Uma Nova Ameaça. escrita por JessyErin


Capítulo 6
Hora do show.




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– O que você está fazendo aqui? – eu disse, irritada, com a arma ainda em punho.

– Achou que eu não acharia estranho, minha cientista forense e meu agente sênior saindo todos os dias, em horas diferentes, e só aparecendo no dia seguinte? O que é isso afinal, você está segurando uma arma?

– É uma missão para salvar a Ziva. Sabemos onde ela está, só precisamos .. – Abby estava dizendo, mas ele a interrompeu.

– Não quero saber! O que estavam pensando quando colocaram uma adolescente a par de todos os acontecimentos da agência, e ainda por cima deram uma arma para ela? Enlouqueceram?

– Diretor, nós já conseguimos um bom avanço, esta quase tudo preparado e ela está bem treinada, acho que seria melhor continuarmos e .. – Dinozzo estava dizendo, mas Vance interrompeu outra vez.

– Negativo, tirem tudo isso daqui – ele veio até mim e pegou a arma que eu estava segurando, que por sinal, Kate havia me dado.

– OPERAÇÃO LOODSTONE – eu praticamente gritei.

– Como é? – ele disse, virando – se para mim, com uma expressão de terror nos olhos.

– Você não sabe do que eu estou falando? Quer ajuda para se lembrar?

– Você está blefando – ele disse, virando – se de costas e saindo.

– Operação Loodstone: Foi uma operação realizada em 1997 onde o objetivo era criar uma arma tão poderosa quanto um míssil e tão discreta quanto uma caneta, mas para isso precisariam de um expert, então, quando nenhum deles queria ajudar ..

– Pare! – Vance disse – quem te contou sobre isso? Quem?

– Jenny. Ela me disse que você era ótimo em política, mas seria péssimo em trabalho em equipe, então, ela me deu essa pequena “arma” contra você.

– Não é possível. O que você quer pra manter segredo? – ele perguntou, e olhou para trás, Tony e Abby estavam com os olhos arregalados, ouvindo tudo.

– Quero continuar com a missão, e minha arma de volta.

– Ok, mais alguma coisa? – ele perguntou, debochando.

– Uma mini van, só isso. Uma daquelas que tenha acesso às câmeras, para que a equipe possa me dar acesso bem perto da base, caso aconteçam alguns imprevistos.

– Promete ficar em silêncio? – ele perguntou.

– Absolutamente – eu disse, fui até ele e peguei minha arma de volta, e ele saiu andando.

– Jéssica, conte essa história imediatamente – Tony disse e Abby confirmou com a cabeça, e acrescentou:

– Jess, como você conseguiu tirar uma van, uma arma, e um consentimento do Vance, se nem chama-lo pelo primeiro nome a gente pode? – ela perguntou, cruzando os braços, como se fosse loucura.

– Essa missão, gente, foi bem ruim para todos. Mas eu prometi silêncio, lembram? Então, vamos continuar treinando?

– Não – Tony disse, e quando viu minha expressão assustada, sorriu – você está pronta.

– E só levou alguns meses – Abby disse, me sufocando em um abraço de urso, típico dela.

– Mas já? – eu disse, com um pouco de insegurança.

– Claro! Só falta fazer a identidade, certo Abby? – ele disse.

– Certo, podemos providenciar tudo agora mesmo, vamos lá.

Fomos para o NCIS, e assim que chegamos, Gibbs veio nos cumprimentar e deu um copo de café para Tony e outro para Abby, e me deu um copo de suco de laranja. Todos riram. Dos muitos hábitos que eu acabei pegando do Gibbs, café nunca seria um deles. Então Mcgee pediu pra falar comigo antes que eu começasse meu trabalho com a Abby, e eu assenti.

– Jess, estou um pouco confuso.

– Diga, o que houve?

– Eu estou tentando reservar uma van há meses, e não consigo, e agora apareceu uma aqui, do nada. Acho que é algum tipo de armadilha, ou algo assim.

– Foi Vance, não se preocupe.

– Mas como não me preocupar? Ele vai estragar tudo!

– Não vai não, pode deixar que aquele cachorro, não morde tão cedo. Confie em mim.

– Se você tem tanta certeza .. – ele disse, e continuou andando.

Então eu encontrei com Abby e fomos até o laboratório. Chegando lá, ela me colocou numa cadeira para ir escolhendo nomes e alguns outros detalhes, enquanto ela começava. No fim, ficou tão convincente que eu me perguntei se ela não tinha pegado uma identidade real, e colocado minha foto nela.

– Terminamos, terminamos! – ela disse, animada.

– Ainda não, faltam as roupas ainda – eu disse, não sabia muito bem o porquê, mas estava muito mais insegura do que no dia que eu atirei pela primeira vez.

– Vou ligar pro Palmer! – ela disse, e saiu correndo.

Estávamos todos na sala do esquadrão, quando Palmer chegou com sacolas de todas as cores e tipos, e nem tinha anoitecido direito.

– Aqui estão Jess, as roupas da sua personagem – ele disse, sorrindo.

Eu fui até a casa de Gibbs, me tranquei no quarto, e ele lá de fora começou a me perguntar quando eu gostaria de começar a missão. Sai do quarto com as roupas, e ele assentiu.

– Está pronta? – ele perguntou.

– Sim – eu disse.

– Eu quero te dar algo, para te dar sorte – ele disse, e me puxou para o porão.

Quando chegamos lá, ele me deu um cordão, que eu não reconheci no começo, mas depois que vi o que era, quase morri do coração.

– É um coração púrpura? Gibbs, você não pode me dar isto!

– Então leve com você, e depois me devolva, ok?

– Ok – eu disse, e sentei no barco, com o colar no meu colo.

– O que foi? Está se sentindo bem?

– Estou ótima, só estou um pouco insegura – minha voz começou a ficar embargada – Gibbs, e se eu não conseguir, depois de tanto treino, salva – la?

– Você vai conseguir.

– Como tem tanta certeza?

– Porque você foi treinada por mim, ok? – ele disse isso e colocou o coração purpura em mim, e eu me senti muito melhor.

Ele ligou para o NCIS, eu cheguei e foi tudo tão rápido, que eu poderia jurar que era mentira. Mcgee me espetava com câmeras enquanto Abby arrumava algumas coisas em minha mala, Ducky repassava o perfil comigo, Tony estava colocando uma arma na minha bolsa, e uma blusa em volta, tudo ao mesmo tempo. Apesar de todos terem sido rápidos, até demais, eu teria que pegar o voo noturno, e estaria em Israel pela manhã. Gibbs disse que eu teria que chegar até o aeroporto sozinha, eu me despedi de todos, mas foi estupidez, afinal, eu ainda tinha minhas escutas, apesar de usa-las em publico não era nada normal. Peguei um taxi, e quando cheguei ao aeroporto, assim que passei da porta, tudo mudou de perspectiva. Não havia mais “passos”, eu já havia completado todos eles. Agora era a hora da ação, a hora de salvar a minha melhor amiga, hora de finalmente, retribuir o que ela fez por mim. Cheguei ao guichê e comprei a passagem.

– Seu nome, por favor? – A moça perguntou.

– Tali – eu disse, e ela sorriu.

E era verdade, daquele momento em diante, eu seria quem fosse preciso, para salvar minha amiga.



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