Problemas Não São Saudáveis escrita por halmina


Capítulo 8
A Chegada / Os Gémeos


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpa a todos os que acompanham a fic, sei que demorei. Mas eu tenho uma boa explicação. Acho que é boa... Eu estive um trimestre de castigo e fiquei sem ideias para esta história. Depois de um pedido de atualização, uma ameaça pela parte da minha chibi e uma ajuda pela parte da mesma... Aqui está.
Um pedido de desculpas especial para a Lina, ou Coraline, eu sei que disse que ia atualizar logo.
E um aviso para a minha chibi: Nunca te cadastres aqui! Eu quero dormir de noite sem ter medo de ti, fofa.
Leiam, pls...



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 A Chegada

 Os Gémeos Quê?

  - Hey. Akira? – chamou a loira.

  - Sim? – respondeu o mais velho, exausto.

  - Estamos quase a chegar? – insistiu. Vinha perguntando a mesma coisa insistentemente há várias horas.

  - Mais cinco minutos, ok?

  - Hm… - ela resmungou.

  Já tinham partido daquele sítio há mais de dois dias, e estavam naquela estrada, a percorrer aquele país há aproximadamente quatro horas. A baixinha estava enfastiada. Claro que era bom estar finalmente a ver o mundo mas… “A viagem não podia ser mais curta?!”, ela perguntava-se. Sem dúvida que a paciência não era uma das virtudes de Alice. Da Alice normal… Claro que o “problema” dela não se importaria de esperar por uma vítima horas a fio. Mas não era a psicopata que estava a atuar. E Frena não era uma presa.

  Pior era para Akira. Coitado… Há horas que aguentava as reclamações da
amiga sem dizer nada. Talvez fosse porque a loira estava tão aérea que tinha receio de despoletar a outra parte dela. Sim. Por muito que eles fossem amigos e que confiassem um no outro, o mais velho tinha bastante medo de acordar o lado psicopata dela. Mas quem o podia censurar?

  O carro que Akira tinha “alugado” acelerava na estrada. Ele também estava cansado da viagem, admitia. Afinal… Aquele sítio era no Japão, e eles estavam agora em Portugal. Um país minúsculo e sem graça. Perfeito para alguém precioso como Frena viver. [Sou muito patriota, né?]

  - Ei miúda. – o rapaz chamou, Alice estava tão emersa em pensamentos que nem tinha reparado que o carro parara – Chegámos… - ele sentenciou, sério, assim que a amiga virou o rosto na sua direção. Ela assentiu e olhou finalmente em redor.

  - Impossível… - ela sussurrou.

 POV Alice

  A viagem estava a ser tão longa! Ok… Eu sabia que aquele país era longe. Talvez do outro lado do mundo. Mas não que ia demorar tanto tempo. Bolas! Estou mesmo entediada… E tudo porque o Akira, aquele idiota, resolveu que tínhamos de poupar o máximo de dinheiro. Tínhamos muito mas ele disse, e passo a citar, que: “O dinheiro não é para sempre.” Ya, ya! Eu concordo. Mas não acaba logo. Né?!

  Eu sei, eu sei… Para alguém que ama matar tenho pensamentos infantis. Muuuito infantis. E sem nexo. Mas eu tenho noção disso. Não se preocupem! Eu amo chocolate, urso de peluche e lacinhos. Eu amo lacinhos. Simplesmente sou obcecada. Não interessa! Parem de olhar para mim assim! Isso é irritante…

  Passando isto… A uma altura o Akira avisou que tínhamos chegado. Eu nem reparei! Imagina. Eu, que ia ansiosa para acabar a viagem, ia tão aluada que nem reparei que isso aconteceu. Que ironia…

  Mas espera aí!

  - Impossível… - sussurrei. O sítio era horrível!

  Se o sítio estivesse sujo não me tinha incomodado. Nem imaginam os sítios onde eu cresci. Eram cem vezes piores que os quartos das adolescentes. Das desarrumadas.

  Aquele sítio era imundo. Não havia uma única zona limpa ali. Parámos em frente de um prédio decrépito. Todos os apartamentos, ou quase, estavam para venda. Aquilo estava a cair aos bocados. O resto da rua estava no mesmo estado. Um grupo de aproximadamente três pessoas passou por nós quase a rastejar. Todos eles olharam para nós, com ódio e fome na expressão.

  Vieram-me três palavras à cabeça: Sujo, fome e… Morte. E não de uma boa maneira.

  - É aqui Lice. – Akira rebateu.

  Frena era uma riquinha. Estava sempre imaculada e tinha todos aqueles tiques e manias de pessoas com classe social. Tudo bem que parecia ter sofrido mais do que a maior parte das pessoas, mas não era possível que ela vivesse aqui. Eu sabia sobre ela. Eu via o que lhe ia na cabeça. E ela não vivia aqui.

  - Não é! – rebentei. Ele estava a tentar fazer o quê? Com que eu me chateasse? – É impossível a Frena viver aqui! Eu sei! – guinchei. Estranhamente, ele começou a rir. Mas era um riso calmo e moderado. Ele tinha medo de mim… Todos tinham.

  - Não percebeste bem, Alice. É claro que ela não vive aqui. Mas eu tenho dois amigos que vivem. – ele explicou.

  - Amigos? – perguntei, desconfiada. [Que amigos, fofo? Não estiveste “preso” estes anos todos? ¬¬]

  - Sim. Outros como nós. Eles eram do meu departamento. Foram libertados há dois anos e tal por estarem “tratados”. – ele disse, fazendo notar que era mentira.

  - Então eles também têm “problemas”? – perguntei, abrindo um sorriso feroz.

  - Têm. – ele sorriu-me de volta.

  Entramos no prédio. Ele ia ao meu lado, a segurar-me na mão. Sabia que eu estava nervosa. Abri a mente, esperando que ele me dissesse algo. Ele conseguia identificar essas alturas. Sentia quando eu estava apta para “falar” mentalmente.

  “- Está tudo bem. Eles são gente de confiança.” – ele… Pensou?

  “- Se tu o dizes.” – respondi-lhe cética.

 POV Akira

  Eu sei que fiz mal. Levar a Alice para um sítio que ela não queria, principalmente se ela não soubesse, era quase cometer suicídio. Mas uma coisa em que eu ando a reparar fez-me ter coragem. Desde que deixámos aquele sitio que os ataques de raiva e psicopatia de Alice vinham diminuindo. Quer dizer, não é bem assim. Vinham regularmente. Mas não apareciam tanto com as mudanças de humor.

  Eu estava realmente preocupado. O que faríamos daqui para a frente? Íamos procurar Frena. E depois? Eu não conseguia arranjar uma solução. Eu! E isso estava a preocupar-me a sério.

  Levei Alice até casa de uns conhecidos meus. Eram dois rapazes que tinham “problemas” a ser tratados na mesma área que os meus. Acabámos por ser colegas de dormitório. Com mais três pessoas, mas essas eram tão fechadas ou loucas que eu não tinha conseguido falar com elas. Eu gostava destes. Eram gémeos, com a idade de Alice. Ou tinham 16? Não sei. Mas são relativamente da nossa idade.

  Subimos aquelas escadas esgotantes até pararmos à porta do apartamento deles. Era o último, no cimo de todos aqueles andares. Entrei sem cerimónia, puxando a minha loira. Ela estava extremamente cuidadosa. E isso não era bom de todo. Era apenas um sinal de que a outra face ia aparecer. E eu preferia que isso não acontecesse aqui.

  - Ren. Taemin. [Eu tinha de pôr estes dois aqui! Não é preciso conhecê-los, apenas saber que são os meus favoritos de todo o k-pop.] – chamei.

  - Aqui, Kirinha. – Ren respondeu, lá da sala. Segui o som da voz dele.

  - Vejo que trouxeste uma amiga. – ele comentou.

  - É bem bonita. – disse Tae, aparecendo por trás de nós e abraçando Alice,

  É. Talvez não tivesse sido boa ideia vir aqui. Ainda mais acompanhado. Mas é tarde de mais para pensar nisto. Que seja…


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Eu, sinceramente, amei escrever este cap. Talvez porque foi a primeira vez em muito tempo que me vieram ideias poara uma das minhas fics originais.
Mandem reviews. Tá? Se gostaram ou não gostaram... Apenas dêem opinião.
Ah! Sei que é uma bocado tarde para postar isto, mas este cap é dedicado à Coraline, por não ter desistido da história, mesmo depois de mais de 3 meses sem postar. É também dedicado à minha melhor amiga Bea, que me azucrinou e irritou muito para em continuar esta história. E claro, à minha chibi, que me ameaçou com uma faca e gritou comigo até eu concordar em finalmente escrever. E me deu ideias muito porcas e estranhas até eu concordadr com esta.
BjsS
e chibi... A sério, não cries conta.



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