Eu Sou Sua Escuridão escrita por BoseBlut


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Minhas desculpas as minhas duas leitoras que deixaram review nesta historia, Dyeniffer Mariane e Baju0427, eu realmente estou sem tempo pra escrever e sem internet pra postar, mas não desisti da história okkk vou estar atualizando sempre que possível.
Acho que é só isso, boa leitura e até mais



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/195656/chapter/8

Bill correu atrás de Eric tanto quanto suas pernas permitiram. Estava pouco mais de dez metros atrás dele e sabia que ele corria de volta ao apartamento. Pouco lhe importava se o seu assassino aparecesse de novo naquele momento. Ele iria atrás de Eric e o salvaria de si próprio.

Eric havia se distanciado o suficiente para entrar no elevador antes mesmo de Bill chegar ao hotel, assim, Bill precisou esperar impacientemente que o elevador descesse.

Contou os segundos impacientemente esperando o elevador chegar, já que pelas escadas demoraria muito mais, e sem perder tempo, atravessou o hall e correu até a porta do apartamento, que estava aberta, assim como a porta do banheiro do quarto de Eric, onde Bill sabia que encontraria o rapaz.

Estava parado em frente á pia. Segurava a lâmina com a mão direita sob o pulso esquerdo. Todo o seu corpo tremia. Se cortar era o seu jeito de lidar com os problemas.

– Eric! – Bill chamou indo até o banheiro, hesitando por um momento, sem saber se deveria ir até lá e arrancar a lâmina da sua mão ou abraçá-lo e demonstrar que se importava e confiava na escolha dele.

– Fique longe de mim! – Gritou, ainda tremendo. A lâmina afundou no pulso e abriu um novo corte horizontal. Ele fechou os olhos com a dor enquanto Bill sentia seu corpo se retrair olhando aquela cena.

Bill foi até ele, decidindo o que deveria fazer. Segurou a mão que firmava a lâmina no pulso e a afastou dali, sem tirar seus olhos dos do outro. Sentia que devia ajudá-lo, mostrar que poderia haver outra forma de lidar com a dor.

– Não. Não faça isso. – Disse, passando as costas da mão pelo rosto do outro.

Eric tremia e Bill sentia isso através da mão que segurava.

– Eu... – Ele tentou dizer, mas sua voz soava fraca – Eu preciso. Fique longe... Você não entende! – Gritou entre dentes – Preciso sentir algo meu, uma dor que seja minha, só minha. Algo meu...

 As lágrimas percorreram seu rosto. O sangue gotejou do seu pulso.

Bill o abraçou por trás. Afastou a lâmina da sua mão e o apertou contra si, sabendo que seu coração batia tão forte que o garoto poderia senti-lo através das costas. Segurou o pulso com o corte, contornando o com os dedos e impedindo que o sangue continuasse fluindo.

– Não precisa. Sinta algo bom, Eric. Sinta meu coração. Você pode ouvi-lo? Você me disse que podia ouvi-lo. Faça isso agora. Deixe essa dor ir embora. Eu estou aqui. – Olhou para o reflexo de Eric no espelho, vendo a si mesmo apoiando o rosto no ombro dele. O garoto tinha os olhos fechados e as lágrimas corriam livres pelo seu rosto. Todo o seu corpo estava tenso. – Acalme-se. Estou aqui.

Eric se vira para Bill e os dois se beijam. Bill se deixa envolver, sentindo o gosto salgado das lágrimas nos lábios do outro. Ele segura o rosto do garoto com as duas mãos e o beija novamente, mais devagar, sentindo todo o seu corpo formigar. Eric corre uma mão pela curva das costas de Bill enquanto a outra segura seus cabelos negros. Seus corpos estão colados, mas é como se o contato não fosse suficiente. Eric para, olhando cada detalhe do rosto de Bill e correndo os dedos por ele, com a mão que não estava machucada. Quando Bill tenta beijá-lo novamente, Eric o impede com as mãos em seu peito.

– Eric... Deixe que eu afaste sua dor, como você fez com a minha. – Bill segura os pulsos de Eric, sentindo as cicatrizes através dos dedos. Levou o pulso direito e o leva até a boca, correndo os lábios por cada um dos ferimentos, percebendo a dor que eles deviam ter causado a Eric em cada momento. Havia uma cicatriz tão profunda e grossa que Bill imaginava que daquela vez talvez houvesse sido necessário dar pontos para que o ferimento fechasse.  Bill o puxa pela nuca e volta a beijá-lo, na testa, na boca, no pescoço. Desliza a mão pela sua coluna até encontrar a borda da camiseta que Eric vestia e a puxa para cima e volta a beijá-lo.

– Gostaria de tê-lo conhecido antes... – Eric sussurra, e o beija de novo, mas está distante dessa vez, imerso em pensamentos.

– Estou aqui, agora. – Bill tenta dizer, e o garoto o afasta novamente, olhando para ele, passando os olhos de relance pela lâmina jogada pela pia. Uma lágrima corre pelo seu rosto.

Eric segura o próprio pulso ferido e abaixa a cabeça, como se não o tivesse ouvido.

Perdi, Bill pensa, olhando para os braços dele, e todas aquelas cicatrizes que ali haviam. Nunca vou conseguir salvá-lo de si. Segura o rosto dele com as duas mãos e encosta sua testa na dele, antes de correr novamente as mãos pela pele do garoto, sentindo sua textura, seu toque frio.

– Não Kaulitz, você não quer fazer isso. Não pode acabar com a minha dor. – Eric diz, respondendo a fala anterior de Bill. Respirava pesadamente, segurando as mãos de Bill e impedindo que ele continuasse a tocá-lo.

– Por que não, Eric? – Bill se limita a olhá-lo com ternura, tentando compreender por que ele não o deixava continuar. – Por que deixou que eu me aproximasse se não me deixa ajudá-lo?

– Ninguém pode afastar minha dor agora, Bill. Eu estou morto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu Sou Sua Escuridão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.