O sofrimento de Castiel escrita por AngelSPN


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Nem sempre o inimigo é visível.



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                Os irmãos estavam dormindo, Castiel sentado em uma poltrona aguardava o dia amanhecer. Olhou pela janela do hotel os primeiros raios de sol cobrindo uma pequena parte de um gramado bem cuidado. Não havia nuvens no céu, ele estava limpo e azul. Castiel não cansava de apreciar as belezas que seu Pai criara. Voltou sua atenção quando Dean remexeu-se na cama, provavelmente sonhando com algo bom, pois em seus lábios pôde-se perceber um sorriso malicioso. Mas Castiel voltou seu olhar para o horizonte, em breve os Winchesters o ajudariam a caçar o demônio que estava matando seus “irmãos”. Neste instante Castiel olhou Sam levantando-se apenas com um calção, seu peito musculoso estava exposto, Castiel percebeu a tatuagem e não pôde deixar de comentar:

                - Proteção! – perguntou sem cerimônias.

                - Como? – Sam ainda esfregava os olhos indo em direção ao banheiro. – Ah, é. A tatuagem, eu e Dean a possuímos contra possessões. Depois que Meg...passou uma semana dentro de mim, resolvemos nos precaver.

                - Dentro de você? – Castiel realmente conseguia ser inocente demais.

                - Oh, anjo pervertido! Sam quer dizer que estava possuído. – foi a vez de Dean comentar, não podia deixar passar essa.

                Castiel apenas virou-se novamente para a janela, Sam e Dean perceberam que o amigo estava sofrendo muito e não era hora para brincadeiras.

                Depois do café da manhã, Dean analisava a lista dos amigos de Castiel. Não era muito extensa, o anjo não era muito social. Dentro de uma lista de quinze anjos, apenas oito continuavam vivos.

                - Cass, você já os alertou? – perguntava Sam arrumando as malas.

                - Sim, depois que Camile e os outros morreram, o padrão das mortes ficou claro para mim, quem quer que seja está querendo me atingir diretamente.

                - Bom, podemos nos considerar nesta lista? – Dean perguntou, deixando o anjo sem reação.

                - Dean, o Castiel está perdendo os amigos anjos e não humanos amigos. Cai na real irmão! – Sam lutava contra o zíper da mala.

                - Talvez Dean, tenha razão. Eu não deveria envolver vocês. – Castiel olhava-os fixamente.

                - Pare de bobagem, Cass. Sempre quando precisei de você nos momentos mais difíceis da minha vida, você largava tudo e vinha atender-me. Agora vamos parar com essa conversa e começarmos a agir.

                Os três entraram no impala, não tinham muitas pistas. Castiel seguia seu instinto de anjo, procuraria por Aniel, um anjo que ajuda a obter vitória e ter uma vida digna. Faz revelações sobre os segredos da natureza e inspira às meditações. Aniel sempre fora um amigo leal e compreensivo com os mortais e Castiel o admirava por isso. Castiel estava no banco de trás do impala quando sem nenhum aviso sentiu uma dor tão forte na cabeça e começou a falar palavras entrecortadas. Dean freou o carro, olhou para o amigo que parecia estar sentindo uma dor insuportável.

                - Castiel, o que foi? Hey, hey...fala alguma coisa! – Dean olhou para Sam em busca de alguma idéia.

                - É ele...está tentando se comunicar comigo. Arghhh, ele vai matar Aniel...

                - Você o reconhece, Castiel? – Sam perguntava olhando para as mãos do anjo retorcidas em uma angústia.

                - Não, não...apenas sons. Vozes. – Castiel agora respirava melhor. Olhou para os irmãos – Me desculpem, tenho que salvar Aniel! – dizendo isso Castiel desapareceu.

                - Droga Castiel! – Dean bateu com o punho no volante do carro.

                - E agora Dean, que faremos? – Sam olhou para a estrada deserta.

                - Não sei Sammy. Mas isso está me cheirando à cilada. E Castiel está correndo atrás dela. E nós estamos de mãos amarradas novamente.

                - É, Castiel pisou na bola. – Sam olhou as horas.

                - Eu tô dizendo irmão, temos que fazer alguma coisa ou o próximo anjo morto será o Cass! – Dean sentia que alguma coisa estava para acontecer, seu extinto de caçador o alertava.

                Castiel chegou até um corredor estreito, sentia as vibrações do anjo Aniel, ele deveria estar ali para alguma missão, normalmente os anjos não ficavam por muito tempo na terra. Castiel ainda o sentia, então seu medo diminuiu consideravelmente, Aniel continuava vivo.

                - “Você acha que conseguirá impedir  a morte de seu amigo, Castiel? – a voz arrastada e grave assustou o anjo, não conseguia sentir a presença deste ser maligno. Concentrou-se, tentaria usar seus poderes.

                - Quem é você? Porque quer matar meus “irmãos”? Se quer me atingir porque não acaba comigo logo? Não sejas um covarde e apareça seu desgraçado! – uma risada invadiu o corredor.

                - “Fomos apresentados a um bom tempo atrás, meu amigo. E acredite éramos amigos.”

                Castiel já tinha impressão de conhecer essa voz, mas não conseguia lembrar-se de quem era. Várias imagens de anjos e humanos varreram sua cabeça em busca de alguma pista. Foi então que Castiel estava sendo dominado por uma força tão forte que acabara perdendo os sentidos. Estava tudo escuro.

                - “Eu te avisei, você não será capaz de salvar Aniel”! – Foram as últimas palavras registradas na memória do anjo.

                Os irmãos Winchesters seguiam viagem para onde Castiel havia lhes indicado no mapa, talvez ele estivesse ido diretamente para o local onde seu amigo Aniel estaria. A noite já começava a cair, foram horas de estrada, seus estômagos estavam apenas com um lanche feito no impala. Dean estava ficando de mal humor, odiava sentir-se amarrado sem saber o que estava acontecendo. Sam também não estava nada bem, a preocupação do moreno estava estampada em seu semblante. Era como se os caçadores pressentissem o pior.

                - Sam, acho que é aqui. E... – Um clarão tomou conta do lugar, os irmãos entreolharam-se e empunharam suas armas. Sem dúvida era o local correto.

                Empurraram cautelosamente a porta que impedia a passagem para dentro do local, o corredor era estreito, Dean seguia na frente e Sam logo atrás. Ouviram passos, seria o assassino? O silêncio tomou conta do local, apenas o som de um pingo d’água sobre algum metal se ouvia. Sam cutucou o irmão, ele olhou-o como se perguntasse o que era, e seguiu o olhar de Sam. Era Castiel caído no chão e mais adiante um homem ruivo e de grande estatura também estava caído. Dean olhou ao redor, se havia alguém ali, já teria saído a um bom tempo.

                - Vá olhar o ruivo, veja se está vivo. – disse Dean, mas já sabia a resposta pois a marca negra no chão denunciava as asas do anjo.


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Notas finais do capítulo

A história pode estar um pouco confusa agora, mas em breve vocês saberão quem está matando os amigos de Castiel.
Aguardarei ansiosamente pelos seus reviews. Beijos!