Dark Angel escrita por ABNiterói


Capítulo 41
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Vocês acham que é possivel uma pessoa estar ao mesmo tempo feliz e triste por algum motivo? Bem, é exatamente isso que estou sentindo neste momento, quando digo a vocês que Dark Angel está em sua reta final. Terá aproximadamente mais cinco capitulos antes do fim.
Bem, neste capitulo acontecem muitas coisas, ele não ficou exatamente como eu queria, mas espero que vocês gostem.
A conversa de Hermione com Abraxas foi idéia de Rock Roll, obrigada pela dica amore!



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Capitulo 40

Durante os 15 dias seguintes em que passei na Mansão Malfoy, eu mal consegui parar para respirar. Quem diria afinal que preparar um casamento era tão complicado e cheio de detalhes... Depois de muita insistência da parte da minha mãe e da minha tia, eu e Tom acabamos concordando que não havia problema em uma festa de casamento em que todos os Comensais comparecessem desde que eles não soubessem qual o motivo da comemoração. Nós não fazíamos questão dessa festa, mas quando Bellatrix botava algo na cabeça, ninguém tirava.

Logo que a surpresa passou e Draco e Lucius aceitaram quem era minha mãe e meu noivo, eles passaram a tratar-me muito melhor, e foi cômico fazê-los escrever todos os convites para a festa à mão – um pequeno pagamento pelo modo que eles me tratavam antes.

  Minha mãe e Narcisa ficaram responsáveis pela decoração e pelos comes e bebes. Elas apenas não me arrastavam para todo lugar, pois Tom havia proibido expressamente que eu fizesse qualquer tipo de esforço.

Na verdade, Tom foi o que mais me surpreendeu nestes últimos dias. Ele mostrou-se super curioso, carinhoso e prestativo com a gravidez, querendo saber sempre que o bebe mexia e quando eu estava com dor. Ele era definitivamente um pai babão, isso porque nosso filho nem havia nascido ainda.

Eu tinha apenas três responsabilidades: escolher e provar o vestido de noiva, preparar o enxoval, e escolher uma casa onde eu, Tom e o nosso filho moraríamos quando a guerra acabar. Seguindo todos os padrões que Tom estabeleceu previamente, a casa foi minha obrigação mais fácil.  Ela estava localizada em um bairro bruxo de Londres, não muito longe da mansão Malfoy, tinha dois andares; um jardim enorme atrás; muitos quartos, salas e banheiros. Exagero em minha opinião, mas Tom disse que precisava de um lugar grande para receber seus seguidores.

A dificuldade de montar o enxoval era por não sabermos o sexo da criança, mas fora isso, já havia um quarto mobilhado na mansão, apenas a espera do meu bebe resolver nascer. Tom e Bella também sempre apareciam com alguma roupinha ou brinquedinho, e eu passava a maior parte do dia dobrando e guardando tudo, e claro, imaginando como seria quando ele ou ela nascesse.

O mais complicado, ou seja, o vestido, eu contei com a ajuda de Narcisa, que contratou uma bruxa italiana da qual não recordo o nome. Depois de ver milhares de croquis, apaixonei-me por um. O maior trabalho foi por causa da minha barriga, que, apesar de no casamento estar ‘invisível’, ainda estava lá. Depois da quarta prova conseguimos resolver o problema.

Certo dia eu estava andando pela mansão quando ouvi uma voz levemente conhecida me chamando. Olhei para os lados, mas não vi ninguém. Pensando que era minha imaginação continuei a andar, mas parei novamente quando ouvi “Eu sei que faz tempo desde que nos vimos pela ultima vez... Na verdade eu pensei que você estava morta, mas enfim. Eu pensei que você fosse lembrar-se do seu velho amigo”.

Em uma das paredes havia um quadro de Abraxas, e este falava comigo.

- Ab! Eu havia esquecido completamente que você teria um quadro aqui! Que saudades! – disse quase chorando por reencontra-lo.

- Eu que o diga! Como você pode fazer uma coisa dessas! Você não imagina como nós ficamos quando pensamos que estava morta. Conte-me tudo agora. Quero saber o que aconteceu.

Eu devo ter passado as próximas duas horas conversando com Abraxas, e só parei, pois Tom apareceu e me arrastou para comer alguma coisa. Eu fiquei muito triste quando soube que Ab havia morrido, mas poder falar com ele novamente me deixou muito bem e feliz.

Agora estou aqui. Desde que acordei presa neste quarto enquanto minha mãe me ajuda a fazer a unha; o cabelo; a maquiagem; e cada detalhesinho a mais que seja necessário.  Bella saiu para se arrumar, e eu aproveitei os poucos minutos de sossego para descansar. Era difícil de acreditar em tudo que havia acontecido em tão pouco tempo. Desde reencontrar Tom e ele me aceitar; a aproximação entre eu e minha mãe; este casamento e futuramente o nascimento do meu filho. Parecia um sonho, e eu não queria acordar.

Bella voltou interrompendo minhas divagações.

- Vamos, está na hora e seu noivo está ansioso.

Enquanto Bellatrix ajudava-me a colocar o vestido (http://www.polyvore.com/wedding/set?id=53661745), eu ria com a lembrança de quando ela e Narcisa pela primeira vez me pegaram beijando Tom. Pelas palavras de Narcisa “Eu achava mais fácil ver Merlin dançando a Macarena vestido de palhaço a ver o Lorde demonstrando carinho por alguém”.

- Pronto! Você está linda!

- Obrigada mãe! Apenas não chore se não vou chorar também – disse emocionada ao ver os olhos de Bella brilhando.

- Certo. Eu vou te ajudar a descer.

Bella guiou-me pela casa até o jardim onde uma tenda negra foi armada. O espaço não era muito grande, apenas o suficiente para que todos estivessem cobertos caso chovesse, o que não era difícil de acontecer. A decoração apesar de resumir-se a algumas flores, o altar e um tapete longo e prata, estava nada menos que estonteante. Bella foi até onde todos esperavam e sentou-se junto a Narcisa. Alem delas havia apenas Draco e Lucius sentados; e claro, Tom e o bruxo que realisaria a cerimônia.

Caminhei lentamente até Tom sem desviar meus olhos dele por um único segundo. Assim que cheguei ao altar ele segurou minha mão sorrindo gentilmente. Não perderíamos tempo, o bruxo apenas faria o feitiço e depois iria embora.

- Estiquem a mão esquerda – ordenou o bruxo e nós o fizemos. O homem usou a varinha para cortar a palma de nossas mãos, e enquanto o sangue escorria, ele entrelaçou-as.  Quando ele voltou a falar, um fio dourado saia de sua varinha e enlaçava nossas mãos em todas as freses ditas.

“Pro nobis hodierno die conuenistis potentia.

Em nome do mais poderoso poder estamos aqui reunidos hoje.

Hoc tempore non potest solvi

Deste que não pode ser quebrado pelo tempo

In amoris nomen

Em nome do amor

Unum tantum circa te

Torno vocês apenas um

Simul ceteri sequerentur vitae

Para seguirem juntos pelo resto de suas vidas“.

Depois que os fios desapareceram, o bruxo nos mandou separar as mãos, e colocou as alianças a nossa frente.

- A tradição de trocar alianças começou com os antigos. Eles falavam da existência de uma veia que ligava o quarto dedo da mão esquerda diretamente ao coração. Vena Amoris era como eles a chamavam, e colocar uma aliança naquele dedo queria dizer que seu coração já estava prezo eternamente ao amor.

Em seguida eu e Tom colocamos as alianças e nos beijamos selando o feitiço.

Quando abri os olhos percebi que não estávamos mais no jardim e sim em algum cômodo da casa. Olhei em volta sem entender.

- A festa vai começar – disse Tom e apenas neste momento lembrei-me da festa.

- Nós temos mesmo que comparecer?

- Sim. Lembre-se, não fale com ninguém e ninguém te reconhecerá.

- Certo. É tão normal assim você dar uma festa?

- Por que a pergunta?

- Porque seus Comensais não estranharam uma festa sem motivos.

- As comemorações não são muito frequentes, mas acontecem em alguns momentos. E tenha certeza que sua mãe inventou algum motivo para esta. Podemos ir agora, Senhora Riddle?

O uso do meu novo sobrenome pegou-me de surpresa. Acenei e entrelacei o meu braço ao de Tom enquanto ele abria a grande porta que dava para o salão. Fiquei abobada com a quantidade de pessoas que havia lá. Não eram apenas Comensais adultos ou velhos, mas também uma grande quantidade de jovens que ainda iam a Hogwarts e era possível ver uma ou outra criança pequena correndo pelo local. Surpreendentemente nem todos estavam de preto, apesar desta ser a grande maioria, algumas mulheres usavam vestidos verdes, azuis, roxos e vários outras cores, inclusive o vermelho.

- Não imaginava que você tinha tantos seguidores...

- Isso porque nem todos foram convidados, e dos que foram alguns não puderam comparecer.

 Olhei surpresa para ele e surpreendi-me ainda mais quando me deparei com seu rosto ofídico. Fechei os olhos e balancei a cabeça.

- Desculpe pela aparência fria, mas eu não poderia aparecer publicamente com o meu rosto.

- Certo. Eu vou procurar a Narcisa, quero agradecê-la.

- Fique a vontade.

Rodei pelo salão por um tempo analisando os presentes. Quem não soubesse que todos eles eram Comensais, não adivinharia.

Achei Narcisa sentada em uma das mesas com Draco e fui até eles.

- Hermione! Parabéns!

- Obrigada Ciça, e obrigada por tudo que você fez também.

- Foi um prazer ajudar. Draco, onde está a educação que eu te dei? Convide sua prima para dançar.

Foi impossível não rir da cara que Draco fez, mas quando ele estendeu a mão, eu aceitei. Dançamos em silencio até ele dizer.

- Hermione, me desculpe pela forma que eu te tratava...

- Eu juro que te mato da próxima vez em que você me pedir desculpas – o cortei – Esta é o que? A décima vez que você diz isso?

- Mais ou menos, mas mesmo assim...

- Mas nada! – cortei novamente – Eu já disse que nem eu sabia quem eu era e não tinha como você saber.

- Ok! – dançamos mais um pouco e voltamos para a mesa. – Você quer um firewhisky?

- Eu não posso beber Draco!

- Não? Ah é! Tinha esquecido.

- Mas eu aceito um suco de abobora.

- Volto em um minuto.

Passei grande parte da noite conversando com Draco, e acabamos nos tornando amigos. Ele era legal e engraçado, bem diferente da imagem que eu tinha dele antes. Depois de um tempo ele foi atrás de uma garota chamada Astória Greengrass, e pelo que eu descobri meu priminho está apaixonado por essa menina.

Resolvi procurar por Tom, e achei-o conversando com Lucius e Severus. Eu sabia que Severus não me reconheceria se eu não falasse nada, mas mesmo assim morri de medo que o feitiço não funcionasse. Aproximei-me e toque de levo o braço de Tom. Ele interrompeu o que dizia e virou para mim, abrindo um sorriso instantaneamente.

- Está tudo bem? – ele perguntou preocupado.

Acenei e apontei para Snape com a cabeça.

- A sim, havia me esquecido. – Tom virou para os dois – Espero que vocês achem uma solução para este problema. Amanha venham falar comigo às 16h.

- Sim, My Lord – disse Severus.

Tom passou o braço por minha cintura e puxou-me para o meio do salão iniciando uma dança, o que me fez lembrar-me do baile que fomos em 1944.

- Muitos problemas?

- Nada que não possa ser resolvido. Como vocês estão?

- Muito bem, apenas um pouco cansada.

- Você quer subir? Podemos não ter a nossa lua de mel ainda, mas faço questão da noite de núpcias.

Sorri ficando completamente vermelha.

- Vamos então. Se eu dançar mais uma musica provavelmente chegarei ao quarto no décimo sono.

Desviando de todas as pessoas, saímos do salão e Tom me guiou até seu quarto. Sim, eu ainda me perdia pela Mansão. Chagando ao quarto fui direto para a sacada e fiquei observando o céu escuro até sentir Tom me abraçando por trás. Ele beijava meu pescoço com calma, fazendo com que eu gemesse levemente. Sua mão percorreu minhas costas primeiramente soltando o zíper do vestido e depois fazendo com que este escorregasse por meu corpo até estar esparramado no chão aos meus pés.

Vir-me-ei e tomei sua boca na minha em um beijo voraz e repleto de desejo enquanto tirava seu terno e soltava os botões de sua blusa. Ainda sem interromper o beijo ele me guiou até a cama e fez com que eu deitasse, cobrindo meu corpo com o seu...

-

-

-

Depois do casamento as coisas voltaram a correr como antes. Eu passava a maior parte do tempo sentada ou deitada, já que pelo que minha mãe dizia meu bebe nasceria a qualquer instante. Bella ou Ciça estavam sempre ao meu lado, e Tom evitava ao máximo sair de casa, pois ele queria estar presente quando seu herdeiro nascesse.

P.O.V. Tom Riddle

Eu estava em Hogsmead conversando com Amico e Aleto. Eles diziam que alguns alunos estavam dando muito trabalho, principalmente um grifinório chamado Neville Longbottom. Eu resolveria isso mais tarde. Estava prestes a perguntar sobre os amiguinhos de Hermione quando senti Bellatrix me chamando. Mandei que os dois voltassem para a escola e voltei para a mansão Malfoy.

- Espero que seja importante Bella.

- Hermione entrou em trabalho de parto. Ciça e uma medibruxa estão com ela.

- Onde ela está?

- No quarto de vocês, mas...

Não esperei que ela terminasse de falar, apenas corri para o quarto ansioso. Abri a porta, Hermione estava deitada na cama encharcada de suor, Narcisa passava um pano molhado em sua testa e a medibruxa estava agachada ao seu lado fazendo algum feitiço, mas parou quando eu entrei.

- Desculpe, mas eu preciso que você saia – a bruxa disse calmamente.

- Eu não vou sair!

- My Lord... – Narcisa tentou dizer alguma coisa, mas foi interrompida por Hermione que gritou “Saia daqui agora!”. Mesmo contrariado obedeci a Hermione.

- Desculpe – disse Bella quando eu fechei a porta – Eu tentei avisar.

- Porque não posso ficar no quarto?

- Hermione pediu. Na verdade ela não queria que nem eu e Narcisa entrássemos, mas a medibruxa precisava da ajuda de alguém.

Fiquei andando de um lado para o outro e me controlando para não explodir a porta cada vez que a minha Hermione gritava. Depois do que pareceu ser um século ouvi um grito diferente, seguido por um choro de criança. Foi impossível não sorrir. Olhei para meu relógio. 26 de fevereiro de 1998; ás 15h15min.

Narcisa abriu a porta e disse que podíamos entrar. Era a cena mais linda que eu já havia visto. Hermione ainda estava suada, mas tinha um sorriso brilhando no rosto e segurava um pequeno bebe nos braços enquanto este mamava.

- É um menino – ela disse sem olhar para mim. Meu sorriso se alargou e sentei ao seu lado olhando para meu filho.

- Olá bebe – sussurrei e acariciei seu bracinho. – Ele é lindo.

- É uma copia sua. Se ele não tivesse saído de mim, até eu duvidaria que ele é meu filho. – ri pela implicância dela.

- Se precisarem de qualquer coisa basta me chamar – disse a medibruxa saindo em seguida.

- Meu netinho! – exclamou Bella animada sentando ao outro lado de Hermione – Já sabem como vão chama-lo?

Hermione negou e olhou para mim. Eu havia pensado em alguns nomes, e havia um que me agradava, mas eu não sabia se ela concordaria.

- Eu pensei em alguma coisa, mas não sei se você vai gostar – expressei meus pensamentos.

- Por que você não experimenta dizer?

- Érebo.

- Bem diferente... De onde você tirou?

- É um dos deuses primordiais da mitologia grega. Seu nome significa ‘o criador das trevas’. Mas se você não gostou podemos pensar em outro.

- Não! Eu gostei, é único assim como ele. Érebo Black Riddle.


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