Dark Angel escrita por ABNiterói


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Oi! Espero que gostem de ver um novo lado de Tom...



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Capitulo 25

Se eu estava fugindo? Imagina! Claro que não! – alguém sentiu o sarcasmo? – Eu apenas estava evitando a presença do Riddle, ainda mais quando eu estava sozinha. Na verdade eu obtive um grande sucesso conseguindo não trocar uma única palavra com ele por pouco mais de um mês. O motivo da minha crise de criancice? Simples, mandou que ele me beijasse. Bobo, não? O problema era que eu me sentia culpada por ter permitido – e retribuído – o beijo. Quer dizer, eu havia beijado Lord Voldemort. Vocês entendem a profundidade do meu dilema agora? Tecnicamente ele ainda é Tom Riddle, minha consciência me dizia.

     Este era outro grande problema. Minha querida consciência havia, pela primeira vez, despertado. Agora ela insistia em ficar sussurrando coisas sem nexo para mim, como quando ela disse ‘Ninguém manda no coração, ninguém pode escolher quem quer ou não amar’, mas quem havia dito algo sobre amor? Eu com certeza que não foi.

     Outro problema era o cheiro que senti na poção do amor que Slughorn fez. Já era estranho eu nunca ter sentido aquele cheiro e ele estar presente na poção, mas mais estranho ainda era que a única vez que eu senti o cheiro de mirra depois daquela aula, foi quando eu estava sozinha com Riddle. Eu não pretendia contar a ninguém sobre a poção e consequentemente sobre o beijo, mas depois de muita insistência acabei contando para Dorea e Cedrella – sobre o risco de elas levarem um Avada se contassem qualquer coisa a alguém. A única opinião que elas expressaram foi a de que eu estava completamente apaixonada, e que elas precisavam resolver os detalhes para o casamento. Doidas. Completamente doidas.

     Mas no momento, meu maior problema era que hoje é dia 12 de novembro, a entrega do trabalho de feitiços, então não tem como eu fugir de Riddle. Agora eu estou sentada, tomando café da manha e torcendo para que algum professor entre correndo pela porta do salão principal e grita algo como “Trasgo... Nas masmorras... Achei que devia lhes dizer”, assim nós não teríamos aula e não corríamos risco de encontrar a cara de Voldemort atrás do turbante de alguém.

     Para minha completa infelicidade ninguém veio avisar sobre trasgos, aranhas gigantes, basiliscos ou qualquer outro bicho estranho, então nós seguimos para a aula de feitiços.

     Já na sala eu conversava com Minnie quando alguém disse atrás de mim.

     - Você tem me evitado? – preciso dizer que era?

     - Eu? Porque eu faria isso?

     - Não sei, mas faz um bom tempo que não nos falamos...

     - Deve ser impressão sua – claro que ele não acreditou, eu precisava mudar de assunto – Você trouxe o trabalho?

     - Sim. Quer se sentar comigo? – disse apontando para a mesa onde suas coisas estavam. Confirmei e tentando manter minhas duvidas o mais longe possível, sentei ao seu lado. Em poucos momentos o professor entrou, deixou suas coisas na mesa e foi para o centro da sala.

     - Bom dia, jovens! Espero que estejam tão animados quanto eu para a aula de hoje. Por favor, deixem seus relatórios em cima da mesa. – Assim que todos haviam obedecido com um aceno de varinha o professor fez com que os pergaminhos voassem para sua mesa. Com outro aceno, o nome de um de cada dupla apareceu no quadro em ordem alfabética – Na ordem que está no quadro, quero que a dupla venha até aqui – disse apontando para onde ele estava – e um dos dois vai dizer o que o feitiço tem que fazer e o outro vai executa-lo em mim. Podem começar.

     Abraxas e Minnie foram os primeiros, e assim foi se seguindo. Em algumas duplas não acontecia nada e em outras acontecia algo totalmente diferente do que falavam quer iria acontecer. Poucas duplas obtiveram sucesso, e como eu e Riddle éramos os últimos, ficamos apenas observando.

     Quando finalmente chegou a nossa vez eu estava nervosa. Levantei junto com Riddle e fomos até a frente da sala.

     - Se importa se eu falar? – sussurrou Riddle ao meu lado.

     - Fique a vontade. – sussurrei de volta enquanto parávamos ao lado do professor.

     - Vejamos agora o que meus melhores alunos têm para mostrar – sorriu Stump.

     - Nós pensamos em fazer uma variação de uma das maldições imperdoáveis de forma que pudéssemos utilizar o feitiço sem medo de ir para Azkaban – ele disse praticamente a mesma coisa que havia me dito.

     - Uma ideia um tanto interessante e perigosa – disse o professor.

     - Acabamos escolhendo a maldição Cruciatus. Claro que o feitiço que acontecerá da mesma forma que a maldição... – ele fez um sinal para mim – Pronto professor?

     - Claro! Alguma recomendação?

     - Apenas... não se mexa muito – disse Riddle com a voz doce, fazendo com que um arrepio percorresse minha coluna.

     - Immobilus et Crucius Ambulare! – enfeiticei o professor, notando que toda a sala havia prendido a respiração.

     - É uma pena... Realmente seria muito interessante se esse feitiço funcionasse – disse Stump que até o momento estava parado esperando que algo acontecesse. – Podem se sentar vocês dois. – nem eu nem Riddle nos mexemos. Pude ver claramente o segundo em que o professor começou a se mexer; apenas uma pequena mexida no pé esquerdo, mas que foi o suficiente para que Stump parasse. Ele foi virar a cabeça na direção em que eu e Riddle estávamos, mas antes que ele completasse movimento, um gemido de dor escapou de seus lábios. – Interessante – ele disse – Lembro-me do sr. Riddle ter dito para eu não me mexer – ele dizia mais para si mesmo que para o resto de nós. Ficou um momento parado e então passou a levantar os braços, sendo impedido de continuar pela dor que provavelmente sentiu. Ele parou de tentar levantar os braços, provavelmente na expectativa de que a dor parasse, obviamente não obtendo sucesso. Quando o professor ia começar a gritar, desfiz o feitiço. Ele olhou para nós dois e, ao contrario do que eu esperava, ele disse – Esplendido! Ainda tenho que ler o relatório de vocês, mas não se surpreendam de ganhar um O. – ele olhou para o quadro vendo se ainda restava alguma dupla – Estão liberados! Podem sair.

     Imediatamente todos os alunos saíram da sala, deixando eu e Riddle que ainda tínhamos que guardar os nossos materiais. Sai da sala com um sorriso estampado no rosto. Eu realmente queria que este feitiço desse certo, e Riddle também aparentava estar feliz.

     Fomos andando lado a lado e sem pressa em direção à sala de runas. Foi impossível não lembrar da cara de surpresa de Stump, e da sua animação quando disse “Esplendido!”. Então, sem conseguir me controlar mais, comecei a gargalhar quase que histericamente, recebendo de Riddle um olhar que perguntava “Você está louca?”. Sem me importar com nada e sem parar de rir, atirei meus braços em seu pescoço meio que o abraçando e disse fazendo o possível para controlar meus risos.

     - Diga que você não está radiante com a cara que Stump fez! E aquele “Esplendido!” então! – não consegui dizer mais nada já que fui tomada pelos meus risos novamente, Para minha total surpresa senti os braços de Riddle enlaçando minha cintura e sua risada acompanhando a minha. Quando percebi, nossas bocas já estavam unidas em um caloroso beijo.

     Passaram-se minutos ou horas não sei dizer ao certo, mas quando nos separamos ambos estávamos sem fôlego. Apesar de minha mente estar um tanto nebulosa, algo me dizia que aquele beijo não devia ter acontecido, e que eu devia sair dali o mais rápido possível. Tentei me distanciar mais fui impedida por uma mão que segurou fortemente meu braço – não para me machucar, apenas para impedir que eu me afastasse.

     - Não – ele disse sério aproximando-se um pouco a mim – Você não vai fugir de novo. Um mês já foi mais do que o suficiente, e não adianta negar que você está perdendo as forças de tanto resistir a mim. Eu não sou tão malvado assim, não com você. Então, ao menos uma vez, deixe de ser escrava do bom comportamento o tempo todo. Eu decidi fazer isso quando estou ao seu lado, ser livre de qualquer obrigação. Mas a escolha é apenas sua. Se você realmente sentir algo como eu sinto, e eu sei que você sente, será porque eu realmente te conquistei – ele soltou meu braço e deu um passo para trás – se não, é porque eu realmente me enganei, e nunca possui o mínimo do que quero de você.

     Ele virou de costas para mim e se afastou. Suas palavras ainda ressonavam em minha cabeça, e meu corpo praticamente implorava para que ele me tocasse novamente. Não deixe essa chance passar, disse minha consciência e pela primeira vez a ouvi. Sai correndo até alcançar Riddle e parei a sua frente.

     - Você está certo. Meu coração merece uma chance. Nós merecemos uma chance – recebi em troca um sorriso perfeito dele, que me dizia que esta era a decisão mais certa que eu poderia tomar, e não tive do que reclamar quando seus lábios tocaram os meus mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, ficou curtinho e vocês provavelmente queriam mais detalhes da aula de feitiços, mas em fim... Espero que tenham gostado.
XOXO