.

Harry ficou ali abraçado com Gina até que ela parasse de chorar, que quando ocorreu ela disse:

- Desculpa. – e adormeceu.

Harry dormiu um pouco depois.


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