Desencontros Romione escrita por Nina Lane


Capítulo 30
Capítulo 29 - Crazy


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!!
Que saudades!! Como vocês estão?? Espero que bem!
Demorou mas chegou! Um capítulo fresquinhooo!
Quero agradecer a todos pelo apoio! Estou pondo tudo em ordem aqui pra não precisar ficar tanto tempo longe!
Música de hoje: Crazy Aerosmith | Enfatizando, o amor louco, egoísta e insano da Pansy pelo Draco.
Boa leitura!



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Hermione não podia ver, mas pelo barulho que fez, alguém foi jogado no mesmo lugar em que ela estava.

- Isso, sua vaca imunda, é pra aprender a baixar a voz quando eu falo! – disse Pansy Parkinson

- Arda no inferno, vadia! – gritou de volta pessoa jogada na sala.

O som de último chute e a porta se fechou.

Mione então ficou ouvindo a mulher ali perto dela tossir, tossir muito, sangue talvez e depois começou a chorar baixinho. Talvez ela ainda nem tenha visto a Mione lá no chão também, amordaçada ela não estava se não, não teria gritado com a Pansy. Mione então tentou se debater e resmungar qualquer coisa, talvez ela conseguisse ajuda-la, talvez conseguissem se ajudar. Se aquela mulher estava na mesma situação que ela, ou até pior na verdade, inimiga que ela não podia ser.

Come 'ere baby

You know you drive me up the wall

the way you make good on all the nasty tricks you pull

Seems like we're makin' up more than we're makin' love

And it always seems you got someone on your mind other than me

Girl, you got to change your crazy ways

You hear me

- Her... mione... ? – disse a moça, com uma voz muito fraca. – Minhas mãos... estão... atadas... desculpe...

Mas quem era ela, afinal?? Mione não conhecia sua voz.

- Lilá, é a Lilá, Hermione... acho que ela já sabe sobre mim e Draco – Lilá riu da sua própria piada, como se tudo aquilo ali fosse apenas um sonho ruim.

Mione já estava começando a mudar sua idéia sobre a tal da Lilá... corajosa, muito corajosa! Sabe Deus desde quando ela estava aqui sofrendo nas mãos da Pansy, sendo punida por amar o mesmo homem que a doida e ainda assim, ousava enfrenta-la. Hermione queria poder ao menos poder falar com ela, essa mordaça estava machucando demais.

- Não achei que ela fosse atrás de você, sabe... eu nem cheguei em casa hoje, alguém me derrubou com aquele negocio fedido que faz a gente dormir e acordei aqui, com aquela cachorro rindo pra mim feito uma doida! Achei que sua fúria seria descontada só em uma pessoa... eu sinto muito...

Silencio.

Mione começou a pensar em Rony e todo esse tempo que eles passaram separados... e em como tudo isso era ridículo agora! Começou a pensar nisso com um tremendo tempo perdido... agora só Deus sabe se eles se veriam de novo... ela já duvidava que saísse de lá viva. Lila servia apenas de bode inspiratório pra Pansy, seu ódio mesmo era Hermione e ela sabia disso.

Mais uma vez a porta se abriu bruscamente, interrompendo os pensamentos de Mione e o silêncio.

- Arranca a venda daquela ali e põe as duas nas cadeiras. Vamos ter uma conversinha de mulher pra mulher.

Alguem levantou Mione e a jogou numa cadeira. Arrancaram sua venda mas sua visão demorou pra voltar, mesmo na penumbra, estava tudo embaçado e a única luz no recinto, branca em cima da cabeça delas fazia ser olhos arderem.

Lilá estava sentada de costas pra ela e agora Pansy se encontrava na sua frente, sorrindo. Insana.

***

Say you're leavin on the seven thirty train

and that you're headin' out to Hollywood

Girl you been givin me the line so many times

it kinda gets like feelin bad looks good

Rony andava na rua sem ver nada nem ninguém, atravessou a rua e quase que um carro o levou. Seguia institivamente até onde havia combinado se encontrar com Malfoy. Tinha vontade de chorar e isso não era nada másculo mas era apura verdade, tinha vontade de chorar: de raiva, de nervoso, de culpa, de sofrimento mesmo. Ele jamais iria se perdoar se algo acontecesse a Mione, por não cuidar dela direito.

Se ele pudesse ter uma única coisa na vida, seria ela ali com ele agora, viva e bem! Daria qualquer coisa em troca disso. De tanta distração, mal percebeu Malfoy pegar seu braço. Os dois se encaram e era difícil saber qual dos dois se encontravam em pior situação.

Rony achou que sua raiva seria sanada assim que ele encontrasse o Malfoy e socasse ele até a morte mas agora, olhando pra cara feia dele, o desespero e a aflição estampados em seu rosto... tinha certeza que era igual a dele.

- Eu sei onde elas estão, Pansy está esperando por mim.

- Então não vamos perder mais tempo. – respondeu Rony.

- Mas você não vai poder entrar, Weasley. – disse Malfoy.

- Eu sei, mas não vai dar pra ficar em casa esperando ela aparecer. Vou com você.

Os dois seguiram em silencio, a noite já estava caindo até eles chegarem a uma pequena porta, numa travessa de uma movimentada avenida.

- É aqui. Um dos negócios mais lucrativos de Londres.

- O que é isso? Um bordel?

- Mais pra cassino, casa de jogos. Mas tem moças disponíveis, se é isso que você quer saber. Pelo silêncio, Pansy deve ter suspendido a noite de hoje.

That kinda lovin'

Turns a man to a slave

That kinda lovin'

Sends a man right to his grave

Rony olhou em volta, em busca de esconderijo.

- Vou voltar pra avenida e dar um tempo lá. Se a coisa demorar muito, eu chamo a policia e entro.

Malfoy apenas assentiu com a cabeça olhando pro chão. Passou as mãos nos cabelos.

- Vou entrar.

Rony seguiu para avenida enquanto Malfoy batia na porta. Logo ela se abriu. Um cara grande, bem grande, vestido num terno preto, cumprimentou Malfoy. Era o segurança da casa e conhecia-o há muito tempo, havia trabalhado para o seu pai. Pensou que ele poderia ao menos te-lo avisado do que estava acontecendo mas logo lembrou-se de com quem eles estavam lidando. Pansy ameaçaria sem hesitar, a família inteira dele antes do cara conseguir pensar em fala com Malfoy.

- Vem comigo, Sr. Malfoy, a Srta. Parkinson esta aguardando.

Os dois então seguiram pela escuridão daquele lugar. Enquanto uma porta se fechava as suas costas, Malfoy ouviu um grito. Ele paralisou, tinha certeza que a pouca cor que ainda restava em seu rosto agora já tinha sumido também. Ele e o segurança se entreolharam:

- Elas estão vivas? As duas? - perguntou Draco num sussurro.

I go crazy, crazy, baby, I go crazy

You turn it on

Then you're gone

Yeah you drive me

Crazy, crazy, crazy for you baby

What can I do, honey

I feel like the color blue...

O grandalhão apenas balançou a cabeça positivamente.

- Espere aqui. – disse o cara e entrou em uma porta a esquerda.

Draco estava num cômodo muito bem decorado e mobiliado. Tapetes persas, daqueles cheios de desenhos... e poltronas de veludo vermelho escuro, com cortinas do mesmo tecido.

Draco tentava pensar rápido, em um jeito de tira-las vivas de lá e com sorte, sair vivo também, sua cabeça estava trabalhando a milhão, examinando as janelas e seus trincos, ou talvez se os vidros não fossem tão grossos daria até pra pular, o casarão era um sobrado e a queda não traria grandes danos... de repente, a porta pela qual o segurança saiu se abriu. E uma mulher totalmente perturbada saiu de lá.

Pansy vestia calças pretas e jaqueta da mesma cor, seus cabelos lisos e negros presos num rabo de cavalo com a franja fina caindo-lhe sobre o rosto, dando um ar bem mais insano as suas feições. Ela sorriu ao ve-lo. Parecia feliz, no meio de sua loucura, como se seu plano desse certo.

Um filme passou na cabeça de Draco. Nem de longe, ela parecia com aquela garotinha que com quem ele foi criado, até mesmo sua namorada de adolescência. Aquela mulher estava transtornada e Malfoy não a conhecia mais.

You're packin up your stuff and talkin like it's tough

and tryin to tell me that it's time to go

But I know you ain't wearin' nothin' underneath that overcoat

And it's all a show

That kinda lovin'

Makes me wanna pull

Down the shade, yeah

That kinda lovin'

Yeah, now I'm never gonna be the same

- Meu amor! Eu sabia que você viria! – disse indo em direção a ele.

- Pansy! – Malfoy tinha pouco tempo. Decidiu então entrar no jogo dela. E quando ela o abraçou, ele retribuiu.

- Eu nunca duvidei de que você viria, meu amor! Eu sabia que uma hora você tinha que entender, tinha que ver... que o único amor da sua vida sou eu e só eu! Ninguem vai te amar como eu te amo, jamais! – disse Pansy, agarrada no peito de Draco, chorando.

Malfoy então viu um fio de esperança, neste momento ela era aquela garotinha que sempre corria pra ele. Talvez se mexesse no passado, pudesse trazê-la de vez e fazer com que parasse com toda aquela loucura.

Ele começou a pensar como tudo chegou a esse ponto... e se essa mesma garotinha seria capaz de fazer tudo o que fez e ainda tirar a vida de duas inocentes...

I go crazy, crazy, baby, I go crazy

You turn it on

Then you're gone

Yeah you drive me

Crazy, crazy, crazy for you baby

What can I do, honey

I feel like the color blue..


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Espero que sim!
Beijinhos e tá mais :)
Marina | Nina Lane FanFics