Besides All Your Dreams escrita por LaFont


Capítulo 10
Opening My Eyes




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Meu Deus aquilo só podia ser um sonho, sonho não, pesadelo! Shelby estava no teatro. Eu estava andando calmamente até o camarim da Ali quando eu a vi saindo do mesmo, entrei em choque, meu corpo parou e eu já não respondi por mim; sai dali praticamente correndo e fui para o meu lugar. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Alice:

Ali, como você não me avisou que Shelby já havia chegado? Q.

Não demorou muito e a resposta chegou:

Nem eu sabia que ela já tinha chegado Quinn, ela simplesmente apareceu no meu camarim =/ Passa lá assim que a peça acabar pra gente conversar porque agora não vai mais dar pra falar - A.

Ótimo, minhas mãos suavam, minha cabeça doía e meu coração estava apertado.

Eu mantive certo contato com Shelby e Beth durante todo o meu ultimo ano em Lima. Quando estava na Inglaterra tive muito pouco contato com minha filha. Minha filha será que eu ainda era a mãe dela? Afinal foram muitos os anos que eu nem se quer vi uma foto de Beth; o único contato que pode-se dizer que tive

com ela eram as cartas que eu a enviava. Mas nem sei se Shelby chegara a ler ou mostrar as cartas a ela.

A peça acabou e os atores foram aplaudidos de pé, Rachel e Alice foram incríveis como sempre e na hora em que ficam só as duas no palco (como elas eram as principais) o publico foi a loucura com os aplausos e os assovios, Alice metida como só ela pedia mais ao publico e sorria, Rachel ao seu lado sorria lindamente e agradecia; Ali puxou Rachel para mais perto pela cintura e sussurrou algo em seu ouvido. Agora é oficial, eu vou MATAR minha irmãzinha.

Quando as coisas se acalmaram mais eu sai da platéia e fui direto para o camarim de Ali conversar com ela, chegando lá abri a porta e dei de cara com Ali conversando com uma das atrizes. Assim que ela me viu pediu para a garota que nos deixa-se a sós. A mesma saiu e assim que ela fechou a porta eu fiquei olhando para Ali querendo que ela iniciasse a conversa.

- Olha Quinn, eu não sabia, mas agora eu já sei de tudo. Como você esqueceu de falar pra mim que a pequena Beth é sua filha? – ela disse e em seguida tomou um longo gole de água e voltou a falar – você não tem noção do carinho que eu tenho por aquela pirralha, ela é incrível Quinn... – ela olhava para mim e eu tinha os meus olhos já cheios de lagrimas.

- Como você a conheceu Ali? – foi a única coisa que eu consegui dizer.

- Como eu já disse Shelby era minha treinadora vocal, quando ela começou a trabalhar comigo Beth tinha apenas um aninho, sempre tive muito carinho por ela e também sempre achei que ela parecia muito com alguém que eu conhecia – nesse momento ela fez uma pausa e pegou o notbook, começou a mexer em alguma coisa lá e voltou a falar – depois Shelby voltou para Lima e eu tive que achar outra treinadora, mas nunca perdi completamente o contato com ela, gostava, gosto muito de Shelby. O tempo passou e eu conheci Rachel, por ironia do destino fui ver Rachel um dia em uma peça off-bradway e acabei encontrando com Shelby e a historia se desenrolou até o ponto que está hoje. – ela parou e virou o notbook para mim – eu ia para Lima algumas vezes visitar Titia Judy junto com Rachel que ia visitar os pais e acabávamos passando na casa de Shelby eu ficava horas brincando com Beth, sabe ela gosta muito de mim – ela disse com um sorriso fofo.

Ali deu play em algum vídeo e então as lagrimas eu não segurava mais, era o aniversario de nove anos de minha filha, Ali e Rachel a seguravam, Shelby com Puck traziam o bolo e todos cantavam alegremente. Minha princesinha estava linda, vestidinho azul, os cabelos com perfeitos cachos, a pele branquinha com as bochechas rosadas, ela tinha os meus olhos avelã e o sorriso sapeca de Puck nos lábios, ela é linda!

- Nesse dia ela me chamou para o seu quarto, disse que queria falar comigo a sos, ela é muito inteligente pra uma criancinha Q. – ela disse isso e eu sorri, mas ainda prestava atenção no vídeo – Ela me mostrou uma caixinha com varias cartas que uma tal te Quinn Fabray mandava pra ela, ela disse pra mim que a mamãe dela disse que as cartas era da mãe Quinn. Ela me perguntou se o meu sobrenome era mesmo Fabray eu disse que sim com os olhos marejados e a abraceitão forte, era um pedacinho de minha irmã que estava ali comigo. – ela fez uma pausa, pegou uma caixinha de lanços e me deu. O vídeo acabou e ela me mostrou umas fotos – essas são novas, Shelby troce pra mim hoje nesse pen drive. Você fez o que era certo Quinn, ela é feliz e saudável. Sabe, depois daquele dia Shelby me perguntou se você iria voltar, eu não soube responder e o assunto encerrou ai. Bom, pelo menos com Shelby, já que toda a vez que Beth vinha me perguntar alguma coisa sobre essa Quinn Fabray eu mudava de assunto – ela disse dando um meio sorriso.

Meu Deus, de algum jeito Beth sabia sobre mim, sabia que eu era sua “mãe” ela já havia perguntado sobre mim pra Alice, por Deus, Shelby dera todas as cartas que eu mandei por todos esses anos a ela. Ela era uma pessoa melhor do que eu imaginava. Minha filha era linda, algumas fotos ela estava com roupas de bale, fico feliz que Shelby a tenha colocado para praticar dança, havia outro vídeo, nesse ela tocava piano. Minha pequena Beth já não tão pequena, mas tão perfeita.

Fui tirada de meus pensamentos e de meu choro com o celular de Ali vibrando em baixo de mim.

- É mensagem, lê pra mim Q. ? – ela disse colocando a cabeça para fora do banheiro, reajustando o cabelo. Eu nem ao menos tinha percebido que ela havia saído de perto de mim.

Eu sorri com a cena, sequei as poucas lagrimas que ainda queriam cair e peguei o celular.

Ali o plano vai ter que ser adiantado, sinto muito, mas ele chegou mais cedo e já o encontrei, estou indo com ele para o lugar combinado agora, apareça lá em 15min no maximo. –Megan

Terminei de ler a mensagem e Ali saiu praticamente voando do banheiro,

- Ai caralho, não acredito nessa merda, como essa garota faz isso comigo, o combinado era ser semana que vem depois que aquela jamanta voltasse, mas que droga isso atrapalhou tudo – ela enquanto corria pelo camarim pegando suas coisas. – Quinn levanta dei agora que temos que colocar o plano em pratica e voc... – Ali foi cortada pelo seu celular que anunciava outra mensagem; ela parou na porta, leu a mensagem e disse – ótimo Shelby vai ter que ir embora e não vai poder sair conosco, isso já facilita muito as coisas – eu continuava parada no mesmo lugar olhando com cara de interrogação para ela.

 Ela me olhou com ódio nos olhos e me empurrou para fora do sofá e depois do camarim, estávamos caminhando rápido até chegarmos ao camarim de Rachel.

- Olha Gasparzinho – ela dizia falando muito baixo – hoje é o dia em que Finchel vai terminar – eu arragalei os olhos para ela – olha você não precisa fazer nada, só fique com Rachel e a console está bem? – eu fiz que sim com a cabeça e ela logo entrou no camarim de Rachel.

- Ali, já estava mesmo indo te procu... – Rachel se calou quando nossos olhares se encontraram, minha vontade era de abraçala e a levar para bem longe onde só existisse nos duas. – Oi Quinn – ela disse dando um sorrisinho tímido.

- Oi Rach – eu disse e continuamos presas no nosso mundinho de troca de olhares, como eu senti falta desses olhos castanhos.

- Eeeeeentão superstar você disse que ia me procurar, por quê? – Alice disse fazendo com que Rachel voltasse a atenção a ela.

- Ér... É que – ela passando a mão nos cabelos – ah, lembrei. Shelby não vai mais poder sair conosco e eu fiquei pensando se você quer sair pra algum lugar?

- Ah sim, na verdade eu queria que fossemos na sua casa para eu pegar aquele meu casaco que eu gosto sabe Rach, vou viajar com minha princesa na próxima semana e eu preciso dele – Ali mentiu, eu sabia que ela estava mentindo, como boa atriz que é Rachel não notou a mentira de minha irmã, mas eu notei, desde criança sempre soube quando Ali ou Megg mentia.

- Claro Ali, vamos lá e depois podemos ir comer algo? – ela perguntou olhando para mim, por mais que minha vontade fosse cair sobre os pés de dela eu desviei o olhar.

- Tanto faz – respondi e levei um cutucão de Ali que me olhou com cara feia também.

Dei de ombros e seguimos até o estacionamento onde fomos todas no carro de Ali, que por acaso ficou quieta o caminho todo. Espero que o que essa garota tenha tramado não faça tão mal a Rachel assim.

_________________Rachel’s POV___________

Ali parou o carro em frente a casa vizinha já que em frente a minha havia um carro preto parado. Alice desligou o carro respirou fundo olhou para mim e disse:

-Vamos, eu estou com fome e quero acabar logo com isso.

Nos três saímos do carro, estranhei que toda a vez que tentava chegar perto do Quinn ela fugia de mim. Entramos em casa e a luz da sala estava acessa, tinha algumas roupas em cima do sofá. Estranhei. Antes que eu pudesse pensar algo sobre isso ouvi vozes vindas do andar de cima, subi a escada correndo com Quinn e Alice atrás de mim, sim eu já sabia o que estava acontecendo ali, mas me recusava a acreditar que seria tamanha a falta de respeito do meu marido comigo.

Abri a porta do MEU quarto rápido, com raiva, tristeza, e muitos outros sentimentos que me deixaram ainda mais paralisada quando vi a cena que se passava no meu quarto sobre a MINHA cama.

Finn só de cueca aos beijos com uma mulher que estava sem a blusa. Quando me viram parada na porta Finn jogou a mulher de cima dele para fora da cama, posso jurar que a vi olhando para Alice e dando uma piscadinha, pegou suas coisas, gritou algo com Finn que com o meu estado de choque eu não consegui entender direito, ela passou por mim que continuava em estado de choque olhando para Finn que agora vestia roupas. Senti alguém pegando em minha mão, olhei para o lado e vi Quinn, seu toque me passou uma energia sobrenatural, algo que nunca havia sentido antes.

Eu continuava estática olhando para Finn que finalmente nesse dia, nesse momento eu percebi que eu não o amava mais, que nosso relacionamento era por pura convivência. Virei-me para sair dali sem ao menos dizer uma palavra, Quinn ainda estava de mão dada comigo. Assim que dou as costas Finn me chama:

- Rachel, por favor deixa eu te explicar – eu me virei para o encarar; ele já chorava.

- EXPLICAR O QUE FINN? – eu respondi gritando, no momento em que eu vi as lagrimas “falsas” caindo um ódio inexplicável tomou conta de mim – QUE ENQUANTO EU TRABALHAVA PARA TE SUSTENTAR VOCÊ SAI PELAS RUAS COMENDO QUALQUER UMA QUE DESSE A CHANCE – eu gritava o encarando – QUE ENQUANTO EU DIZIA QUE TE AMAVA TODAS AS NOITES ANTES DE DOMIR, INDEPENDENTE DE VOCÊ ESTAR COMIGO OU NÃO NA CAMA, VOCÊ ESTAVA EM UMA BOATE QUALQUER ENCHENDO A CARA; EU SOU TUDO O QUE VOCÊ TINHA FINN, FOI POR MINHA CAUSA QUE VOCÊ TEVE TUDO ISSO – eu disse gesticulando mostrando a casa, mas querendo que ele entendesse que eu me referia ao mundo novo no qual vivíamos.

Me virei novamente para sair o deixá-lo dessa vez para sempre quando eu sinto algo pegando no meu braço, Finn começou a apertá-lo em um ato ridiculamente masculino de desespero, eu me viro para ele

- Você vai me escutar Rachel, não deixe tudo acabar só porque a sua amiguinha ridícula armou essa para nos – ele dizia num tom de raiva agora. Como ele se atrevia a falar de Alice agora? Por falar em Alice onde essa garota está, estava ao meu lado segundos a trás e agora ela some, como pode uma coisa dessas. Voltei meus pensamentos e o respondi:

- Não Finn, me solta, você acabou com o resto do amor que ainda tínhamos, me solta e me deixa ir – eu disse tentando inutilmente soltar meu braço.

- Você alem de idiota é surdo Hudson? – Ali disse o empurrando com uma força sobrenatural para uma garota tão magrinha como ela, assim que Finn me soltou Ali o acertou em cheio com um soco de esquerda que se não tivesse apoiado na cama ele teria caído.

- Ta maluca Fabray, perdeu a noção do perigo? – Finn disse se levantando e encarando Alice que o encarava na mesma intensidade; nessa hora Quinn me abraçou e eu me deixei aconchegar em seus braços enquanto meu futuro ex marido e minha melhor amiga provavelmente iriam se matar.

Alice não respondeu, ela só voou para cima de Finn que não sei como caiu no chão, Ali o encheu de socos, Finn tentava se livrar dela em vão, Ali se levantou e começou a chutá-lo; Finn já parecia um saco de lixo pela facilidade que Alice tinha para bater nele.

- Ali, para! – Quinn gritou e Ali virou bruscamente para nos, eu pude ver claramente o ódio que ela tinha nos olhos.

De repente eu me dei conta de tudo o que havia acontecido aqui, de tudo o que viria pela frente, me soltei dos braços de Quinn e sai correndo.

Corri, corri como se não houvesse amanhã, como se minha vida dependesse disso. Mais uma vez minhas pernas me levaram automaticamente para a entrada do Brooks Atkinson Theatre , entrei no teatro em passos lentos, pelo visto não tinha ninguém ali. Sentei-me em uma das fileiras, abracei minhas pernas e comecei a chorar, chorar por tudo, tudo o que eu perdi, todo o tempo em que eu poderia ter sido feliz sem ele, todas as vezes que ele pisou em meu coração e eu o perdoei; mas não dessa vez, eu já não era mais uma garotinha do colegial que ele podia fazer o que quisesse e eu sempre voltaria correndo para os seus enormes braços. Já não sabia ao certo o motivo de tanto choro meu, eu não o amava mais certo? Então porque estou sofrendo tanto assim com isso. Meus soluços eram a única coisa que eu consegui ouvir, a iluminação no teatro era pouco, não dava para ver quase nada.

- Hei baixinha – pude ouvir alguém me chamando mais não consegui ver quem era meu coração queria que fosse Quinn, para poder me jogar novamente em seus braços. A luz central do palco ligou mostrando quem me chamava Alice.

Meus olhos arderam com tamanha iluminação, Ali desligou as luzes e veio para perto de mim, se ajeitou em umas das cadeiras ao meu lado e me abraçou, encostei minha cabeça na curvatura de seu pescoço, respirei fundo numa tentativa falha de conter o choro; senti seus braços me envolvendo, ela começou a sussurrar em meu ouvido palavras como “vai ficar tudo bem” “não chora” “eu to aqui” “se acalma” “eu te amo”.

- Como você me achou aqui? – eu perguntei depois de algum tempo.

- Não sei, acho que meu sexto sentido ou alguma coisa assim me avisou que você viria para cá.

Fiamos em silencio novamente.

- Você tinha razão Ali, todo esse tempo você tinha razão, eu deveria ter te ouvido – ela colocou um dedo em meus lábios fazendo com que eu me calasse.

-Shhh, nada disso importa agora superstar. – ela disse e ficamos nos olhando, seu olhar era bem intenso – Rach, eu tenho que te contar uma coisa. – ela respirou fundo e ficou encarando o palco – Eu armei pra você ver o Finn traindo você, a garota com quem ele estava é a mesma que eu vi na boate a primeira vez. O nome dela é Megan, ela é minha amiga e eu pedi pra ela fazer isso pra mim... Desculpa superstar, eu só não agüentava mais ver você infeliz com aquele idiota.

Não, não era culpa de Alice o meu marido ser um idiota completo, por mais que ela tivesse armado pra ele me trair se ele realmente me amasse ele não teria me traído, não era culpa dela e eu não tinha nada pelo que perdoá-la.

- Ali você... – eu não conseguia dizer nada, ela continuava estática olhando para o palco – olha pra mim Alice.

Ela se virou e consegui ver que os seus olhos estavam marejados. Nunca em toda a nossa amizade eu havia visto Alice chorar, por motivo algum, ela sempre se mostrou tão forte; ela gostava mesmo de mim pra chegar ao ponto de deixar sua fraqueza à tona, vendo Ali desse jeito eu cheguei a pensar que eu era o seu ponto fraco.

- Rach... Me perdoa, eu vou entender se você nunca mais quiser me ver, vou mesmo, eu só preciso saber que você me perdoa porque eu... – eu a cortei dessa vez

- Ali, cala a boca e me abraça! – dessa vez ela deitou a testa em meu ombro e ficamos assim durante um bom tempo.

Não conseguia mais imaginar minha vida sem aquela Fabray falseta, ela era a minha melhor amiga! E se tinha alguém que eu tenho certeza que vai me ajudar a passar por tudo o que esta por vim é ela.

O abraço se afrouxou um pouco e nos olhamos mais uma vez, nunca tinha reparado no verde intenso que os olhos de Ali tinham. Nossos rostos foram se aproximando e aconteceu, beijei minha melhor amiga. Não senti tudo o que senti com o beijo de Quinn, mas o beijo de Ali ainda assim não deixou de ser bom; senti sua língua encostando em meu lábio inferior, pedindo passagem para a fundar o beijo, permiti no mesmo instante, ficamos ali nos beijando, um beijo bom, mas a sensação de beijar Ali não chegou nem perto dos fogos de artifícios com Quinn. Nos separamos ofegantes e unimos nossas testas.

- Você sabe que não é a essa Fabray que você pertence não é mesmo Rachel – ela disse com um sorriso travesso nos lábios e me puxando para levantar, corei automaticamente com o seu comentário. – olha, esse beijo não precisa sair daqui. Eu tenho namorada e você pertence à Quinn – ela parou de repente como se tivesse lembrado de algo.

- Ali você ta bem – eu disse parando em frente a ela.

- Ai meu bom Deus, Quinn vai me matar se souber que eu dei um beijo descente em você e ela não – eu ri da cara de medo que ela tinha feito. – você ri baixinha porque não é você que vai ser assassinada por uma loira doida – vamos combinar o seguinte NUNCA em hipótese alguma vamos comentar sobre isso, assim eu não morro, o que você acha?

- Por mim tudo bem Ali, vamos fingir que isso nunca aconteceu. – ela me empurrou da frente e disse:

- Vem, vamos pra casa.

- Casa? Eu não tenho mais uma casa, não volto para aquele lugar nunca mais!

Pode ser infantilidade da minha parte, mas eu não queria e não ia voltar para o lugar onde o amor meu e de Finn viveu e morreu. Iria vender a casa e comprar um apartamento, quem sabe no mesmo condômino que Ali, passar mais tempo com ela e Quinn ia ser maravilhoso.

Quinn, ela me amou todos esses anos, e sempre vai me amar. Deveria dar uma chance para ela? Talvez, está tudo tão recente agora, minhas cicatrizes acabaram de ser abertas, acho que devo dar um tempo para mim mesma.

- Rachel, ta me ouvindo? – Ali me tirou de meus devaneios, sem perceber já estávamos paradas em frente ao carro dela – você vai ficar morando comigo até descobrimos o que você quer fazer, tudo bem? – balancei a cabeça como um sim e entrei no carro. – e alem do mais, eu não deixaria você voltar para aquele lugar nunca!

Sorri para ela que deu partida no carro e fomos rumo ao seu apartamento, o caminho foi silencioso, até que uma duvida me veio a cabeça e eu tive de perguntar a Ali.

- Porque a Quinn não veio com você?

- Bom, depois que você sai correndo de lá ela quis ir atrás de você na mesma hora, eu não deixei, falei que era melhor ela ir para casa esperar por você, nos discutimos e depois o bobão do Finn tentou se levantar para me bater. Eu quase quebrei o braço daquele retardado, ele estava bêbado e depois eu e Quinn o expulsamos da casa, demos uma mala com algumas roupas para ele, sugestão de Quinn porque se fosse por mim ele teria ido embora pelado mesmo. E ai eu falei pra ela te esperar em casa, quando as coisas já estivessem mais calmas seria mais fácil para ela te dar colo; ela relutou um pouco mas no fim eu ganhei, sempre ganho.

Ela parou o carro, descemos e fizemos o caminho que eu já estava tão habituada a fazer. Meu coração parou no momento eu que ela abriu a porta do apartamento e não vi Quinn ali, será que ela saiu atrás de mim também, não, ela não seria tão maluca assim.

- No quarto – Ali disse pra mim e apontou para o lugar que estava escuro só com uma luzinha acesa – ela deve estar no notbook vendo algo ou estudando já que vai voltar a trabalhar no começo do mês. Bem, eu vou ir me deitar, hoje o dia foi cheio – me deu um beijo na testa e disse – você não se importa de dormir cama com a Quinn não é – saiu dando um a gargalhada típica Alice Fabray.

Andei em passos curtos até a porta do quarto de Quinn, bati algumas vezes

- Posso? – perguntei fazendo menção de entrar.

- Rachel – ela disse jogando o notbook no criado-mudo e pulando da cama em minha direção – como você está, eu sinto muito, não, não sinto. Ai meu Deus isso foi rude, desculpa.

- Ta tudo bem Quinn, eu vou sobreviver a isso. – eu disse e ela me puxou para me deitar na cama

- Não quero nem saber, você vai dormir aqui comigo essa noite – ela disse e me puxou para seus braços.

Era tão bom estar aqui com Quinn, me sentia segura ao seu lado, seu abraço me passa uma segurança que jamais havia sentido antes na minha vida. E em seus braços eu me permiti esquecer de tudo o que havia acontecido hoje, me permiti relaxar e tentar aproveitar o cheiro de Quinn que estava espalhado pelo quarto, na cama e provavelmente iria ficar em minhas roupas.

- Eu te amo Rach – pude ouvir ela sussurrar entes que eu pegasse no sono, ela acabara de transformar o meu pesadelo em algo bom.


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Notas finais do capítulo

Eeentão, mil desculpas pela a demora, mas eu tinha que dar o meu melhor pra vocês e foi isso ai o que deu, espero que tenham gostado do meu fim a "finchel" e me deixe saber ^^ Beijos e até o proximo. Ps: hahaha' peguei o jeito pra escrever capítulos grandes rsrs'
Agora sim, ByeBye.