Angel escrita por Janny Carter


Capítulo 2
Lar doce Lar


Notas iniciais do capítulo

desculpa a demora gente, mas prometo atualizar mais rápido a história ok espero que gostem do segundo capítulo ;)



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2. Lar doce lar
–Você não quer saber meu nome? – de repente fui obrigada respirar e me mexer, não podia ficar parada pra sempre.
–Ah eu... eu. – gaguejei enquanto tentava voltar ou normal. – Sim!- falei balançando a cabeça positivamente era o máximo que conseguia fazer.
–Sou Jake Harper . – deu um sorriso torto e maravilhoso.
–De onde você me conhece? Porque estava me vigiando? Quem é você? – essas eram apenas as primeiras de muitas perguntas que tinha pra fazer a ele.
Ele me soltou rapidamente e o sorriso desapareceu e parecia preocupado. Começou a olhar para os lados como se estivesse procurando por alguém, como se estivesse sendo vigiado e então começou a se afastar, porque eu tinha uma vontade louca de puxar ele de volta?
–Eu tenho que ir. – falou rapidamente e em seguida saiu andando pela rua e se afastando mais ainda.
–Está bem. - foi só o que consegui dizer, de tão confusa que estava e então ele desapareceu.
E então meu pai saiu pela porta da frente com as malas e algumas pastas. Olhei por traz dele para ver se ela estava em seu flanco, mas não estava. Eu não queria mais saber da mulher que ficara dentro daquela casa e para traz assim como nossa vida em Boston, ela escolhera assim. Eu e meu pai entramos no carro. Ele deu a partida no carro e respirou por um momento antes de sair.
Chegamos ao aeroporto e esperamos o embarque.
–Filha você que algo pra comer ou beber. – perguntou sem olhar pra mim. Meu pai ainda tinha dificuldade de me olhar nos olhos depois do que acontecera.
–Não pai, obrigada. – falei com sinceridade.
–Pai você está bem? – a curiosidade me corroía.
–Sim Jamie, vou ficar bem não se preocupe. – falou pegando em minha mão e saindo rumo a lanchonete.
Peguei minha bolsa e abri sem pensar no que encontraria. Vi meu livro favorito Crepúsculo e lembrei que nunca terminei de ler. Quando o abri, caiu um papel que não tinha ideia do que fosse, dei de ombros e peguei o papel por pura curiosidade, talvez fosse algum telefone que anotara e guardara ali dentro. Abri o papel e não havia números e sim letras e as mais bonitas que já vi. Li com cuidado
“Jamie quando encontrar esse bilhete, sei que já estará a caminho de sua nova vida, mas quero que saiba que eu estarei em sua nova vida e que o passado ainda não ficará apagado, não se preocupe um dia você vai entender do que estou falando, e verá que, o que está acontecendo em sua vida agora é apenas uma tempestade de areia, que embora áspera e inebriante formará lindas e altas dunas.”
Não havia remetente, como poderia saber quem era? Droga. Sacudi a cabeça irritada, amassei o papel e o joguei fora. Avisaram para nos dirigir ao setor de embarque e meu pai já estava ao meu lado pegando as malas. Eu ainda olhava o papel no chão pensando se pegaria ou não para procurar o responsável pela minha raiva naquele momento. Quando meu pai me interrompeu.
–Jamie? – ele parecia curioso.
–Hum. – respondi automaticamente.
–Vamos? Já anunciaram o embarque. – para meu pai estar fora daquele lugar o mais rápido possível era o que importava.
–Sim vamos. – falei decidida.
Peguei o papel rapidamente, afinal eu precisava saber o que ou quem estava se metendo na minha vida daquela forma.
Entramos no avião e eu tentei não pensar mais em nada. Peguei meu livro e meu fone de ouvido, comecei a ler me concentrando na história e fazendo da música um tipo de trilha sonora para cada cena que vinha na minha cabeça. A viagem foi tranquila e silenciosa. Meu pai e eu estávamos ocupados ou nos forçamos a isso, não sei bem.
Chegamos a Lewiston pela manhã. Fiquei impressionada em como meu pai pensou em tudo para quando chegássemos. Ele já tinha um carro para nos levar a nova casa. Olhando a paisagem vi que não era tão ruim. Percebi que era uma cidade simples.
–Chegamos. – meu pai parecia animado. Não sei se pelo fato de estarmos em casa ou de estar longe de Boston.
Olhei e a casa me parecia simples por fora, como qualquer outra casa que vi do caminho do aeroporto até aqui. E quando entramos me surpreendi mais uma vez. A casa estava totalmente mobiliada e pronta. A casa era realmente simples, mas modesta. Era toda pintada de um branco gelo que dava um ar purificador a casa, todos os móveis eram do estilo Vintage, bem a cara do meu pai.
– E então filha, o que acha? – perguntou animado e ofegante come se esperasse uma resposta negativa de mim.
–Eu amei pai é ... a sua cara. – ele riu com minha resposta.
–Então suba e conheça seu quarto, prometo que não está a minha cara. – ele riu novamente.
–É o primeiro do corredor á direita. – piscou pra mim.
Subi rapidamente ansiosa para ver o desastre que estaria meu quarto. E surpreendida, olhei todos os detalhes do quarto. A parede era da mesma cor da casa inteira, mas havia papéis de parede modernos. Uma escrivaninha que cabia perfeitamente meu velho notebook estava posta ao lado de uma estante de livros que estava vazia ainda e a cama que estava em um lugar comum, tinha lençóis azuis a cor que eu mais gostava, era simples, mas para mim estava perfeito. Comecei a pensar a quanto tempo meu pai fazia tudo aquilo e o mais intrigante sem, me contar.
Vi a janela e me deparei com uma recordação, me direcionei a ela quase que automaticamente. Lembrei imediatamente do bilhete e dei um passo para traz. Minha bolsa estava lá em baixo. Desci as escadas correndo, um risco já que eu não sou das mais cuidadosas, encontrei a bolsa e a levei para meu quarto.
Sentei na cama procurando o bilhete, olhei dentro do meu livro e não estava. Será que o coloquei em outro lugar? Joguei tudo que tinha dentro da bolsa na cama e nada. Será que o perdi? De repente senti uma brisa, bem familiar por sinal, e enrijeci não de medo, mas de esperança.
–Olá de novo Jamie! – aquela voz linda me fez tremer. Olhei devagar para traz de mim e o vi, sorrindo como se o que estivesse fazendo fosse a coisa mais natural do mundo.
– Como você...? O que você...? – não conseguia completar a pergunta droga porque ele me deixava assim? Não é normal alguém ficar desse jeito com um desconhecido.
– Como eu cheguei aqui? Oque eu estou fazendo aqui? São essas as perguntas. – ele falava sorrindo, como se atrevia a zombar de mim?
– Olha... Jake você aparece assim do nada na minha vida, como uma visagem, me deixa com inúmeras perguntas na cabeça e ainda me irrita. O que pensa que está fazendo? – falei quase que cuspindo as palavras e irritada, imediatamente o vi sério e pensativo, olhando o chão sem ver. Ele franzia o cenho de preocupação.
– Desculpa. – ele falou entre dentes. – Eu só queria que você me visse.
Mas que droga além de me deixar confusa e irritada ele ainda não falava coisa com coisa.
– Eu sei que tenho muito a explicar pra você. Mas acredite em mim, teremos muito tempo pra isso.
–E então o que veio fazer aqui? – perguntei ainda irritada.
– Vim saber se você havia chegado bem e, eu precisava ver você. – ele falava como se tivéssemos algo.
Jake começou a olhar para os lados de novo, e rapidamente se pôs a minha frente. Precisei tomar fôlego, como quem vai dar um mergulho sem equipamento, e senti sua mão que mais parecia veludo tocar meu rosto, ele tocava meu rosto como quem toca uma porcelana fina e frágil, senti meu corpo todo se eletrizar com o toque e então ele olhou em meus olhos. Seus olhos eram de um azul tão claro que chegava a me perder neles.
– Por favor não conte a ninguém que eu estive aqui. E não fale com ninguém que pareça suspeito pra você. Se cuida Jamie, em breve nos veremos de novo. Até lá não se meta em confusão.
Como ele pedia aquilo pra mim? Será que ele sabia que eu tinha um imã para confusão? Não que eu fosse barraqueira, mas era pedir demais. E então ele sumiu de novo, eu tinha um desejo incontrolável de ter ele perto de mim, quase como uma necessidade.
Desci para preparar o jantar e meu pai ainda estava arrumando algumas coisas. Fiz o jantar e coloquei a mesa. Enquanto jantávamos meu pai só falava da empresa onde iria trabalhar e eu – fingindo que escutava – estava a pensar no belo garoto de cabelos castanho escuro que me rondava e me intrigava. Terminei de jantar e meu pai ainda estava a mesa olhando os papéis que mais pareciam um monte de lixo em cima da mesa de jantar. Lavei o meu prato e subi para o quarto.
– Estou indo dormir pai. Amanhã começam as aulas na nova escola. Oba! – fingi animação a uma coisa que eu sabia que ia ser uma tortura.
– Boa noite filha. – foi só o que escutei, tive a impressão de ter ouvido, ele balbuciar algo de trabalho, mas não dei importância.
Deitei em minha cama e peguei meu livro favorito – Crepúsculo – e comecei a ler de onde parei quando estávamos pousando em Idaho. Estava fascinada com a história. O amor de uma humana por um vampiro que além de lindo era o homem perfeito.
Lendo a parte em que Bella sente o toque frio de Edward, fechei meus olhos e comecei a pensar no que acontecera mais cedo. O toque de Jake não era frio, mas me fazia tremer. Abri os olhos e deixei que o pensamento fosse embora.
– Devo estar com sono. – falei comigo mesma.


Acordei um pouco indisposta, talvez devesse inventar alguma doença para não ir a escola. Mas meu pai não ia cair nessa, ele sabia o quanto aquilo me deixava louca. Fazer amigos não era o meu forte. Desci já pronta pra sair e tomei meu café rapidamente já estava um pouco atrasada.

A escola ficava apenas poucas quadras de casa. Chegando a entrada respirei fundo e entrei sem confiança. Estava com o mapa das salas e das aulas. Cheguei á sala de química que seria a primeira aula. Todas as pessoas me olhavam como se fosse algo de outro mundo. Revirei os olhos e procurei um lugar para sentar e foi quando o vi. Quase desmaiei, mas lembrei de que estava em público. Fiquei parada por um minuto.



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Notas finais do capítulo

É isso ae gente até o próximo capítulo que promete :)



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