So In Love escrita por Mandy-Jam


Capítulo 8
Saí encontro romântico para a viagem!


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez eu tenho uma boa desculpa para não ter postado tão cedo. Eu estou trabalhando em um projeto original, então estou dando tudo de mim nisso.
Sinto muito pela demora, mas ao menos dessa vez eu estava escrevendo algo. Não vou contar o que é ainda, mas espero que mais tarde vocês possam ler e gostar.
Por enquanto, aqui está mais uma capítulo de So In Love. Boa leitura para vocês!



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Ray continuou olhando com raiva para Ares. Ela segurou a gola da camisa do Deus da guerra com força e rosnou tentando parecer assustadora.

- Tem dez minutos para se arrumar e me encontrar no meu chalé. – Disse e depois o largou. Ares ficou atônito, e observou a filha de Apolo sair pisando forte. No entanto, a flecha de Eros perdeu o efeito, e fez com que Ray voltasse ao normal.

A filha de Apolo virou novamente para olhar o Deus sentado na cama, e começou a bater palmas dando pulinhos.

- Você vai sair comigo! Você vai sair comigo! – Ela parecia feliz e alegre como antes, o que provocou certa confusão na mente do Deus da guerra – Awn, você é um amor Ares! – Ela saiu correndo e ele pôde ouvir – Ei! Jéssica! O Ares vai sair comigo! Travis, Connor! O Ares vai sair comigo!

Ele negou com a cabeça e passou a mão pelo cabelo.

- Não. Eu vou é dar o fora. – Murmurou olhando em volta. Ele colocou-se de pé e saiu do chalé em um passo rápido. Podia ver todos os semideuses olharem para ele, enquanto fofocavam sobre o que Ray dissera – Estão olhando o que?!

Com aquele rugido, todos saíram correndo. Ares andou pelos chalés, pronto para ir embora quando abriram a porta do Chalé 7.

- Você se arruma rápido, hein? – Disse Rayssa surpresa. A filha de Apolo pulou contra Ares e o abraçou com força – Você foi tão fofo me chamando para sair! Para onde nós vamos?

Ares trincou os dentes. Ray continuava abraçada á sua cintura. Ele achava que tinha algo extremamente errado com aquela garota. Como podia mudar de humor tão rápido?!

Ele passou a mão pela cabeça, pensando no que faria. Poderia chutá-la para longe e falar que não ia levá-la á lugar nenhum mais. Só que lembrou de como ela podia ficar irritada de repente.

Não que ele sentisse medo, mas tê-la o tempo todo enchendo sua paciência seria realmente uma droga.

Ares se abaixou para poder olhar diretamente nos olhos de Ray, e a segurou pelos ombros com firmeza.

- Escuta aqui. – Disse bem devagar – Eu vou levar você para um encontro, mas depois disso você vai sumir da minha vida. Entendeu bem?

- Ei. Eu não sou garota para uma noite só, Ares. Esse seu modo de pensar não é legal. – Disse ela cruzando os braços. Ares deu um tapa na própria testa, e suspirou pesadamente.

- Estou falando que não vamos namorar. Não quero ter nada a ver com você. É só um encontro para parar de encher o meu saco. Só um. Não vão ter outros. – Disse ele mostrando o dedo indicador para Ray ver o número de encontros que teria.

A filha de Apolo passou a mão pelo queixo, pensando se aquela seria uma boa decisão. Acabou abrindo um sorriso.

- Ah, eu já entendi! Você não quer combinar outros encontros, porque é um Deus ocupado. Acha que não vai ter tempo para mim, não é? E não quer partir meu coração. – Disse ela achando que tinha entendido. Ares queria protestar, mas viu que não tinha como reclamar com malucos.

- É. É isso mesmo. – Confirmou dando-se por vencido – Eu não quero partir o seu coração, por isso estou falando que isso termina hoje. Agora vamos antes que eu encontre alguma companhia melhor para hoje à noite e te largue para trás.

- Tudo bem. Mas você nunca vai achar companhia melhor do que eu. Sou uma fofa. – Disse segurando a mão dele. Ares revirou os olhos.

- Ah, claro. – Resmungou em sarcasmo.

Ray sorriu para Ares.

- Onde vai ser o nosso encontro romântico? – Perguntou em um tom apaixonado – Em um restaurante francês? Em uma pizzaria?

- No McDonald’s. – Respondeu. Ares olhou para ela e viu que Ray estava um pouco desapontada – E não torra a paciência. Criancinhas como você adoram comer essas porcarias que eu sei.

Em um piscar de olhos eles já estavam dentro do McDonald’s, esperando em uma fila considerável. Ares suspirou sem paciência para ficar esperando. O Deus da guerra fez um movimento com a mão, e todos os mortais foram embora. Ele puxou Ray para perto do balcão.

- Pede logo. – Disse.

- Para onde você mandou toda aquela gente? – Perguntou Ray.

- Para o inferno. – Respondeu sem ligar – Responde logo. O que vai querer comer?

Ray não iria ligar, pois achava que Ares estava brincando, mas Eros – que resolvera seguir os dois – fez mais uma besteira. O Cupido estava em um canto mais afastado do McDonald’s, e sabia que tinha que acabar com o encontro deles de qualquer maneira.

Ele sacou uma de suas flechas, mirou em Ray e atirou. Sem notar, entretanto, não viu que aquela era a flecha da tristeza. A filha de Apolo sentiu seu coração se apertar. Seus olhos se encheram de água enquanto olhava horrorizada para Ares.

- O que?! – Ela ficou chocada – Você mandou todas aquelas pessoas boas para o inferno?! O que elas fizeram para você?! O que?!

Ares abriu a boca, mas não sabia o que responder.

- Eu só...! Ah, tá falando sério mesmo?! Você não viu o quanto ia demorar ficar esperando na fila?! – Respondeu ele com irritação, mas para a sua infelicidade, Ray não aceitou aquilo com desculpas.

A filha de Apolo começou a chorar. Mas não era nem de longe um choro comum. Era um choro dramático e alto, com vários soluços, gritos, e desespero. Ela começou a bater o pé no chão, como se não acreditasse no que tinha acontecido, mas era Ares quem estava mais surpreso.

- Você está chorando por causa deles? – Perguntou incrédulo – Ah, o que é isso?! Eu não os mandei para o inferno! Estava brincando!

Ela continuou chorando no mais alto tom. Todos os funcionários pararam perto do caixa para verem o que estava acontecendo. Ares viu que estava passando vergonha, e tentou melhorar a situação.

- Vamos, sua pirralha. Para de chorar. – Disse em um murmuro irritado. Ray negou com a cabeça ainda chorando, como se todo o mundo dela tivesse acabado.

- Você...! Matou...! Gente...! Inocente...! – Chorou ela em berros – Como...?! Você...?! Pôde...?!

Ela continuou chorando, e Ares coçou a nuca com vergonha. Ele olhou para os funcionários que o encaravam fixamente, e deu um riso nervoso.

- Garotas. Sempre fazendo drama. – Disse, mas não pareceu amenizar nada. O Deus da guerra chegou perto de Ray – Para de chorar! O que você quer que eu faça para você parar de chorar?!

- Traga...! Eles...! De volta! – Chorou ainda mais alto. Ares trincou os dentes.

- O que?! Mas aí vamos ter que esperar no fim da fila! – Reclamou, mas ao ver que a filha de Apolo não ia parar até as pessoas voltarem, ele se deu por vencido – Tudo bem!

Ares fez um movimento de mão e todas as pessoas reapareceram por mágica na fila. Os funcionários piscaram os olhos sem saber por que estavam ali, e voltaram ao trabalho. Ares e Ray foram para o fim da fila.

- Você podia chorar porque tem gente morrendo de fome no mundo, mas não. Tem que fazer escândalo por uma coisa idiota. – Resmungou de braços cruzados e de mau humor. O efeito da flecha ainda não tinha passado por completo, mesmo estando mais fraco. Por isso os olhos de Ray lacrimejaram.

- Tem muita gente passando fome no mundo, não tem? – Disse com vontade de chorar por eles. Ares apressou-se em corrigir a frase, antes que ela arrumasse outro escândalo.

- Só as pessoas dessa fila. – Disse apontando para todo mundo – Eu me referia á eles. Olha como estão morrendo de fome. Mas calma, porque todo mundo vai ser atendido, e vão ter uma ótima comida cheia de gordura hidrogenada para se alimentarem.

O efeito da flecha passou, e Ray sorriu novamente. Ela começou a falar sobre todas as bandas que ela gostava, e Ares fingiu que ouvia. Ele não gostava de demoras, por isso fez seu pedido mentalmente antes que chegasse a vez dele.

Quando finalmente o último mortal saiu de sua frente, o Deus da guerra falou rapidamente seu pedido para o funcionário.

- Quero aqueles três hambúrgueres ali, e bem caprichados. Batatas grandes, e um refrigerante do maior tamanho que tiver. – Falou mexendo com os dedos no balcão, inquieto.

O funcionário olhou para Ray, que estava abraçada á cintura de Ares, e prendeu o riso. Resolveu fazer uma piada – não sabendo que estava mexendo com a pessoa errada.

- Um canudinho ou dois? – Perguntou com um sorriso malicioso. Ares segurou a gola da camisa do funcionário e o puxou em sua direção. O Deus da guerra rosnou olhando diretamente para os olhos do garoto de 17 anos que o atendia.

- Três. Um para mim, outro para a garota, e o último para a sua mãe, babaca. – Respondeu com irritação, e depois o lançou para trás. Ele tropeçou em seus próprios pés e bateu com as costas na máquina de sorvete. Ele tentou se segurar nela, mas acabou puxando uma alavanca e liberando sorvete de baunilha na cabeça.

- Por que você fez isso com ele? – Perguntou Ray surpresa. Ares respirou fundo.

- Porque ele mata ursos polares. – Mentiu. Ray estreitou os olhos para o funcionário, mostrando sua raiva – Faz logo o seu pedido.

Ela parou para analisar as opções e Ares prendeu a respiração na tentativa de controlar sua raiva.

- Você está de sacanagem com a minha cara. – Disse sem acreditar – Ficou em pé esse tempo todo na fila, e ainda não sabe o que vai pedir?!

- É. – Confirmou sem ligar. Ares colocou a mão sobre a nuca dela, morrendo de vontade de quebrar seu pescoço, mas se controlou.

- Faz o seguinte. Eu escolho algo bem gostoso para você, e você se manda... Er... E você procura uma mesa para nós. – Sugeriu com um sorriso forçado. Ray assentiu feliz, e saiu correndo para procurar uma mesa.

Quando finalmente pegou o pedido e achou Ray, ele sentou-se na sua frente. A filha de Apolo escolhera um canto com meia iluminação, e poltronas. O problema era que Ares tinha que ficar encolhido ali. Se ficasse reto, batia de cabeça na luminária pendurada, e se se mexesse muito, bateria contra o vidro da janela.

Ray sorriu para ele. 

- Qual é o meu? – Perguntou sorrindo para a pilha de batatas e hambúrgueres. Ele pegou um potinho de sorvete e deu para ela.

- Toma. Crianças adoram sorvete em potinho. – Disse entregando para ela. Ray ia protestar, mas não tanto quanto protestou ao ser atingida por outra flecha de Eros.

- Por que você trouxe isso para mim? – Perguntou mostrando o potinho de sorvete para Ares. Ele deu de ombros, e ela lançou o sorvete no Deus da guerra. Ares esticou a coluna, como reflexo, e bateu de cabeça na luminária.

- Filha da pu...! – Ray o interrompeu.

- Você acha que eu estou gorda demais para comer um hambúrguer desses?! – Perguntou com raiva. Ele trincou o dente de raiva.

- Ficou louca?! Quando foi que eu abri a boca para falar isso?! – Reclamou raiva. Ray pegou a bandeja e colocou no seu lado no banco. Ela apontou para Ares.

- Escuta aqui, seu preconceituoso contra gente gorda! – Exclamou com raiva e depois apontou para o balcão – Volta para lá e compra um lanche de verdade para mim! E tem que ter carne e muita gordura, entendeu?!

Ares trincou os dentes ao olhar para a fila enorme que tinha se formado.

- A fila está gigante. Você acha mesmo que eu vou voltar lá porque você não quer comer sorvete? – Perguntou com raiva – Devolve a bandeja para mim, e cala a boca. Esse “encontro” é o mais perto que você vai chegar de ficar próxima de mim, sua fedelha.

- Volta lá e compra um lanche para mim! – Exclamou Ray com raiva.

- Se você não tem o lanche que quis, é porque foi burra de não pedir na hora certa! – Exclamou com irritação – Ficou tagarelando ao invés de falar o que realmente importava!

- Você é que não teve paciência comigo! – Reclamou ela.

- E você é que não aceitou o sorvete que eu comprei com tanto carinho. Sinto muito, otária. Não vou voltar lá e enfrentar outra fila porque você deu uma de revoltada na hora errada. – Reclamou ele.

Ray ia continuar a brigar com Ares, mas de repente o efeito da flecha de raiva passou. A última palavra que ela tinha entendido foi “carinho”. Ela piscou os olhos, e soltou um suspiro apaixonado. Eros, sentado longe deles, ficou irritado por não estar conseguindo acabar com aquele encontro. Ele esperava que Ares fosse desistir dela por estar sendo tão bipolar, mas pelo visto não.

A filha de Apolo pegou um guardanapo e começou a limpar o rosto de Ares, ainda sujo de sorvete. Ela suspirou apaixonada.

- Ooown, você comprou com carinho? – Repetiu – Carinho. Para mim. Que lindo!

Ares arregalou os olhos.

- Você é doente?! – Perguntou sem entender sua mudança de humor tão repentina. Ray olhou para ele sem entender do que ele estava falando, e então sorriu.

- Se eu estivesse doente, você ia cuidar de mim? – Perguntou achando que a resposta era sim. A filha de Apolo fingiu uma tosse e sorriu para Ares. O Deus da guerra passou a mão pelo rosto.

- Devolve a minha bandeja antes que a comida fique fria. – Disse ignorando o que ela havia feito. Ray colocou a bandeja novamente em cima da mesa, e pegou a batata frita para si. Ares ia reclamar, mas resolveu só terminar de comer e ir embora dali o mais rápido possível.

Quando eles finalmente terminaram, Ares levou Ray de volta para o Acampamento. A filha de Apolo subiu os degraus do chalé 7, e virou para Ares uma última vez com um sorriso no rosto.

- Foi tão mágico. – Disse ela ainda apaixonada. Ares fez uma careta disfarçada, mas depois assentiu.

- Claro. Mas agora...! – Ele queria dizer que tudo tinha acabado, mas Ray interrompeu sua frase lhe dando um beijo na boca. Ares arregalou os olhos e tentou afastá-la, mas Ray entrelaçou seus braços em sua nuca.

A filha de Apolo passou a mão pelo cabelo do Deus da guerra, que tentava protestar em múrmuros abafados. Ray afastou seu rosto, mas só para pegar ar. Ela voltou a beijar Ares.

Os filhos de Ares notaram o que estavam acontecendo e resolveram mexer um pouco com o pai.

- Que isso, hein? – Assoviaram para a cena – Assim você mata o papai, Ray!

Ares, sem poder falar, estendeu o dedo do meio na direção dos filhos. Ray afastou seu rosto mais uma vez, só Ares não deixou que ela o beijasse novamente. O Deus da guerra separou o rosto de Ray do dele.

Ray sorriu para ele, e alisou seus músculos do braço. Ares olhou para ela, incrédulo.

- Você lá tem idade para isso?! – Reclamou – Você tem é que brincar de boneca por aí com as suas amiguinhas.

- Ah, Ares, por favor. Isso é tão ultrapassado. – Disse revirando os olhos – Eu não sou uma criança.

- É sim. – Insistiu ele irritado – Seu pai lá sabe disso?

- Ah, é só não deixar ele saber que você me beijou. – Disse dando de ombros. Ares piscou os olhos.

- Eu te beijei? – Repetiu e depois deu uma risada nervosa – Você ficou maluca, né? Você que se jogou para mim!

- Mas você não se importou, então... – Ray assoprou um beijo para ele – Até depois, Ares delícia. Nós nos vemos amanhã!

- O que? Não! Você não...?! – Ares ia reclamar por ela não tê-lo ouvido sobre estar tudo acabado, mas Ray entendeu outra coisa. Ao ver Ares subir os degraus atrás dela, a filha de Apolo parou-o colocando a mão em seu peito.

- Ei! Vamos deixar uma coisa clara. Eu sei que você é muito bonito e sedutor, mas eu sou uma semideusa de família. Não vou fazer aquilo com você. – Ares ficou sem palavras. Seria possível que Ray entendesse tudo errado sempre? – E agora... Boa noite, seu safadinho.

E bateu a porta do chalé de Apolo.


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Notas finais do capítulo

Alguém está ansioso para ver a cara da Afrodite e do Apolo quando descobrirem o que aconteceu?
Mandem reviews, e obrigada por lerem a minha fic!



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