Eu Sou Sua Escuridão escrita por BoseBlut


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Desculpa, desculpa, desculpa ._.
Sei que demorei postar, mas realmente estou com problemas na internet
E um pequeno probleminha de inspiração hoeauihue
Enfim, tá aí o capítulo e espero que gostem >_>



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Não estava com sono quando foi se deitar novamente na cama, mas acabou adormecendo abraçado a Eric. O corpo dele era frio, se comparado ao de Bill, no entanto, era algo confortável de sentir contra o corpo. Também gostou do perfume que vinha dos espessos cabelos dele e da forma como o estava abraçando.

Estava em um estado de semi-consciência, meio desperto, meio dormindo, inspirando o aroma dos cabelos do garoto com o queixo apoiado na cabeça dele quando ouviu a porta do quarto se abrir, rangendo devido aos anos de falta de cuidado e abandono do prédio. A luz do luar que atravessava a porta da sacada deixava o ambiente com um aspecto leitoso.

Bill não precisava de outra fonte de luz para perceber que seu assassino estava ali. Alto, de chapéu que ele reconheceu ser estilo Fedora e roupas negras que não deixavam uma única parte do seu corpo exposta. Sentiu a respiração ficar mais rápida e engoliu em seco, cutucando Eric para que acordasse.

Eric percebeu o que estava acontecendo imediatamente. Esticou a mão até o interruptor e acendeu as luzes do quarto, sem retirar os olhos da silhueta do homem que os encarava perto da porta. Segurou a mão direita de Bill e ambos se levantaram lentamente, observando cada movimento que o homem pudesse fazer.

A criatura com gancho no lugar da mão se movimentou para mais perto. Nem um único ruído escapava dela.

Bill sentia que o coração saltava pela boca. Poderia morrer ali a qualquer momento. Trouxe um  assassino até o apartamento de Eric e o colocou em perigo, como se tudo por que ele passava não fosse suficiente e pensar dessa forma fez com que ele decidisse tomar uma atitude. Num ímpeto, correu até seu assassino e o empurrou para trás com toda a força que  conseguiu juntar. O homem caiu em cima de uma mesa redonda de vidro que se quebrou em milhares de pedaços com o impacto quando caiu ao chão com o homem espalhado entre os cacos.  Bill voltou-se para Eric e o puxou pela mão em direção a porta e os dois imediatamente começaram a correr para fora do prédio e só pararam quando se sentiram que atingiram uma distância segura do invasor.

– Acho que ele não nos seguiu – Bill comentou, finalmente parando para tomar fôlego – É melhor irmos até a polícia.

– A polícia não vai servir de grande ajuda neste caso, Kaulitz. – Eric respondeu inspirando profundamente e o encarando através de seus grandes olhos azuis.

– Que quer dizer? – Bill esperou, mas Eric não fez menção de responder a pergunta. – O que sugere então?

– Vá para casa, aproveite a vida que tem agora e deseje que ele não te encontre.

 Bill olhou para o garoto procurando ver se ele estava rindo. Só podia ser piada. Esperar não ser encontrado? O cara havia acabado de invadir o apartamento dele!

– Tá de brincadeira, né?

Eric deu de ombros. Então arregalou os olhos apontando para as costas de Bill e ele se virou para onde Eric olhava. Viu a silhueta do seu assassino caminhando a passos largos e furiosos na direção dos dois. As luzes dos postes explodiam e se apagavam conforme ele se aproximava e as ruas ficavam cada vez mais escuras.

 Sem outra opção, os dois novamente voltaram a correr e dessa vez Bill tentou guiá-los até o local onde ele sabia ser a delegacia de polícia.

Sempre que Bill se virava para olhar, via o homem logo atrás em seu encalço. Mais e mais luzes explodiam ao seu redor e os cacos caiam ao redor dele sem surtir nenhum efeito. Como em um sonho, Bill viu os prédios e casas passando enevoados enquanto ambos corriam. Não havia ninguém nas ruas para oferecer ajuda. O vento batia com tanta força no seu rosto que quase o machucava. Eles não pararam de correr, nem mesmo quando já não avistaram mais o homem quando olharam para trás. Bill sentia os músculos se contraírem pelo esforço e o suor escorria em uma linha por suas costas.

Quando finalmente alcançaram a quadra que Bill sabia que a delegacia ficava, ele se permitiu respirar aliviado. Percorreu a quadra até a delegacia e sentiu o ar se esvaindo dos seus pulmões quando chegou ao local.

– Mas o quê?!

– Eu disse que não ia adiantar procurar a polícia. – Eric comentou. Bill se permitiu cair de joelhos e levar as mãos aos cabelos.

 No lugar onde ele sabia ficar o prédio da polícia, nada mais restava. Era apenas um terreno baldio. Grama crescia no local terreno, verde e bem aparada.

– Ficava aqui, eu tenho certeza... Não é possível.

– Vamos, Bill. Vamos até a sua casa. Lá talvez seja mais seguro.

Bill não lhe deu ouvidos. Quando seu assassino surgiu na esquina, ele deixou que o desespero tomasse conta de si. Eric o forçou a se levantar e a encarar o perigo. Bill ficou de pé, mas não se esforçou mais do que isso.

O homem estava perto, empunhando seu terrível gancho. Uma fina linha de luz percorreu a lâmina quando ele a ergueu na direção de Bill. Eric se interpôs entre os dois e lançou o punho fechado na direção do homem e o acertou na barriga.

 Algo estava errado.

 O homem não se abaixou de dor. A mão de Eric não voltou para trás. Estava presa no lugar em que acertara.

Foi aí que Bill percebeu que a polícia realmente não serviria de grande ajuda contra uma criatura daquelas. Eric tinha a mão afundada em uma gosma preta que a circundava e parecia sugá-lo mais e mais para dentro do corpo daquele ser. Eric puxou e se remexeu desesperadamente. Bill o ouvia gritar como se aquela gosma estivesse queimando sua mão e soube de imediato que Eric estava sugando o que quer de ruim que aquele ser pudesse ter em sua mente. Ouviu Eric gritar seu nome, com tanto desespero que Bill finalmente agiu.

Olhou em volta, procurando algo que pudesse ajudá-lo a derrotar aquela criatura. Encontrou uma lixeira com a barra de ferro que a sustentava enferrujada. Chutou a barra até conseguir desprendê-la e voltou-se para seu inimigo, correndo, estimulado pelos gritos de Eric que ainda tentava se soltar.

Empunhou a barra de ferro com as duas mãos e a ergueu, batendo na diagonal entre a cabeça e os ombros do seu assassino. Ele cambaleou para trás, meio atordoado e Eric conseguiu se soltar.

O garoto olhou para Bill como se fosse culpa dele que aquilo estivesse acontecendo. Talvez fosse mesmo.  A criatura que Bill golpeara se encostou numa parede e logo em seguida se desvaneceu por completo.

E Eric lançou um último olhar para Bill antes de correr na direção oposta. Bill podia ver que a aura negra dele havia se fortificado. Estava maior, mais assustadora. Mais dolorosa. Lembrou-se de Eric caído no banheiro do seu apartamento e da lâmina no chão e logo se pôs a correr  atrás de Eric, sentindo o coração bater no peito acelerado.


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