- Bom dia, Ron Ron!

Foi assim que Ron acordou hoje, com uma loira debruçada em cima dele. Era uma vez aquela garrafa de vinho e ele não se lembra tão bem assim da noite passada. Mais uma vez ele não conseguia deixar de sorrir pra ela.

- Bom dia, Loira! – Respondeu beijando seus lábios.

- To indo nessa, Ruivão!

Quando você passa eu sinto seu cheiro,

Aguça meu faro e disparo eu sua caça

Lilá era assim: independente. Ela não fazia joguinhos, não pedia satisfações, não queria compromisso. Ela era o tipo de mulher que gostava de se divertir e não tinha vergonha disso, muito pelo contrario. Saia com quem queria e sempre que ela queria. No mínimo, uma mulher de atitude e personalidade. Rony e ela eram velhos amigos. Saíram antes mesmo dele namorar com Hermione e depois que esta foi embora, bem, não foi difícil voltar a velha tentação.

Ron levantou da cama e Lilá já estava pronta e saindo.

- Te ligo, gato! Beijo!

Ron aproveita aquele dia livre e resolve ir ver Harry, fazia tempo que não falava com o amigo já que o evitava por causa da Mione. Talvez já fosse hora de resolver o que fazer de sua vida, porque do jeito que estava não dava pra continuar.

O tempo inteiro a te admirar,

Perco o tino paro de pensar,

Seguindo seus passos aonde quer que vá

***

- Lilá, a velha Lilá.... – Harry E Rony riram.

- Ela não perde o jeito, cara.

- Bom pra você então, não é meu amigo?

- É Harry, mas apesar antes disso tudo, Mione foi lá na livraria... me ver...  – É, Harry sabia disso. Foi Ginny e ele que deram a dica pra Granger.

- Imagino, Ginny que “avisou” Mione onde você estaria.

- Por que eu não me surpreendo¿! Ginny não tem jeito... – Diz Rony abaixando a cabeça.

- Não a culpe por querer ver vocês juntos, Rony. – Depois de uma pausa Harry refletiu se deveria ou não falar e acabou resolvendo por sim. - E então, agora podemos tocar no assunto “Hermione” sem que você dê um xilique ou fique vermelho como um pimentão...

- Quem dá xilique é a senhora sua avó, em primeiro lugar – Ambos riram. – É... eu preciso resolver essa situação, Harry. Não tem um dia em que eu não pense nela, um dia. Desde que ela voltou então, eu dava tudo pra não vê-la e mais um pouco para vê-la. Quando ela apareceu ali na minha frente acho que sei lá, cara... quando olhei pra ela... parecia um anjo ali na minha frente, de tão linda.... eram meus sonhos se realizando... e ao mesmo tempo, pensar em te-la e perde-la, lembrar de tudo que eu passei quando ela se foi.... foi doloroso, foi intenso, foi como se uma parte de mim tivesse morrido... eu sei que tudo isso não é nada macho de se dizer mas é assim que me sinto de verdade... e se você contar um palavra se quer do que eu disse aqui pra Ginny, você ta ferrado, cara.

Me abraça e me beija,

Me chama de meu amor,

- Ok, Rony, não vou deixar ninguém saber que você tem coração, afinal de contas, nem mesmo sua irmã. – disse Harry revirando os olhos e tirando uma com a cara do nosso ruivo preferido.

- Eu quero ela como nunca deixei de querer. Mas ela me odeia, porque eu nunca quis falar com ela desde que ela viajou... nunca respondi suas correspondências... na verdade, nunca mandei minhas respostas...

- Respostas?!  - perguntou Harry confuso no momento em que Ginny entrava em sua casa falando:

- Olha amor, a única coisa que eu quero nesse mundo é ver aqueles dois juntos mas desse jeito não dá! Ela também não colabora! Eu ligo pra ela no celular, ninguém atende, ligo em casa, ninguém atende... eu disse pra ela não sair com o Malfoy... Ops! – Ginny soltou tudo isso sem pausas enquanto entrava, fechava a porta, tirava o casaco, pegava a correspondência e só então viu que não era apenas Harry dentro da cozinha.

- Mione saiu com quem Ginny - Diz Rony com um semblante tenso e nervoso.

- É.... veja bem, irmaozinho... – A ruiva tenta contornar a situação. – Eu disse sair? Na verdade não era isso... ela... ela...

- Maldito Malfoy! – Diz Ron dando um soco na bancada.

- É isso ai, cara... se você gosta dela, então aproveita, vai atrás dela... – diz Harry.

- Isso, Rony. Essa pode ser a oportunidade de você te-la de volta, não desperdice. Porque se você não for atrás outros irão, não só o Malfoy.

Me abraça e deseja,

Vem mostrar pra mim o seu calor

***

Draco Malfoy gostava de longos banhos pela manhã, assim que acordava, de preferência com água fria, pois era o único jeito dele acordar. Nesta hora em que enumerava na cabeça todos os compromissos do dia.

Quando terminou, desligou o chuveiro, enrolou uma toalha na cintura e com outra secou os cabelos extremamente loiros. Saiu do banheiro e parou em frente a janela a janela de seu quarto, que dava para os jardins da mansão Malfoy.

O céu estava tipicamente fechado em Londres e lá embaixo o jardineiro trabalhava nas roseiras, que eram as preferidas de sua mãe, especialmente as vermelhas. As rosas argentinas eram especiais, seu formato é um pouco maior que das rosas comuns e suas pétalas tinham uma textura um pouco mais espessa, porem o toque era incrivelmente aveludado. E toda essa delicadeza e beleza levaram seus pensamentos a Hermione, comparando-a aquela flor que era mais forte porem bem mais macia ao toque do que as outras.

Eu vejo em seus braços

Um laço perfeito,

Beijar Hermione era indescritível ao pensamento de Malfoy. E ontem não havia sido o primeiro beijo, não, caros leitores. Nosso loiro já havia roubado beijos da Mione, ah sim. Porem o de ontem foi especial, diferente das outras vezes, ela não o recusou, ou se retraiu, não. Pelo contrario, Hermione pela primeira vez, deixou-se levar por Draco e seus beijos ávidos e sedutores, por seus carinhos ansiosos, por suas palavras sedutoras e enfim por todo seu charme que ele tem, e sabe disso. E abusa disso. Quanto a nossa querida Mione, só posso dizer que foi forte, resistir sempre e tanto e tantas vezes a tudo isso. Mas como já dizia uma amiga minha a carne é fraca, amigos.

Draco só tinha um desejo: queria Hermione mais e mais. Mais noites como aquela, sentir seu cheiro e sua pele macia.... o seu cabelo cheiroso e seus lábios quentes... seus olhos intensos se entregando a um desejo contido.... e então o seu celular tocou, tirando-o de suas lembranças. Viu quem era e quase desistiu de atender.

- Malfoy.

- Você voltou há uma semana e ate agora só tive noticias suas pelos jornais! – falou uma voz irritada e arrogante do outro lado da linha.

- Bom-dia pra você também, Pansy. – Disse Draco, revirando os olhos e abrindo seu armário.

- Não me venha com ‘bom-dia’, seu sem-vergonha! Dá ultima vez você ficou o que, quase seis meses fora?? Como ousa me deixar assim, sem mias nem menos??

- Menos, Parkinson. Esse melo-drama não combina com você. – Haja paciência.

- Apesar do seu descaso e indiferença comigo, eu deixo você tomar café comigo hoje...

Me dá essa chance meu bem,

Me veste de beijos.

- Não vai dar, tenho reunião daqui 40 minutos. Mas pra você ver como eu sou bonzinho, a gente pode se encontrar mais tarde... almoço... pode ser?

- Pra sua sorte, esse horário esta vazio na minha agenda hoje! Te encontro no lugar de sempre, se é que você ainda lembra e claro, só você né.... sem sua amiguinha doutora metida a ganhadora de prêmios...

- Xau, Parkinson! – e ele desligou. 

Draco se vestiu e viu a mensagem que tinha chego no seu celular:

"Desliga na minha cara de novo e eu te mato! P.P."

Pansy não tinha jeito!

Então Draco partiu para encontrar Mione novamente e juntos irem para uma entrevista a uma revista. 

Me abraça e me beija,

Me chama de meu amor,

Me abraça e deseja,

Vem mostrar pra mim o seu calor