O sofrimento de Castiel escrita por AngelSPN


Capítulo 3
Capítulo 3




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Castiel abriu seus olhos, estavam fora de foco. Observava o local, estava em uma cama. Dean estava dormindo em uma cadeira perto da sua cama. Castiel sentiu-se tão bem com a preocupação que os Winchesters em especial o Dean tinha por ele. Era um sentimento diferente, algo desconhecido. Castiel começou a achar que estava passando tempo demais com os humanos.

Dean abriu os olhos, sorriu ao ver o amigo despertado.

- Ah, a bela adormecida acordou. – Dean falava com seu tom irônico colocando as mãos em suas costas, a cadeira havia acabado com sua coluna.

- Quem é Bela adormecida? – Castiel perguntou de uma forma tão engraçada que Dean, não teve coragem de rir do amigo.

- Esquece Cass. Como está se sentindo?

- Bem, eu acho. – de repente Castiel levantou-se bruscamente. – Onde está Aniel? O que aconteceu?

- Eu sinto muito Castiel, chegamos tarde demais. Você estava caído próximo a ele, te pegaram e depois o mataram. Do que você lembra? – Dean falava rapidamente, o anjo ainda tentava entender o que acontecera.

- Eu...ele falou comigo. Disse que iria matar a todos meus amigos e que eu o conhecia. Sinto algo estranho naquela voz e quando tentei lembrar onde a conhecia, o desgraçado me apagou.

Dean observava o semblante cansado do amigo, pensou em dizer alguma palavra de consolo, mas ele não era a pessoa ideal para isso, pediria para Sam. Seu irmão era bom com as palavras.

- Descanse Cass, amanhã continuaremos a busca, Sam está investigando. Deixe-nos ajudá-lo e prometa não sumir e nos deixar preocupados, pensamos o pior e...apenas não suma desta forma, ok? – Dean resolveu acabar com a conversa e saiu do quarto.

Castiel sentiu algo dentro de si, um sentimento tão puro, tão angelical lhe vinha quando ficava próximo de Dean. Ser anjo era uma tarefa árdua, não havia tempo para sentimentos, era como se Dean fosse seu irmão, um anjo que estava na terra para cumprir sua missão. Castiel agradeceu por ter conhecido pessoas tão fiéis e companheiras. Sabia que poderia contar com os Winchester’s e faria de tudo para protegê-los. Mas alguém estava presente e sentindo a felicidade de Castiel quando se tratava de seus amigos.

- “Você os ama, não é Castiel?” – a voz rouca se fez presente na escuridão, Castiel levantou-se de um salto e procurou com o olhar fixo a criatura que lhe transmitia tais palavras.

- Fale, quem é você alma perdida? – Castiel olhou para o alto e abriu os braços na tentativa de captar a presença do ser maléfico.

-“Você os ama, muito mais do que a mim, eu que sempre fui seu melhor amigo, você se esqueceu de mim, me deixou em outros planos. E por isso tomarei tudo o que você mais ama, só assim nós ficaremos amigos novamente!

- Está louco? Se realmente se diz ser meu amigo, porque não apareça e pare de matar aqueles que amo? Eu sinto sua presença, mas não consigo identificar de onde conheço você, mas quando descobrir, acabarei com você.

-“Talvez Castiel, mas antes pularei algumas etapas. Irei direto ao seu ponto fraco, os Winchester’s devem morrer!”- e a sinistra voz desapareceu.

- Não ouse tocar em um só fio de cabelo deles! Você me ouviu seu covarde? – gritou o anjo.

Dean e Sam entraram no quarto rapidamente, a alteração na voz de Castiel os alertou para o inimigo.

- Onde ele está Cass? – Sam perguntou enquanto Dean olhava as janelas e os cantos do quarto.

- Esse infeliz está me torturando psicologicamente, ele quer me desestabilizar. Ele ameaçou vocês, para me atingir. Eu não entendo, é como se ele estivesse com ciúmes, insiste em dizer que éramos amigos e...- Castiel parou abruptamente. Dean percebendo foi logo perguntando:

- O que foi Cass, lembrou quem pode ser? – Dean abaixava o cano de sua arma.

- Desconfio de...Balthazar. Realmente éramos muito amigos, salvamos a pele um do outro por várias décadas. Depois desci a terra incumbido de proteger...vocês. Desde então nunca mais o vi. – Castiel sentou-se na beira da cama com as mãos entrelaçadas.

- Bom, pelo menos temos um nome. Vamos preparar uma armadilha e invocá-lo. – Sam sabia que era loucura, mas não havia alternativa.

- Sam tem razão Cass, precisamos colocar um fim nestas mortes. Matá-lo será difícil, mas você poderá impedi-lo, se ele um dia foi seu amigo...quem sabe você o convença desta loucura toda.

Castiel olhava para seus amigos humanos, eles não tinham conhecimento de como os anjos poderiam ser ferozes. Balthazar sempre fora um bom amigo e guerreiro, palavras não iriam adiantar. Pensando desta forma Castiel colocou a mão por dentro de seu sobretudo, sobressaltou-se ao não sentir sua espada. Dean percebeu e o tranqüilizou.

- Está guardada Cass, eu peguei-a caída ao seu lado quando o resgatamos. – Dean tirou de sua jaqueta e entregou ao anjo sua espada. Dean não contaria que provavelmente Balthazar teria acabado com Aniel com a própria espada se Castiel. O loiro preferiu omitir esse triste acontecimento, não revelando ao anjo toda a tragédia real.

- Obrigado, Dean.

- Não precisa agradecer, vamos começar os preparativos. E Castiel você terá que ficar atento, talvez Balthazar nos ataque e sua única opção será acabar com ele. Consegue fazer isso caso as coisas saírem do controle? – Dean perguntou com seu tom de voz mais forte e inquisitivo.

Castiel apenas concordou, e Sam começava a limpar a área para começarem o ritual de invocação.

Estava tudo pronto, Dean acendeu um fósforo e atirou-o sobre o artefato de forma redonda, uma pequena explosão de fogo se fez, e aguardaram a vinda do anjo Balthazar. As luzes começaram a piscar, até que todas elas explodiram. Ficando o quarto iluminado apenas pelas velas com suas chamas oscilantes. E uma voz se fez ouvir.

- Desculpem rapazes, por acaso pareço um empregado de vocês? – Balthazar gesticulava ironicamente.

Balthazar aproximou-se e um círculo de fogo o cercou, impedindo seu caminho até os Winchester’s.

- O que estão fazendo, seus idiotas? – Balthazar agora estava nervoso. E quando viu Castiel aproximar-se sua fisionomia mudou.

- Temos que conversar Balthazar. – Castiel aproximou-se.

_ Castiel, Castiel, Castiel. Quanto tempo não vejo você meu amigo. E é desta forma que você me recepciona? Que decepção. – Balthazar sorria.

- Porque você está matando nossos irmãos, Balthazar? – Castiel foi logo interrogando-o com a voz rouca e ríspida.


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Notas finais do capítulo

Agradeço aos reviews anteriores, e aguardo os próximos reviews com muita expectativa. Beijos e boa leitura a todos.