O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin


Capítulo 19
Luxúria




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Capítulo 19 – Luxúria  

Harry acordou ainda abraçado a Gina, na manhã seguinte. Olhou para ela e achou que não devia acordá-la, ela parecia tão serena e despreocupada dormindo. Porém era necessário, eles tinham aula daqui a pouco.

- Gina. Acorde. – disse ele suavemente. – Gi. Temos aula daqui a pouco.

Nada ela nem se mexia. Harry viu que precisaria apelar. Usaria um truque que usa com Rony.

- Sr Wesley eu posso explicar. Não é nada disso que você está pensando. – disse ele em um tom como se desculpasse.

-PAI!!!! Não é nada disso mesmo. – disse a menina dando um pulo na cama.

Ela se virou com a cara fechada para Harry quando percebeu que ainda só estavam os dois ali e que o moreno estava segurando um riso.

- Não teve graça nenhuma, Sr Potter. – disse a menina dando soquinhos no peito dele.  

- Ah, teve. Não tanta como tem com o Rony, mas teve. Ele nem consegue articular uma frase por pelo menos um minuto. Até lá eu já estou do lado da Mione.

- Eu só te perdôo se da próxima vez que fizer isso com ele, você me chamar antes. – disse a menina com cara pidona. E se lembrando do por que estava ali falou. – Eu preciso me desculpar com você. Não me interrompa, por favor. Eu desta vez não confiei em você. Acreditei que você tinha ouvido apenas o boato. Ele tinha me falado que não era comensal, achei que você só fez isso para destruir a minha amizade com ele. Te conheço a tantos anos que devia saber que você não faria isso.

- Eu sei que você tenta ver as pessoas com outros olhos. Veja a Luna. Se não fosse você, não a conheceríamos. Só tem que tomar cuidado para não se machucar. Esse é um dos motivos pelo qual tantas pessoas gostam de você. – disse ele dando um beijo na testa da ruiva. – Vamos temos aula, e temos que tomar café.

Os dois aparataram perto da entrada da torre e correram para seus dormitórios. Harry tomou um banho rápido e trocou de roupa. E desceu para esperar a ruiva, seria mais rápido se aparatassem.

- Ainda não desceu? – perguntou Gina ao ver o moreno ali na sala comunal.

- Estava esperando você. Achei que poderia quer uma carona. – disse ele oferecendo o braço.

Novamente aparataram perto do destino, para que ninguém visse. Entraram normalmente no salão, mas já tinham soltado os braços.

 Rony assim que viu Harry foi logo perguntando.

- Com quem você passou a noite? – seu tom era bem malicioso.

- Agora é assim, eu sumo e vocês logo pensam que estou com alguma mulher. Só por que eu fiquei com duas, esse povo já aumenta tudo, tem algumas que falam que ficaram comigo que eu nem sei quem são. Não devia, mas vou explicar para pararem de pensar bobagem. Precisei resolver uns problemas ontem e acabei passando a noite na Sala Precisa. – disse ele em um tom que não aceitaria comentários, o que Gina agradeceu.

- Vejo que vocês resolveram a briga. – disse Mione ao ver os dois sentados juntos, bem mais próximos que de costume.

- Sim. Acabei constatando que o Harry tinha razão. Rosier é um comensal. – disse a ruiva. – eu o ouvi confessando.

 - Deixem seus comentários para depois, Dumbledore que está quereno falar. – disse Harry.

Todos olham para o diretor que começa a andar.

- Como você sabia? – Perguntou Shade.

- Ele deixa sua energia livre pra chamar atenção de todos quando quer falar. Ou a direciona para apenas um quando quer falar somente com esta pessoa. – respondeu o moreno.

- Eu percebi isso, mas não me liguei. – disse Ly.

- Desculpe interromper o café de vocês. Mas acho que a notícia que tenho será agradável para todos. Durante algum tempo fiquei recebendo mensagem elogiando o Baile de Inverno que ocorreu há dois anos. E alguns pedindo que ele fosse realizado novamente. Percebi que era uma boa idéia, mas decidi alterar um pouco as coisas. E ao invés de termos um Baile no Natal, que é quando muitos de vocês podem ver sua família, decidi que seria melhor no Halloween. E como manda o figurino do Dia das Bruxas, será um baile à fantasia. Com uma única regra. Todos terão que estar de máscaras. Essa é uma forma de aproximarmos as pessoas sem a barreira das casas, portanto não será necessário irem com pares, desta vez. Todos os alunos poderão participar, mas infelizmente os alunos abaixo do terceiro ano só poderão comprar suas fantasias por correio coruja, enquanto o restante terá a oportunidade de irem para Hogsmeade. Acho que é só isso, tenham um bom dia.

O salão explodiu em comentários. Todos já pensando na sua fantasia, imaginado o que algumas pessoas iam vestir. Até mesmo Mione, Sara, Lilian e Gina saíram imediatamente do salão tentando imaginar uma fantasia para cada uma. Deixando assim Harry e Rony sozinho na mesa.

- E aí Rony, vai convidar a Mione para o Baile? – perguntou o moreno.

- Acho que não, você mesmo ouviu que não era necessário pares.

- Sim ouvi. E acho que por isso mesmo você deve convidá-la. Quem sabe assim vocês se acertam.

- Quem disse que quero me acertar com ela? – perguntou o ruivo vermelho.

- Uai, se não quer, por que corou? – devolveu Harry.

- Será que ela aceitaria?

- Se você perguntar direito e rápido. Tenho certeza que sim.

- Assim que encontrarmos com ela, eu pergunto.

- Se você não o fizer eu faço por você. – afirmou o moreno.

E assim foram para as estufas, onde seria a próxima aula. Chegando perto das garotas, Rony travou. Harry não ia perder a oportunidade de encher a paciência do amigo e foi logo se aproximando de Mione a abraçando pelo ombro, mas sem perder o ruivo de visão e não deixando a morena percebê-lo.

- Mi, preciso muito te perguntar uma coisa. – Rony estava quase batendo no amigo. – Estava lendo um livro e vi um símbolo rúnico. Você poderia me traduzir depois.

- Claro Harry. – disse ela satisfeita que o amigo passou a ler mais.

- Meninas, vamos. – disse ele puxando para as irmãs para longe. Ele sabia que seria mais fácil para os amigos ficarem sozinhos.

Rony se aproxima de uma Mione meio confusa pela súbita saída dos trigêmeos.

- Mione, queria saber uma coisa. E bem... você gostaria de ir comigo ao baile? Tipo, como meu par?

- Sim. – disse a menina surpresa e muito feliz. – Adoraria.

Rony que estava corado desde que chegou abriu um enorme sorriso.

- Harry. Estávamos conversando com a Mione. – disse Ly revoltada com a atitude do irmão.

- Não reclama. Foi para um bem maior. E terão um assunto melhor para discutir. – disse ele.

- Odeio quando você fica misterioso assim. – reclamou Shade.

- Eu só puxei vocês duas para longe para que Rony convidasse Mione para o baile.

- Como você conseguiu convencê-lo a fazer isso? – perguntou Ly.

- Ameacei fazer eu mesmo o convite. – disse arrancando gargalhadas das meninas.

- E você tá pretendendo convidar quem? – perguntou Shade.

- Ninguém. Serei um espírito livre neste dia. Se nada mudar até lá, é claro. – disse ele. – Olha a professora.

Qualquer comentário foi impedido por isso. E depois da aula o assunto foi o convite do ruivo a morena.

Naquela noite depois de um treino de quadribol, Harry, Shade e Ly foram para a sala precisa para uma sessão para tentarem se transformar.

- Sara, hoje você não vai tentar. Está aqui para me ajudar a enfeitiçar os dois e apoiá-los. Andei pensando e acho que as formas que esses dois iam assumir primeiro poderiam ser de animais mágicos. Não quero que os outros fiquem frustrados quando se tornarem animais comuns. Nas reuniões da AD quero que se concentrem nos outros.– disse a professora para a morena. – Você fica de olho na Lilian e eu no Pontas.

Assim foi feito. Logo as auras começaram a circundar os dois.

- Se concentrem e tentem descobrir esses animais. E deixem sobressair aquele que veio da última vez.

Tanto Harry quanto Lilian focalizaram sua magia naquela forma que veio na outra aula. E o resultado impressionou as duas espectadoras. Os animais que concentravam agora a aura, apesar de ainda mudara pra as outras duas, eram surpreendentes.

Harry estava sozinho naquela manhã de sábado no café, ele tinha acordado cedo e corrido pelos territórios da escola. E sabia por ser um dia de descanso os outros estariam ainda dormindo.

- Bom dia, Harry. – disse uma voz que ele nunca achou que escutaria falando seu nome de uma maneira carinhosa assim.

- Bom dia, Pansy. – Disse ele curioso pela atitude da menina que acabara de se sentar bem próximo a ele.

- Fiquei sabendo que teria uma visita a Hogsmeade dentro de algumas semanas. Sabe essa é uma informação confidencial somente para monitores. E queria de saber se você gostaria de saber se você não gostaria de ir comigo?

- Sinto muito, mas eu combinei que levar as minhas irmãs para o passeio. Elas ainda não conhecem e precisam de um guia. Quem sabe em outra oportunidade. – disse Harry para não ser mal educado com ela.

- É quem sabe? – disse a menina se despedindo com um beijo na bochecha dele.

Harry ficou tentando imaginar o que a menina realmente queria, mas nada passou pela sua cabeça. E começou a comer o bolo que estava na sua frente, mesmo sentindo um gosto levemente diferente, ele continuou pensando na sonserina.

- Harry, por que você não nos esperou. – disse Gina chegando com os outros. – assim fica parecendo que você continua com raiva de mim.

- Que isso, Foguinho. Eu nunca tive raiva de você. Só acordei mais cedo e muito elétrico e precisei gastar essa energia de uma forma construtiva. E sozinho. – disse ele abraçando a menina mais forte que o normal, e permaneceu com um braço na cintura dela mesmos os dois sentados.

Ficaram ali comentando sobre o primeiro jogo de quadribol. Até que foram interrompidos por uma menina da Corvinal que cursava o quarto ano que empurrou a Gina e se sentou ao lado do Harry.

- Harry, gostaria de saber se você já tem companhia para a visita ao vilarejo? – disse Anna Mary.

- Tenho. Vou com uma ruiva e uma morena. E estou pensando em convidar uma loira. – disse ele.

- A que peninha. – disse a menina se levantando.

- Posso saber que são essas mulheres. – disse Lilian irritada.

- Deixe me ver. A ruiva é você, a morena a Shade e a loira é a Carol. Claro se ela não arrumar ninguém mais interessante para ir com ela. – disse o moreno.

- Desculpa. – disse a menina arrependida de brigar com ele.

- Não tem problema. – disse ele e vendo a aproximação de Nathy, finge preocupação. – Nathy, que cara é essa?

- Eu vou precisar voltar pra França amanhã. Parece que tem uns problemas com a transferência para cá. E estou me sentindo meio gripada.

- Não seria melhor você ir até a enfermaria? – perguntou Mione meio desconfiada destes dois.

- Eu vou, mas preciso comer algo antes. – disse ela.

- Quer um. – disse Harry pegando um bolinho e oferecendo o resto para a menina.

- Não, obrigado. Vou ficar com torradas mesmo.

- Você quem sabe. – disse ele comendo o bolinho quase todo em uma mordida. – Hoje esses bolinhos estão com um gosto diferente.

- Não achei. – disse Shade. – comi um agora a pouco e não senti nada de diferente.

- Acho que eu estou imaginado coisas, então.

Harry acordou no meio da noite sentindo que precisava sair do quarto, ali ele se sentia sufocado. Ele sai do quarto como estava dormindo, somente de calça. Também não podia ficar ali na sala comunal, tinha que andar se arriscar. Saiu sem a capa ou o mapa. Não estava se importado em ser pego.

 Algo chamou a sua atenção, um cheiro, mas precisamente um perfume feminino. Ele não reconheceu, portanto não era de nenhuma das meninas.

- E hora de caçar. – disse o moreno lambendo os lábios.

Rony acordou com Harry vasculhando o seu malão, preocupado.

- Que isso Harry? Perdeu alguma coisa? – perguntou ele.

- Perdi minha camisa do time. Eu tinha duas, só acho uma. – disse ele.

- E o que tem de mais, e só pedir outra. – disse o ruivo se espreguiçando.

- Não é isso. E se alguém pegou? Podem pegar outras coisas aqui. Como a minha capa e o mapa. Vou enfeitiçar o meu malão para que somente eu possa abrir. Vai ser chato, mas é o mais seguro.

- Vamos logo, que eu não quero perder a aula da Tonks. – Disse Rony já pronto.

 -Bom dia para todos. Eu sou a professora substituta durante os períodos que o professor de vocês estiver afastado. Podem me chamar de Tonks. Nada de professora ou Senhora. Eu serei muito rigorosa quanto a isso. – disse ela com uma cara de malvada. – Bom acredito que alguns de vocês saibam que eu sou Auror. Portanto tenho prática com duelos. E o Professor Lupin me pediu para durante estes períodos ensinasse feitiços de duelos.

- Gostei dessa. – disse Rony baixinho para Harry. – Eu não esperava mesmo que ela conseguisse ensinar nada teórico.

 A aula foi dada quase aos moldes antigos da AD. E no final Tonks pediu a palavra.

- Gostaria de mostrar para vocês como é um duelo verdadeiro, não aquilo que vocês viram durante a tentativa de reativar o Clube de Duelos. Gostaria de ter um voluntario.

Harry sabia que ela queria lutar com ele. E levantou a mão.

- Sr Potter. Obrigado por se oferecer. Alguém gostaria de enfrentá-lo? Não? Eu mesma faço isso então. – disse a metamorfomaga vendo a turma se encolher de medo.

Os dois começaram um duelo de exibição. Sem que um realmente quisesse vencer o outro. Mas os feitiços eram mirados no adversário, fazendo o outro desviar ou ter que se defender.

Os amigos perceberam que nenhum dos dois estava se esforçando, já que tinham visto os dois duelarem antes. Com exceção de Carol, que só tinha visto o moreno em ação na AD, por isso ficou impressionada.

Tonks ao ver que o menino começou a se mostrar para as meninas da sala resolve que está bom e para o duelo, antes de ter que tomar uma atitude mais drástica, como aumentar o nível do duelo, ou perder para um menino distraído, que seria o fim de sua pequena carreira de professora, já que ninguém mais a respeitaria como auror na escola.

- Podemos parar Sr Potter. – disse ela levantando a varinha na altura do peito, gesto repetido pelo moreno. – Vinte pontos para o Sr, por ter aquentado um duelo por tanto tempo. Classe dispensada. Você fica Potter.

Depois que os outros alunos saíram da sala restando apenas os integrantes da AD da Grifinória, ela fala para o moreno.

- O Remo pediu pra te agradecer a poção. Ele está se sentindo bem melhor agora, melhor mesmo que quando a poção era feita pelo Seboso. Mas ele ficou preocupado com a quantidade de poção feita, ele disse que não dá para estocar por muito tempo, senão ela vira veneno.

- Não se preocupe com isso. Eu fiz em maior quantidade pra dar para outra pessoa. – disse Harry.

 Hermione arregala o olho quando juntou alguns fatos, coisa que não passou despercebido nem pela professora nem pelo filhote de maroto.

- Vão agora, senão vocês perdem a próxima aula. – disse Tonks.

- Tchau, Tonks. – disseram todos.

- Tchauzinho, Ninfa. – disse Harry.

Hermione esperou estar num corredor vazio para perguntar para Harry.

- Harry, por acaso essa pessoa para quem você fez a poção era a Nathy?

- Por que você acha isso? – perguntou sem responder a pergunta da menina, mas mesmo assim Lilian e Sara perceberam que era verdade.

- Ora ela sumiu no período da lua cheia, com uma desculpa bem estranha e abatida. – disse ela. – Sem contar que escutamos uma conversa sua com ela, foi sem querer, mas vocês estavam no meio do corredor justamente na hora que nós estávamos passando. Você de vez em quando é visto conversando com o Lupin e com ela.

- Isso é para ser segredo, se ela souber que vocês descobriram assim ela me mata. Eu estou a convencendo a contar para vocês. E estou querendo chamar para a AD, vocês sabem que Voldemort quer que todos eles se juntem a ele. Seria uma forma dela poder se proteger.

- Acho uma boa idéia. – disse Rony e quando as meninas viraram a cara para ele rapidamente completou. – Ei que foi? Vão me dizer que não pensaram isso também?

- Certo quando ela voltar, eu tento que ela fale com todo mundo e depois falo para ela da AD, sendo que ela já está desconfiada de algo, nós sumimos muito, todos juntos.

Mais uma noite sem sossego, para Harry. Mas desta vez ainda era cedo. Ele teve que sair da torre novamente para aplacar aquilo que ele sentia. Um calor insuportável que vinha de dentro dele. Mais uma vez ele sente um perfume feminino no ar, este era conhecido, mas fazia algum tempo que ele não sentia.

- Oi, Harry. – disse a dona do perfume.

- Oi, Ash. O que anda fazendo a essa hora sozinha? – disse com um olhar faminto para a menina.

- Eu, nada. Mas podemos conversar? – disse a menina com outras coisas em mente.

- Acho que nossas bocas estarão muito ocupadas fazendo outra coisa para conversas. – disse o menino se aproximando dela e a jogando para dentro de uma sala vazia, trancando a porta com feitiços poderosos.

As meninas tinham combinado um fim-de-semana somente de garotas. Iriam passar o dia todo na Sala Precisa fazendo coisas bem femininas, ou melhor, coisas que os garotos não se interessariam, como tratamento de cabelo e de pele e outras coisas. Tinham armado tudo para ser do método trouxa, para demorar mais mesmo.

Os meninos ficaram chateados por não poder ficar perto delas, principalmente Rony e Neville, que estavam querendo a oportunidade para se aproximar mais de seus pares. Mas arrumaram coisas para fazer neste período. Rony ia fazer seus deveres. Enquanto Neville ia ajudar a professora Sprout para conseguir mais uns pontos.

Harry tinha planejado ajudar alguns calouros, depois que Marcela pediu a sua ajuda.

Mione, Ly e Shade ficaram de pegar a comida na cozinha, apesar poderem chamar os elfos, a monitora não aceitou a idéia. Lilian tinha pedido o mapa emprestado para Harry para alguns momentos assim e também para caso quisessem aprontar alguma. Gina, Luna e Carol esperavam na Sala Precisa e Nathy ainda não tinha voltado “da França”.

Quando entraram em uma passagem secreta atrás de uma tapeçaria elas escutam duas meninas conversando, vindas do outro lado do corredor que elas estavam, pelo mapa puderam ver que eram duas das amigas da Cho.

- Nossa foi incrível, nunca pensei que por trás daquele jeitinho tímido existisse uma fera.

- Quem diria que Harry Potter é um vulcão na cama.

- Vulcão é pouco, eu podia sentir o fogo vindo dele, antes mesmo de vê-lo. Foi simplesmente inesquecível. – a voz era totalmente sonhadora.

- Como você fez para ele te notar? – curiosidade e inveja podiam ser sentidas na frase.

- Ai é que tá, não fiz nada. Tava só dando um pulinho na cozinha, eu tinha ficado até tarde lendo um livro e fiquei com fome. E ele apareceu do nada. Não sei o que me deu ao ver aquele peitoral, mas eu quase pulei nele. Nem acredito que fui eu que pedi para ele. Acho que foi aquela cicatriz feita pelo dragão. Ele é tão másculo. Achei que ele era um Dragão no corpo de um homem, e que homem.

- Mas me diz como a Cho perde um homem deste? – disse em um tom que seria mais fácil se ele estivesse com a amiga.

As meninas não conseguiram falar nada, mas todas sabiam que essa historia era verdade, pois o conhecimento sobre a cicatriz não é todo mundo que tem. Mas por que ele estava agindo assim, sendo que ele não era deste jeito, nem mesmo deixando o sangue maroto aflorar ele tinha ido tão longe. Ele mesmo dizia que era somente amassos e beijos. Lá se foi parte da alegria do fim-de-semana. Em um acordo silencioso, elas prometeram não falar nada para Gina, ou qualquer outro, se isso não piorasse.

Já era tarde quando elas voltaram para suas casas. Hermione estava olhando para o mapa a fim de ver se as corvinais poderiam ir tranquilamente para sua torre. Foi então que ela percebeu um ponto se mexendo. Esse ponto estava rotulado Harry Potter, ele estava seguindo por uma passagem para Hogsmeade e logo saiu do alcance do mapa.

- A barra está limpa, podemos ir. – disse a menina intrigada com o comportamento do amigo.

Quando chegaram nos dormitórios, Mione deu uma desculpa de estar sem sono e que ia ler um livro, para poder esperar pelo moreno fujão.

Pelas duas da manhã, ela viu o menino voltar pela passagem. Estranhou o fato, Harry podia aparatar e nunca pensava antes de fazer isso, caso não tenha ninguém que não saiba disso por perto.

- Harry, onde você estava? – perguntou ela preocupada.

- A convivência com os Weasley não estão fazendo bem para você, maninha. Ta ficando ciumenta como eles, ou devo dizer super-protetora. – disse ele com um sorriso no rosto.

 - Deixa de brincadeira, eu fiquei preocupada quando vi você saindo do colégio. Você deve se lembrar que tem um bruxo das trevas te caçando por ai. – disse ela querendo bater nele. – e você me chega fedendo a cerveja amanteigada.

- Eu bebi apenas uma caneca, Mi. – disse ele. – Fui ao Três Vassouras para me refrescar. Aqui estava muito quente e encontrei uma boa companhia.

 - Posso muito bem imaginar o que você fez nas outras 3 horas com essa companhia. Tome cuidado da próxima vez. Você quase foi pego pelo Filch.

- Pode deixar. – disse ele dando um selinho nela e subindo.

As meninas estavam preocupadas com Harry, ele andava meio desligado nas aulas e parecia não estar preocupado com sua própria segurança. No último treino de quadribol, ele tinha mandado que os batedores tentassem acertá-lo, enquanto o moreno procurava o pomo sem os óculos. E não ficou satisfeito até que os dois conseguissem atingi-lo.

Rony também estava preocupado com o amigo, mas o estomago falou mais alto e ele não estava participando da discussão que ocorria próxima da mesa da Grifinória. Estavam ali Mione, Sara e Lilian. Harry estava com Nathy conversando com Lupin, e Carol não tinha aparecido nas aulas de hoje. Gina e Luna ainda estavam em aula.

Neste momento o moreno entra no salão e segue direto para elas.

-Oi meninas, conversei com a Nathy. E ela quer falar com vocês à noite. – disse ele abraçando Sara e Mione.

Só que desta vez foi diferente. A mão dele foi diretamente para o bolso da calça da Sara e com a outra mão começou a acariciar a bunda da Mione, chegando a aproximar de uma região perigosa. Ele tinha um olhar de cobiça.

- HARRY. – gritou a morena.

- Se você não quer tem quem queira. – disse ele não ligando para a cara indignada delas e caminhando para a mesa procurando companhia feminina.

- Vocês sentiram o calor que emanava dele? –Perguntou Lilian.

- Sim. Foi difícil resistir. – disse Mione envergonhada. – Cheguei a gostar da caricia.

- Oi, meninas. – disse Carol com uma expressão preocupada na cara.

- Oi, Carol. Que cara é essa? – Disse Lilian.

- Onde você se meteu a manhã toda? – perguntou Sara, enquanto Hermione somente acenava com a cabeça.

- Eu estava na enfermaria. Mas isso não é mais o problema. Eu estou preocupada com o Harry, ele tem agido de forma estranha. – disse a menina sem olhara para nenhuma delas. – Ontem estava voltando da biblioteca, quando o Harry apareceu no mesmo corredor que eu. Senti um calor emanando dele, que me fez parar de pensar nas conseqüências. Estávamos perto da Sala Precisa e... – a loira não conseguia mais falar.

- Diz logo, criatura. - disse Shade.

Neste instante Gina entra no salão e vê Harry cochichando algo no ouvido da Parvati, que deixou a menina corada, mas mesmo assim abriu um sorriso e se levantou. Os olhares da ruiva e do moreno se encontraram e nos de Harry parecia haver um pedido de socorro, mas foi apenas por um instante, já que Gina desviou o olhar com raiva.

- Eu não resisti e acabamos na cama. – disse envergonhada a italiana. – não sei o que me deu parecia que ele era um dragão e tinha me hipnotizado. A única coisa que consegui fazer foi justamente pedir pra ele que me desse tudo que ele pudesse. E digo, ele é um Deus como as meninas estão falando. Mas eu sei que ele não é assim, pelo que vocês falam e que convivi com ele. Foi uma noite maravilhosa, confesso, mas ela foi errada. O Harry está com algum problema. Vocês têm que falar com ele. Ele pode...

- Vamos falar, mas agora é tarde. – disse Lilian vendo o irmão saindo pela porta que agora pouco a Parvati tinha saído. – Vamos falar com ele depois das aulas.

Quando o grupo chega à sala de transfiguração, Harry ainda não tinha chegado. Elas não contaram para o Rony, ele podia colocar tudo a perder com a sua boca grande.

Poucos minutos depois entra uma Parvati com cara de satisfação e a roupa toda amassada e a maquiagem borrada, dando um grande sinal do que fazia antes da aula. E no momento que a professora ia fechar a porta, entra o moreno.

- Para não perder o costume. – disse ele piscando para a professora.

Ele não aparentava ter feito nada antes da aula, mas que chegou correndo, pelo suor que estava em sua face.

Lilian vira para o irmão e fala.

- Quero falar com você depois.

Os olhos dos dois se cruzaram e a ruiva viu desejo, loucura e dor nos olhos verdes do irmão e se preocupou.

A professora começou a aula e parte da atenção de todos começou a ir para a matéria. Menos Harry.

Ele quando olhou nos olhos da irmã, sentiu mais calor que sentia e um desejo quase incontrolável se apossou dele. Ele queria possuir a ruiva ali mesmo, no meio da sala com todos olhando, ia fazê-lo de todas as maneiras possíveis. Queria vê-la gritando seu nome bem alto para que todos soubessem o prazer que ele podia dar.

Ficou neste transe por alguns minutos. Até que a professora o interrompeu.

- Sr. Potter. Você... – começou a professora mais foi interrompida pelo maroto.

- Eu preciso... enfermaria.... mau, muito mau... isso precisa parar. Ly não. – disse ele entre os dentes.

Ele saiu dali, pensando que ele não podia fazer isso com a irmã, que ele devia estar louco. Quando se viu sozinho no corredor ele apontou a varinha para seu peito e realizou um feitiço que ele tinha visto em um livro na Sala Precisa que imitava uma camisa de força trouxa. Seus braços logo se juntaram ao corpo como se ele estivesse se abraçando. E aproveitando esse pequeno momento de lucidez aparatou para a enfermaria.

- Calma menina. É normal algumas pessoas terem problemas com alimentos. Você toma essa poção e descansa. Amanhã você poderá voltar as suas atividades normais. – disse Poppy para a menina deitada em uma das camas de sua enfermaria.

Ela ia para sua sala depois de posicionar o biombo par impedir a visão de qualquer um para a menina, quando escutou o som de um corpo caindo na porta do cômodo.

Ela olha e vê Harry caído de joelhos tremendo tentando se levantar.

- Me ajude... Faz isso parar. – disse ele com dificuldade.

A enfermeira ficou surpresa ao ver que ele estava preso em um feitiço que imobilizava seus braços como uma camisa de força. Esse feitiço estava desaparecido e poucos eram aqueles que tinham visto alguém que o recebeu que ainda estava vivo. Ela era uma destas pessoas assim como o Diretor. Principalmente que parecia que o moreno era quem tinha lançado ele com perfeição.

O moreno parou de tremer e levantou a cabeça. Ela viu um olhar de desejo nele, e sentiu um calor insuportável saindo do moreno.

- Marcela. – disse ele baixinho reconhecendo o perfume da menina que estava deitada ali.

Ele se levantou como se nada estivesse acontecendo e destruiu o feitiço que o prendia avançando para cima da menina.

A enfermeira que já tinha conhecimento que algo acontecia com o moreno, e vendo como isso acontecia entendeu o que estava acontecendo e imediatamente sacou a varinha e estuporou o menino que já contornava o biombo.

Harry caiu no chão e antes de ficar inconsciente disse.

- Brigado, Tia Poppy. – e tudo ficou escuro para ele.

Ly sentiu que tinha algo errado com Pontas. Ele tinha entrado em um transe e depois saiu correndo da sala. Por um instante ela conseguiu visualizar o que se passava na cabeça do irmão. Ela viu a si mesma e o irmão nus, abraçados ali naquela sala, com todos os colegas olhando e ela gritando o nome dele com prazer que ela parecia sentir. Ela sentiu nojo, vergonha e excitação. Agora ela podia entender como tantas meninas acabavam não resistindo ao moreno e se entregando tão fácil. Aliás, estava bem agradecida ao irmão por ter saído. Ela já estava se sentindo estranha perto dele.

No fim da aula, ela mais os outros foram para a enfermaria. Encontrando Gina e Luna pelo caminho foram todos para lá. Não viram que a professora McGonagall estava atrás deles.

Quando chegaram viram Harry deitado em uma cama, amarrado a ela, suando e tentando se debater.

- O que acontece com ele, Poppy? – perguntou a professora, a única que conseguiu falar alguma coisa ao ver a cena.

- Prefiro esperar pelo Diretor e pelo Professor Snape. – disse a enfermeira.

- Não será mais necessário. – disse Snape ao entrar na enfermaria. – O diretor não se encontra, portanto a autoridade máxima da escola, agora é você Minerva.

- O Sr Potter está sofrendo os sintomas da intoxicação por poções. Acredito que sejam duas diferentes, consegui identificar uma delas. O que vocês estão vendo é o corpo dele, tentando se livrar delas.

- Qual é a poção que você identificou? – perguntou o mestre em poções.

- Capital. – disse a enfermeira.

- Ele está tomado pela Luxúria. – disse Lilian corando.

- Como você sabe? – perguntou Minerva.

- Pelo comportamento dele. – disse simplesmente a ruiva. Não queria revelar muita coisa na frente de Snape, ela passou a não confiar nele, depois de pega-lo olhando de forma diferente para ela.

- Ainda falta identificar a outra poção, fazer um antídoto e descobrir como ele ingeriu as poções. – disse a vice-diretora.

- Acredito que alguém tenha roubado uma amostra que o próprio Potter tenha feito em minha aula. Logo os suspeitos estão naquela aula. Infelizmente devo suspeitar primeiramente dos sonserinos. – disse Snape.

- Acho que sei como ele as ingeriu. – disse Hermione se lembrando de um fato diferente que ocorreu há alguns dias. – Ele comeu bolinhos com as poções. Ele disse que eles estavam com gosto diferentes, mas foi o único a sentir isso. Provavelmente estavam apenas nos que ele comeu. Ele era o alvo, não queriam acertar mais ninguém.

- Como pode isso? – perguntou o sonserino.

- Era só alguém distrair a sua atenção e colocar o bolinho no seu prato. – disse Gina se lembrando da atirada que a empurrou naquele dia.

- E a outra poção pode ser a poção do Amor que Gina encontrou no banheiro. – disse Lilian.

- Como você sabe que era poção do amor? Ela estava mal feita e só depois de analisá-la bem foi que eu descobri isso. – disse o professor.

- Pelo cheiro. Eu senti um cheiro diferente do que sentiram Harry e Sara. – disse a ruiva corando com o elogio indireto. – A poção tinha derramado na roupa da Gina.

- Esse menino tem sorte. Se realmente foi essa poção, naquele estado que foi encontrada ela era venenosa. Mas se nem Você – sabe – quem consegui matá-lo, uma poção estragada não conseguirá. – Snape recebeu olhares assassino de todos na enfermaria depois de dizer isso. – Acho que vou fazer um antídoto para ele.

- Então a associação da Luxúria com amor causou toda a confusão, principalmente na cabeça dele. – disse a enfermeira. – Espero que ele não tenha encontrado com a menina que deu a poção do amor para ele.  O feitiço terá virado contra o feiticeiro e ela não conseguirá viver se não tiver o moreno ao seu lado. Há relatos de quando alguém esta tomado pela Luxuria associado a esta poção tem contato intimo com outras pessoas, elas viciam e querem sempre continuar o ato eternamente, o que causa a morte destas pessoas. Me parece que esse efeito foi cortado pela presença de outra poção, mas acredito que nenhuma destas meninas que teve contato com Harry conseguirá tanto prazer quanto teve com ele.

- Agora só temos que saber quem enviou as duas poções para ele. – disse a Diretora saindo preocupada.


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