Castiel segurou o corpo do amigo antes que tombasse violentamente ao chão. O sobretudo do anjo estava encharcado com o sangue do humano. Um raio riscou o céu, seria a fúria dos deuses? Castiel agora se encontrava com Sam em seus braços na frente de um hospital, ainda havia chances de salvar o moreno e depois enfrentaria a fúria de Dean Winchester. Enfermeiras pararam o que estavam fazendo, a cena era inusitada mesmo para elas que viviam assistindo as mais variadas tragédias.

                - Coloque-o aqui rápido, e vocês me ajudem com isso. Vamos, vamos, ou o perderemos!

                Castiel assistia silencioso, viu Sam ser levado às pressas. Quando uma das enfermeiras voltou o olhar para trás em busca do homem de, sobretudo bege não o localizou mais. Castiel estava aparecendo na frente de Dean neste exato momento.

                - Cass, que raios aconteceu com você? E esse sangue todo...está machucado? Você não foi buscar o Sam...- Dean parou encarando o anjo. – Castiel, onde está meu irmão?

                - Eu...eu sinto muito Dean. Cheguei tarde demais e....- Castiel não teve tempo de terminar, as mãos de Dean estavam em sua roupa o sacudindo.

                - O que você quer dizer com “tarde de mais”? Desembucha homem, onde diabos está o Sam? – os olhos verdes do loiro estavam faiscando.

                - No hospital, o levei imediatamente. Ele foi atingido pela espada...- Dean largou o anjo, sentiu suas pernas amolecerem. Sua cabeça dava voltas, respirou fundo tinha que manter o controle.

                - Me leve até ele...e porque não o curou? Você é um anjo, cure-o. Ele arriscou a vida por você, então pelo amor de Deus faça alguma coisa! – Dean sentiu sua garganta ficar rouca, ele estava gritando demais.

                - Vou levá-lo. E tentei curá-lo....algo não está certo comigo. Não consegui utilizar meus poderes totalmente. Meus poderes estão sendo bloqueados de alguma maneira que desconheço, sinto muito Dean. Não queria envolvê-los nisso tudo.

                Dean olhou para o anjo, sentiu certo desconforto por ter dito palavras tão duras.

                - Desculpe-me Cass. Mas quero ver meu irmão.

                Castiel aproximou-se, e em segundos Dean estava em frente ao hospital, entrou e foi logo perguntando. Foi meio complicado pois Sam deu entrada sem um nome, mas pelas características sabiam de quem se tratava. Dean foi conduzido até o leito do irmão, os apitos e os tubos no irmão o deixaram com um terrível mal estar. Colocou sua mão sobre a do irmão e enquanto dizia palavras encorajadoras o analisava e seu pensamento só havia uma palavra, vingança. Dean não descansaria até encontrar o desgraçado que tentou ceifar a vida de seu irmão. Dean viu o médico entrar o fulminou de perguntas sobre a situação de Sam.

                - Ele inspira cuidados, por pouco a lâmina não atravessou seu coração, ele está resistindo bravamente, mas devemos deixá-lo em coma induzido para sua melhor recuperação. Não podemos fazer mais nada além de esperarmos as primeiras vinte e quatro horas, elas serão decisivas para seu diagnóstico. Pode ficar se quiser.

                - Obrigado, doutor. – Dean viu o médico deixando a prancheta e saindo do quarto. Respirou fundo, pelo menos Sam estava vivo.

                - Agüenta firme irmão. – o loiro sussurrava, observando o movimento do peito de Sam.

                Dean adormeceu ao lado de Sam, cuidaria e protegeria o irmão de todos os perigos, o loiro dormia e acordava sobressaltado a cada hora, tinha receio de que Sam acordasse sem estar presente.