Ai Ai No Mi escrita por Takehime


Capítulo 3
Saindo da caverna


Notas iniciais do capítulo

Uau. Estou postando os capítulos bem rápido. Estou cheia de ideias na cabeça hihi. Que bom pra quem lê, eu acho k



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Andando ao redor da área circular onde a árvore estava, notou que havia um pequeno buraco encostado no canto da parede rochosa. Só pode peceber isso porque ainda restavam alguns fósforos nos bolsos. Na verdade, tinha pego um fósforo instintivamente, para acender um cigarro, até lembrar de que já tinham acabado. A sensação dos lábios se tocando sem um cigarro entre eles era bastante incômoda. Jogou o fósforo buraco adentro para medir sua profundidade. Poderia descer por la sem problemas. Chegando no fundo do buraco, acendeu outro fósforo com a sola do sapato e olhou para o túnel. Estava no subsolo agora, completamente sem luz. Ainda bem que ainda tinha fósforos suficientes. Era um caminho único que seguia em linha reta. Parecia já ter sido feito por alguém.


Era um túnel longo e comprido. Demorou bastante tempo para o cozinheiro chegar à saída. Olhou para o chão e percebeu que agora havia certa quantidade de uma areia fina e branca cobrindo o chão. O túnel havia chegado ao final. Olhou para cima em busca de uma saída. Havia uma pequena abertura bem no alto. Por ela pode ver o céu. Ainda estava escuro, com várias estrelas e algumas nuvens. Droga. Enxergar o caminho ainda não seria uma tarefa fácil.


Foi se apoiando pelas paredes laterais do túnel até chegar a abertura. Quando foi se segurar na borda do buraco sentiu algo diferente de terra. Mais areia. Do mesmo tipo que vira na caverna a momentos atrás. Estava numa praia, na costa da ilha.

- Esse túnel dava assim tão longe da cidade? – Seus ouvidos agora prestavam atenção no som das ondas batendo em algumas rochas no canto da praia. O som era tão familiar ao seu ouvido. Passara boa parte do tempo ouvindo aquele mesmo som desde que deixara o restaurante Baratie. Era tão agradável. Trazia várias lembranças.

Deixou-se levar pelo cançado e desabou na areia branca. Estava andando a horas. Poderia finalmente descançar um pouco agora. Estava prestes a deitar a cabeça na areia quando impediu a si mesmo de fazer isso.

- Não posso ficar aqui. Tenho que ir atrás do marimo – Disse com a voz firme e determinada a fim de vencer seu próprio cansaço. No momento em que começou a se levantar pôde escutar uma voz grossa ao longe. Parecia vir da parte da ilha atrás das rochas que vira anteriormente. Arregalou levemente os olhos quando o som familiar chegou aos seus ouvidos.

- Onigiri! – O espadachim havia acabado de cortar um Rei dos Mares, estranhamente grande demais para estar na costa da ilha. Rei dos Mares costumam ficar no meio do mar. Como ele conseguiu achar um naquela região? O espadachim era mesmo incrível. – Isso vai ser melhor do que as frutas que eu peguei.

- Ei, marimo! O que está fazendo aí? – Sanji andava em direção à Zoro. Não pôde conter uma certa alegria em vê-lo, apesar de estar irritado por ter que vir atrás do espadachim que sempre acabava se perdendo.

- Cook? O que você está fazendo aqui? Pensei ter ouvido você falar que era pra eu buscar a maldita comida – Zoro virou-se na direção do cozinheiro. Estava um tanto surpreso pela presença de Sanji ali.

- O que pelo visto é uma tarefa difícil demais pra você – Sanji usava seu tom irônico agora, irritando o espadachim.

Zoro tirou uma de suas katanas da bainha e foi em direção ao cozinheiro. Sanji se defendeu com uma de suas pernas e revidou o ataque do espadachim, dando início a mais uma de suas lutas bobas e sem objetivos. Até o cozinheiro lembrar-se de onde estavam e de sua situação, botando um fim à luta enquanto bloqueava o último ataque do espadachim com sua perna esquerda.

- Já chega, espadachim de merda! Já percebeu que ainda estamos na floresta?! A gente tem que voltar pro barco rápido – Sanji começou a olhar a floresta, pensando numa forma de voltar à cidade. Lembrou-se do no caminho pelo qual tinha chegado até ali. Mas foi só se lembrar do labirinto dentro da caverna que mudou de ideia. Iria pensar em outro caminho. – Se aqui é a costa da ilha, podemos seguir por ela até chegarmos à cidade. Não precisaremos entrar no meio da floresta de novo.

- Você está pensando em voltar agora? – O espadachim olhou confuso para o cozinheiro. – Já deve ser de madrugada, e você está todo sujo de terra, olha só – andou em direção ao cozinheiro e começou a balançar o cabelo loiro levemente. – Onde você se sujou tanto assim? - Sanji corou levemente e desviou o olhar, envergonhado. Juntou forças para usar sua voz no meio daquela estranha situação.

- O-o que você pensa que está fazendo, maldito espadachim!? – Sanji empurrou a mão do espadachim pra longe da sua cabeça, corando ainda mais com o contato.

- O que você pensou que eu fosse fazer vendo o seu cabelo cheio de terra como estava? – Antes que o cozinheiro respondesse, Zoro se afastou de Sanji e começou a caminhar em direção ao Rei dos Mares. – Aí está a comida que você pediu, cook – Disse, apontando para o animal morto – Em seguida foi em direção à rocha pela qual Sanji passou para encontrá-lo, e deitou-se na areia apoiando a cabeça na rocha – Vamos passar a noite aqui. É o melhor a fazer.

- Quer dizer que se eu não tivesse chegado aqui você não voltaria ao barco? Deixaria todos os outros preocupados? – Sanji não queria ficar ali. Precisava voltar e preparar algo para Nami-san e Robin-chan.

- Claro que não. Eu levaria a comida pra você como pediu, ou levaria uma bronca sua – Vendo a expressão maliciosa de Sanji completou o que havia dito. – N-não que eu me importe com isso – E desviou o olhar.

- Então seu objetivo era simplesmente me agradar? – Começou a rir com sua própria pergunta.

- Maldito cook...! Não foi isso que eu quis dizer... – Agora era Zoro quem estava com as bochechas coradas e uma expressão irritada.

- Tudo bem, então – Sanji sentou-se com as costas apoiadas na rocha, ao lado do espadachim. – Passaremos a noite aqui. Não estou com energia para caminhar pela floresta de novo agora. Os outros podem esperar por nós. Uma floresta de merda como essa nunca nos venceria, não é mesmo? – Zoro não disse nada. Olhou em sua direção em busca de alguma resposta quando percebeu que ele já havia dormido. O espadachim tinha os olhos fechados e roncava. Sanji sempre via o espadachim dormindo como pedra no Sunny, então já estava acostumado com essa imagem, mas vê-lo assim, dormindo fora do barco, sem Luffy correndo ao redor tentando acordar o espadachim, ou Chopper maravilhado pelas mentiras que Usopp contava com um sorriso orgulhoso no rosto, sem Franky falando seus ‘Supah’s e ‘Au’s enquanto juntava seus braços exibindo sua estrela nos braços, sem Brook tocando uma música para alegrar a tripulação, ou sem Robin e Nami exibindo seus decotes por aí (o que o fez dar um pequeno sorriso bobo), era um pouco.. agradável. Estava totalmente sozinho com o espadachim. A imagem dele dormindo assim sem ninguém ao redor o deixava um tanto.. atraente. Ouvia-se apenas o som das ondas e seus roncos, que faziam seu peito subir e descer lentamente seguindo o ritmo de sua respiração. Uma imagem que poderia ser considerada rara entre eles. Sanji estranhou um pouco esses pensamentos confusos, mas não havia porquê mentir para si mesmo. Gostou de poder estar ali naquele exato momento e presenciar aquela cena ‘rara’. – Boa noite, marimo – Ajeitou-se em sua posição e estava se preparando para deitar-se quando lembrou. A fruta. Estava na sacola que Usopp lhe dera para guardar a comida. Ainda não conseguia acreditar no que havia acontecido com a árvore da caverna.


Puxou a sacola que estava ao seu lado e a abriu. Tinha coletado muitas frutas mas a fruta-coração rosada se destacava entre as outras, apesar de ter um tamanho menor. Era tão pequena a ponto de caber dentro da palma da mão do cozinheiro.

- Como será o gosto disso? – Sanji finalmente arriscou uma mordida. Se fosse boa procuraria por árvores como aquela pelo caminho de volta ao barco no dia seguinte para Nami e Robin. No momento em que pôs a futa na boca, Sanji arregalou os olhos e quase cuspiu instintivamente. – Q-que merda é essa?! – Para sua surpresa, era extremamente ruim. Era macia por dentro, apesar de amarga e pouco aguada. Geralmente os temperos e alimentos que achava pela Grand Line tinham sabores diferentes e deliciosos. Nunca vira uma fruta como aquela na vida e, para um cozinheiro, quanto mais raro um ingrediente, melhor o gosto. Pensou que a fruta-coração também estava inclusa à essas características.

Aguentou o gosto e engoliu a fruta. Era um cozinheiro. Ruim ou não, não desperdiçaria comida. Apesar de se arrepender por ter coletado a fruta. Pelo menos a ‘morte inesperada’ da árvore da caverna não teria acontecido. Colocou o que restou da fruta-coração na sacola. Agora virara uma fruta-coração-deformada com a mordida. Ia tentar saber mais sobre a misteriosa árvore e a fruta na cidade no dia seguinte.

- Pelo menos não vou mais precisar procurar por árvores de merda iguais àquela – Deu um longo suspiro, deitando-se de barriga pra cima na areia e apoiando a cabeça na rocha, como o espadachim. Estava tão cansado que acabou caindo no sono rapidinho.



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