Besides All Your Dreams escrita por LaFont


Capítulo 11
Yellow


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas feias que não deixam review pra mim u_u'Então, mais um capitulo ai pro cês, espero que gostem pq deu um certo trabalho escrever ele... Desculpem qualquer erro, não deu tempo de revisar. Enjoy!



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Quase cai da cama com o susto que levei com Hunted da Taylor Swift tocando muito, muito, muito alto no meu quarto. Peguei meu celular que estava ao lado do travesseiro, não consegui identificar o numero que me ligava então somente atendi:


– Alo – eu disse com uma voz nada amigável.


– Senhorita Fabray? – ah, ótimo, mais um barman me ligando de madrugada, espero que eu esteja errada.

– Sim, quem fala? – já fui me levantando da cama e me vestindo, sabia quem era e o que eu teria que fazer.


– Aqui é do club Innocence e estamos com a senhorita Rachel Berry bem alterada aqui, o seu numero estava na discagem rápida e Rachel nos disse que você poderia vir buscá-la... – cortei o cara, já estava fechando a porta do ap. para ir buscar Rach em mais uma noite de bebedeira.


– Tudo bem, eu já estou a caminho, segura ela ai pra mim e não a sirvam mais bebidas, por favor.


Pois é, essa tem sido a minha rotina nos últimos dois meses, desde que o casamento de Rachel com Hudson foi para o brejo de vez Rach vive saindo para beber depois das apresentações ou em dias que não temos trabalho, ela fica bêbada, provavelmente transa com alguns caras e depois eu a idiota da historia vai buscar ela nos lugares mais estranhos de Nova York, e olha que eu conheço lugares estranhos.


Cheguei na porcaria do club, que graças ao bom Deus eu sabia o caminho e não demorei muito. Passei pelos seguranças que estavam na porta sem dizer uma palavra, eles apenas abriram o caminho para mim, essa era uma das partes que eu mais adorava na “fama” que eu levava na cidade. Logo avistei Rachel dando em cima do barman (que por acaso tem a maior cara de gay), provavelmente foi ele quem me ligou.


Honestamente, eu to de saco cheio dessa Rachel Berry, Ok, descobrir que o seu marido te trai é complicado, ainda mais quando você esta com desde... sempre! Mas Rachel já havia extrapolado, eu jurei para mim mesma que iria cuidar e proteger a baixinha até que as coisas naquela cabecinha fossem para o lugar correto novamente; eu não queria, mas hoje vou ter que tomar medidas desesperadas pra ter a minha superstar de volta.


– Aliiiiii – ela veio bêbada cambelando para cima de mim, ótimo o hálito dela era horrível, cheiro de cerveja pura, um fato sobre mim: odeio cerveja, bebo às vezes, mas não gosto. – veio aproveitar a noite comigo é?!


Nessa altura eu já tinha colocado minha mão na cintura dela e a arrastava para fora do estabelecimento, ela parou no meio do caminho relutante eu não disse nada, só a olhei nos olhos.


– Não me olha assim Alice, você é quem sempre dizia pra eu sair, beber, me soltar mais – eu olhei para ela e bufei, eu realmente não iria agüentar Rachel bêbada essa noite.


– Dizia isso mesmo Rach, mas eu queria que você saísse para beber com o pessoal da peça pra descontrair, nunca disse pra você sair e virar uma vadia como está agora. – ela olhou para os pés e eu voltei a carregá-la para fora daquele lugarzinho.


A rua estava numa escuridão total, acho que era por isso que eu gostava de vir pra esse club com a minha princesa, a maioria das pessoas que o freqüentava eram bissexuais, fora que a escuridão que ficava na rua era perfeita para uns amassos sem que algum idiota aparecesse, resumindo um dos poucos lugares que eu podia sair com minha namorada e sermos um casal de verdade. Olhando para o outro lado da calçada pude ver uma rápida luz branca, e depois outra e outra, ótimo paparazzis.


Coloquei Rachel no banco de traz e fui rapidinho fui para o banco do motorista, voltei a dirigir o meu carro, tinha que te uma conversinha com a senhorita Berry, mas claro, ela teria que estar sóbria para isso e eu como boa Fabray que sou não iria esperar até amanhã para que isso acontecesse; mudei a trajetória do carro na direção do hospital mais próximo, seria arriscado já que eu não poderia encontrar com a doutora Fabray lá (porque concerteza Quinn surtaria se soubesse que Rachel saiu para beber pela quarta vez na semana).


Pois é, Rachel tem morado comigo e Quinn nesses dois meses que passam, EU NÃO AGUENTO MAIS A TENSÃO SEXUAL DAQUELAS DUAS! Serio, é praticamente palpável o tesão delas que chega a ser ridículo que elas ainda não tenham feito nada, ainda mais com Ray dormindo no quarto de Quinn (com ou sem ela lá) esse tempo todo. Eu tinha que dar um empurrão nessas duas e sabia exatamente o que fazer e de quem eu precisava da ajuda.


Estacionei o carro que qualquer jeito e olhei para traz, incrível Rachel já estava babando no meu banco de couro. Joguei meu boné que estava no banco do passageiro na cabeça dela para ver se acordava e não adiantou, mais uma coisa sobre mim: ODEIO gente bêbada, não tenho paciência.


Sai do carro e fui para a parte de traz ver se a acordava, Rachel estava num sono tão profundo que chegava a ser bonitinho se não fosse patético o quão fraca pra bebida ela era.


– Ray, Ray – eu a chamava quanto tirava a sandália de salto dos pés dela – Rachel – ela continuava sem responder. Deeeeus, como eu posso ter tanta paciência assim com essa garota?


Desisti de tentar acordá-la e a peguei no colo, não literalmente, apoiei uma mão em sua cintura e a praticamente a arrastei para dentro o hospital. A parte boa da coisa (se é que tem alguma coisa boa nisso tudo) é que a ala pediátrica é do outro lado do hospital, isso significa que as chances de encontrarmos com Quinn aqui é muito pequena.


– Oi – sorri para a garoto da recepção, jovem, bonitinho e sem aliança, vou jogar meu charme nele pra ver se melhora as coisas – minha amiga aqui exagerou um pouco no álcool hoje e como os pais dela não sabem que eu a levei para sair será que vocês poderiam me ajudar a fazer ela voltar ao normal? – eu completei dando o melhor dos meus sorrisos sedutores foi quando ouvi uma voz atrás de mim e o sorriso cafajeste do garoto desapareceu.


– Pode deixar que essa ai é minha paciente. – me virei e dei de cara com Santana Lopez e o seu sorriso bitch. – por aqui Alice e traga o corpo morto de Rachel com você.


Santana Lopez, amiga da Rach e que por acaso eu já a conhecia por ser melhor amiga de Quinn, nunca fui capaz de entender a amizade daquelas duas, mas enfim era dela que eu precisava para botar o meu plano em ação e claro Santana ia me ajudar, ela era uma vadia malvada mais eu conseguia ser bem pior quando queria.


– Bêbada de novo? – ela me perguntou enquanto entramos em um quarto particular, coloquei Rachel na cama e me virei para responder a pergunta dela:


– Sim, quarta vez na semana, já não to agüentando mais isso – eu disse me sentando em uma poltrona ao lado da cama, joguei a cabeça para traz e massageei a tempora – tenho um plano para juntar de vez Rachel com Quinn, mas preciso da sua ajuda, topa?


– Tudo pra fazer o mau humor de Quinn ir embora! – ela disse e depois saiu da sala.


Uns cinco minutos depois ela voltou e já foi direto aplicando o soro com glicose em Rachel. Ótimo ela iria ficar boa rapidinho e eu vou poder começar a colocar meu plano em pratica. Santana parou ao meu lado e ficou me encarando eu a encarei também e arqueei a sobracelha


– Precisa de alguma coisa Lopez? – eu disse ainda com ela tentando me intimidar com o olhar, ela se se encostou ao batente da porta e disse:


– Eu confio nos seus planos Fabray, Quinn me contou que o seu plano para separar a orca da ManHands funcionou perfeitamente, acho que esse não vai ser diferente, acho até que vai ser mais fácil de você juntar Rachel com Quinn do que qualquer outra coisa no universo, a tensão sexual daquelas duas é visível desde o high school, só me diz o que eu tenho que fazer e eu irei te ajudar com o maior prazer – ela disse e saiu do quarto sem que eu tivesse chances de responder.


Apoiei meu rosto em minha mão e fiquei olhando para Rachel, pensando em tudo o que tínhamos passado juntas e no quanto que eu amava aquela baixinha. Mas sabe é um tipo de amor diferente, eu não desejo Rachel ou tenho uma vontade louca de te-la em minha cama por pelo menos uma noite (acredite em mim eu já fiz muito isso). Quando nos beijamos não pareceu errado ou coisa do tipo, só que eu não senti absolutamente nada, não senti remorso por estar beijando a “garota da minha irmã” ou coisa do tipo. O que senti por Rachel desde o primeiro dia que eu a vi foi um carinho, uma forma de amor que eu nunca havia sentido antes, é como se eu tivesse o dever de protegê-la e estar sempre por perto para ajudá-la e nunca, jamais fazer mal a ela. No começo confesso que achei estranho todos esses sentimentos e coisas doidas que senti, mas é como se eu fosse o anjo da guarda de Rachel e ela a minha, sempre estaríamos lá uma para a outra independente do que acontecesse.


Meu celular começou a vibrar e tocar no meu bolso, automaticamente vi as horas e puta a merda já era 05h da manhã, eu vou matar Rachel quando ela estiver bem. Quando vi quem me ligava atendi o mais rápido possível.


– Oi amor da minha vida – eu disse e logo o sorriso bobo sorriu no meu rosto.


– Alice Marrie Fabray, onde você esteve à madrugada toda? – ah que maravilha, vou levar uma bronca da minha princesa porque esqueci que ela vinha para a cidade e eu como boa namorada que sou ia buscá-la no aeroporto, mais com todo o problema com a Rachel eu acabei esquecendo.

– Ai princesa me perdoa, é que hoje eu tive um probleminha com a Rach e tive que passar a noite no hospital com ela e por acaso eu to aqui até agora e eu acabei esquecendo de te ligar. – ok eu estava mentindo, mas não era uma mentira muito grande, eu realmente estou no hospital com a Ray.


– Tudo bem Ali, dessa vez eu deixo escapar, mas da próxima eu vou te castigar – ah como eu amo essa mulher, não pude evitar de rir com o comentário dela e acrescentei


– Que tipo de castigo – eu disse soando maliciosa – dependendo do castigo eu posso fazer isso algumas vezes mais.


– Argh, eu odeio você Ali – começamos a rir, ela nunca conseguia ficar com raiva de mim – mas então, será que eu consigo a companhia da minha namorada para um almoço romântico no nosso restaurante?


– Isso é um convite? – eu disse ainda rindo, adorava me fazer de desentendida, era uma coisa que tinha em comum com a minha garota.


– Sim senhorita, eu estou no hotel de sempre, não demora pra chegar tá.


– Eu não vou. Amor tenho que desligar agora ta – eu não tinha, mais estava muito cansada e queria pelo menos tirar um cochilo antes de Rachel acordar e eu ter que voltar a trabalhar.


– Tudo bem, eu tenho que dormir um pouquinho mesmo. Amo você. – ela me respondeu e eu fiquei com aquela cara de idiota que eu sempre ficava quando ela dizia que me amava.


– Eu te amo muito mais princesa, se cuida ta.


– Duvido muito que você ame, mais tudo bem, até mais tarde – e desligou.


Encostei meu corpo totalmente na poltrona e tentei relaxar, tirar um cochilo seria bom e tiraria um pouco da minha tensão.


______________________Rachel’s POV___________


Acordei com uma claridade chata me incomodando, pisquei os olhos varias vezes antes de abri-los por completo. Ai Barbra do céu, eu estou em um hospital, mas o que diabos aconteceu na noite passada, não me lembro de absolutamente nada, será que eu sofri algum acidente? Em um ato de total desespero tentei me levantar da maca para poder observar melhor o meu corpo, estava inteira, graças aos céus. Olhei para o lado e em cima de uma mesinha havia um café com um bilhete “espero que isso de um jeitinho na sua ressaca. Sant”.


Alice, só ela seria capaz de me levar para um hospital pra curar a minha ressaca com soro e glicose como ela já havia feito algumas vezes, sempre com a ajuda de Santana. Olhei para o outro lado e lá estava minha amiga, deita de um jeito totalmente desconfortável, coberta com sua jaqueta de coro favorita e os cabelos, bem os cabelos estavam lindos e arrumados como sempre.


Tomei um gole do café e fiz careta, aquilo estava realmente muito forte, Lopez queria realmente que eu estivesse cem por cento, não sei para que mas ela queria. Vi Ali se remexendo na cadeira e não evitei joguei meu travesseiro nela na tentativa de acordar-la, e funcionou.


– Eu vou matar você Berry, devagar e dolorosamente! – ela disse enquanto se levantava e vinha dar uma conferida em mim – café é, to precisando disso – ela tirou o copo da minha mão e tomou um bom gole que eu juro que achei que tivesse acabado com tudo, parando de tomar ela me encarou seria, ai vem bomba – temos que conversar Rachel.


– Olha Ali seja lá o que eu tentei fazer ontem ou fiz eu sinto muito, eu estava bêbada... – fui cortada, Ali adora cortar as pessoas.


– É exatamente isso Rachel, suas noites de bebedeiras vão ter que acabar. – ela passou a mão no rosto em sinal de cansaço – o nosso contrato termina em um mês e meio Rachel, você acha que mais algum produtor de alguma peça descente da Broadway vai querer uma atriz principal que ta sempre bêbada e se metendo em confusões em bares? Por mais que a sua voz seja maravilhosa, a mais bela que eu já ouvi, e você seja uma excelente atriz eles não vão querer o trabalho de ter que cuidar de você fora do ambiente de trabalho. – ela chegou perto de mim e segurou minhas mãos, me fitando nos olhos como sempre – eu te amo Ray, não quero que você caia logo agora que esta quase no topo, eu não vou ficar aqui em New York pra sempre, to pensando em ir para Los Angeles pra poder passar mais tempo com minha namorada e eu também recebi algumas boas propostas para filmes. – doeu saber que Ali ia embora, ela já havia comentado disso comigo, mas eu não levei muito a serio, parece que as coisas mudaram mesmo – se eu não estiver lá pra te ajudar, se você não tiver a mim pra ligar no meio da noite pra te resgatar de algum bar nojento que você vai quem ira te ajudar? Você se afastou de todo mundo Ray, o pessoal do teatro, dos seus amigos de Lima, dos seus pais Rachel – eu estava segurando as lagrimas, Ali pegou na raiz da coisa – eu não quero que da bebida você passe para alguma coisa mais seria e termine morta em algum beco por ai – Ali também estava com os olhos cheios de lagrimas – eu não estou dizendo que isso vai te acontecer nem jogando praga nem nada, você sabe que isso não é o estilo; eu só quero o seu melhor Ray e me mata por dentro saber que parte da culpa de você estar se jogando nessa miséria é minha, eu fiz você se separar do Hudson e praticamente joguei a verdade na sua cara...


– PRA ALI! – eu gritei, não era culpa dela se eu estava me afundando, eu fazia isso sozinha, perdi a contas de quantas vezes ela me mandou parar com isso – eu já te disse que isso não é sua culpa – não conseguia mais segurar as lagrimas e chorava feito uma criança, Ali subiu na cama e me abraçou forte, senti meu pescoço molhando devido as suas lagrimas.


Não sei exatamente quanto tempo ficamos ali, abraçadas e chorando. Me senti sendo puxada para a realidade quando Alise levantou da cama e disse:


– Vem, temos que ir embora e eu ainda tenho algumas coisas para organizar.


Sai da cama devagar, não estava passando mal nem com tontura ou coisa do tipo, me apoiei em Ali por puro costume e saímos do hospital daquele jeito. Chagando no carro eu parei para ver a fachada do hospital, merda é onde Quinn trabalha. Quinn, será que ela me viu no estado deplorável que eu estava? Pior, será que fiz alguma bobeira na frente dela? Entrei no carro ainda meio aérea com os pensamentos em Quinn.


– Relaxa, foi a Lopez que me ajudou a cuidar de você – Ali me tirou dos meus devaneios, como aquela mulher sabia que eu estava pensando em Quinn?


– Ali,como você sabe que eu...


– Seus olhos te entregam baixinha, toda vez que você vê a loira fica com esse mesmo brilho nos olhos e cara de retardada que esta agora – ela disse olhando para mim e dando um sorrisinho sarcástico.


– Ah, então é do mesmo jeito que você fica quando esta falando com sua namorada – eu respondi no mesmo nível de sarcasmo.


– Cala a boca Rachel.


Ficamos em silencio o resto do caminho, quando faltava ainda alguns quarteirões para chegarmos no ap. da Ali paramos em um semáforo e ela me fitou por um tempo, Alice Fabray tem algum plano em mente, conheço aquela cara de geniozinha do mal que ela faz quando está tramando algo.


– O que você ta tramando Ali?


– Nada Ray, não posso mais olhar pra você não – ela me respondeu e voltou a atenção para a rua – na verdade eu to planejando dar uma festa nesse final de semana. Me ajudar?


Alice nunca da ponto sem nó, ela está tramando algo, de onde será que ela tirou essa idéia maluca de dar uma festa, do nada ainda? Ela está tramando algo, disso eu tenho certeza. Naquela cabecinha cheia de cabelos pretos tem um plano maquiavélico rolando e eu vou descobrir o que é.


– Claro que eu ajudo, algum tema especifico? – bem, pra descobrir o que ela trama preciso me juntar a ela.


– Não, nada de mais... você me disse que alguns amigos de Lima estariam na cidade para o final de semana e eu to precisando descontrair sabe, nada melhor do que uma festa pra juntar os amigos e aliviar a cabeça.


Ela estacionou o carro e saiu me deixando sozinha. Eu realmente não entendo como ela consegue ser tão afetuosa e boa em um instante e no outro estar tão... Bem, ela é uma Fabray, nunca consegui entender eles.

Sai do carro e fiquei parada na porta do elevador, sem sinal de Ali aqui, ela deve ter ido pela escada, ela realmente não gosta de elevadores. Em menos de cinco minutos estava parada na porta do apartamento esperando Alice chegar para abrir a porta.


– Esqueceu que você agora tem a chave anã? – ela disse saindo da porta da dá nas escadas.


É, eu realmente me esqueci que agora eu moro ali, era estranho, mais um estranho até bom, me sinto mais em casa morando com Ali e Quinn do que quando morava com meu ex marido, tem alguma coisa de diferente em dividir o ap. com aquelas duas.


Ali abriu a porta e fui direto para o quarto sem olhar para os lados, provavelmente iria dormir, e eu vou fazer o mesmo.


Abri devagar a porta do quarto que eu dividia com Quinn, e lá estava ela, com jeans, jaleco e tênis deitada na cama num sono profundo e pesado. Deve ter acabado de chagar em casa do plantão, ultimamente ela vem trabalhando demais, não sei o motivo, mais o meu sexto sentido me diz que ela não quer passar muito tempo comigo.


Tomei um banho rápido e fui me deitar no sofá.


____________________Quinn’s POV____________________

– Uma festa, serio mesmo Alice?


Eu não estava acreditando no quão infantil minha irmãzinha conseguia ser quando queria. Digo dar uma festa, assim do nada e ainda usando a desculpa que é porque uns “amigos” meus de Lima estão vindo pra cá é pura covardia.


– É Quinn, uma festa, na minha casa, não posso? – ela me olhava com aquele olhar arrogante que todo Fabray tinha, as vezes eu acho que essa garota não é adotada, ela é uma experiência cientifica com os genes de todos os Fabray’s – e alem do mais Quinnie você ta precisando relaxar um pouco, me diz a quanto tempo você não faz sexo?


– Vai por mim Alice, faz muuuuito tempo que essa ai não transa com alguém – esse comentário veio de Santana, que por acaso tinha um parto para fazer, o que ela está fazendo aqui se intrometendo na minha vida? – e Q. fala serio, você precisa relaxar, desde quando você percebeu que ama a Hobbit você deixou de se divertir. Vamos lá Quinn, de volta aos velhos tempos, pensa em toda a galera reunida e essa vai ser a sua chance de poder ficar com a Ru Paul.


Santana tem razão, estranho pensar isso mais ela tem. Essa festa é a chance perfeita, digo Rachel está solteira, eu estou solteira e eu vou voltar a dar minhas investidas nela e ela não vai resistir ao meu poder e meu charme.


– Tudo bem Ali, a festa é hoje que horas?


– Isso – ela e Santana falaram juntas e fizeram high five.


– Bom, é hoje a noite depois da apresentação, mais você e a Lopez podem ir pra lá mais cedo se quiserem.


– Vai ser no seu ap. porque eu acho que lá não vai agüentar a guange toda e os novos integrantes – Santana perguntou


– Não – eu respondi – os pais da Ali têm uma casa bem confortável nos West Village não é – eu disse encarando Ali agora, ela odiava quando falavam das posses dos seus pais.


– É, é tanto faz. Mas eu quero vocês duas lá mais cedo pra dar os toques finais na casa e pra receber o pessoal Ok, será que vocês conseguem fazer isso? – ela disse com o seu melhor tom arrogante e no final da frase arqueando a sobracelha.


– Por mim tudo bem, meu plantão termina daqui – Sant fez uma pausa e olhou o relógio – duas horas, vou passar em casa me arrumar e depois buscar minha loira no trabalho e vamos para a sua casa.


Ali olhou para mim esperando a resposta: - tudo bem Alice, eu vou. Mas agora se vocês me dão licença eu tenho que ir fazer as rondas agora.


Ai meu Deus, agora é pra valer, eu ia ter Rachel pra mim de uma vez por todas, ela não tem nenhuma razão para me dizer não. Sai praticamente pulando até chegar na ala dos pós-operatórios.


Fazia só dois meses que eu estava trabalhando naquele hospital, mas eu me apeguei bastante com os pacientes e acho que eles gostaram de mim também. Já fiz algumas cirurgias e a atendente da pediatria era um gênio, literalmente a mulher era a melhor “professora” que eu podia querer.


Meu dia passou extremamente rápido, quando menos me toquei já tinha feito todos os pós-operatórios e estava vendo se meu nome estava no quadro de cirurgias. Nada, não tinha absolutamente nada para eu fazer, o dia foi completamente calmo, tão calmo que eu cheguei a pensar que Alice pagou as pessoas para que elas não passarem mal hoje ou para que elas fossem para outro hospital se passassem.


Quando deu oito horas em ponto no meu relógio eu deixei o hospital e fui para casa me arrumar. Chegando lá haviam algumas roupas de Rachel jogadas em cima da cama no quarto em que dividíamos e a parte dela do guarda roupas estava uma bagunça (considerando o fato de que Rachel Berry é extremamente organizada). Sentei na cama para tirar os tênis e a blusa, não agüente e peguei um casaco de Rach que estava jogado ao meu lado, lembro de ter a visto com ele ontem, o levei até o meu resto e respirei bem fundo, o perfume dela é o melhor do universo, ah como eu quero que esse cheiro fique empreguinado em meu corpo.


Algum tempo depois e eu já estava pronta, cabelos presos em um coque meio informal, um vestido preto básico e salto, passei uma maquiagem leve, queria ficar linda nessa noite, mais sem exageros. Peguei minha bolsinha e a chave do carro e desci.


Cheguei em frente a casa dos pais de Ali em menos de trinta minutos depois. Um carro vermelho parou ao meu lado, só podia ser Santana.


– Oi Sant – eu a cumprimentei enquanto abria a casa e via que os empregados já tinham arrumado tudo.


– Uau, você não estava brincando quando disse que a casa era confortável Fabray – Sant entrou na casa com Britt ao seu lado.


– Britt – eu disse e fui abraçar minha amiga – estava com saudades já.


– Eu também Q.


– Então, vão conhecer a casa e escolham um quarto porque essa noite promete – eu disse dando um sorriso e me afastando delas – eu vou conferir o resto da arrumação.


Sai de lá e pude ver as duas indo para o andar de cima onde ficavam os quartos. Me direcionei para o quintal onde ficava a piscina e uma grande churrasqueira que hoje não seria usada, a piscina talvez, quando estivéssemos muito bêbados. Voltei para a sala e dei uma olhado no bar, esta bem abastecido, parece que tudo esta perfeito para a noite.


______________________Rachel’s POV___________


– Vai logo Rachel, para de ser infantil e desse logo da porcaria do carro – Ali batia o pé furiosa comigo.


– Não Ali, e se ela não quiser mais nada comigo? – é ridículo eu sei, mas a Quinn tem me evitado tanto nesses últimos dias que eu tenho medo de que ela pense que eu virei uma bêbada divorciada e não me queira mais.


– Você só pode estar de brincadeira não é Berry – ela me encarou e abriu a porta do carro – ela esperou oito anos para voltar e conquistar você OITO anos. Ela não vai desistir de você tão por uma coisa boba dessas Rachel – ela me puxou para fora do carro e me encarou – agora, vá procurar a sua garota e sejam felizes pelo amor do bom Deus.


Entrei na casa e a musica esta muito alta, essa situação me lembrou o high shool, passei pelas pessoas e as cumprimentei rapidamente, meus olhos estavam a procura de uma loira. Passei por Sebastian que naquela altura já estava agarrado com um carinha não muito bonito, vi Britt e Sant conversando animadamente com Kurt e Cedes, depois iria falar com eles, agora estava preocupada em achar Quinn.


Passei por praticamente a casa inteira e sem sinal de Quinn, resolvi subir e olhar os quartos. Minah primeira porta aberta dei de cara com a Bryan que fazia par romântico comigo na peça comendo uma garota, fechei a porta rápido e sai pedindo desculpas.


Passei por mais outros dois quartos vazios, na minha quarta tentativa de achar Quinn entrei em um quarto enorme, deve ser a suíte máster da casa. Passei os olhos pelo quarto na esperança de a encontrar e pude ver a silhueta de uma mulher na sacada do quarto, só podia ser ela, meu coração acelerou e minhas pernas fraquejaram, andei até a porta de vidro que estava fechada e a abri, sim, era Quinn e ela estava linda, estava debruçada sobre a grade da sacada e virou-se bruscamente quando me viu.


– Rachel, eu... eu achei que você não fosse mais vir – ela disse me abraçou, o cheiro dela é a melhor droga do mundo.


– Eu tive uns problemas com a roupa – menti, não queria que ela soubesse que eu estava nervosa porque queria me declarar pra ela. – e a propósito, você está linda Quinn.


– Não mais do que você Rach – ela disse e me puxou pela mão para mais perto, ficamos ali, num silencio confortável olhando para o céu. A musica agitada cessou e o começo de “yellow” do Coldplay começou a tocar.


Look at the stars,
Look how they shine for you,
And everything you do,

Yeah, they were all yellow


– Rachel, olha eu… eu te amo, te amo de verdade e quero fazer a coisa certa com você. Se você me der uma chance eu prometo te fazer a mulher mais feliz do universo, prometo nunca quebrar o seu coração, vou cuidar sempre dele e vou sempre estar ao seu lado pra te apoiar em tudo e ajudar com o que você quiser, so me dê uma chance Rach, me dê a Rachel de poder fazer você sentir o amor, fazer você sentir o meu amor.


I came along,
I wrote a song for you,
And all the things you do,
And it was called Yellow


Eu ja não sabia mais o que fazer o que falar ou o que pensar, ter Quinn Fabray na sua frente dizendo que te ama e que quer cuidar do seu coração deixa qualquer um sem ação. Eu a quero, mas não sei se ainda posso chamar todos esses sentimentos que tenho de “amor” mas isso ela vai me ajudar a descobrir.


So then I took my turn,
Oh what a thing to've done,
And it was all Yellow


– Rachel por favor, fala alguma coisa, nem que seja para me rejeitar e dizer que eu não mereço você... – eu a cortei.


Your skin
Oh yeah, your skin and bones,
Turn into something beautiful,
Do you know?
You know I love you so,
You know I love you so

– Sim – eu disse simples encarando aqueles olhos avelã lindos – sim, sim e sim.


– Sim? – Quinn disse com uma cara desentendida, mais ainda assim sorrindo.


– Sim, eu deixo você me levar para um encontro, sim eu deixo você moldar o meu coração de volta, eu estou te dizendo “sim” Quinn Fabray.


I swam across,
I jumped across for you,
Oh what a thing to do
'Cos you were all yellow


Vi o sorriso de Quinn triplicar de tamanho e ela me abraçar, um abraço forte e caloroso como eu nunca senti antes. Era tão bom poder dar uma nova chance ao amor.

I drew a line,
I drew a line for you,
Oh what a thing to do,
And it was all yellow

And your skin,
Oh yeah your skin and bones,
Turn into something beautiful,
Do you know?
For you I'd bleed myself dry,
For you I'd bleed myself dry


Quando nos separamos eu olhei no fundo daqueles olhos e nossos rostos se aprocimaram, senti seus labios sobre os meus novamente e então BUM! Uma explosão de sentimentos passou por mim, passei minha língua de leve em seu lábio inferior e ela entendeu o recado e aprofundamos o beijo de uma forma carinhosa e apaixonada. Suas mãos desceram para a minha cintura e me apertaram ali, ela me troce para mais perto e nossos corpos ficaram praticamente colados. Terminamos o beijo com vários selinhos e nos olhamos apaixonadamente.

It's true, look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine for...


– Rachel Berry, eu vou fazer você a mulher mais feliz do mundo! – ela me disse e nos beijamos de novo. Os lábios dela eram tão macios e suas mãos me faziam um carinho gostoso. Meus dedos estavam procurando um jeito de desfazer o coque que ela tinha no cabelo quando ela me parou – Fique sabendo que eu não sou só mais uma que você leva para a cama Berry, não vai conseguir fazer isso tão rápido assim – ela sussurrou de forma completamente sexy em meu ouvido fazendo com que eu me arrepiasse.

Look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine...

– Eu não vou estragar as coisas com você Quinn – eu sussurrei mais pra mim do que pra ela.


– O que ? – ela olhou pra mim.


– Nada, será que posso ter o seu beijo de novo – perguntei sorrindo.


– Sempre que quiser linda – e me beijou, dessa vez com um pouco mais de desejo.


Look at the stars,
Look how they shine for you,
And all the things that you do

Não tenho certeza de como as coisas vão ser daqui pra frente, a única coisa que eu sei é que quero Quinn na minha vida, quero o beijo dela, as mãos e o mais importante, quero o amor dela.



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Notas finais do capítulo

Eai o que acharam? To brava com vocês leitores, tipo só dois reviews no outro capitulo, serio? eu tenho muuuito mais do que dois leitores, o que passa com vocês que não da pra deixar um misero review (a história ta tão ruim assim? pq até quem comentava em todos os capitulos parou de comentar)... A musica do meu primeiro beijo com a minha ex foi essa do coldplay tbm G_G' não sei pq eu falei isso, mas enfim, espero que tenham gostado ><' e eu não sei quando sai o proximo pq a situação é um tanto quanto delicada então pode demorar um pouquinho. Tchau e até mais ver. xoxo