Angel escrita por Janny Carter


Capítulo 8
Família


Notas iniciais do capítulo

Obaaa olha ai estou mega inspirada na fic gente ^^ ouvi um AMÉM kkkkkkkkk bjo e aproveitem :*



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8- Família

Eu comecei a me irritar com aquele ar de superioridade de Mika, não via mais nele alguém que me dava medo, mas sim um idiota que adorava ser sarcástico.

- O que você veio fazer aqui? – não foi uma pergunta muito cabível, eu que deveria perguntar.

-Vim conversar com o senhor Andrew, se soubesse que estava aqui acha que teria vindo. – eu me irritava fácil.

- Bem pois fique sabendo, que eu moro aqui querida Jamie. – ele deu um sorriso de lado que lembrava Jake, mas seu ar zombeteiro acabou com toda a beleza do ato.

Olhei para o senhor Andrew ainda sentado em sua cadeira, e esperei uma confirmação, ele sacudiu a cabeça positivamente. Pensei por um momento e vi que nada fazia sentido. No dia em que me encontrei com Mika tive medo e agora eu não tinha, o senhor Andrew me dava a sensação de que não sabia muito sobre o que estava acontecendo.

- Jamie, vamos para o meu escritório, lá poderemos conversar. – o seguindo, lancei um olhar para o auto da escada aonde ainda Mika se encontrava e franzi o cenho, como ele se atrevia a me irritar? E havia algo em Mika que me fazia lembrar Jake, não sabia bem o que era.

Entrei em seu escritório e me surpreendi, era cheio de quadros medievais, com encenações de lutas entre anjos e demônios. Mas houve um que me chamou a atenção, era um anjo e uma humana, não é difícil saber por que me chamou atenção.

- Bonito não? – o senhor Andrew estava ao meu lado.

- Ah sim, é misterioso. – realmente a mulher era envolvida pela asa negra do anjo como se fosse uma proteção forçada, a sua expressão era de dor ao invés de segurança.

- Essa é Helena, um membro antigo do nosso clã, antes de entrar para nosso grupo era humana e apaixonada por um ceifeiro, conheceu ele em um momento de angústia por perder o marido na guerra civil.

- Todos conseguem ver vocês?

- Não. A não ser que queiramos isso. Aparecemos em matéria apenas no momento em que iremos levar uma alma, para que essa possa nos ver. O caso de Jake é diferente, ele desistiu por algo que ele queria.

- Então Jake é humano?

- Ainda não. Jake desobedeceu ordens de seu clã e saiu sem permissão, ainda está preso ao que ele realmente é, podemos dizer que ele ainda não é livre.

O Senhor Andrew falava do sobrinho como se temesse por ele em algo. Resolvo tirar a maioria das minhas duvidas. Ele me falou do passado de Jake antes de se tornar ceifeiro do mal. Falou dos pais de Jake e o mais surpreendente, não eram seus pais biológicos. Os pai de Jake haviam morrido em 1987 quando ele tinha apenas 2 anos de idade, como ele não tinha mais ninguém, um casal de anjos do bem, o levou para criar.

- Então como ele se tornou anjo da morte? – perguntei.

- Jake possuía um gênio forte, rancor por alguma coisa. Ceifeiros do mal se aproveitam dessas almas fracas e fazem com que elas sigam seu clã. É como um humano que cai em tentação por estar sem forças de negar o pecado.

Mais uma vez fiquei surpresa, Jake não me passava esse rancor, pelo contrário, sua paz me deixava tranquila por isso gostava tanto de estar com ele.

- Depois que Jake conheceu você Jamie ele mudou, seu coração se libertou de qualquer falha sentimental que houvesse. Percebi isso até em sua fala, nos últimos dias. – o senhor Andrew falava como se estivesse recitando um conto, era calmo que nem Jake, eu gostava dele.

- Não tem notado Jake diferente, senhor Andrew? – precisava saber o que estava acontecendo, e tentei aproveitar da boa vontade daquele homem.

Ele hesitou por um momento, percebi que não gostou da pergunta. Ele se levantou de sua mesa antiga de madeira rústica e direcionou-se a uma das janelas do escritório.

- Jamie a decisão de Jake tem suas consequência, e não são poucas. Ele decidiu então só ele, pode aparar as arestas disso tudo. – a resposta foi definitivamente um NÃO.

Não podia mais contar com o senhor Andrew, mas ele me ajudara muito, saber da vida de Jake me dava um passo a frente na minha busca. Agradeci ao senhor Andrew por tudo e ele me fez prometer que iria voltar mais vezes.

-Bom tenha um bom dia e volte assim que puder. – ele sorriu e me deu um beijo na testa, sem dúvida um homem muito gentil.

Quando estava saindo, já para ir pra casa a surpresa.

- Vai sair sem se despedir de mim cunhada? – como assim cunhada? Minha expressão de horror com a palavra não passou despercebida.

- Já vi não te contaram tudo não é? – será? Era por isso que de alguma forma Mika me lembrava Jake.

- Vocês são...? – engoli em seco.

- Sim somos irmãos. – ele parecia mais sociável que antes.

- Quando Jake foi encontrado por Ethan e Micheli eles me deixaram lá porque acreditavam que minha alma era condenada já desde criança, sou dois anos mais velho que Jake. – ele falava cerrando os dentes, e com um rancor na voz de arrepiar.

- Porque você não tentou se desviar desse lado então? – começamos a caminhas pelo jardim e conversar como duas pessoas civilizadas e não com olhares ameaçadores.

- Não pode minha alma fraca e decadente me fizeram uma pessoa de rancor e isso não é permitido pra quem segue a Deus. – senti um certo arrependimento em sua voz.

- Agora eu não entendo porque Jake nunca me falou de você. Não havia razão pra me esconder.

- Ele nunca fala de mim pra ninguém, ele tem vergonha do maninho dele. – ele sorria de lado igual o irmão.

Continuamos a andar ao redor da enorme mansão e por um instante, calados.

- Então você está achando Jake estranho não é? – ele parecia que lia minhas expressões, ou talvez só escutasse a conversa dos outros.

- Sim, Jake esconde algo. Ele nem me olha mais nos olhos. Ele me disse uma vez que eu tenho o dom de entender as pessoas pelo olhar, então acho que é isso.

- Não tenho permissão pra te contar, mas posso te ajudar. – o que ele queria dizer? Que ia ajudar alguém a quem ele odiava? Isso não estava certo, algo ele queria de mim.

- Não precisa, sei me virar sozinha. – me esquivei. – Bom eu vou indo, minha mãe deve estar preocupada. – fui andando até o portão rapidamente.

Olhei para traz pra ver se Mika me seguia, e nada. Quando cheguei ao portão ainda olhando constantemente pra traz ele estava abrindo o portão para mim. Anjos eram rápidos, não sei se corriam ou se sumiam e apareciam de um lugar pra outro, era outra dúvida que iria tirar.

- Senhorita. – sorrindo pra mim e me mostrando a saída. Fiz uma cara desconfiada e saí.

Enquanto andava pela calçada comecei a pensar em tudo que eu descobri sobre Jake e me perguntei por que me escondera tanta coisa. Agora eu podia ter um motivo para fazer com que ele falasse, por mais que amasse Jake eu iria pressioná-lo até saber a verdade. Peguei o telefone e liguei para ele.

- Oi meu amor. – ele atendeu.

- Jake quero que esteja em minha casa assim que meus pais viajarem. – meus pais iriam até Boston por 3 dias, minha mãe iria transferir seu plano para Idaho e começar sua quimioterapia.

- Tudo bem estarei lá. – desligou rapidamente. Ainda bem não sei se esconderia dele meu desapontamento, até mesmo na voz.

Peguei um taxi até a minha casa. Quando cheguei minha mãe não estava com uma cara muito boa.

- Você disse que viria para casa assim que saísse da escola Jamie. Filha o que está acontecendo você não é assim. – não ia mais mentir pra minha mãe.

- Mãe é complicado, por favor não me pergunta mais nada, eu te peço. – tentei ser dramática, para ela me deixar em paz e não insistir.

Ela me olhou e depois mudou sua irritação para preocupação.

- Tudo bem. Escute sua tia Valentina chega aqui amanhã cedo. Tem certeza que vai ficar bem sozinha esta noite?

- Claro que sim mãe e mesmo assim não vou fazer festa e convidar a vizinhança toda, se é essa sua preocupação. – sorri com minha piada sem graça. Minha mãe sorriu também.

- Eu sei meu amor, eu confio em você por isso vou te deixar só esta noite. Seu pai e eu sairemos daqui meia hora. – ela subiu as escadas com entusiasmo e um sorriso no rosto. Impressionante como alguém que está passando por um momento assim ainda tem forçar pra sorrir, espero ter metade dessa força, por que sei que os próximos dias não serão fáceis.

Fui preparar algo pra comer, lembrei que no refeitório com Joe, Gabe e Rachel não comera quase nada. E fiquei a pensar no que o senhor Andrew me falou sobre Jake ainda estar preso ao seu antigo clã, e foi aí que me dei conta. Jake não me falara o que conversou com os ceifeiros a beira do lago perto da cabana. Me passou que ele poderia ter feito algum tipo de acordo com eles para que me deixassem em paz. Então era isso Jake voltara ao clã? Estava a poucas horas de tentar descobrir se isso era verdade. 


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Notas finais do capítulo

:* e então gostaram? espero que sim o/ até o próximo então ^^



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