O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin


Capítulo 13
Segredos Íntimos




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Capítulo 13 – Segredos Íntimos

- Meninas vocês vem comigo. – disse Mione.

- Mi, deixa que eu leve elas. Para que saber do caminho longuíssimo se vamos sempre usar as passagens? – disse Harry com uma carinha de cachorro molhado que foi imitado pelas duas.

- Pedindo assim, mas se algo acontecer com elas a culpa é sua. – disse ela só para sair como autoridade.

- Tudo bem. – disse ele arrastando as duas em direção ao grupo dos corvinais.

- Carol. – chamou Ly.

- Lilian. –disse ela se virando e dando de cara com Harry. – Oi. – disse ela envergonhada.

- Tem certeza que é ela, na Itália ela não era tímida. – disse Harry para descontrair.

- No continente não tinha uma gato assim na minha frente, você tava de capacete. – disse a italiana, tentando envergonhá-lo.

- Eu sei que sou demais. – disse ele corando levemente, fazendo as três rolarem os olhos. – Mas hoje só vim dizer que você seja bem vinda aqui e boa sorte, vai precisar.

- Obrigada por tudo, Harry. – disse ela se despedindo.

Harry não deixou ir muito longe, a puxou e deu um selinho nela.

- Boa noite. – disse ele para a menina em choque, e saiu arrastando para uma passagem secreta as irmãs também em choque.

Logo Padma e Cho chegaram para levar a menina para a torre da Corvinal, Cho não estava com a melhor cara.

- O que foi aquilo? – perguntou Shade.

- Uai, eu sou Harry Potter, não posso me despedir dos outros de maneira normal. É um gesto carinhoso que farei com aquelas que em gosto. – nisto ele puxa morena e sela os lábios, repetindo o gesto com a ruiva. - Se acostumem. Mas os beijos de verdade serão para quem eu amo.

- Você quer dizer Gina Weasley. – disse Lilian, fazendo o moreno tropeçar e quase cair.

- Como? – perguntou ele.

- Não me venha com essa de que não sabe de nada, que nós duas já percebemos. – Disse Sara.

- Mas como? – repetiu a pergunta.

- Apesar de você tratá-la como trata a Mione, você nunca disse que ela é sua irmã. Muito suspeito. – disse Lilian.

- Ela já tem irmãos de mais. – replicou ele.

- Você, além de bancar a festa para ela, ainda foi o Príncipe. – disse Sara.

- Eu emprestei o dinheiro para Molly e foram os ruivos que me escolheram.

- Depois de mostrar para ele que era o único ali que pensava no que era melhor para Gina. – disse a morena.

- Não perde ela de vista. E você nem precisa ver para saber onde as pessoas estão. – disse a ruiva.

- Ela parecia triste por causa do namorado. – tentou argumentar Harry, mas pelo visto não surtiu efeito.

- Por falar nele, você quase o matou hoje quando ele agarrou a menina para poder levá-la da cabine. – disse Sara.

- O poder que você demonstrou foi muito maior do que quando tentou intimidar a Sra. Watson. Eu arrepiei todinha. – disse Lilian. – Foi bem feito, mas uma bandeira grande demais.

- Tá bom. Eu confesso. Eu estou apaixonado pela Gina. Satisfeitas? – disse Harry se sentando em uma poltrona em frente à lareira no salão principal ainda vazio.

- Muito. – disse Sara com um brilho no olhar.

- O que você vai fazer a esse respeito? – perguntou Ly, que gostou da idéia de ruiva ser sua cunhada.

- Partir para outra. – disse Harry assustando as duas que tinham se sentando cada uma em um braço da poltrona.

- Como partir para outra? – disseram as duas indignadas.

- Isso mesmo. Primeiro ela tem namorado, e ele é meu colega de quarto. Vocês podem falar o que quiser, mas a briga de hoje foi apenas mais uma briga de namorados, não significa que eles estão terminando. Ela correu para ficar com ele no banquete.

- E se eles terminarem? – perguntou Shade com um sorriso maroto na cara.

- Não acontecerá nada. Ela já foi apaixonada por mim, mas era uma paixonite infantil pelo Menino-que-Sobreviveu. Assim que ela viu que eu realmente sou, não o herói que os jornais pintavam, ela desencanou. Agora ela me vê como um dos muitos irmãos que ela tem. Não quero vocês armando para eu se separem. Ela parece feliz do lado dele, como amigas vocês devem respeitar as escolhas dela. Ela até ficou feliz quando descobriu que eu estava saindo com a Cho.

- Cho era aquela que fechou a cara quando você deu um selinho na Carol? – perguntou Ly.

- Eu nem reparei. – disse Shade. – O choque foi maior.

- Acho que era, mas não percebi nada. – disse ele tentando se lembrar. – A outra era a Padma Patil, irmã da Parvati, que dorme com vocês.

Os três ficaram algum tempo pensando no que o moreno acabara de dizer sobre a ruiva quando escutaram alguém perguntar.

- Como vocês entraram? Eu não disse a senha para vocês. – disse Hermione às costas deles.

Somente agora é que eles perceberam que tinham entrado na torre. Mione viu um brilho de compreensão nos olhos de Harry, este logo se pronunciou.

- A porta tava aberta. Alguém deve ter entrado pouco antes d’a gente chegar e a Madame Gorda não fechou a tempo.

- Você sabe mesmo os atalhos do castelo, parecia que vocês estão aqui há muito tempo. – disse Nathy.

- Chegamos agora a pouco. – disse Shade.

- Eu estou morto, esse negócio de monitoria às vezes cansa. – disse Rony. – Estou subindo. Você vem Harry?

- Eu vou daqui a pouco, to sem sono, sabe, eu dormi no trem. – disse ele olhando para a porta do dormitório onde sumia Dino Thomas.

- Já vai maninho? Que pena eu ia contar que tem uma menina doidinha pelo seu amigo de óculos ali. – disse Gina ao se aproximar do grupo.

Sara e Lilian sentiram a facada que Harry recebeu no coração com esta frase dita pela menina e perceberam que o melhor seria ele mudar de “amor”.

- Metade das meninas desta escola está doidinha com ele, Gina. Não é surpresa para ninguém. – disse Rony segurando um bocejo. – encontro vocês para o café.

- Eu vou dormir também. – disse Hermione, que foi se despedir de Harry com um beijinho sem entender muito bem o motivo.

Mas Harry resolveu que era hora de colocar em prática a sua nova resolução. E se adianta a amiga e lhe dá um selinho. A menina fica sem saber o que fazer, só recupera a ação quando ele repete o gesto com as irmãs que também estavam subindo.

Rony para em frente a entrada do dormitório olhando feio para o amigo, quase volta para quebrar a cara do amigo, mas o sono e alguns novato que queriam entrar no dormitório evitaram isso. Ele subiu, não antes de mandar um olhar para Harry dizendo: “Me lembre de te bater amanhã.”

Agora o maroto se aproxima da ruiva e a cena se repete. Ly e Shade prestam atenção nela, mas nada de diferente foi percebido. Foi como se ela já estava acostumada com isso, coisa normal para ela.

Ele agora se despede da Nathy. Alem do selinho, ele cochicha para ela:

- Tenho que conversar com você, Titia.

Que ela responde com uma piscadinha. E sobe seguindo as meninas.

Após alguns minutos Nathy dá uma desculpa de que estava muito elétrica para dormir e volta para o salão comunal. Lá encontra o moreno sozinho. Porem a cara dele dizia que a conversa não seria divertida. O filhote de maroto estava sério, como quando falava com Dumbledore ou Snape. Aquilo a assustou, mais ainda quando ele começou a falar com um tom de voz que faria qualquer um tremer.

 - Ninfadora, você pode me explicar o que está acontecendo?

- Gostei mais quando me chamou de titia com sarcasmo. – disse ela tentando quebrar a pose do amigo. Como não conseguiu continuou. – Dumbledore acredita que você está aprontando alguma coisa com a reabertura da AD. Ele queria que eu ficasse de olho em você e nos seus amigos. Não gostei da idéia de ser babá, mas a proteção dos seus amigos fica meio falha em Hogwarts e você não pode estar em todos os lugares. Então aceitei só para lutar contra as trevas ao seu lado.

- Se você diz isso, Ninfa. Ele sabe que não será uma espiã para ele?

- Não, Pontas. Eu direi algumas coisas para ele, nada muito importante. Ele não esperava que você demorasse a me descobrir. O Remo disse depois que eu não conseguiria enganar você nem uma hora, eu sou muito estabanada pra isso. – disse ela meio vermelha, mudando o cabelo para rosa.

- Nathy, volte seus cabelos pra castanhos. Alguém pode descer. Mas como você fará para dar aulas no lugar do Aluado.

- Eu falarei que sou uma lobisomem. Ou seria lobimulher?

- Perfeito, mas cuidado com a sua aparência, deve parecer doente como o Aluado, mas sem deixar escapar a sua condição de metamorfomaga. – disse ele se divertindo com a piada. – você vai contar pra alguém mais?

- Não. Vou deixar que descubram sozinhos. Será mais divertido.

- Concordo. Acho que podemos visitar o Aluado. – disse ele e viu a cara de confusa dela. – vai me dizer que você não ta doidinha para agarrar o professor, e que melhor data para quebrar as regras do que o dia que todos acreditam que não o faremos?

- Certo, vamos.

 Os dois se levantaram e seguiram para a sala do professor. Quando estavam bem perto Harry propõem uma coisa para Tonks que concorda.

Bem na porta ele fala.

- Vocês não tinham o direito de fazer isso. – disse ele com um tom de voz raivoso. – eu não preciso de babá. Onde aquele velho gagá está com a cabeça para propor isso?

- Eu não sei. Eu disse que ia dar errado, mas nem mesmo o Remo me ouviu. – disse ela abrindo a porta e mostrando todo o seu nervosismo.

- Eu vou lá quebrar a cara dele. E de todos que aceitaram essa idéia idiota.

- Harry. Não é bem assim. Você tem que entender que as coisas não giram em torno de você. – disse o professor para tentar acalmar.

- Você acha que eu não sei. O Seboso tem orgulho em jogar isso na minha cara. E depois eles botam uma auror e membro da Ordem ficar paparicando um bando de adolescentes que não vão entrar na guerra tão cedo.

Quando Remo abriu e fechou a boca para tentar responder ao menino, os dois começam a rir da cara do lobisomem.

- Ei o que tem de tão engraçado?

- A sua cara, lobo mau. – disse Harry.

- Pontas, eu não acredito que cai em mais uma destas. Sempre caia com o seu pai, principalmente quando fingia que tinha brigado com a sua mãe. Ás vezes só descobríamos quando os víamos se agarrando em um armário.

- Não é que é uma boa idéia. – disse ele piscando para Tonks que devolveu o gesto.

- Nem pensar. – disse o mais velho.

- Pode deixar, tio. Mulher de amigo a gente trata como se fosse a nossa.

- Exato. Não. Não. Melhor que trate como se fosse a mais uma de suas irmãs. - disse ele ao entender o que o maroto Junior disse.

- Foi você quem pediu. – disse ele e dando um selinho na Tonks que desta vez retribuiu. – você devia dar menos na cara se querem que as pessoas de fora não percebam. O olhar no banquete foi muito na cara.

- O olhar estava bem direcionado. Era para matar um cervinho. – disse ele com o mesmo olhar de antes, sem a parte marota.

- A Mione acorda cedo. Tonks só precisa estar na cama antes dela acordar. Então Boa Noite. – disse ele saindo e fechando a porta.

Os dois entenderam a indireta e logo partiram para um beijo quente. Remo para mostrar para Tonks o que ele podia fazer e Tonks para aplacar o ciúmes do noivo.

Harry voltou caminhando para a torre. A sensação de quebrar as regras era maior que a necessidade de uma boa noite de sono e a possibilidade de aparatar na sua cama.

Uma coisa chamou a atenção do moreno. Era um casal, aparentemente matando as saudades. Ele foi se aproximando sem fazer barulho, não queria atrapalhar o casal, mas também não queria ter que dar uma volta grande.

Foi quando ele percebeu quem era o casal e ficou espantado e zangado. Decidiu tirar satisfações.


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