O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin


Capítulo 12
Seleção




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Capítulo 12 – Seleção

- NÃO ACREDITO QUE VOCÊ ESTÁ AQUI. – gritaram as duas juntas.

A pessoa se vira e começa a correr na direção das duas as abraçando.

- Parece que as mudanças foram grandes. – disse Ly.

- Foram mesmo. – disse Sara.

- Mas o que você esta fazendo aqui Carol? – perguntou Lilian para a menina, que parecia ter voltado a ser aquela que elas conheceram há alguns anos.

- Eu decidir estudar aqui na Inglaterra, já que meu pai trabalha aqui. Depois que aquele motoqueiro me fez abrir os olhos, não achei que estudar lá na Itália fosse o melhor para mim. – Disse ela meio seria.

- Que bom que você voltou a ser você mesma. – disse Lilian.

- Mas me digam o que vocês fazem aqui?

- Você se lembra que sempre dissemos que alguém ia nos buscar. Pois bem foi o que aconteceu. Agora estamos aqui, nos três juntas de novo, como era há alguns anos. – Disse Shade.

Elas foram se direcionando para os barcos que Hagrid apontavam, mas não perceberam a presença de mais uma menina da idade delas.

- Me digam se vocês conheceram aquele motoqueiro gostoso. – disse Carol apertando o pingente que tinha ganhado do desconhecido.

- Era justamente a pessoa que foi nos buscar. – disse Shade.

- Era a minha família, meu irmão. – Disse Ly.

- Vocês querem parar com isso, e me disser que era. – disse ela aflita, e principalmente envergonhada pelo que falou do rapaz.

- Ora, não precisa ficar envergonhada de achar Harry Potter gostoso. – disse a ruiva.

- Harry Potter. Pera lá, você é irmã do Harry Potter. Aquele lá era Harry Potter. - disse a loira assustada. – eu recebi um presente do Harry Potter.

- Eu se fosse você não tratava assim o maninho, ele não gosta. – disse Sara.

- Ein? – perguntou a italiana de olhos claros.

- Ele me adotou como irmã. Ele sabe que eu sempre me considerei como uma irmã da Ly, então ele me fez ser sua irmã gêmea, já que a ruiva ai é gêmea dele. – disse a morena. – ele até me deixou usar o seu nome, Potter.

- E ai, quando eu vou ficar cara a cara com ele?

- Dependendo de que casa você ficar hoje mesmo. Mas assim que ele te ver ele vai tentar falar com você.

As três ficaram conversando até que Minerva apareceu para levá-las para a seleção.

Harry entrou em uma carruagem, Isis estava em seu bolso, ela ainda era muito pequena para ficar solta por ai. Edwiges ficou meio enciumada, mas depois que ele falou que a fênix ficaria com as meninas e ela se quisesse poderia ficar no quarto dele, ela deixou isso de lado.

Logo depois entraram Neville e Luna. Harry desconfiava da súbita aproximação dos dois. Será que eles perceberam que estavam apaixonados um pelo outro ou ainda se deixavam enganar pela desculpa da amizade. Ele iria juntar mais este casal, o outro da lista eram os monitores, que entravam na carruagem, acompanhados de Gina.

 - Luna, a Gina me disse que tem uma sessão nova no Pasquim sobre lendas. – disse Mione.

- Tem sim. Elas dizem sobre as mais antigas e pouco conhecidas lendas do mundo bruxo e de algumas do mundo trouxa. A primeira é sobre o Dragão Kolthar. – ela pega a revista da bolsa e começa a ler para os amigos.

O DRAGÃO KOLTHAR

Há muitas eras, no começo da historia bruxa existia inúmeros animais mágicos de grande poder que ajudavam aos humanos. Um deles era o Dragão Kolthar. Um dos últimos de sua espécie, os Dragões Divinos, ele era um dragão vermelho da cor de sangue com enormes olhos que pareciam esmeraldas, ele vivia tranquilamente em uma montanha esquecida pelos homens, escondida entre as nuvens, acompanhados pela sua companheira Diamat, assim como Isis, a fênix original e Freya, a mãe de todos os cães.

Ele era conhecido por se envolver nas disputas entre as tribos, resolvendo os problemas de forma pacifica e justa. Porem se fosse necessário o uso de seu poder, ele não hesitava em defender os oprimidos.

Em uma destas disputas, Kolthar se revoltou com Kroll, o líder de uma tribo de guerreiros mágicos que tinha como símbolo a Caveira, e acabou por banir o humano para terras longínquas, na esperança de acabar com o problema sem mortes. Porem Kroll jurou acabar com a felicidade do Dragão Divino. Ele retornou para perto da morada do Dragão e quando ele estava em uma batalha contra Gigantes de Gelo, ele fez com que Diamat caísse em uma armadilha mágica e acabasse correndo grande risco de morte.

Kolthar ao descobrir matou o guerreiro com suas próprias garras, evitando as defesas mágicas de Kroll, apesar dele não as conhecer.

Diamat porem não resistiu aos ferimentos e faleceu. Sem antes deixar uma mensagem para o amado, que ela retornaria em outra forma, que era para ele a esperar. Que eles ficariam juntos por toda a eternidade.

Kolthar passou anos isolado na sua morada esperando a volta de seu amor, na companhia de Isis e Freya. Os três vendo que o retorno de Diamat demoraria e eles se perderiam nas nuvens que ocultava a montanha, eles decidiram mudar de plano e esperar a volta dela, por lá, retornando para a Terra cerca de um ano antes de Diamat para se prepararem, assumindo a forma que ela retornaria.

Desta lenda é que surge a historia de almas gêmeas e de amizade profunda entre algumas pessoas.

- É uma pena que é só uma lenda. – disse Luna ao terminar.

- Por que diz isso? – pergunta Neville, enquanto os outros pensavam na historia contada e Harry parecia dormir.

- Queria muito conhecer Kolthar. – disse ela de forma sonhadora.

Ninguém comentou nada, já que não havia nada para ser falado e também porque eles já haviam chegado.

O grupo caminhou pelo salão de entrada, depois pelo salão principal recebendo olhares de todos, principalmente Harry, o que deixou todos meio chateado. Luna se despede de todos e se direciona para a sua mesa depois de dar um beijinho na bochecha do Neville.

Gina logo se afastou e foi se sentar com Dino, mas sem permitir que ele a abraçasse ou beijasse, a cena do trem ainda estava viva na mente da menina. Harry se sentou em um lado da mesa na ponta perto de onde os primeiranistas da grifinória ficariam, enquanto os amigos se sentaram do outro lado, para permitir que as meninas se sentassem ao lado do filhote de maroto, caso selecionadas para a casa dos Leões. 

Logo os novatos entraram no salão, mas as meninas não entraram junto. Elas entraram por uma porta na lateral do salão, possivelmente para não chamar atenção de todos para o fato até a hora certa.

Harry ficou olhando para a quarta menina, ele tinha reconhecido a Carol, e ficou feliz com isso, mas a outra o deixou bem interessado, tanto que nem prestou atenção nos amigos ou a canção do Chapéu Seletor. Só foi perceber que a canção acabou quando o salão começou a bater palmas, como todos os anos.

- Descendentes dos Fundadores viram a escola, foi o que eu entendi. – disse Hermione. – Espero conhecê-los.

- Não sabia que ainda tinha descendentes dos fundadores. Sempre pensei que as famílias deles tinham acabado. – disse Rony.

- Ora se Voldemort é descendente de Salazar, por que os outros fundadores não teriam descendentes que ninguém sabia. – disse Harry com um tom professoral muito parecido com o da Mione. – Também estou curioso quanto a eles.

- Esqueci deste detalhe. – disse o ruivo.

Foi quando Minerva pronunciou um nome que chamou a atenção de todos.

- Black, Marcela.

Uma menina morena se adianta, alguns pensaram que ela se parecia com alguém, mas não conseguiam saber quem.

- GRIFINÓRIA. – gritou o chapéu, e a menina deu um suspiro meio de alivio, meio de tristeza, mas somente Harry percebeu.

Ela se encaminhou para a mesa e se sentou próxima de Harry.

- Marcela, por que a tristeza? – perguntou ele a para a menina.

- Eu não queria que o meu irmão achasse que eu era contra ele, apesar de tudo eu gosto dele. – respondeu ela.

- Pense que sua mãe vai gostar muito. –disse ele para que ela se sentisse bem.

- Pensando por este lado. – disse Marcela um pouco mais feliz, se virando para um menino que foi selecionado e começa a conversar.

-Harry, de onde você conhece ela? – perguntou Rony de forma que a menina não escutasse.

- Eu a conheci há alguns dias. A mãe dela estava fugindo de Voldemort.

- Quem é o irmão dela, e a mãe? – perguntou Hermione, querendo confirmar suas suspeitas.

- Ela é filha de Narcisa Black com Lucio Malfoy, portanto irmã do Draco Malfoy. – disse o moreno.

Os amigos ficaram surpresos com a revelação que ele estava escondendo Narcisa, que eles acreditavam ser uma comensal. Podia ser uma armadilha, mas ao olhar a felicidade da menina ao conversar com os novos amigos, pararam de pensar isso, sabendo também que o maroto podia se defender de qualquer perigo, porém a historia ainda precisava ser bem explicada.

Dumbledore então de levanta e começa a falar:

- Este ano temos a honra de recebermos estudantes transferidos de outras escolas da Europa. Temos três belas garotas vindas da Itália e uma vinda da França. Que serão agora selecionadas.

- Benini, Caroline. – disse Minerva.

A loira se adiantou e se sentou, pouco depois o chapéu gritou seu veredito.

- CORVINAL.

Ela se levantou e seguiu na direção da mesa azul, e ao ver Harry da um leve aceno que é correspondido.

Rony e Neville ficam meio perdidos com este gesto, mas Hermione logo percebe que ela é.

- Esta é a mesma Carol daquela historia na Itália. – afirmou a morena.

- Sim, - disse Harry confirmando e olhando para as irmãs.

- Black, Sara.

Shade segue para frente recebendo olhares gulosos. Algumas pessoas se assustaram com o sobrenome dito pela professora.

- Marota por natureza, Pura de alma. Só há um lugar para você. - disse o Chapéu para a menina. E para todos gritou:

- GRIFINÓRIA.

Ela se levanta com um pulo, enquanto a mesa vermelha a aplaude, exceto Harry que se levanta e espera a irmã. Esta pula no pescoço do irmão e por ele é rodopiada no ar. Tirando os que já sabiam, os outros girifinórios pararam de bater palmas.

- Parabéns, Shade.

-Brigada, Pontas. Agora vamos nos sentar para ver a seleção da Ly.

- Claro.

Lupin demonstrava um enorme sorriso na cara, ele tinha adorado que a filha de Sirius tinha seguido os passos deles. Almofadinhas teria ficado orgulhoso.

- Potter, Lilian. – disse Minerva. E todos os olhares gulosos ou invejosos que tinham sido direcionados para a ruiva foram substituídos por surpresa.

Ela calmamente se direcionou para a frente rezando para que o irmão não tivesse percebido os olhares para ela, senão a enfermaria ficaria cheia de garotos com os olhos arrancados.

- Se fosse olhar a principal característica, fosse ficaria entre os inteligentes, mas outras características a fazem ir para outra casa. - disse o Chapéu para ela.

- Sonserina não, Sonserina não. – Murmurava ela.

- Parece que os Potter não gostam da Sonserina. Mas não é para lá que te mando.

- GRIFINÓRIA. – berrou.

Ela seguiu a irmã. Mas não chegou a andar tudo. Harry, acompanhado de Sara, já tinha corrido metade da distância gritando.

- É isso ai, maninha. – e ao abraçá-la ele a rodopia no ar.

Com exceção dos amigos e alguns professores, que tinha sorriso no rosto, todo o salão estava em silêncio, um sonserino tinha até caído da cadeira.

- Vocês chamam muita atenção. – disse Gina para o grupo com um pouco de ciúmes na voz.

Depois que eles se sentaram nos seus lugares, com Harry entre as duas, foi que a professora de Transfiguração continuou com a seleção, com enorme brilho no olhar.

- Thompson, Natália.

A menina que se adiantou era uma morena, um pouco mais baixa que as outras três e possuía olhos azuis.

Logo que o chapéu se posou em sua cabeça gritou:

- GRIFINÓRIA.

Ela se direcionou para perto de Harry.

- Posso me sentar aqui? – perguntou ela.

- Mais é claro, Naty. – disse Harry se levantando e dando um beijinho na bochecha dela, enquanto olhava para a mesa dos professores.

Agora é que todos não entendiam nada. Harry estava muito diferente este ano.

Seu olhar se cruzou com o de Remo enquanto se sentava, nele Harry viu um ar meio maroto e meio feroz.

- Que o jantar seja servido. - disse o diretor, e a comida apareceu na mesa.

 - Quantos eu devo matar? – perguntou Harry para as irmãs, enquanto se servia.

- Depois da cena de quando vocês foram selecionadas, acho que ninguém se atreverá a mexer com elas. – disse Hermione.

- AH. Eu queria uns três ou quatro hoje. – disse Harry parecendo decepcionado. – Não que fosse preciso, confio nas três.

- Três? – perguntou Neville.

-Sim. Três. – disse Rony. – Shade, Ly e Mione. Ele teria ajuda.

Ao dizer isso ele olhava para Dino, ele ainda não tinha engolido a do colega de quarto.

Eles foram conversando e comendo, até que Dumbledore pediu silencio para dar os habituais recados no começo do ano. Eles tentaram incluir Natalia que também ia cursar o sexto ano na conversa. E no fim parecia que ela era amiga deles a muito tempo.


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