O sofrimento de Castiel escrita por AngelSPN


Capítulo 4
Capítulo 4




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Balthazar mudou de posição, olhou para os três que aguardavam sua resposta. Balançou a cabeça e começou a rir.

- ah ah ah ...eu matando nossos irmãos? Hã, você é mais insano do que eu imaginava Castiel. Agora chega desta palhaçada e apague esse fogo sagrado, ou será você a matar um irmão!

Castiel continuou com seu olhar ameaçador, e Balthazar conhecia muito bem seu amigo de longa data.

- Olha só Castiel, não sei o porquê de você achar que eu esteja assassinando nossos irmãos. Mas posso te garantir que o sangue deles, pelo menos destes não está em minhas mãos. Qual é Castiel, você me conhece. Olhe bem em meus olhos e veja se estou mentindo? Balthazar olhava fixamente para Castiel.

- Você é um tolo, se acha que pode me enganar Balthazar. Não como me enganou da outra vez. – Castiel aproximou-se do fogo sagrado.

- Ah, Castiel. Nunca vai me perdoar? Aquilo foi uma fuga, não queria ter que mentir para você. – Balthazar continuava ignorando o demais presentes.

- Você lutou ao meu lado juntamente com Uriel, pensei que tivesse morrido durante o confronto. Tudo não passava de uma armação, forjou sua própria morte para esconder sua fuga do reino do céu e veio para a terra levar esse tipo de vida. – Castiel o olhou de cima a baixo.

- É e estou desfrutando-a de uma maneira bem interessante, como a pouco eu estava bebendo uma dose generosa do mais puro whisky na companhia de uma bela morena voluptuosa. E graças a vocês três, idiotas eu estou aqui, ouvindo um monte de nada! – Balthazar atirou uma cadeira contra a parede apenas com um olhar.

Dean não pôde deixar de concordar com a raiva de Balthazar por ser trazido a força a um interrogatório que a seu ver também estava sendo inútil e perdido seu valoroso “whisky moreno”.

- Cass, acho que ele está falando a verdade. – Dizia Dean colocando sua mão no ombro do anjo.

- Viu Castiel, até seu protegido tem tutano, me livre deste círculo e deixe-me voltar aos meus “compromissos”. Não pense que estou parado sem mover meus pauzinhos, com tanto anjo sendo morto tenho que me precaver.

- O que quer dizer com isso? – Castiel estava mais calmo.

- Solte-me e contarei. Essas invocações enoquianas são desgastantes. Acredite em mim Castiel.

Castiel não teve outra escolha, ele sentia dentro de si a verdade nas palavras de Balthazar, sentiu-se aliviado e ao mesmo tempo perdido. Quem seria o assassino?

- É bom saber que você ainda confia em mim, amigo. – Balthazar abraça Castiel e este retribui o abraço.

Dean e Sam que a tudo assistiam de camarote, ficam com a atenção redobrada. E Castiel os tranqüiliza.

- Está tudo bem, Balthazar fala a verdade. Mas temos um grande problema, estamos novamente na penumbra.

- Como eu havia lhe dito Castiel. Tenho uns pauzinhos sendo movimentados, coloquei alguns amigos de confiança de olho em Uriel e Raphael. Você sabe como é o gênio deles. E garanto, eles estão limpos. Se eu souber de algo, te aviso. Adeus, e pode deixar que vou me cuidar, ah e vocês dois cuidem desse maluco. – Balthazar desapareceu em um piscar de olhos.

Embora Balthazar tenha um comportamento nada angelical, sua aparência natural irradia uma serenidade, o que torna uma conversa pacífica e direta. Castiel voltou seu olhar aos irmãos, que aguardavam suas ordens. Ele não conseguia deixar de admirar esses humanos, com tanta força, garra, determinação e um sentimento de amor um pelo outro incontestável. Castiel sentiu-se tocado por esses seres e encantou-se pela humanidade, através de Dean ele conheceu o livre-arbítrio, enquanto que Raphael, Uriel e Lúcifer os consideram humanos desprezíveis e inferiores. Não permitiria que nada lhes acontecesse mesmo que isso custasse a sua vida.

Sam quebrou o silêncio, não gostava da possibilidade de serem pegos em alguma cilada, tinham que investigar e acabar logo com isso.

- Dean vou atrás de Bobby, ele deve nos ajudar em uma situação como esta. Você e Castiel tomam conta um do outro e se precisarem me liguem. Voltarei o mais rápido que eu puder. – Sam aguardava a resposta do loiro, como um pedido de autorização.

- Está certo Sammy, lembre-se que sou o único que pode te bater então, tome cuidado. Estaremos “ligados” e volte logo. – Dean o olhava com aquele olhar de sempre, cauteloso e cuidadoso.

- Ok, não demorarei. – E Sam pegou no ar a chave do impala que Dean atirou para ele.

Dean virou-se para o anjo e sorriu.

- Agora vamos nos manter a salvo, Cass. Voltaremos a revisar todo o trabalho novamente, deixamos passar alguma coisa.

Castiel apenas balançou afirmativamente a cabeça.

O sol atravessando as folhas das árvores em graciosos fachos de luz iluminava a rota do impala, é lamentável que tinha que correr todo o longo caminho sem poder desfrutar deste entardecer cheio de uma imensa paz. Sam não tirava os olhos de seu celular, havia algo de errado, mas não sabia o que era. Apenas aquela sensação de perigo. Seria cauteloso. Perdera incontáveis amigos e familiares durante toda sua vida. Não deixaria que nada acontecesse ao seu irmão, e ele sabia que Castiel tinha um carinho especial por Dean e que se a criatura descobriu esse sentimento, Dean estava em sérios apuros. Sam sentiu o motor do carro roucar mais forte, estava com o pé no fundo do acelerador e assim continuou.

Enquanto Dean começava a preparar seu arsenal, Castiel colocou suas mãos na cabeça. Aquele zunido era seu tormento aproximando-se. Sentiu alguém o segurando e involuntariamente viu-se atirando o corpo de Dean violentamente contra a parede.

- Dean! – o anjo percebendo seu engano correu até seu amigo que permanecia imóvel, inconsciente momentaneamente.

A dor atingiu seu clímax, como era possível esse ser ter tanto poder sobre um anjo? Castiel perguntava-se.

- “E então Castiel, pronto para presenciar mais uma morte? Acho que sim, mas não se preocupe. Será rápido e indolor.

- Afaste-se dele seu miserável sem rosto. Acabarei com você!

-“Ah, não. Dean não é minha opção, não neste momento. Vou acabar com o irmão dele, desta forma ele jamais te perdoará e você voltará para mim como um cachorrinho”.

Castiel paralisou, sentiu suas forças o deixando novamente. Dean começou a mexer-se, Castiel estava de joelhos e continuava com as mãos na cabeça. Dean olhou em volta, limpou sua boca que sangrava e chegou meio cambaleante e chamou por Castiel.

- Hey, Cass. O que tá pegando? – Dean levou a mão até o ombro do amigo cautelosamente, não queria voar pelos ares novamente.

- Dean, ele está indo atrás de Sam. Ele vai matá-lo!

Aquelas palavras silenciaram o loiro, ele correu e pegou o celular. Tinha que avisar o irmão do perigo iminente.

- Prometo trazê-lo de volta, prometo salvá-lo. – E Castiel desapareceu deixando um homem totalmente perdido em seu mais profundo medo, perder seu irmão.

Sam havia parado no posto de gasolina, estava dirigindo-se ao impala. Quando uma luz forte o cegou momentaneamente, sentiu seu corpo flutuar e logo em seguida chocar-se contra os vidros do estabelecimento. Levantou-se totalmente tonto, olhou ao redor e todos os funcionários estavam mortos, seus olhos haviam sido queimados. Percebeu de imediato o perigo, seu celular vibrava insistentemente. Mas não houve tempo para atender. Bem a sua frente estava o causador de todo o sofrimento.

- Você? Mas porquê? – E Sam não emitiu mais nenhum som, sentiu a lâmina perfurar sua pele de encontro a sua carne. Sua visão se foi e só a escuridão e um grito ele conseguiu ouvir e sentir.

- Nãoooo, Sam! – Castiel havia chegado tarde demais.


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Notas finais do capítulo

Agradeço novamente os reviews e em especial a Alice e a Elise que me dão uma força inimaginável. Beijos a todos! Boa leitura.