Corrigindo Erros Do Passado escrita por Mago Merlin


Capítulo 97
Cura




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Capítulo 97 – Cura

 

— Você tem certeza que quer fazer isso? – perguntou Lilian.

 

— Essa é a única forma de compreender o processo todo. – disse Tiago.

 

— Mas encarar um lobisomem adulto sem a poção pode entrar para as coisas mais malucas que você já fez. – disse a ruiva.

 

— Mais que enfrentar um Basilisco milenar? – perguntou ele com um sorrisinho maroto. – Sem contar que é só o Aluado. E o Almofadinhas vai estar junto.

 

— Isso era pra me deixar aliviada?

 

— Meu anjo, vou correr pouco risco. Só retirar algumas amostras de sangue. Antes, durante e depois das transformações.

 

— Você pode ser um Mago, mas não é invulnerável.

 

— Eu vou tomar cuidado. Não sou louco de deixar você sozinha com as meninas. Mas pode ser a única chance de achar a cura para a licantropia.

 

— Certo e colocar seu nome na História. De Novo.

 

— Eu não to fazendo por fama. – disse ele.

 

— Eu sei, meu emburradinho. Só não quero ter que te costurar todo.

 

— Não se preocupe temos a Poppy pra isso.

 

Lilian bateu nele.

 

— Você tem certeza disso? – perguntou Remo quando Tiago tirava a primeira amostra de sangue.

 

— Já tive essa conversa com Lilian. – disse ele. – Você prefere viver o resto da vida com esse problema?

 

Remo se mexeu inquieto. Mas não disse mais nada.

 

Tiago terminou a coleta, deu uma olhada no frasco depois o mandou para seu laboratório.

 

Ainda faltavam alguns minutos para a Lua cheia aparecer, e eles estavam na Casa dos Gritos. Almofadinhas já estava na sua forma canina.

 

Remo retirou a roupa. Tonks não era uma boa costureira, mesmo com magia.

 

Logo a lua surgiu e Remo sentiu o lobo pegando o controle sobre seu corpo. E seu corpo ficou completamente congelado, o que era estranho. Até que sentiu uma picada no braço.

 

Tiago tirou uma amostra do sangue durante a transformação. Isso ele não tinha dito.

 

Assim que sentiu o corpo se libertar, Remo viu um grande leão ao seu lado.

 

“Esse menino gosta de felino” foi o último pensamento racional de Remo.

 

Tiago esperou um pouco para pegar mais uma amostra de sangue. Sabia que se tentasse enquanto ele ainda sentisse dor poderia alterar o resultado e também seu corpo. Lilian não ia ficar feliz.

 

Ele repetiu as coletas pouco antes do nascer do sol. Assim ele teria as amostras necessárias para a sua pesquisa. Lilian teria feito o mesmo com Gui.

 

Tiago estava observando as lâminas com sangue. Usava um microscópio que não precisava de energia, pois usava um espelho para refletir a luz de uma fonte. Assim como os primeiros inventados pelos trouxas.

 

Ele já tinha analisado dos sangues de Remo, o de Gui e o seu próprio para poder comparar. Já tinha realizado alguns feitiços de diagnóstico. Eles demonstraram alguma diferença.

 

Principalmente o seu sangue. Não havia diferença entre os de Gui, em qualquer momento e o de Remo em seu estado normal. Mas bastava a transformação começar que o sangue mudava todo. Até mesmo a cor.

 

No microscópio ele pode perceber o motivo.

 

Algumas células vermelhas nos lobisomens eram diferentes. Eram elas que mudavam o corpo. E causavam a maldição. Ele pode notar que as células modificadas provocavam mudanças nas normais durante a lua cheia e assim comandava o corpo através uma proteína.

 

A mata-cão atuava na ligação da proteína com cérebro, o que mantinha o controle mental. Mas ele precisava ou destruir essas células ou impedir que ela afetasse as normais.

 

Ele poderia tentar os dois, já que meios lobisomens como Gui e os lobisomens fora da lua cheia possuíam maior força física que os humanos normais, e isso poderia ser uma grande ajuda para alguns casos.

 

Ele tinha alguns novos projetos para os alunos e os inomináveis.

 

Já se passaram dois meses de pesquisa intensiva quando Tiago chegou com duas poções para Remo.

 

— Aluado aqui está a cura que você precisa. – disse ele. – Obviamente não foi testada.

 

— Você está me fazendo de cobaia? – perguntou ele.

 

— Interessante um lobo como cobaia, normalmente são presas dele. – disse ele. – Deixa de ser fresco. Eu fiz isso por você mais que qualquer outro lobisomem. Claro que eles vão se beneficiar de tudo.

 

— Duas poções? Não conseguiu fazer em uma? – perguntou ele tentando mudar o foco.

 

— Claro que eu consegui. Na verdade são duas curas ligeiramente diferentes.

 

—Duas? Quer se exibir agora? – perguntou ele.

 

— Na verdade não, poucos saberão da segunda. A primeira e a cura total. Sabe a Licantropia são células que seu próprio corpo fabrica que causam a transformação. Com essa cura você não irá fabricar mais essas células e em aproximadamente dois ciclos está tudo acabado.

 

— E a segunda? – perguntou Remo.

 

— Essa é a que poucos saberão. Ela não cura a licantropia totalmente, só evita os sintomas desagradáveis dela. Você não se transforma, mas continua com gosto para carnes cruas e...

 

— Com a força e sentidos aguçados. – completou ele. – Será mais um meio-lobisomem como Gui que um humano normal.

 

— Qual a sua escolha?

 

— Ser o bruxo que podia ser ou a sua versão melhorada? Até parece que não sou um Maroto. Prefiro a versão melhorada, Mago. – disse ele com um grande sorriso.

 

Tiago deu a Remo a poção que ele queria.

 

Assim que ele tomou caiu no chão se contorcendo de dor, principalmente nos ossos.

 

— Acho melhor diminuir a dose e fazê-la em etapas. Aluado pode estar acostumado com a dor depois de anos, mas outros podem sofrer muito. – disse ele fazendo anotações, enquanto Remo ainda estava no chão.

 

Minutos se passaram e os gritos acabaram.

 

— Quer uma poção para dor? – perguntou Tiago.

 

— Podia ter me falado que doía. – disse ele.

 

— Quando tomei não senti nada. – respondeu o auror. – Mas também não tinha nenhuma célula de lobisomem no meu organismo.

 

— Faz sentido. – disse Remo. – E sabia que seria a cobaia.

 

— Agora o último teste. – disse ele, mostrando uma seringa.

 

— Mais sangue. – disse Remo resignado.

 

Tiago analisou o sangue e era semelhante ao de Gui.

 

— Bom agora é esperar a lua cheia.

 

A semana seguinte foi passada com ansiedade. E na hora que a lua cheia aparecia, Remo permaneceu como Remo.

 

Com um suspiro aliviado ele voltou para casa. Agora ela podia levar sua bela esposa para um jantar romântico a luz do luar.

 

Minerva olhava para o casal na sua frente.

 

— O que vocês dois faziam em um armário de vassouras?

 

— Procurando uma meia. – disse Harry.

 

— Sei pai já tentou essa. – disse a professora.

 

— Fomos empurrados e trancados lá dentro. – disse Gina.

 

— Carlinhos. – disse Minerva.

 

— Acho que vi um rato sem um dedo entrando ali. – disse Harry.

 

— Rony e Hermione semana passada.

 

— Como podemos dizer as coisas se todos já falaram antes. – disse Gina.

 

— Que tal a verdade? – disse a professora.

 

— Muitas pessoas confessam seus crimes. – disse Harry. – Mas ok. Queríamos privacidade. Parece que algumas pessoas estão empenhadas em atrapalhar a gente. E não estou falando de ruivos.

 

— Desta vez passa. – disse a professora. – Mas tentem não se pegos mais. Ai terei que fazer algo mais drástico, como detenções separadas.


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