iWish It Had Not Been Born! escrita por iGabriela Nocera


Capítulo 8
Uma Vida... sem Melanie.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196083/chapter/8

( Sentimentos de Sam Puckett )


Arrgghh.... eu odeio manhã, mesmo sendo final de semana! Essa claridade do sol, me irrita muito! Eu deveria colocar umas cortinas pretas, pra ficar bem escuro quando amanhece. Entrei no banheiro, escovei os dentes e arrumei meu cabelo. Bom... agora é só me vestir e descer pra tomar café. Espero que a Melanie tenha feito panquecas outra vez. Ah, e claro... o meu bacon! Abri meu guarda-roupas e lembrei que minhas roupas simplesmente não estão aqui. Arrgh! Aqui só tem roupas da Melanie... onde estão as minhas coisas? Novamente procurei por tudo... mas não encontrei. Ah! Quer saber... vou descer de pijama mesmo, e pergunto pra mala da Melanie, o que ela fez com as minhas roupas. Saí do quarto, já irritada! Desci as escadas, pisando forte no chão, tentando descontar a minha raiva nele. Enquanto descia, ouvi a televisão ligada...

'' Ahh... até que enfim, a princesinha acordou! '' - Ouvi um cara dizer, sentado no sofá, me encarando. Argh... não! Esse aí deve ser outro namorado da minha mãe, que me confunde com a Melanie! Agora.. resta eu saber quem é esse! Fui me aproximando dele lentamente... e NOSSA! Ele é lindo... olhos azuis, cabelos castanho escuro e um sorriso sarcastico e sedutor. Dessa vez minha mãe escolheu bem... só que... ele me parece familiar, me lembra alguém. Mas não consigo lembrar quem....

'' Aí... você acordou tarde hoje heim! Eu estou esperando o café da manhã! '' - Ele disse sério, parecia meio bravo. HUMP! QUEM ESSE CARA PENSA QUE É? Como ele ousa falar assim comigo?

Sam: Quem é você afinal? Jackson? Steve? Mark? Charlie? Alan? - Eu fui falando todos os nomes de caras que sairam com a minha mãe, que eu lembrei. Mas é impossivel lembrar de todos. Ele me olhava com uma expressão confusa.

 '' Porque está agindo com se eu fosse o namorado da nossa mãe?'' - Ele perguntou ainda confuso. Espera... ele disse '' nossa mãe ''? Tudo bem que ele é bem novo pra namorar a minha mãe, mas daí a chamá-la de mãe é demais né! Como assim? Eu não entendi.... Além de chato e machista, ainda está bêbado. Eu mereço! Porque minha mãe não conhece ninguém decente heim?

 Sam: Hã? Que nossa mãe o que.... minha mãe! Você só pode estar bêbado. - Eu disse alto. Quem sabe assim a minha mãe acorda e vem dar um jeito nesse cara.

'' Nossa... alguém aqui acordou irritadinha, heim! Brigou com o namoradinho, foi? '' - Ele falou em tom de deboche. Que intimidade é essa?? E desde quando eu tenho um namorado...? Aiii esse cara vai dar trabalho. 

Sam: Cadê a minha mãe? - Eu perguntei, já sem paciencia. 

'' Ela saiu... estava uma fera porque você não fez o café da manhã! '' - Ele falou, com seus olhos voltados à TV. Ahn... desde quando a minha mãe fica brava por eu não ter feito o café? Ahhh... saquei! Ele deve estar me confundindo com a Melanie. Também...com esse pijaminha cafona dela, só podia! 

Sam: Eu não vou fazer o café.. se estiver com fome, faça você mesmo! 

'' Eii... aí, calma maninha! Fica trank aí '' - Ele disse, sorrindo. 

Sam: Pára de me chamar de maninha! Que intimidade é essa heim?

 '' Uii... a Senhorita Puckett está muito nervosa essa manhã! '' - Ele começou a rir. Ah.. é melhor eu falar com a Melanie, ela saberá cuidar dessa aberração aqui.

Sam: Arrgh!! Cadê a Melanie, heim? - Eu perguntei, séria. Não obtive resposta. Ele me encarava fixamente, com uma expressão séria também. Ué.. porque ele ta me olhando assim? Será que aconteceu alguma coisa? O silêncio tomou conta da casa....quer dizer, ainda podia-se ouvir o som da televisão, mas era só! Continuei encarando-o, afim de receber a resposta, para a minha pergunta. Mas nada! Ele nem se movia... ficava me encarando com o belo par de olhos azuis. 

De repente, ouço um barulho na porta. Era a minha mãe... ATÉ QUE ENFIM!

Pam: E aí ? - Ela disse, entrando com algumas sacolas na mão. Mas não eram de supermercado...e sim, do shopping! Hump! Na certa comprou mais algum biquini novo. 

'' Quer ajuda com as sacolas, mãe? '' - Ele perguntou. Arrgh! Ele ainda está com isso de mãe! 

Sam: Quer parar de chamá-la de mãe!! - Eu disse brava.

'' E devo chamá-la de que entao? '' - Ele me perguntou, bem confuso.

Pam: Eu quero sim...obrigada!

'' Sam... vai ajudar a mamãe com as compras! '' - Ele falou, sorrindo sarcastico. Argh!! Que cara mais idiota.. ele que a ajude! 

Sam: Eu não vou ajudar ninguém! Ela que carregue sozinha! - Eu esbravejei, indo direto pra cozinha. 

Pam: Samantha... isso são modos de falar com a sua mãe? - A ouvi dizer lá da sala. Desde quando ela se importa, com o jeito que eu falo com ela? Aii...quer saber? É melhor eu comer alguma coisa. Abri a geladeira e encontrei, queijo, presunto, bacon, suco. Ótimo... peguei tudo da geladeira e coloquei em cima da mesa. Peguei o pão em cima do armário, e fiz um lanche. Sentei-me na mesa e comecei a comer... logo minha mãe entrou na cozinha e me encarou.

 Pam: Não fez o café porque? 

Sam: E porque eu faria o café? 

Pam: Porque você sempre faz...

Sam: Ah... desde quando? - Perguntei, dando uma mordida no meu lanche. Cara... que história é essa que faço café? Eu heim... acho que eles querem tirar o dia pra me irritar, só pode ser isso! Eu nunca faço nada, a menos que eu ganhe algo com isso! Pelo menos com a minha mãe e com a Melanie é assim. 

Pam: Desde sempre... o que você tem? Ta tão estranha! - Ela disse pegando um pedaço de presunto. 

Sam: Nada... e por falar em estranho... quem é o idiota lá na sala?

 Pam: Como assim? Que idiota? 

Sam: O único que está sentado lá na sala, oras! 

Pam: O Max? - Ela perguntou surpresa. Ahh... então o nome daquele pateta é Max! É... ele tem cara de Max mesmo. 

Sam: Não sei... deve ser esse o nome dele. Olha mãe... você precisa começar a namorar caras mais velhos e menos idiotas.

 Pam: HÃ? Samantha, o que deu em você? 

Sam: Como assim o que deu em mim? 

Pam: Porque está dizendo que o seu irmão é meu namorado? - Ela perguntou com um ar de indignação. Mas que droga é essa? Que brincadeira de mau gosto é essa heim? Eu não to achando a menor graça... não entendo porque estão tentando me enganar. Quem eles pensam que são, tentando enganar Sam Puckett?? 

Sam: Mas... eu não tenho irmão! Só tenho uma irmã! - Eu disse alto. De repente o tal Max entrou na cozinha. 

Max: O que ta pegando aqui? - Ele questinou, sentando-se a mesa, ao meu lado.

Pam: É a sua irmã que está dando ataque... fica fazendo piadinhas, dizendo que você é meu namorado.

Max: Garota... o que há com você? Acordou do lado esquerdo hoje é? 

Sam: Cara... que brincadeira mais sem graça heim! Vocês estão me irritando com essa historinha. 

Pam: Nossa... o que houve com a menina meiga e doce, que acorda todas as manhãs bem cedo, prepara o café, e recebe a mãe com um beijo? - O QUE? ESSA AÍ É A MINHA MÃE? O que está acontecendo? Essa aí não é a minha mãe mesmo.... 

Sam: Olha... eu não sei do que vocês estão falando...cadê a Melanie heim? - Eu perguntei mais uma vez. E de novo... ficaram me encarando sérios, com uma cara de susto. Credo... o que está havendo hoje heim? Porque tudo parece tão estranho? De repente vi minha mãe passar correndo por mim, saindo da cozinha. Max me olhou com raiva e tristeza ao mesmo tempo. Senti um calafrio, percorrer meu corpo. 

Max: Samantha.. pára! Sabe que a mamãe não gosta que fala da Melanie! - Ele gritou, bravo.

 Sam: Ma...mas...porque? O que ela fez? O que está acontecendo hoje? - Eu perguntei rapidamente. Cara... o que está acontecendo aqui? Eu estou ficando com medo. 

Max: Cara... eu não sei o que te deu hoje... mas é melhor parar... porque esse tipo de brincadeira não tem graça. - Ele falou no mesmo tom de voz, agressivo de antes. Em seguida ele saiu da cozinha, pisando forte no chão. Ahn.. eu... não sei nem o que dizer! Isso é muito estranho. Arrgh! Quer saber.... eu vou pra casa da Carly. Lá pelo menos as coisas estarão melhores... eu espero. Peguei o meu lanche e subi para o meu quarto. Argh... e agora? Com que roupa eu vou? Não acho minhas roupas em lugar algum! Abri a gaveta e escolhi um shortinho preto. Depois peguei do guarda-roupas, uma blusinha azul clara, com listras em branco. Me arrumei rapidamente, peguei minha bolsa e desci. Passei pela sala e lá estava o tal Max, deitado, assistindo TV. Ele me olhou rapidamente, com cara de poucos amigos e logo voltou sua atenção ao programa que estava vendo. Me virei e fui saindo de casa. Bom.. o melhor que eu tenho a fazer é ir pra casa da Carly, comer, descansar, conversar e provavelmente ensaiar para o iCarly. Fui andando rapidamente até o Bushwell.... e em menos de 15 minutos, já havia passado pela  portaria. Lewbert? Não o vi... deve estar gritando com alguém por aí, já que é só isso que ele sabe fazer, além de comer e dormir. Subi de elevador até o 8º andar. Abri a porta do apartamento... que como sempre... estava aberta. Avistei Carly no balcão, mexendo no computador.

 Sam: E aí Carls? - Eu falei, batendo a porta.

Carly: Oi Sam! Você já chegou?

Sam: Já...porque? 

Carly: Por nada... cadê o Freddie? 

Sam: Eu sei lá... 

Carly: Ué... vocês sempre chegam juntos! - Ela disse, voltando sua atenção pro computador. Como assim, Freddie e eu sempre chegamos juntos? O que ela quis dizer com isso? 

Sam: Como assim? - Perguntei, tentando entender o que ela disse.

Carly: Ah... você sabe... já que vocês dois... - Ela ia dizendo...quando Spencer entrou correndo na sala.

Spencer: E aí senhorita Puckett, como vai? - Ele disse interrompendo Carly. Ele sorria, parecia muito contente. 

Sam: Ahn... eu vou bem, eu acho! - Respondi... na verdade, eu não sei se estou bem. Eu sinto que há algo estranho no ar, essa manhã. 

Spencer: Aí...você viu o meu balde de tinta azul? - Ele disse diretamente pra Carly.

Carly: Hum... não! Porque? 

Spencer: Porque eu preciso terminar uma escultura, e não consigo achar esse balde em nenhum canto da casa. - Ele falava, enquanto passava os olhos pela casa, procurando o tal balde.

Carly: Você não deixou lá em cima, no 3º andar? - Ela perguntou. Hã? Porque o Spencer deixaria o balde lá no estúdio do iCarly? 

Spencer: Eu não sei... vou lá procurar... - Ele disse, subindo as escadas pulando e cantando. Que estranho.. 

Sam: Está fazendo o que aí? - Eu questionei, me aproximando dela.

Carly: Baixando umas musicas... 

Sam: Hum... -  Suspirei. Lembrei-me do ocorrido ontem à noite. Porque ninguém comentou nada ainda? Ouço alguém bater na porta e logo ela se abre...

Freddie: Carly... a Sam já chegou? Ela ainda não apareceu em casa e.... - Ele metralhou as palavras, enquanto entrava no apartamento. Mas assim que me viu, ele parou de falar e se aproximou de mim. 

Sam: Já cheguei sim... e por....- Eu não consegui terminar a frase. Freddie me surpreendeu com um beijo. O QUE? Como assim?? Ele me beijou! Foi um beijo rápido, porém intenso. 

Freddie: Oi amor! - Ele me cumprimentou sorrindo. 

Sam: FREDDIE!! O QUE VOCÊ FEZ?  - Eu gritei muito assustada. Como é que ele chega me beijando assim? Quem ele pensa que é...? Ok... admito que eu amei o beijo, mas poxa... que atrevimento é esse? Ainda por cima na frente da Carly.

Freddie: Ahn... eu te dei um beijo, oras. - Ele falou confuso.

Sam: Mas o que te faz pensar que você pode chegar e me beijar assim, heim? - Eu estava pronta para dar uma boa surra nele, mas não consegui. 

Carly: Ahn... ele é seu namorado... acho que isso dá o direito à ele, de te beijar! - Ela parecia tão confusa quanto Freddie. Afinal...o que está acontecendo? E que história é essa do Freddie ser meu namorado. Tudo bem que eu realmente o amo, mas ele não sabe disso... ou pelo menos, eu achava que ele não sabia.

 Sam: Como é que é? Namorado? Desde quando?

 Freddie: Completamos 4 anos de namoro semana passada, não lembra? 

Sam: Não... nós nunca namoramos! A gente se odeia, vive brigando, lembra?!

 Freddie: Ahn...então...eu.... não posso te beijar? - Ele fez uma carinha de choro, que sinceramente, me partiu o coração. 

Sam: Claro que não! - Eu disse, brava. 

Freddie: Calma! Olha... amor, você está bem? - Ele disse, colocando a mão na minha cintura, demonstrando preocupação. Estremeci....senti meu rosto queimar. Ótimo... devo estar vermelha. Argh.. porque ele tem que provocar esse tipo de sensação. 

Carly: É... você está estranha Sam! O que aconteceu? 

Sam: Nada! Eu estou bem... - Eu respondi, me soltando dos braços do Freddie. 

Freddie: Então... porque está agindo assim? Porque está me tratando desse jeito? Poxa, eu te amo tanto... a gente nunca brigou... eu fiz algo errado? - Ele falava com uma voz fraca, parecia realmente triste com a minha reação. Mas... eu não estou entendendo nada! Isso só pode ser algum tipo de piada. 

Sam: Você ficou maluco? Nós nunca namoramos... você sempre amou a Carly! Desde que a conheceu, você a ama! Que brincadeira é essa agora, heim? - Eu disse meio desesperada. Carly pulou da cadeira agora e se aproximou. 

Freddie: O que? Carly e eu, juntos? Nunca! Eu sempre gostei dela como amiga... eu amo você, não estou brincando! - Ele falou. Ele parecia realmente dizer à verdade. 

Carly: Sam.... o que houve? Porque você está agindo dessa maneira? Está me assustando amiga! - Sua expressão demonstrava preocupação. 

Sam: Comigo nada! O que está acontecendo com todos vocês...porque está todo mundo agindo estranho? Ninguém falou nada sobre ontem.

 Freddie: Ontem? O que aconteceu ontem?

 Sam: Ontem foi a festa de aniversário minha e da Melanie, eu briguei com ela... vo..vo..vocês ficaram do lado dela como sempre... e também tinha aquela decoração ridícula que ela fez .... e que você gostou tanto, Carly! Co...como po..podem não lembrar? O que está havendo aqui? - Eu falei, em meio a lágrimas. Eu não estou entendendo... o que está acontecendo aqui? Cadê a Melanie? Porque estão todos agindo assim? 

Carly: Mas não foi seu aniversário ontem.... 

Freddie: Quem é Melanie? 

Sam: Como assim quem é Melanie? É A MINHA IRMÃ GÊMEA! - Eu berrei ainda chorando.

Carly: Você não tem irmã gêmea... só tem um irmão ... o Max! 

Freddie: Vem.. senta aqui Sam! Fica calma! - Ele disse me segurando pelo braço. 

Sam: Tá... - Foi o que eu consegui dizer... eu tentei me acalmar e parar de chorar. Freddie tirou um lencinho do bolso e enxugou minhas lágrimas. Carly se dirigiu até a cozinha e logo voltou com um copo d'água nas mãos.

Carly: Bebe um pouco... e se acalme! - Ela disse me entregando o copo. Peguei-o e bebi a agua, mas ainda estava muito nervosa. Se isso for uma brincadeira, o que é bem provável que seja, já passou do limite! Isso não é divertido. 

Freddie: Se sente melhor? 

Sam: NÃO! Parem com essa brincadeira idiota! Isso não tem graça nenhuma! 

Carly: Sam.. ninguém está brincando com você!

 Freddie: Olha... eu acho que você não está nada bem, é melhor eu ligar para a sua mãe.

Sam: Pra que? Ela nunca liga pro que acontece comigo! 

Carly: Aii Sam... como pode falar isso? Ela te ama tanto... está te dando tudo! - Ela falou com a maior naturalidade. HÃ? COMO ASSIM? Essa aí não é a minha mãe... a minha mãe de verdade, simplesmente não liga pra nada nem ninguém, além dela mesma! 

Sam: Hahaha.... agora sim você está brincando né, Shay! - Eu dei uma risadinha meio forçada. 

Carly: Eu...? Não... estou falando muito sério! 

Sam: A ta! Acredito... - Falei num tom de deboche. Até parece que eles vão me fazer cair nessa piada. HAHA... a minha mãe se preocupando comigo! Até parece.... 

Freddie: Ahn... que tal assistirmos um filme?

 Carly: Ahn.. é uma boa! 

Sam: Mas... peraí... não temos que ensaiar o iCarly hoje? - Eu perguntei. É estranho... geralmente a Carly é a primeira a sugerir que ensaiemos para o programa. 

Carly: Ai.... o que? - Ela perguntou, me encarando com uma expressão confusa.

 Sam: O iCarly! 

Freddie: Que isso? 

Sam: Não se faça de bobo, Freddalupe! 

Freddie: Freddalupe? Que apelidinho é esse? 

Sam: Sempre te chamei assim...

Freddie: Jura? Essa foi a primeira vez que te ouço falar assim.... antes você me chamava de amor, lindo, fofo. 

Sam: Argh!! Até que horas vocês vão continuar com isso? Parem de uma vez e vamos logo ensair o iCarly! 

Carly: Não sei do que você está falando! - Ela parecia dizer a verdade. Parecia mesmo que ela não sabia o que era o iCarly. 

Sam: Como não? iCarly....nós três.... show de comédia na web.... o Freddie atrás das câmeras! - Eu disse, gesticulando, tentando fazê-los entender do que eu falava. 

Freddie: Não fazemos show nenhum! 

Carly: É... o Freddie tem razão!

Sam: Ah qual é... Carly, nós somos famosas em todo o país.

 Carly: Hahaha... ficou doida, Sam!? 

Freddie: É... o que você tem hoje?

 Carly: Não somos famosas... quer dizer, a menos que você considere ser conhecidas na escola como as líderes de torcida mais bonitas da Ridgeway. - Ela disse sorrindo. O QUE? LIDER DE TORCIDA? AGORA SIM.... A BRINCADEIRA FOI LONGE DEMAIS! 

Sam: Líder de torcida? Eu? NUNCA! 

Freddie: Vocês são sim! Apesar de eu não gostar dos caras ficarem te olhando com aquele uniforme, tenho que admitir... vocês duas são realmente as mais bonitas! - Ele falou sorrindo para mim. Senti meu rosto ferver... devo estar vermelhinha....O Freddie me acha, bonita? Desde quando? 

Carly: É... você é a chefe das líderes. Nós duas inventamos as coreografias, juntas! 

Sam: Carly... eu não danço à anos! - Eu afirmei, séria.

Freddie: Do que você ta falando? Você dança todo ano no concurso de beleza...

Carly: É...você sempre ganha por causa do discurso e das suas danças maravilhosas. 

Sam: Eu só ganhei um concurso de beleza. Os outros eu fiquei em 2º lugar. 

Carly: Olha amiga, eu acho que você bateu a cabeça, hoje! 

Freddie: A Carly tem razão, amor! Voce não parece bem. - Ele disse, se aproximando. Me afastei, de repente. Não consegui encontrar as palavras para responder. Saí correndo em direção as escadas. Subi até o 3º andar, e ouvi Carly e Freddie virem atrás de mim. Entrei no estúdio correndo, e o que vi, foram inúmeras esculturas, dois cavaletes com uns quadros em branco e alguns quadros pintados, pendurados nas paredes. As paredes estavam pintadas num tom de azul bem claro. O cenário do iCarly? Nem sinal dele. Tudo aqui parecia ser do Spencer, a maioria das esculturas que ficavam na sala, estão aqui. Baldes de tintas espalhados pelo local, pincéis e algumas peças doidas. No lugar do nosso carro, estava a nave do filme '' Guerra nas Galáxias '', que Spencer tinha comprado, há uns anos. Mas... espera! Como isso pode estar aqui? Nós demos ao Nevel, como um carro. O que está acontecendo? Ouvi passos, olhei pra trás, eram Carly e Freddie. 

Carly: Aii... Sam... ta fazendo o que....aqui... em cima!? - Ela perguntou, ofegante.

Sam: Carly! O que houve com o nosso estúdio? Cadê o nosso carro cenográfico? O carrinho de equipamentos do Freddie? A decoração do nosso estúdio... sumiu! 

Carly: Sam... do que você ta falando? 

Freddie: Sam, meu amor, não sabemos do que você está falando! - Ele se aproximou de mim. Senti a raiva tomar conta do meu corpo. Eu estava a ponto de socá-lo, mas não consegui fazer isso. Ouvi-lo me chamar  de '' amor '', fazia com que toda a força que eu tinha... desaparecesse. Mas eu tinha que reagir...

Sam: CALA BOCA! Não me chama de amor! Vocês estão mentindo! - Eu gritava, enquanto as lágrimas começavam a escorrer dos meus olhos, novamente. Corri até a porta e saí. Desci as escadas e peguei o elevador. Assim que o elevador se abriu, corri para a recepção, saindo do prédio em seguida. Escutei o Lewbert berrando, mas não consegui entender o que ele disse. Ainda em frente ao Bushwell, olhei para os lados, decidindo que direção tomar. Eu não sei pra onde ir, preciso pensar. De repente, me lembrei da conversa que tive com aquele anãozinho ontem à noite. Senti um arrepio percorrer o meu corpo... e se for verdade? E se o que ele me disse ontem, é realmente verdade!? 

Sam: NÃO! - Eu gritei, sem querer, no meio da rua. Várias pessoas que passavam por mim, olharam assustados. 

Atravessei a rua, e fui em direção ao parque. Está quase na hora do almoço, e eu vou comer algo por lá. Apesar de não ter fome. Fui caminhando rapidamente, eu preciso chegar logo até lá, antes que alguém me encontre assim. Aos poucos eu conseguia parar de chorar... mas eu sinto uma angustia enorme, dentro de mim. Estou sentindo medo... medo de que isso não seja um pesadelo. Medo de que tudo que o tal anão falou, seja verdade. Andei pelas ruas de Seattle, e em cerca de 15 minutos, cheguei ao parque. Procurei um lugar calmo e isolado, das familias que estavam aproveitando o dia aqui no parque. De longe avistei um banco, debaixo de uma grande árvore. Corri até lá e me sentei. Eu preciso entender tudo que está acontecendo hoje...é simplesmente inacreditável. Isso só pode ser um terrível pesadelo, do qual eu vou acordar e tudo voltará ao normal.

 Mitch: E aí? Como vai vida sem a Melanie? - Ele apareceu de repente, na minha frente. Assustei e rapidamente me levantei, indo pra cima dele, estava disposta a dar-lhe um belo soco, mas quando fui pegá-lo, ele sumiu. Olhei para os lados, mas não o vi! Como assim? Cadê aquele anão? 

Mitch: Procurando algo? - Ouvi a voz dele. Olhei pra trás, ele estava sentado no banco.

Sam: VOCÊ! 

Mitch: Relaxe Samantha! Sente-se aqui...- Ele disse sorrindo, batendo a mão levemente no banco.

 Sam: O que está acontecendo com a minha vida? - Eu perguntei, me sentando ao seu lado.

Mitch: Eu realizei o seu desejo. 

Sam: Como assim? 

Mitch: Sam, você desejou que sua irmã nunca tivesse nascido. Então... eu realizei o seu desejo!

Sam: Mas... então... eu...eu...sou filha unica?

 Mitch: Não... você tem um irmão mais velho...o Max! 

Sam: Hum... mas...espera... porque? 

Mitch: Porque o que? 

Sam: Porque eu tenho um irmão mais velho? Tecnicamente eu deveria ter um mais novo... não é? - Argh! Eu ainda não to acreditando que isso está acontecendo!

 Mitch: É... geralmente, nos filmes é isso que acontece! Mas eu decidi fazer diferente... - Ele disse com um sorriso meio malicioso. Sério, estou ficando com medo dele! 

Sam: Hum... entendi! - Eu menti... na verdade eu não entendi coisa alguma! Qual é a desse maluco afinal? 

Mitch: Bom.. eu já vou! Divirta-se na sua nova vida! - Ele disse, e em seguida desapareceu. 

Sam: Eiii espera! Mitch! Mitch! Volta aqui... eu não acabei! 

Mitch: O que foi agora? - Ele falou, surgindo do nada na minha frente. Dei um pulo pra trás.

Sam: Eu preciso entender algumas coisas....

 Mitch: O que? 

Sam: Porque a minha mãe ficou estranha...quando....eu.. mencionei o nome da minha irmã? - Eu estava com medo de fazer essa pergunta, mas eu preciso saber o que houve. Porque ela parecia conhecer a Melanie, e se o Mitch diz, que a minha irmã não existe... algo aconteceu. Olhei para ele... e vi que a expressão de seu rosto era séria.

Mitch: Hum... olha, pode ser difícil o que direi agora, mas... Melanie morreu ao nascer. - O QUE? COMO ASSIM? AH NÃO... 

Sam: NÃÃÃOO! VOCÊ ESTÁ MENTINDO! ISSO NÃO É VERDADE! - Eu gritava, enquanto lágrimas começaram a sair dos meus olhos. 

Mitch: Eii... se acalma! Infelizmente, é a verdade! Você desejou isso... foi muito doloroso para a sua mãe, pois ela sempre quis ter gêmeas, e a noticia da morte de sua irmã, a deixou muito mal. Por isso ela não gosta de tocar no assunto. 

Sam: Eu.... não... acredito que isso... está acontecendo. Só pode ser piada! - Eu tentava me acalmar. Enxuguei as lágrimas, com as mãos, e respirei fundo. Isso só pde ser um pesadelo... tem que ser. SAMANTHA, ACORDA AGORA!

 Mitch: Pois pode acreditar...mais alguma pergunta? - Ele parecia tão satisfeito de me ver chorando. A minha vontade era de pegá-lo para ser meu mini saco de pancadas, mas não tenho forças. 

Sam: Sim .... tenho! E o iCarly? Porque quando perguntei à Carly, ela disse que não sabia do que eu estava falando?

Mitch: Porque não existe o iCarly. 

Sam: Como assim não existe? Eu que faço o iCarly...não a Melanie! 

Mitch: É... mas, veja bem, sem a Melanie, sua mãe não tinha duas filhas para mimar, então tudo era pra você! 

Sam: Pra mim? 

Mitch: Isso... sem a Melanie, você era a princesinha da familia. Todas as atenções eram voltadas somente à você! E isso a tornou, o que era para ser a Melanie. 

Sam: Ahn...que....quer...di..dizer que... eu ....sou a Melanie? 

Mitch: Exato! Você é esperta, garota!

 Sam: Ainda não entendo porque não existe o iCarly. 

Mitch: Sam, pensa bem! Se você é como a Melanie, você é boa, ingênua, meiga, sensível, boa aluna, amiga de todos. - Ele falava sorrindo, feliz com o que acabava de fazer com a minha vida!

 Sam: O QUE? NÃO...  EU NÃO SOU ASSIM!

Mitch: Ah.. você é sim! E se você parar pra pensar, o iCarly só existe, graças a uma de suas travessuras, de criança. Sem as suas pegadinhas, a sua professora, não deixou Carly, gravar o show de talentos, e vocês nunca ficaram famosas. 

Sam: Mas.. como eu posso ser assim? Eu jamais seria assim.... eu odeio patricinhas, não seria uma delas. 

Mitch: Você era o que era... porque sua irmã existia, sem ela, é como se a verdadeira Sam, não existisse. - As palavras dele, eram como choques elétricos. Eu não sabia nem que reação ter. Ainda estou tentando assimilar toda essa situação, e todas essas informações.

 Sam: Cara... é muita coisa num dia só.

Mitch: É.. eu sei! Mas é melhor saber agora, do que ficar confusa não é? 

Sam: É... eu acho!

 Mitch: Mais alguma pergunta?

Sam: Hum... é, eu tenho! 

Mitch: Então vamos lá, pergunte! 

Sam: Ahn...porque o Freddie me beijou e disse que éramos namorados? 

Mitch: Porque vocês são, oras! 

Sam: Mas.... a gente se odeia! Quer dizer... ele não me ama, ele ama a Carly. 

Mitch: Não... ele ama você, desde que a conheceu. Ele nunca amou a Carly. - Ele disse. As palavras dele, fizeram meu coração acelerar. 

Sam: Hã? Co...co..como assim? - ÓTIMO... Agora ainda por cima, estou gaguejando. 

Mitch: Olha Sam...como eu disse, sem a Melanie na sua vida, tudo é diferente, inclusive você! 

Sam: Eu? Como eu posso ser tão diferente à ponto do Freddie gostar de mim? 

Mitch: Você é boa, meiga, carinhosa, assim como Carly e Melanie era, então isso fez o Freddie se apaixonar por você, desde que a conheceu. - Ele disse, com calma. Hump! Só podia ser mesmo... o Freddie só me amaria se eu fosse como a Carly, ele nunca vai me amar, como eu realmente sou. Eu sou uma idiota... porque eu tenho que gostar tanto dele? 

Sam: Hum... - Eu soltei sem querer.... nao sei mais o que falar. Me sinto triste, pela Melanie, e porque o Freddie, só me ama, porque eu pareço com a minha irmã. Isso significa que na minha vida real, ele gostava dela.

 Mitch: Mais alguma pergunta? 

Sam: Não... já foi o suficiente por hoje.

 Mitch: Ok... se precisar de mim, é só chamar! 

Sam: Tá..

Mitch: Boa sorte com sua vida nova! - Ele disse, e em seguida sumiu. Continuei sentada no banco, tentando entender tudo que estava acontecendo... Ah, como eu queria que isso fosse um pesadelo. Sei lá, não sei nem o que sentir primeiro, tristeza pela minha irmã ter morrido por minha culpa, felicidade porque nessa nova vida, o Freddie, me ama, ou raiva, porque ele só me ama, porque eu sou uma patricinha. Hum... melhor eu ir pra casa! Afinal, isso não pode ser tão ruim...ou pode? Saí do parque, peguei um ônibus e em 20 minutos, estava chegando em casa. Assim que abri a porta, ouvi a TV ligada. De longe, avistei Max, meu irmão! Que estranho... nunca imaginei que pudesse ter um irmão. E mais velho ainda. 

Max: Onde estava até agora? 

Sam: No parque.... 

Max: Own... com o Freddie, é? - Ele disse num tom sarcástico, que não me agradou nada! 

Sam: Não! Sozinha! - Eu disse ríspida.

 Max: Nossa... ainda está nervosinha é?

 Sam: Não te interessa! 

Max: Ve lá como fala comigo, heim garota! - Ele ficou sério agora! Parecia realmente bravo.

Sam: Olha você como fala comigo, se não eu te quebro no meio!

 Max: Hahahahaha.... você? Me bater? Aii, essa é boa! 

Sam: Arrrgh! Não me enche, ô mané! - Eu falei, me virando em seguida, indo para o meu quarto. Aiii.. que garoto mais chato! Eu odeio esse tom arrogante dele. Fala sério...eu desejei não ter a Melanie como irmã, e ele me dá um irmão idiota e metido a bad boy! É o cúmulo isso. Cheguei no quarto e a primeira coisa que vejo, é uma cama repleta de bichinhos de pelúcia. Me deitei na cama vazia, e procurei o interruptor, que fica na parede ao lado da cama, para apagar a luz. Tudo o que eu quero é dormir...acordar e ver que isso foi só mais um dos meus loucos sonhos. 

( Ponto de Vista Geral ) 


Sam estava muito confusa, com tudo que estava lhe acontecendo. Parecia um estranho e louco sonho, mas ao mesmo tempo era muito real. A loira estava sentindo diversas coisas, felicidade, raiva, tristeza, culpa. Não sabia que reação ter, ela estava um pouco feliz, pois com essa nova vida, ela poderia namorar o garoto que sempre amou, mas por outro lado, a loira sabia que ele só gostava dela, porque ela era meiga e doce, como Carly. E isso a deixava um pouco preocupada, pois sabia que por mais que tentasse, ela nunca seria como sua irmã. Ela odiava ser como Carly ou Melanie. Após chegar em casa, e discutir com seu irmão, a loira sobe para o quarto, para descansar. Ela precisava de um tempo, para assimilar tudo que estava acontecendo. Algumas horas mais tarde, Sam estava dormindo tranquilamente em seu quarto, quando acorda com o som da campainha. Ela continuou deitada, esperando que alguém fosse abrir a porta. Mas parecia que ninguém havia ido, pois a campanhia continuava tocando insistentemente. Ela se levantou e foi atender a porta. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Heeeey Guys!!
OMG!!
Altas revelações, heim!
O que estao achando???
Caso voces nao tenham entendido algo, é só me perguntar, ok??
Espero que estejam gostandooo
MUUUUUUUITO OBRIGADA A TODOS, POR ESTAREM COMENTANDO.... EU TO TAO FELIZ.
PS: https://www.fanfiction.com.br/historia/196189/iWe_Made_Love Novos posts...
beeijos.. Daqui a pouco, eu postarei mais.