Corrigindo Erros Do Passado escrita por Mago Merlin


Capítulo 96
Por que Você Odeia?




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Capítulo 96 – Por que Você Odeia?

 

Depois de duas semanas de aula, Harry entendeu o motivo de chamarem os exames de exaustivos. Mesmo os professores fazendo a cada aula uma palestra sobre os NIEMs, eles ainda passavam muita matéria e deveres enormes.

 

Claro que ainda tinha a pesquisa. Seu pai tinha pedido para ele não se preocupar com isso. Mas não conseguia deixar de se envolver.

 

Ainda mais que era um tempo que ele poderia passar com as meninas.

 

Desta vez ele havia ido sem Gina. Já que ele aproveitou o tempo depois de suas funções como monitor-chefe.

 

— Fica mais um pouco. – pediu Letícia. – Eu quase não te vejo mais. Anny e Carol também estão com saudades.

 

— Bem que eu queria, mas tenho um dever pra terminar. E se eu ficar aqui, não vou terminar, pois vou querer brincar com vocês. – disse ele. – Você sabe bem que seria assim. E você tem que se acostumar. Ano que vem não vou estar aqui.

 

— Eu não gosto disso. – disse a menina.

 

— Nem eu. – respondeu ele. – Mas ano que vem você vai para as aulas, e nem teria tempo pra mim.

 

Harry não queria dizer era que provavelmente no ano seguinte sua família se mudaria de volta para Hogsmeade. Com Voldemort derrotado, assim como seus asseclas, não haveria motivos para permanecerem no castelo.

 

Tiago olhou para o relógio e notou que estava próximo do horário de recolher do sétimo ano.

 

— Eu te acompanho até a torre. – disse ele. - Tenho que conversar com o diretor mesmo.

 

Não era um caminho longo, mas Tiago sabia que algum filho de comensal, que acreditava nos ideais do Lorde das Trevas, poderia tentar algo para conseguir prestigio.

 

Há alguns metros do retrato da Madame Gorda, eles foram interceptados.

 

— Fora de seu salão comunal há essa hora. – disse Snape. – Detenção e menos...

 

— Seu relógio deve estar estragado, assim como a sua visão. Seboso. – disse Tiago. – Faltam cinco minutos para o horário permitido terminar e ele está acompanhado de um funcionário. E ainda mais no caminho de seu salão.

 

— Isso não importa. Ele está fora da cama neste horário. – disse o professor de DCAT.

 

— Eu não sou um primeiro ano. – disse Harry. – Meu horário é um pouco além do deles.

 

— Já disse que isso não importa.  Você vai cumprir suspenção e a Grifinória... – disse Snape.

 

— Acho que isso deve ser visto com Dumbledore. – disse Tiago. – Ele gostará de saber como seus professores respeitam as regras.

 

Snape pode perceber claramente a ironia na voz de Tiago.

 

— Não acredito que ele queira ser importunado com algo assim.

 

— Ele é o diretor desta escola. – disse Tiago. – Quer que ela funcione direito e que os alunos possam se sentir respeitados e acolhidos. Mas se nem mesmo os professores respeitam regras, imagine os alunos.

 

Harry e Tiago seguiram para o terceiro andar com Snape bufando atrás deles.

 

— Devo dizer que essa é uma reunião um pouco inesperada. – disse Dumbledore ao ver os três entrando em sua sala. – Aconteceu algo?

 

— Nada de mais. – disse Tiago ao se sentar.  – Só o Seboso sendo ele mesmo.

 

Tiago contou o que aconteceu.

 

— Não foi bem assim. – disse Snape.

 

— Você os encontrou juntos, ou Tiago apareceu depois? – perguntou Dumbledore.

 

— Juntos, mas... – disse Snape.

 

— Então não havia motivos para você puxar detenção. Que está prontamente anulada. – disse o diretor. – Vocês podem se recolher agora.

 

— Mas a questão é mais grave que isso. – disse Tiago. – Mandos e desmandos do Snape podem estar prejudicando mais os alunos.

 

— Perda de pontos não prejudica ninguém. – disse Snape.

 

— Isso é o que você pensa. – disse Tiago. – Pode atrapalhar a autoestima de muitos, que acreditam não terem feito nada de errado, mas são punidos assim mesmo. Sem contar detenções humilhantes e cansativas, que impedem estudos e deveres. Refletindo nas aulas. Você não é um professor. Você é um tirano.

 

Snape se mexeu na cadeira. Ele vivia reclamando dos marotos por isso.

 

— Por que você me odeia tanto? – perguntou Harry pela primeira vez desde que entrou na sala.

 

— Eu não tenho sentimentos por você, Potter. – disse Snape.

 

— Você engana bem. – disse Harry. – Qualquer coisa errada que acontece no castelo você me culpa.

 

— Deixa de ser egocêntrico, parece seu pai. – cuspiu ele.

 

— Bom Ponto. – disse Tiago. – Você vive comparando Harry com seu pai. E nem estou falando de mim.

 

— Aquele idiota que vivia me perseguindo. Me azarava só por se achar melhor. – disse Snape.

 

— Severo. Já tivemos essa discussão. – disse Dumbledore. – Você não era nenhum santo naquela época.

 

— Sem contar que vivia mexendo com artes das trevas. – disse Tiago.

 

— Quer mesmo saber? – explodiu Snape. – Eu amava Lilian, e ele me roubou dela.

 

— Suas ações a afastaram de você. – disse Tiago. – Foi você quem a chamou de Sangue-ruim. Você que se envolveu com pessoas erradas. Você que se interessou pelas artes das trevas.

 

— Mas é culpa dele que ela morreu. – disse ele.

 

— Não. – disse Harry. – Ela morreu por mim. Voldemort queria a poupar, por algum motivo. Ela morreu por amor, e pelo que é certo.

 

— Você não entende disso. – disse Snape.

 

— Se você visse isso toda vez que um maldito dementador está por perto. – disse Harry. – Vou pra minha cama. Tenho aula amanhã.

 

Tiago saiu junto.

 

— Eles têm razão. – disse Dumbledore. - Você pode ainda amar Lilian Evans. Mas não permite que ela tenha paz. E pior trata o filho dela como seu pior inimigo. Mesmo quando não tem ninguém por perto pra você ter que fingir que é um comensal.

 

Uma reunião inusitada aconteceu na sala de Tiago e Lilian.

 

Além da família Potter, estavam Gina, Mione, Luna, Neville, Rony, Tonks, Minerva, Remo, Sirius, Manuela e Mel.

 

— Agradeço a presença de todos. – disse Remo. – Temos uma notícia.

 

— Eu estou grávida. – disse Tonks. – Logo teremos mais um filhote de Maroto por aqui.

 

— Parabéns. – disseram todos.

 

— Pelo menos desta vez Aluado não se revoltou e abandonou Tonks.

 

— Queria saber o que o fez mudar de ideia antes.

 

— Alguém poderia ter colocado a razão de volta na cabeça dele.


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