Ai Ai No Mi escrita por Takehime


Capítulo 2
A árvore rosada


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelas reviews minna c:
Consegui escrever esse capítulo bem rapidinho ^^



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Zoro já havia caçado alguns animais e frutas. Estava agora tentando achar o caminho de volta para o barco. Mas estava perdido (pra variar) no meio daquela grande floresta, mesmo que não admitisse isso pra si mesmo.

  - Eu já passei por essa árvore, eu tenho certeza – Teve que usar uma de suas espadas para cortar arbustos e cipós entrelaçados pelo caminho. O céu já estava escuro, dificultando a visão do espadachim. Se já era complicado saber em que direção ia de dia, de noite não teria o menor senso de direção, e dificilmente chegaria ao barco em pouco tempo. Aquele baka cook teria que esperar mais algum tempo. Mas por que estava pensando no cozinho num momento como esse? Tinha que se concentrar em achar o caminho de volta.

~*~*~

  -Oi, marimo! Onde você se enfiou, maldito? – Sanji já havia procurado o espadachim pela cidade toda e havia chegado na área residencial da cidade. Andava pela pequena estrada de terra com as mãos nos bolsos da calça escura, a passos lentos, já casado por ter andado a cidade inteira e ainda não ter encontrado o espadachim. Quando a estradinha terminava na frente da floresta, Sanji parou e olhou as árvores, pensando um pouco. “Não é possível.. Será que ele iria pro meio dessa floresta de merda? Droga. Pior que sim”. Estava claramente irritado, já não tinha certeza se o melhor era ir atrás de Zoro ou esperar por ele no barco. Mas teve a leve impressão de que não conseguiria voltar sem o espadachim, não poderia deixar um de seus nakamas pra trás. E apesar de o caminho adentro da floresta estar escuro, era ainda possível enxergar pequenas e estreitas trilhas que seguiam adentro da floresta. E ainda tinha que buscar comida. “Mesmo que não consiga encontra-lo, não posso deixar Nami-san e Robin-chan durante a noite inteira sem comer alguma coisa”. Por um momento a imagem da navegadora comendo uma de suas sobremesas passou por sua cabeça “Arigatou, Sanji-kun~”.

  - Haaaai Nami-swaan! Eu farei quantas sobremesas você quiser~ - Com isso sentiu-se mais motivado a entrar floresta adentro.

Depois de percorrer por algumas pequenas trilhas e caminhos aleatórios no meio da mata, Sanji não havia encontrado o espadachim, mas conseguira coletar algumas frutas. Estava querendo voltar, mas algo o dizia pra seguir em frente e tentar um pouco mais. Talvez fosse apenas o seu jeito de não desistir tão fácil de seus objetivos, ou medo de perder um nakama. Não que acreditasse que isso iria acontecer, mas queria ter certeza disso. Ou talvez fosse apenas intuição. Algo que o Luffy provavelmente chamaria de ‘vontade misteriosa’.

Seguiu adiante por uma das pequenas trilhas de terra da floresta. Alguns cipós se peduravam no alto das árvores e caíam sobre a cabeça do loiro, bagunçando levemente seu cabelo. Já não tinha luz suficiente para poder enxergar o caminho claramente e desviar de todos os obstáculos em seu caminho. Quando a trilha ficou totalmente bloqueada por alguns arbustos entrelaçados uns nos outros, não quis arriscar sair da trilha e tentou abrir um caminho por entre os obstáculos com um de seus chutes, com certa dificuldade, mas com sucesso no final. Mas para sua surpresa atrás de todos aqueles cipós havia o que parecia ser a entrada de uma pequena caverna. Estava escura, mas já havia caminhado tanto pela mata que decidiu seguir adentro na procura do espadachim. Percebeu que não era uma caverna totalmente fechada. Havia grandes rachaduras no teto de pedra, permitindo que a luz da lua iluminasse levemente o local, facilitando sua visão. A caverna tinha vários caminhos estreitos em diferentes direções, mas com espaço suficiente para o cozinheiro passar sem grandes problemas. Escolheu um dos caminhos aleatoriamente e seguiu por ele. De vez em quando, acendia um fósforo para ajudar a iluminar o caminho. Não queria acabar perdido como o espadachim. Tinha muitos deles guardados nos bolsos já que eventualmente usava-os também para acender seus cigarros. Mas teria que controlar a quantidade se quisesse continuar com um cigarro acesso entre os lábios.

O interior da caverna lembrava um labirinto. Alguns túneis pelos quais seguira não tinham saída, e eventualmente acabava retornando para algum túnel pelo qual já havia passado anteriormente. Até encontrar um caminho único, que não se ‘ramificava’ em vários outros, com menos curvas que os anteriores e parecia seguir quase sempre numa linha reta. No final desse túnel, vários outros caminhos que vinham de outras direções se encontravam num único ponto, formando agora um caminho único mais largo, que seguia numa linha reta. Parecia ser também mais iluminado que os anteriores. Seguiu então por esse caminho. Parecia ser a melhor decisão a ser tomada. Não demorou muito a chegar numa área grande e circular, ainda dentro da caverna, com uma única grande rachadura no teto, pela qual passava um único raio de luz do luar. A luz caía sobre uma árvore, a única que Sanji viu desde que entrara na caverna. Alta o suficiente para que alguns galhos finos e retorcidos tocassem o teto, que agora estava a uma distância maior do chão do que nos túneis anteriores da caverna. Estava exatamente no centro daquela área circular e espaçosa. O vento vindo da abertura no teto balançava as flores da árvore levemente. Ela lembrava uma cerejeira, cheia de flores rosas cobrindo os galhos enquanto algumas caíam lentamente ao chão, formando uma espécie de tapete rosa junto às pequenas pedras da caverna.

  - Como pode haver uma cerejeira no meio de uma caverna? Não pode ser – Acendeu seu último cigarro restante e aproximou-se cada vez mais da estranha árvore rosada, até chegar perto o suficiente para olhar para cima, por baixo de seus galhos. Havia uma pequena fruta presa em um deles, bem camuflada por ter um tom rosado parecido ao das flores. Sanji olhou atentamente a fruta. Tinha um formato que lembrava um coração. Tocou-a e percebeu que sua casca era levemente àspera, mas apertando-a levemente pode perceber sua maciez por baixo da fina casca. Parecia ser comestível.

  - Vou leva-la para experimentar. Se for boa posso fazer alguma sobremesa para Nami-san e Robin-chan – Antes de puxar a fruta do galho ao qual estava presa, começou a olhar para os outros galhos, à procura de outras frutas iguais. Ficou surpreso ao notar que só havia aquela única fruta. Pensou por um instante e deu de ombros. Levaria apenas aquela então. Poderia procurar por mais árvores como aquela pelo resto da floresta no dia seguinte.

Na ponta dos pés, esticou seu braço direito em direção à fruta-coração e a puxou de seu galho. Começou a examiná-la em sua mão, até que percebeu que as pétalas rosadas que caíam da árvore em direção ao chão agora estavam com um tom acinzentado. Sem entender a situação olhou para cima novamente em direção à árvore. Seus olhos se abriram rapidamente sem acreditar no que viam. Sua boca abriu de tal modo que seu único cigarro restante caiu no chão.

  - Q-que merda é essa? – A árvore antes rosada agora estava totalmente cinza. Seus galhos pareciam agora estar mais frágeis e quebradiços. As pétalas caíam em maiores quantidades agora, deixando os galhos nus. O tronco, antes grosso e saudável, estava agora enrugado e mais fino. A imagem de uma árvore antes rosada e alegre tinha se tornado apenas uma lembrança difícil de se acreditar depois de ver a árvore no estado atual, totalmente sem vida. Não demorou muito para o tapete rosado do chão de tornar acinzentado e morto, com uma mistura de tons cinzas entre as pétalas e as pedras da caverna. Sanji olhou para a fruta novamente. Estava com a mesma aparência de quando estava na árvore, como se nada tivesse acontecido. Sanji ainda não tinha se conformado muito bem com a estranha situação pela qual passara, mas não podia mais ficar ali. Tinha que levar as frutas que coletara, incluindo a estranha fruta-coração rosada na sua mão. Colocou-a junto com as outras na pequena sacola que estava em seus ombros. Trouxera ela para esta finalidade. Deu uma olhada rápida no conteúdo da sacola. Estava praticamente cheia. Muito bem. Agora so faltava encontrar o maldito espadachim.


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