Desencontros Romione escrita por Nina Lane


Capítulo 21
Capítulo 20 - Ainda Bem


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!!
Outro cap. e dessa vez ficou enooooorme! Nada de Romione por hora mas prestem atenção porque é um cap. muito importante para a história.
Obrigada pelos reviews lindo que eu recebi no ultimo cap.! Que bom que vocês gostaram, fico mto feliz ^^
Quero agradecer pela recomendação da Linda Lua, que a moderação não aprovou mas não tem problema! O que vale foi a intenção dela! Muito obrigada, florzinha ^^
Música: Ainda Bem - Marisa Monte - linda demais ;)
Por favor, me deixem nos reviews ou por email (ninalane1980@hotmail.com) ou até no twitter (@AlwaysRWeasley) seus capitulo, trechos, partes preferidas dos livros de HP para que eu de um ponta pé inicial na proxima fic... posso contar com vcs?!
Agora chega de bla ba bla e boa leitura ;D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/195154/chapter/21




Draco se arrumou e saiu para o escritório, no caminho, dentro do carro, tentou pela milionésima vez, ligar para a Hermione. E é claro que a única coisa que ele ouviu foi o celular dela chamando e caindo na caixa postal.

– Mione, sou eu de novo. Mais uma vez me perdoa por aquela situação lamentável em frente ao leilão. Eu sinto muito. Me liga quando puder, preciso falar com você. Um beijo. – Deixou esse recado pra ela.


Ainda bem

Que agora encontrei você

Eu realmente não sei

O que eu fiz pra merecer

Você



O caminho para o escritório era curto e dessa vez especialmente, foi rápido demais.

– Não precisa ir para a garagem, pode parar aqui, por favor. E volta pra casa que minha mãe disse que iria precisar sair hoje. - disse ao motorista.

– Certo, senhor.

Malfoy então abriu a porta do carro e desceu. Baixou os óculos escuros para proteger seus olhos do sol forte e então ouviu uma voz conhecida.

– Olá, Sr. Malfoy. - disse uma loira vindo em sua direção. Como era mesmo o nome dela?! Colocou a mão involuntariamente no bolso onde estava o bilhete que ela havia deixado.

Ela se aproximou e sorriu pra ele.

– Lilá, é Lilá Brown... - disse a moça, dando risada.

– Isso, isso! - disse Malfoy chacoalhando a mão como se o nome estivesse na ponta de sua língua. - Eu posso te denunciar por perseguição, mocinha... - disse Draco, virando-se pra moça.

– Claro e eu posso te denunciar por abuso de menores... - disse Lilá séria.

Draco de repente ficou mais pálido do que já era e a moça caiu na gargalhada.

– Relaxa, cara! Eu não sou menor de idade, não.. é brincadeira! - disse ainda rindo.

– Então Dona Engraçadinha, adoraria continuar rindo com você aqui mas como você pode ver, eu trabalho... - disse Draco, já se virando.

– É claro, e por incrível que possa parecer, eu também trabalho, Malfoy. Não estava te perseguindo, mas não tenho culpa se de repente você apareceu na minha frente, de novo.

– Ta bom! O que você quer, afinal? - disse Malfoy, impaciente.

– Eu que te pergunto, não quer saber o que aconteceu aquela noite... ?

Draco levantou os óculos e chegou mais perto para olhá-la. Sua beleza era estonteante, diferente. Era modelo, com certeza. Olhos azuis, grandes e expressivos, lábios finos e vermelhos, cabelo longo, liso e naturalmente loiro sem dúvida, que batia na sua cintura. Seu corpo curvilíneo e a pele ligeiramente bronzeada diziam que talvez não fosse de origem inglesa.

– Acho que é obvio o que aconteceu, Srta. Brown. E me diz logo quanto que você quer pra ficar quietinha, vai. - disse Draco, grosseiramente.

– Não quero seu dinheiro, Malfoy. Não preciso dele. Não me julgue pela aparência, posso parecer mas não sou estúpida. E agora larga a mão de ser grosso e me ouve.

Mas que mulher mais petulante!– pensou Draco. - Então fala logo o que você quer, eu não tenho o dia inteiro!

– Você é dono disso tudo, meu bem, não pode mesmo me receber por um momento? - disse a loira pondo as mãos na cintura.

– Que seja, vamos! - E Draco baixou novamente os óculos e seguiu pra dentro do grande arranha céu onde o escritório da empresa de sua família ficava, com Lilá ao seu lado.

Porque ninguém

Dava nada por mim

Quem dava, eu não tava a fim

Até desacreditei

De mim

É claro que os dois juntos naquele lugar causaram olhares longos e fuxicos por todos os cantos. Lilá parecia apática aquilo tudo, aliás, ela parecia estar desfilando naquele hall. Não que ela fizesse isso de propósito, pelo contrário, a garota tinha um brilho natural, chamava atenção naturalmente, sem se esforçar nem um pouco pra isso.

Não que Malfoy se incomodasse afinal, baita loirona, nenhum homem se incomodaria mas enfim, ele não precisava do nome dele na boca do povo.

Entraram no elevador e subiram até o 30º andar. Mais uma vez, foram seguidos por olhares curiosos até Draco entrar em sua sala, que antes pertencia a seu pai.

– Belo escritório, Loirão! – disse Lilá, indo até a estante cheia de livros, de Direito, a maioria deles. Pegou um começou a folhá-lo.

– Todos esses livros são de Direito então... . – Draco foi interrompido.

– Sim eu sei. Você tem todas as grandes coleções aqui. Este em especial, nem é mais vendido... – Disse a loira.

Como é que é?! ?!

Lilá viu a expressão de surpresa no rosto de Draco e sorriu, sentando-se na cadeira a sua frente.

– Pela última vez, Draco, não me julgue mais pela aparência, vamos combinar?

– É só que... esses livros... só quem conhece o assunto sabe... - mais uma vez, foi interrompido.

– Sim, eu estudei Direito. E justamente como você, não exerço a profissão.

Agora Draco estava começando a se assustar. Perante a perplexidade no rosto do loiro, Lilá explicou-se:

– Eu sou filha de um inglês com uma espanhola. E meu pai era advogado, família tradicional... sabe como é... fiz a vontade dele, que era me ver formada na mesma profissão que a dele... mas posso dizer que o chamado para a retórica nunca bateu em mim... - disse a loira.

E Draco se surpreendeu mais uma vez.


O meu coração

Já estava acostumado

Com a solidão



– Mas vamos ao que interessa, não é mesmo... olha só, não quero seu dinheiro, não quero me meter na sua vida, nem nada disso... mas eu preciso te dizer uma coisa, deixa aqueles dois em paz.

– Que dois?! - disse Malfoy, desacreditado.

–Weasley e Granger. - disse Lilá, na maior naturalidade.

– Você tá brincando comigo, só pode ser! - disse Draco estressando-se.

– Presta atenção, eu saí do leilão aquele dia e lá estava você, em ruínas por causa de uma mulher que ama outro...

– Quem você pensa que é... - disse Draco, levantando-se da mesa, nervoso.

– Toma cuidado com as suas palavras, Sr. Malfoy e presta atenção que eu vou resumir pra você: ou você conta logo pra ela o servicinho que fez ou nem a amizade dela vai sobrar no fim. - disse Lilá, calmamente e mais uma vez viu a cor do loiro sumir de seu rosto.

Malfoy apenas sentou-se novamente e passou a mão nos cabelos, aparentemente tentando não perder a cabeça.

– Do que você acha que está falando? - disse de olhos fechados com a cabeça apoiada nas mãos.

– Está mais calmo?? Então agora presta atenção. Você estava muito bêbado e sei lá por que raios neste mundo eu simplesmente não quis te deixar lá dando escândalo na escada do hotel. Eu estava saindo e você me chamou, começou a falar um monte de asneiras que eu não entendi metade... Hermione pra cá, Wesley pra lá... Me pediu pra chamar seu motorista mas quem disse que eu conseguia entender o nome dele, ruim do jeito que você estava...

Quem diria que a meu lado

Você iria ficar

Você veio pra ficar

Você que me faz feliz

Você que me faz cantar

Assim

– Podemos pular os detalhes sórdidos, sim?

– De modo algum, eles fazem toda a diferença. - disse Lilá, seria. - Aí te enfiei em um táxi rezando pra que o cara soubesse onde ficava a mansão dos Malfoy e então ao menos uma coisa boa aconteceu naquela porcaria de noite e o cara nos deixou em frente sua casa. O que foi um milagre, considerando que você quase vomitou no carro dele, achei que ele iria bem jogar a gente no meio da rua, isso sim! Mas enfim, chegamos e pedi pra ele me esperar, que eu só iria tocar a campainha te entregar e cair fora. Mas que nada! O cara me xingou e saiu cantando pneu de lá. E eu fiquei com você meio acordado meio dormindo e de repente você tirou uma chave sei lá da onde... Abri a porta e te joguei no primeiro sofá que vi e me mandei depressa dali. Mas quem disse que eu achei um taxi pra ir pra casa?! Ou entrava de novo na sua casa ou dormia na rua.

– E foi aí que você abusou de mim sexualmente? - disse Malfoy já satirizando aquela situação bizarra.

– Amor, sei que você esta louco por isso e que irá se decepcionar mas não, nós não transamos. Nem perto disso chegamos, pra ser bem sincera.

Draco não sabia se sentia aliviado ou se sentia pena, ela devia ser uma deusa na cama. E então ele riu, gargalhou.

– Não acabei ainda, não comemore. - Lilá levantou-se e foi até a janela. - Você dormiu por uma ou duas horas e eu fiquei no sofá, esperando o dia amanhecer. Até que você acordou, ainda bêbado e começou a chamar o nome da Granger. E dizer que ela não iria te perdoar nunca... que você não iria se perdoar por não ter contado a ela sobre o dinheiro...

– Chega, Lilá. Por favor... acho que já é o bastante, o resto eu até imagino o que aconteceu.

– Você disse que queria ir pro seu quarto e eu te ajudei a subir e só, Draco. Fui embora logo depois disso, quando o dia amanheceu... - disse Lilá baixinho.

O silêncio reinou na sala por um tempo até que Draco, o interrompeu:

– Eu não entendo.

– O que? - disse Lilá, voltando de devaneios.

– Pra começar, não entendo por que você me ajudou...

Lilá estava séria, encarava a janela fixamente.

–Eu também não sei - disse baixo, mais para si mesma do que para ele. - Você me chamou aquele dia... me chamou pelo meu nome e eu já repassei isso mil vez na cabeça, eu não te disse em momento algum o meu nome... na hora isso me intrigou, chamou minha atenção... e também , por que não ajudar?! - disse finalmente virando-se pra ele e voltando a sentar-se a sua frente.

O meu coração

Já estava aposentado

Sem nenhuma ilusão

Draco a encarava fixamente. Esse era um dos papos mais estranhos que ele já teve.

– Quando você acordou, durante a noite, tagalerando... você disse muitas coisas... eu achei que você se lembraria dessa parte... mas pelo visto não, não é?

– Acredite, eu queria lembrar mas... é um branco pra mim... - respondeu Malfoy.

–Você falou sobre seu pai, sobre sua família e como todos sempre esperaram muito de você... falou que sua mãe mudou muito depois da morte dele... que você, apesar de tudo se sente sozinho muitas vezes... que Hermione foi a melhor coisa que aconteceu na sua vida, que ela gostava de você pelo o que você é e não pelo status ou dinheiro... que ela era a única que te conhecia de verdade...

– Não você deve estar enganada, eu não falei isso.

– Falou. - disse Lilá, sorrindo gentilmente.

Draco afundou mais uma vez a cabeça nas mãos. Não era possível que ele havia contado seus maiores segredos e lembranças a uma completa estranha!! Prometeu a si mesmo nunca mais beber.

Lilá mais uma vez se levantou.

– Sabe, meu pai... ele também me deixou, eu e minha mãe. Ele sofria de problemas cardíacos e morreu muito jovem. Nós tínhamos um vida bem confortável mas aí minha mãe casou-se de novo, colocou um cara estranho pra viver na casa do meu pai... sei lá, acho que ela no fundo pirou... eles esbanjavam dinheiro demais e as coisas começaram a ficar difíceis... difícil manter as aparências sabe...

– Sei muito bem... - respondeu Draco baixinho, encarando a mesa.

– E ai eu resolvi chutar o pau da barraca e pular fora antes que o barco afundasse.

– Você abandonou sua mãe, então...

– Não. Só não vivo mais lá com eles. Insisti para que ela fosse embora comigo e deixasse aquilo tudo, aquele cara que estava acabando com a nossa família e se aproveitando dela mas ela não quis... no fundo, ela gosta de toda essa... pompa, por assim dizer, das aparências... e enquanto ela escolher viver assim, eu não posso fazer nada...

Malfoy a encarava novamente e riu.

– Esta rindo da desgraça alheia, Loirão?!

– Não é isso, é que você não parece ser do tipo rebelde... - e riu mais ainda.

– E você não parece ser do tipo sozinho... - disse Lilá, piscando e fazendo o loiro concordar com ela. - As pessoas julgam muito superficialmente, sem conhecer nossa história... Rony nunca me julgou. Ele foi o mais perto de um relacionamento que eu tive na minha vida - e a moça riu alto. - Com ele, não era só cama, éramos amigos também... ele me via muito melhor do que eu sou na verdade... Mas o amor dele eu nunca tive e nunca terei... eu sempre soube que quando ela voltasse, era o fim da linha pra mim. Assim como Hermione e você, Draco. Por isso que eu digo, deixa eles dois, essa briga a gente nunca vai vencer, não tente se enganar.

Tinha sido maltratado

Tudo se transformou

Agora você chegou

Draco levantou e foi a vez dele encarar a janela. Era um absurdo ela falar tudo aquilo pra ele... se ela havia desistido do cabeça de fósforo, ele nada tinha a ver com isso!

– Olha, se você desistiu do Weasley, problema seu, isso não significa que eu não vá abrir mão da Mione só porque você...

E quando ele virou-se para argumentar, Lilá estava bem atrás dele... bem perto dele...

– Você faz o que quiser, Loirão. Eu já dei o meu recado e seu fosse você, pensava muito bem antes de fazer qualquer coisa. - então a loira deu um selinho no Malfoy e saiu, deixando-o sem argumentos, extremamente confuso, muito intrigado, bem preocupado e totalmente inebriado pelo perfume dela.

Você que me faz feliz

Você que me faz cantar

Assim



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews? Curtiram?
Obrigada e ate a proxima, gente!
@AlwaysRWeasley