The Curious Case Of Faberry escrita por Meg


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ai, que bom que gostaram *____*. Tive essa ideia quando estava lendo o primeiro livro, Para Sempre, e li que a Ever era loira, e comecei logo a imaginar a Di interpretando ela. E aí comecei a pensar em como seria se fosse uma Faberry, e então resolvi postar aqui algo parecido, mas apenas parecidos, por exemplo, Ever vê a aura das pessoas, e Quinn ainda não tem esse dom, e sim o de ler mentes, e, ao tocar em alguém, conhecer todo o passado dela. Posso colocar esse dom na frente, mas não agora pelo menos. Bem, boa leitura...



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O caminho pra a escola não foi demorado. Os pensamentos de
Santana estavam meio misturados, e ao mesmo tempo em que ela implorava pra que houvesse alguma garota nova, ela também pensava em como a bunda de Sugar Motta era bonita. Eu sei, pensamentos bastante constrangedores, mas estávamos falando de Santana Lopez, a gay mais foda e engraçada do mundo. Eu adorava Santana. Ela era minha melhor amiga, e jamais me abandonaria, disso eu sabia. Finalmente, a ferrari parou diante do William McKinley High School. Eu estava ansiosa pra ver
Brittany Pierce, minha outra amiga.

- Chegamos - disse Santana, abrindo a porta do carro.

Ai, como eu quero que tenha alguma novata bonita por aqui, e que, por favor, seja gay, escutei Santana pensando, e tive que conter uma risada, Mas se bem, que quando me ver, corre o risco dela virar gay, por mim.

Santana era uma garota gay bastante convencida. Eu tinha que
admitir, por mais que nós três não fôssemos muito populares, Santana era uma das garotas mais gostosas do colégio, e já havia ficado com várias pessoas de lá. Desci do carro, ajeitando meu boné vermelho, e agarrando minha mochila. Eu parecia uma daquelas sem-teto que estava entrando pra uma escola famosa, li isso no pensamento de Meredith Havor (uma garota rica e soberana que estuda no McKinley comigo há tempos), e no do namorado gay da Elizabeth Wesley. Como se eu desse a mínima pra isso...

O que aconteceu com a Quinn Fabray?

Por que ela não está usando o uniforme das Cheerios?

Antes eu viraria gay por esta menina, e agora ela parece um menino vestida desse jeito.

Era o que se passava na cabeça das pessoas, enquanto eu e
Santana cruzávamos o corredor, andando em direção à Brittany, que mexia no armário, com o telefone rosado na orelha.

- Hey, Britt – chamou Santana, se aproximando.

Brittany tomou um susto, e se virou na nossa direção. Abri um sorriso contente.

- Meninas! – gritou Brittany dando pulinhos, e batendo as
mãos. Sem prévia, ou aviso, ela nos puxou pra um abraço apertado, que quase arrancou minha cabeça fora. Brittany era forte, fazia parte de um clube de luta junto com os outros garotos do colégio. – Nossa, eu senti tanta falta de vocês duas! Quinn, você está bem?

Eu mordi meu lábio, e encarei o chão. Não que aquela pergunta fosse estranha pra mim, já que eu tinha passado minhas férias inteiras
ouvindo isso.

Bem, aqui vai a história:

Antigamente, eu costumava ser daquelas garotas esnobes. Eu
era perfeita. Namorava com Noah Puckerman, o cara mais lindo do colégio, era uma líder de torcida, tirava as notas mais altas do colégio, bem, era perfeita. Exatamente, eu era.

Tudo isso mudou numa noite na qual eu, Frannie, e meus pais
estávamos andando de carro, pois iríamos visitar minha tia Sally em Paris, na França. Íamos de caminho ao aeroporto, porém o carro acabou batendo num caminhão, e capotou, caindo na água. E, eu sei que você vai me achar louca por estar dizendo isso, mas... Eu morri.

Sei que morri, porque por um momento, eu pude ver meus pais
e a Frannie acenando pra mim enquanto caminhavam por uma ponte branca, que eu sabia que não existia. Eu estava sem nenhum arranhão, e ao olhar pra trás, eu havia visto meu próprio corpo afundando no lago, junto com meus pais, e a Frannie. Mas, milagrosamente, foi como se eu voltasse pro meu corpo, e, de uma hora pra outra, acordasse em um Hospital. Ninguém soube dizer como eu saí do lago, só sei que de uma hora pra outra, tudo mudou. Eu estava entendendo o que as outras pessoas estavam pensando. Eu escutava seus pensamentos, e, apenas com um toque de mão, eu senti a vida da enfermeira. Senti, e vi. Eu soube tudo que havia se passado com ela, com apenas um leve toque. E foi horrível. Eu pensei em me internar, pois ninguém acreditaria em mim, nem eu mesma conseguia acreditar mais! Porém a minha tia Trudy soube do acidente, e veio correndo pra Lima. Foi naquele momento, que finalmente me contaram que eu havia sido a única sobrevivente. Eu tentei, mas não consegui chorar. Naquele momento eu estava sentindo tantas coisas, a dor era tanta, que eu não conseguia botar pra fora. E até hoje convivo com ela.

Tia Trudy é uma boa mulher, porém está sempre viajando, e eu
quase sempre fico sozinha em casa. Bem, sozinha não, eu fico com a Frannie.

Frannie está morta, porém eu a vejo em minha casa o tempo
todo, e nós conversamos normalmente, sempre que nos vimos. Muitas vezes ela dorme comigo, pra que eu não me sinta sozinha, como ela fazia quando eu tinha pesadelos. Claro, no início achei muito estranho, e voltei a considerar que o acidente tivesse me deixado com um parafuso a menos, mas acabei me acostumando. Eu já havia perdido mamãe e papai, acho que não aguentaria que Frannie me deixasse. E ela não havia me deixado.

Acabei meio que me acostumando com esse dom. Eu via mortos
em toda parte, mas eles, ao contrário do que vemos nos filmes, não tentam nos fazer nenhum mal. Apenas nos observam, e eles adoram ser vistos. No meio das férias, resolvi que se eu continuasse sendo popular e conhecida no colégio, as coisas ficariam mais difíceis, e então fui até a sala da minha treinadora Sue Sylvester, e saí das Cheerios. Depois, mandei uma mensagem ao Puck, dizendo apenas um ‘acabou’. Ele tentou falar comigo as férias inteiras, me mandando mensagens dizendo que eu devia estar confusa por causa do acidente, mas eu sabia o que queria naquele momento. Era ficar longe de todos. E se pra isso eu tinha que me afastar dele, o cara que eu amava, então era isso que eu faria.

- Quinn? – escutei a voz suave de Brittany me acordar dos
meus devaneios, e encarei, um tanto assustada. – Eu te perguntei se estava tudo bem, e você ficou em transe completo... Tudo bem?

- Claro que sim, Britt – falei, sentindo minha garganta. –
Eu só... Me perdi um pouco nos meus pensamentos. E você?

- Bem, minhas férias foram uma droga, tive que ficar ajudando
minha mãe a cuidar da Bianca, ela ficou doente – Brittany deu um suspiro
desconsolado. – Não fiquei com ninguém, já que na minha rua você não acha ninguém bonito. – e cruzou os braços. – Então resolvi esperar as aulas pra ver se achava alguém interessante.

- Minhas férias também não foram grande coisa – falou Santana
se recostando no próprio armário. – Minha avó foi lá pra casa, e ficou enchendo meu saco, e o da minha mãe. A velha realmente é de te deixar louca. Quando contei a ela que era gay, ela disse que eu era muito nova, e ainda tinha muita coisa pra viver. Oras, eu tomei uma decisão, ela deveria me respeitar!

Brittany se virou pra mim.

- Soube que saiu da torcida – falou, colocando as mãos na
cintura. – Ao contrário de Santana, acho isso ótimo. Estava na cara que você não gostava, e estava nisso só por causa d... – Dos seus pais, ela completou em pensamento, fazendo com que eu baixasse a cabeça, e colocasse uma mecha loira atrás da minha orelha. – De nós –
ela se corrigiu, e eu fiquei um pouco feliz por ela não ter completado a frase, mas eu soube o que ela queria dizer de verdade, e aquilo já me deixou um pouco pra baixo. – E fico feliz que tenha desistido.

Dei um sorriso de lado, e recuei um pouco.

- Devemos ir pra aula – falei, simplesmente. – A aula de
inglês já deve estar começando.

E fui caminhando na frente, ainda escutando a conversa das
duas.

- Brittany, ela ficou chateada!

- Desculpa, San, eu tinha me esquecido!

- Nha, esquece, Britt, e vamos logo!

Suspirei fundo, e apressei o passo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo tem a Rachel, promessinha. Bem, mereço uma review?