Uma Nova Ameaça. escrita por JessyErin


Capítulo 7
Uma outra pessoa, outro lugar.




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Assim que sai do avião, não estava mais me sentindo a mesma pessoa. E eu não parecia a antiga eu, nem um pouco, a começar pela aparência: Estava usando uma calça preta, um pouco solta demais e uma regata bem justa, cinza, acompanhada de botas e um cabelo bem mais rebelde que o meu costumava ser, eu parecia com ela, quando chegou no NCIS. Mas ela não usava um coração e sim uma estrela no pescoço. Tirando isso, eu estava perfeitamente parecida com uma mini Ziva David. Me perguntei o que ela falaria se me visse daquele jeito, e sorri para mim mesma. E minha atitude estava um pouco mais ousada, afinal, tinha que interpretar. Sai do aeroporto, e Gibbs me disse que eu teria que andar até o Mossad, o que demoraria um tempinho, então ele foi repassando algumas coisas comigo, sobre a personagem e sobre o plano, e tal. Eu estava nervosa demais, e Dinozzo me disse para relaxar, pensar como ela, esquecer que estava ali pra salvar a vida dela. Eles já estavam com a van em um tipo de floresta, perto do Mossad, mas não tão perto, para não chamar a atenção. Eu estava andando por um pedaço meio deserto, e Gibbs suspirou um “calma” bem devagar no meu ouvido, no começo não entendi porque, mas depois eu vi o motivo e quase me apavorei. Um tipo de jipe, aberto, cheio de homens de uniforme dentro, e todos muito bem armados, parou bem na minha frente.

– O que um docinho como você faz aqui? – Um dos homens disse, com alguns erros de inglês.

Era agora, eu estava ali pra salvar minha amiga, era agora.

– Eu preciso chegar ao Mossad – eu disse isso e arrumei minha mochila em um gesto um pouco rude, e o encarei.

Gibbs pigarreou, e Tony tamborilou os dedos, pelo que eu pude ver, não era só eu que estava nervosa.

– Que coincidência! – ele disse, e sorriu – nós estamos indo para lá, quer uma carona? É uma longa caminhada.

– Jess, é arriscado – Mcgee disse.

– Porque não? – eu disse, e entrei.

– Jessy! – Tony, Mcgee e Ducky gritaram, Abby sorriu.

– Oi, meu nome é Hassam, esses são Caleb, Bejamin, Idan, e aquele ali é o Joshua. Como é seu nome? – disse o mesmo homem que falou comigo e me convidou pra entrar.

– Oi, meu nome é Tali – eu disse, e por um momento ouvi todos do outro lado da escuta prenderem a respiração, com medo de que eu dissesse “Jessy” por engano.

– E você é da onde? – O garoto que se chamava Caleb, me perguntou.

– Daqui, mas vim dos EUA.

– Como assim? – Hassam disse, os outros estavam só olhando.

E então eu expliquei minha história, a história de Tali. Contei com todos os detalhes e até mesmo inventei alguns, afinal, era uma das regras de Gibbs: Sempre seja especifico quando mentir. Eles acreditaram totalmente e até mesmo mostraram compaixão quando disse o motivo de eu estar ali.

– Veio honrar sua mãe, e seu país Natal, isso é muito legal – Caleb disse e sorriu.

– Obrigada, eu acho. Não tenho certeza se me aceitarão. – Eu disse, mexendo os ombros.

– Conte sua história a eles, e tenho certeza que vão – Hassam disse, e apontou para o lado – estamos chegando, certo Idan?

– Certo – o motorista disse, secamente.

– Certo, agora é a hora, boa sorte – um deles me disse.

– Obrigada – eu disse e desci, e acenei, todos acenaram de volta.

Ok, eu estava em frente ao Mossad, era realmente assustador pensar em entrar em um lugar daqueles sozinha, e ainda por cima saber que Ziva estava em algum lugar por ali, sozinha, sofrendo ou com dor.

– Jess? – Gibbs disse.

– Tali, Gibbs. Meu nome é Tali – eu disse, sorrindo – Ok, Mcgee, câmeras ok?

– Sim, está tudo certo, boa sorte.

– Obrigada.

Eu entrei e logo na porta havia um aviso que estavam precisando de recrutas, e pensei que seria fácil. Havia um tipo de “interfone” na porta, e eu apertei.

– Mossad.

– Olá, meu nome é Tali e eu gostaria de me recrutar.

– Está armada? – foi só o que perguntaram.

– Sempre.

– Ok, mandarei dois seguranças te acompanharem.

Passaram se dois minutos, e chegaram dois homens enormes, e nenhum deles me revistou ou coisa assim, então me levaram até um tipo de balcão, onde havia um computador e um homem bem baixinho do outro lado.

– Jessy, calma, vai dar tudo certo – Abs praticamente gritou na escuta.

“Certo” eu sussurrei pra mim mesma.

– Olá querida Tali, eu andei pesquisando sobre você.

– Oi, e o que acha?

– Acho que terá que me dar um pequeno motivo, pra querer se alistar.

E eu contei pela milésima vez a mesma história que eu já havia contado milhões de vezes na ultima semana, e ele aceitou.

– Vamos fazer um pequeno tour por aqui, ok? E verá como nós trabalhamos por aqui – ele disse, e indicou um corredor, então eu ouvi, pelas escutas, Mcgee digitando freneticamente.

O homem baixinho me mostrava todas as portas, e pulava algumas, que quando eu perguntava dizia ser depósito, e Mcgee ia salvando toda a conversa, e a planta, estava dando tudo certo até que ele me disse, com um pingo de pânico na voz:

– Temos um problema.

Quando olhei para trás e vi o que era quase sai correndo. Michael Rivkin, aquele homem que encontrei saindo do enterro da Kate, estava ali, bem atrás de mim, e outros dois estavam vindo atrás dele. Eu entrei em pânico, e ele estava sorrindo pra mim. O homem baixinho estava andando despreocupadamente do meu lado, quando Rivkin disse que queria dar uma palavrinha comigo, e no momento que o homem saiu, ele pulou pra cima de mim. Todos na van e no NCIS estavam totalmente desesperados, quando eu sai de baixo dele e acertei um soco no olho direito, e outro na barriga, e ele foi pra trás, os outros dois eu tentei chutar, mas um deles segurou minha perna, e o outro tirou minha arma. Rivkin levantou minha arma, e me deu uma coronhada muito forte. E então, tudo apagou.



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